EUA
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Standard & Poor's vê 1 em 3 chances de novo rebaixamento dos EUA
domingo, 7 de agosto de 2011 11:29 BRT
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WASHINGTON, 7 de agosto (Reuters) - O diretor-gerente da agência de classificação de risco Standard & Poor's, John Chambers, afirmou neste domingo que existe uma em três chances de haver um novo rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos nos próximos seis meses a dois anos.
"Temos uma perspectiva negativa... de seis meses a 24 meses", disse ele a um programa do canal de TV ABC.
"E se a posição fiscal dos EUA se deteriorar mais ou se a contenção política se tornar mais arraigada, isso pode levar a um rebaixamento. A perspectiva indica pelo menos uma em três chances de rebaixamento nesse período".
Chambers disse que levará algum tempo para que os EUA recuperem a nota máxima de crédito "AAA".
"Exigiria uma estabilização da dívida como parte da economia e um eventual declínio. E exigiria, eu acho, maior habilidade para obter consenso em Washington do que vemos hoje", acrescentou.
(Por Jackie Frank)
© Thomson Reuters 2011 All rights reserved.
domingo, 7 de agosto de 2011 11:29 BRT
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WASHINGTON, 7 de agosto (Reuters) - O diretor-gerente da agência de classificação de risco Standard & Poor's, John Chambers, afirmou neste domingo que existe uma em três chances de haver um novo rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos nos próximos seis meses a dois anos.
"Temos uma perspectiva negativa... de seis meses a 24 meses", disse ele a um programa do canal de TV ABC.
"E se a posição fiscal dos EUA se deteriorar mais ou se a contenção política se tornar mais arraigada, isso pode levar a um rebaixamento. A perspectiva indica pelo menos uma em três chances de rebaixamento nesse período".
Chambers disse que levará algum tempo para que os EUA recuperem a nota máxima de crédito "AAA".
"Exigiria uma estabilização da dívida como parte da economia e um eventual declínio. E exigiria, eu acho, maior habilidade para obter consenso em Washington do que vemos hoje", acrescentou.
(Por Jackie Frank)
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Amanhã vai ser lindo.
Ontem a bolsa da Arábia Saudita fechou a cair 5% e hoje a bolsa de Tel Aviv teve a sessão suspensa após estar já a cair 6%
É 2008 outra vez...
Ontem a bolsa da Arábia Saudita fechou a cair 5% e hoje a bolsa de Tel Aviv teve a sessão suspensa após estar já a cair 6%
É 2008 outra vez...
Triste sina ter nascido português
- Boss
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
A BM&F Bovespa não deveria nem abrir amanhã.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
NENHUMA bolsa deveria.
Triste sina ter nascido português
Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
7/08/2011 - 15:56 | Agência Brasil | Brasília
Líderes mundiais tentam acalmar os mercados antes da abertura das bolsas
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Os líderes das principais economias do planeta se mobilizaram neste fim de semana para tentar acalmar os mercados diante da perspectiva de uma nova queda generalizada das principais bolsas mundiais na próxima segunda-feira (08/08).
Líderes do G20 (países mais ricos e principais economias emergentes), do G7 (países mais ricos do mundo) e governadores do Banco Central Europeu multiplicaram os contatos e reuniões por telefone para delinear uma resposta comum ao nervosismo criado pelas incertezas ligadas à dívida norte-americana e à crise na zona do euro.
O primeiro exemplo da temperatura dos mercados foi dado pela bolsa de Tel Aviv, uma das raras a funcionar no domingo, que abriu em queda de 6%. As bolsas do Golfo Pérsico também registraram quedas importantes.
O nervosismo aumentou na última sexta-feira (05), depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s decidiu, pela primeira vez na história, rebaixar a nota de crédito da dívida norte-americana, passando de AAA para AA+.
A agência justificou a decisão, criticada pelo Tesouro norte-americano, citando “os riscos políticos” ligados à dívida dos Estados Unidos que, hoje, ultrapassa US$ 14,5 trilhões.
Neste domingo (06), os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G7, grupo que reúne os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, a França, o Canadá, a Itália e a Grã-Bretanha, se reuniram por teleconferência para tentar delinear uma estratégia comum face à crescente tensão dos mercados.
