Tá, mas saindo de BSB e voltando ao Irã, razão deste tópico, e aí,
VAI TER GUERRA OU NÃO?
Pergunta complicada mas tenho minha própria resposta que, exceto se algo realmente DRÁSTICO ocorrer nas próximas horas, vai me resultar em uma perda de
no mínimo USD 2k em menos de meio minuto após as 19 hs.
Bueno, após me informar bastante, concluo que, para Donald Trump, o mais importante que qualquer coisa ou pessoa é...DONALD TRUMP! Acredito que ninguém discorde disso, mas em que isso afeta o Irã? Que papel poderia este desempenhar para que Trump possa ser POTUS por mais quatro anos, a partir do ano que vem? É o que tive de responder para mim mesmo, e escrevo aqui para ver se há alguma contestação (lógica, sem IDEOLOGICES, claro) que me poupe a citada quantia, que pode ser nada para alguns mas não é pouco para mim (ainda bem que não invisto $ que me faça falta mas perder isso tudo numa tacada só para arriscar o resto numa ainda mais DOIDA é de deixar o índio rengo do patinho
).
Que o cara não pretende largar o troninho antes de acabar o segundo mandato todo mundo sabe; que está fazendo o possível e até o impensável para atingir esta meta também; que costuma misturar "surpresas" (tipo aquilo com o Xing Ling no G-20, que todo mundo já sabia semanas antes
) com
SURPRESAS (tipo a visitinha cordial, poucos dias depois, ao nosso querido Zé Pancinha, e em plena NK!
) idem. O que vem a seguir?
Para o Véio Túlio, a bola da vez é o Irã, mas não como as pessoas andam pensando, tipo "chuva de fogo" & quetales, muito pelo contrário, e explico: se tem uma coisa que ele dificilmente irá fazer é mandar aquela garotada criada a milho e
rare steak lutar e morrer lá nos cafundós porque o Rei Saud e seus cupinchas tão tiranos quanto ele querem, ou porque o Bibi Netanyahu acha que é uma boa. Não, ele vive se gabando de não meter os EUA nas guerras dos outros nem inventar as dele e, para Donald Trump, nada é mais triste do que botar Donald Trump na desagradável posição de charlatão; além disso, se tem uma coisa que ele precisa
e logo, para poder colher confortavelmente os frutos antes da campanha começar, é do anúncio de que baixou o preço da gasolina na bomba. Graças a ele, claro, e para isso é necessário que a produção global de petróleo aumente em pelo menos 2M bpd, de modo que o WTI caia abaixo dos USD 50 e siga descendo, de preferência para algo em torno de confortáveis USD 45 ou até menos. Sozinhos os EUA não conseguem aumentar tanto e tão rápido a produção, OPEP segue cortando e a Rússia, ainda que a contragosto, mas por razões geopolíticas e não financeiras, acompanha. Sobra quem, com a capacidade de aumentar rapidamente a produção do tipo certo de petróleo?
Irã, claro! Notar que, antes das sanções do mesmo Trump, produzia mais de 2,5M bpd e a capacidade continua lá, instalada, pessoal a postos, prontinha para começar a rodar de novo e dar um baita tombo no preço do óleo.
E não se atira em quem pode nos ajudar. Não tem preço poder tuitar todos os dias, se quiser, que "agradeçam a mim pela gasolina barata e por seus filhos não estarem em um campo de batalha; se o meu adversário ganhar, podem apostar que isso se inverte ligeirinho". Assim, um "surpreendente" retorno à mesa de negociações para,
oficialmente, consertar o "
worst deal ever" do Obama (palavras do Trump) se torna não apenas possível mas
altamente provável, muito mais do que sair lançando milhares de mísseis pelo OM afora e, com isso, fazer o jogo dos Saud, que é aumentar o preço sem mexer na produção, exceto para reduzi-la ainda mais.
Uma DOIDA como a Hillary ou qualquer dos postulantes ao Salão Oval fariam isso sem nem piscar e azar do
TAXPAYER; já um
showman como o atual POTUS, bueno, é brabo, pois não joga pela regra deles, razão pela qual é amplamente repudiado pelos politiqueiros profissionais, pelo setor industrial-militar e, em consequência, pela mídia
mainstream, que adora uma boa guerra com crise econômica junto para poder descer a lenha em quem provocou e que, claro, estaria cagando e andando. Só lembrar, com exceção do Nixon (tirou os EUA do Vietnã, não arrumou briga com ninguém e ainda por cima ficou amiguinho da China: tomou
impeachment), do Carter (queria ser a Madre Teresa: não se reelegeu), do Reagan (deixava claro que queria guerrear contra todo mundo mas o fiasco do Vietnã era recente demais para fazer isso impunemente: foi reeleito) e, até certo ponto, do Bush Sr (foi ao Iraque por absoluta falta de opção e, prudente que era, deixou o serviço pela metade, sabendo que um vácuo de poder era muito pior do que um tirano como o Saddam: não se reelegeu), apenas Clinton não teve a "sua" guerra, limitando-se a ir bombardeando os Bálcans ("mas nem me falem em
boots on terrain que isso é pra DOIDO! Ah, e na saída me mandem entrar a Mônica"
) até a cambada sossegar o facho. Bush Jr e Obama tiveram cada um alguma para chamar de sua. Trump está quieto no canto dele, dizendo as besteiras de sempre mas não fazendo nada que revolte o PAGADOR DE IMPOSTOS, cuja boa/má vontade faz/desfaz governos. Um novo acordo com o Irã e um antecipado relaxamento das sanções por alguns meses ("em prol da paz") é outro exemplo de "surpresa" cada dia mais óbvia.
Uma guerra não será evitada pelas incríveis, fantásticas e maravilhosas capacidades bélicas do Irã nem por medo dos Russos mas apenas para não destruir um dos maiores pilares do plano de reeleição do Trump (
NO WAR) e ainda por cima erigir outro (
CHEAP FUEL) ainda mais sólido, porque nem todo mundo tem filho nas FFAA mas todo mundo tem carro e quer comprar gasolina a bom preço. Pelo menos nos EUA.
É com base nisso que vou fazer uma aposta arriscadíssima em menos de três horas. Aliás, curioso mas até os
Fib-junkies estão dizendo o mesmo, apenas por motivos diferentes (suas benditas equações
). Duvido que haja guerra com o Irã, pelo menos até o Trump já estar reeleito.
Aí a charla já é OUTRA...