Após o anúncio da Standard & Poor’s, o Japão, que é o maior credor dos Estados Unidos depois da China, disse que não vai mudar sua política de compra de títulos da dívida norte-americana.
Os líderes do G20 também se reuniram neste domingo por telefone, segundo indicou o vice-ministro sul-coreano das Finanças, Choi Jong-Ju, que não quis dar detalhes sobre as discussões. Segundo uma fonte ouvida pela agência France Presse, o G20 deve fazer um apelo comum com o objetivo de acalmar os mercados mundiais.
Os governadores do BCE (Banco Central Europeu) também convocaram uma reunião de urgência para a noite deste domingo. Há rumores de que o BCE esteja se preparando para comprar títulos da dívida da Itália e da Espanha, para tentar ajudar os dois países e tranquilizar os investidores.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... 4154.shtml
Líderes mundiais tentam acalmar os mercados antes da abertura das bolsas
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Os líderes das principais economias do planeta se mobilizaram neste fim de semana para tentar acalmar os mercados diante da perspectiva de uma nova queda generalizada das principais bolsas mundiais na próxima segunda-feira (08/08).
Líderes do G20 (países mais ricos e principais economias emergentes), do G7 (países mais ricos do mundo) e governadores do Banco Central Europeu multiplicaram os contatos e reuniões por telefone para delinear uma resposta comum ao nervosismo criado pelas incertezas ligadas à dívida norte-americana e à crise na zona do euro.
O primeiro exemplo da temperatura dos mercados foi dado pela bolsa de Tel Aviv, uma das raras a funcionar no domingo, que abriu em queda de 6%. As bolsas do Golfo Pérsico também registraram quedas importantes.
O nervosismo aumentou na última sexta-feira (05), depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s decidiu, pela primeira vez na história, rebaixar a nota de crédito da dívida norte-americana, passando de AAA para AA+.
A agência justificou a decisão, criticada pelo Tesouro norte-americano, citando “os riscos políticos” ligados à dívida dos Estados Unidos que, hoje, ultrapassa US$ 14,5 trilhões.
Neste domingo (06), os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G7, grupo que reúne os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, a França, o Canadá, a Itália e a Grã-Bretanha, se reuniram por teleconferência para tentar delinear uma estratégia comum face à crescente tensão dos mercados.
Após o anúncio da Standard & Poor’s, o Japão, que é o maior credor dos Estados Unidos depois da China, disse que não vai mudar sua política de compra de títulos da dívida norte-americana.
Os líderes do G20 também se reuniram neste domingo por telefone, segundo indicou o vice-ministro sul-coreano das Finanças, Choi Jong-Ju, que não quis dar detalhes sobre as discussões. Segundo uma fonte ouvida pela agência France Presse, o G20 deve fazer um apelo comum com o objetivo de acalmar os mercados mundiais.
Os governadores do BCE (Banco Central Europeu) também convocaram uma reunião de urgência para a noite deste domingo. Há rumores de que o BCE esteja se preparando para comprar títulos da dívida da Itália e da Espanha, para tentar ajudar os dois países e tranquilizar os investidores.
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- Boss
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
As baixas nas bolsas asiáticas não estão no terror previsto, a maioria caindo entre 0 e 3%.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- Sterrius
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Tem que esperar todas as bolsas abrirem pq o dia é longo e uma pode influenciar a outra!
- soultrain
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Bill Gross diz que Standard & Poor’s demonstrou ter "alguma coluna vertebral"
08 Agosto 2011 | 10:00
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
O gestor do maior fundo de investimento do mundo diz que ao cortar o "rating" da dívida dos EUA a agência de notação financeira "acertou finalmente".
O gestor da Pimco diz que a Standard & Poor’s mostrou "alguma" coerência ao reduzir a classificação da qualidade crédito dos EUA de "AAA" para "AA+" e ao manter a perspectiva “negativa”.
"Creio que a Standard & Poor’s demonstrou ter alguma coluna vertebral; eles finalmente acertaram", disse o gestor do fundo Pimco Total Return em entrevista dada à Bloomberg. Os Estados Unidos têm "enormes problemas", disse o gestor referindo-se à dívida pública do país.
A agência de "rating" procedeu à diminuição da sua notação de crédito para os EUA, referindo que está menos confiante de que o Congresso norte-americano irá eliminar as reduções fiscais introduzidas pela administração de George W. Bush e reduzir a despesa.
A declaração de Bill Gross (na foto) contraria o que tem sido dito por outros gestores de fundos incluindo Warren Buffett, que disse que os Estados Unidos mereciam um "rating" "AAAA", ou seja, uma classificação que ultrapassa a escala máxima que é atribuída à dívida, e que a maior economia do mundo não irá entrar em recessão.
"Os mercados financeiros criam as suas próprias dinâmicas, mas não penso que estejamos a enfrentar uma nova recessão", disse Buffett em entrevista à Bloomberg, acrescentando que o poder dos mercados reflecte-se sobretudo na confiança. A recente queda dos mercados accionistas, acrescentou o multimilionário, "pode de facto criar falta de confiança".
Bill Gross gere fundos no valor de 245 mil milhões de dólares no fundo Pimco Total Return e conseguiu um retorno médio de 8,7% nos últimos cinco anos. Um desempenho que fica acima de 98% dos seus pares, segundo dados compilados pela Bloomberg. Este ano o fundo está atrás de 56% dos seus concorrentes.
08 Agosto 2011 | 10:00
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
O gestor do maior fundo de investimento do mundo diz que ao cortar o "rating" da dívida dos EUA a agência de notação financeira "acertou finalmente".
O gestor da Pimco diz que a Standard & Poor’s mostrou "alguma" coerência ao reduzir a classificação da qualidade crédito dos EUA de "AAA" para "AA+" e ao manter a perspectiva “negativa”.
"Creio que a Standard & Poor’s demonstrou ter alguma coluna vertebral; eles finalmente acertaram", disse o gestor do fundo Pimco Total Return em entrevista dada à Bloomberg. Os Estados Unidos têm "enormes problemas", disse o gestor referindo-se à dívida pública do país.
A agência de "rating" procedeu à diminuição da sua notação de crédito para os EUA, referindo que está menos confiante de que o Congresso norte-americano irá eliminar as reduções fiscais introduzidas pela administração de George W. Bush e reduzir a despesa.
A declaração de Bill Gross (na foto) contraria o que tem sido dito por outros gestores de fundos incluindo Warren Buffett, que disse que os Estados Unidos mereciam um "rating" "AAAA", ou seja, uma classificação que ultrapassa a escala máxima que é atribuída à dívida, e que a maior economia do mundo não irá entrar em recessão.
"Os mercados financeiros criam as suas próprias dinâmicas, mas não penso que estejamos a enfrentar uma nova recessão", disse Buffett em entrevista à Bloomberg, acrescentando que o poder dos mercados reflecte-se sobretudo na confiança. A recente queda dos mercados accionistas, acrescentou o multimilionário, "pode de facto criar falta de confiança".
Bill Gross gere fundos no valor de 245 mil milhões de dólares no fundo Pimco Total Return e conseguiu um retorno médio de 8,7% nos últimos cinco anos. Um desempenho que fica acima de 98% dos seus pares, segundo dados compilados pela Bloomberg. Este ano o fundo está atrás de 56% dos seus concorrentes.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Trinta anos atrás hoje: o dia em que a classe média morreu
Houve um tempo em que o povo trabalhador dos Estados Unidos podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Esse tempo terminou no dia 5 de agosto de 1981. O artigo é de Michael Moore.
Michael Moore
De tempos em tempos, alguém com menos de 30 anos irá me perguntar: “Quando tudo isso começou, o deslizamento da América ladeira abaixo?”. Eles dizem que ouviram falar de um tempo em que o povo trabalhador podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Que muitos empregos eram sindicalizados, de empacotadores em supermercados ao cara que pintava sua casa, e isso significava que não importava qual o seu trabalho, pois, por menos qualificado que fosse, lhe daria as garantias de uma aposentadoria, aumentos eventuais, seguro saúde e alguém para defendê-lo se fosse tratado injustamente.
As pessoas jovens têm ouvido a respeito desse tempo mítico – só que não é mito, foi real. E quando eles perguntam: “quando tudo isso acabou?”, eu digo: terminou neste dia: 5 de agosto de 1981.
A partir desta data, 30 anos atrás, o Grande Negócio e a Direita decidiram “botar para quebrar” – para ver se poderiam de fato destruir a classe média, e assim se tornarem mais ricos.
E eles se deram bem.
Em 5 de agosto de 1981, o presidente Ronald Reagan atacou todos os membros do sindicato dos controladores de vôo [PATCO – sigla em inglês], que tinha desafiado sua ordem de retornarem ao trabalho e declarou seu sindicato ilegal. Eles estavam de greve há apenas dois dias.
Foi um movimento forte e audacioso. Ninguém jamais tinha tentado isso. O que o tornou ainda mais forte foi o fato de que o PATCO foi um dos dois únicos sindicatos que tinha apoiado Reagan para presidente! Isso gerou uma onda de pânico nos trabalhadores ao longo do país. Se ele fez isso com as pessoas que votaram nele, o que fará conosco?
Reagan foi apoiado por Wall Street na sua corrida para a Casa Branca e eles, junto à direita cristã, queriam reestruturar a América e mudar a direção da tendência inaugurada pelo presidente Franklin D. Roosevelt – uma tendência concebida para tornar a vida melhor para o trabalhador comum. Os ricos odiavam pagar salários melhores e arcarem com os custos dos benefícios sociais. E eles odiavam ainda mais pagar impostos. E desprezavam os sindicatos. A direita cristã odiava qualquer coisa que soasse como socialismo ou que defendesse o reconhecimento de minorias ou mulheres.
Reagan prometeu acabar com tudo. Assim, quando os controladores de tráfego aéreo entraram em greve, ele aproveitou o momento. Ao se livrar de todos eles e jogar seu sindicato na ilegalidade, ele enviou uma clara e forte mensagem: os dias de todos com uma vida confortável de classe média acabaram. A América, a partir de agora, será comandada da seguinte maneira:
* Os super-ricos vão fazer muito, mas muito mais dinheiro e o resto de vocês vai se digladiar pelas migalhas deixadas pelo caminho.
* Todos devem trabalhar! Mãe, Pai, os adolescentes, na casa! Pai, você trabalha num segundo emprego! Crianças, aqui estão as suas chaves para vocês voltarem para casa sozinhas! Seus pais devem estar em casa na hora de pô-los para dormir.
* 50 milhões de vocês devem ficar sem seguro de saúde! E para metade das companhias de seguro: vão em frente e decidam quem vocês querem ajudar – ou não.
* Os sindicatos são maus! Você não será sindicalizado! Você não precisa de um advogado! Cale a boca e volte para o trabalho! Não, você não pode ir embora agora, não terminamos ainda. Suas crianças podem fazer seu próprio jantar.
* Você quer ir para a faculdade? Sem problemas – assine aqui e fique empenhado num banco pelos próximos 20 anos!
*O que é “aumento”? Volte ao trabalho e cale a boca!
E por aí vai. Mas Reagan não poderia ter levado tudo isso a cabo sozinho, em 1981. Ele teve uma grande ajuda: a AFL-CIO
A maior central sindical dos EUA disse aos seus membros para furarem a greve dos controladores de tráfego aéreo e irem trabalhar. E foi só o que esses membros do sindicato fizeram. Pilotos sindicalizados, comissários de bordo, motoristas de caminhão, operadores de bagagens – todos eles furaram a greve e ajudaram a quebra-la. E os membros do sindicato de todas as categorias furaram os piquetes ao voltarem a voar.
Reagan e Wall Street não podiam crer nos seus olhos! Centenas de milhares de trabalhadores e membros dos sindicatos apoiando a demissão de companheiros sindicalizados. Foi um presente de natal em Agosto para as corporações da América.
E isso foi só o começo. Reagan e os Republicanos sabiam que poderiam fazer o que quisessem, e o fizeram. Eles cortaram os impostos para os ricos. Tornaram a sua vida mais dura, caso quisesse abrir um sindicato no seu local de trabalho. Eliminaram normas de segurança do trabalho. Ignoraram as leis contra o monopólio e permitiram que milhares de empresas se fusionassem ou fossem compradas e fechassem as portas. As corporações congelaram os salários e ameaçaram mudar de país se os trabalhadores não aceitassem receber menos e com menos benefícios. E quando os trabalhadores concordaram em trabalhar por menos, eles exportaram os empregos mesmo assim.
E a cada passo dado nesse caminho, a maioria dos americanos estavam juntos, apoiando-os. Houve pouca oposição ou contra-ataque. As “massas” não se levantaram e protegeram os seus empregos, suas moradias e escolas (os quais costumavam ser os melhores do mundo). Simplesmente aceitaram seu destino e tomaram porrada.
Eu sempre me pergunto o que teria ocorrido se eles tivessem parado de voar, ponto, em 1981. E se todos os sindicatos tivessem dito a Reagan “Dê a esses controladores de voo os seus empregos de volta ou eles derrubarão o país”? Você sabe o que teria acontecido. A elite das corporações e seu boy, Reagan, teriam se dobrado.
Mas nós não fizemos isso. E assim, passo a passo, peça por peça, nos 30 anos seguintes aqueles que estiveram no poder destruíram a classe média em nosso país e, em troca, arruinaram o futuro de nossa juventude. Os salários permaneceram estagnados por 30 anos. Dê uma olhada nas estatísticas e você poderá ver que todo o declínio que estamos sofrendo agora teve seu início em 1981 (eis aqui uma pequena cena para ilustrar essa história, do meu filme mais recente).
Tudo isso começou neste dia, há 30 anos. Um dos dias mais obscuros na história dos EUA. E nós deixamos que isso ocorresse a nós. Sim, eles tinham o dinheiro e a mídia e as corporações. Mas nós tínhamos 200 milhões de nós. Você já se perguntou o que seria se 200 milhões tivessem se enfurecido e quisessem seu país, sua vida, seu emprego, seu fim de semana, seu tempo com suas crianças de volta?
Nós todos simplesmente desistimos? O que estamos esperando? Esqueça os 20% que apoiam o Tea Party – nós somos os outros 80%! Esse declínio só vai terminar quando exigirmos isso. E não por meio de uma petição online ou de uma twittada. Teremos de desligar as tevês e os computadores e os videogames e tomar as ruas (como o fizeram no Wisconsin). Alguns de vocês precisam sair dos seus gabinetes de trabalho local no próximo ano. Precisamos exigir que os democratas tenham coragem e parem de receber dinheiro de corporações – ou as deixem de lado.
Quando será suficiente, o suficiente? O sonho da classe média não reaparecerá magicamente. O plano de Wall Street é claro: a América deve ser uma nação dos que têm e dos que nada têm. Isso está bem para você?
Por que não aproveitar hoje (05/08) para parar e pensar a respeito dos pequenos passos que você pode dar pela sua vizinhança e em seu local de trabalho, em sua escola? Há algum outro dia melhor para começar a fazer isso, que não seja hoje?
Tradução: Katarina Peixoto
Houve um tempo em que o povo trabalhador dos Estados Unidos podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Esse tempo terminou no dia 5 de agosto de 1981. O artigo é de Michael Moore.
Michael Moore
De tempos em tempos, alguém com menos de 30 anos irá me perguntar: “Quando tudo isso começou, o deslizamento da América ladeira abaixo?”. Eles dizem que ouviram falar de um tempo em que o povo trabalhador podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Que muitos empregos eram sindicalizados, de empacotadores em supermercados ao cara que pintava sua casa, e isso significava que não importava qual o seu trabalho, pois, por menos qualificado que fosse, lhe daria as garantias de uma aposentadoria, aumentos eventuais, seguro saúde e alguém para defendê-lo se fosse tratado injustamente.
As pessoas jovens têm ouvido a respeito desse tempo mítico – só que não é mito, foi real. E quando eles perguntam: “quando tudo isso acabou?”, eu digo: terminou neste dia: 5 de agosto de 1981.
A partir desta data, 30 anos atrás, o Grande Negócio e a Direita decidiram “botar para quebrar” – para ver se poderiam de fato destruir a classe média, e assim se tornarem mais ricos.
E eles se deram bem.
Em 5 de agosto de 1981, o presidente Ronald Reagan atacou todos os membros do sindicato dos controladores de vôo [PATCO – sigla em inglês], que tinha desafiado sua ordem de retornarem ao trabalho e declarou seu sindicato ilegal. Eles estavam de greve há apenas dois dias.
Foi um movimento forte e audacioso. Ninguém jamais tinha tentado isso. O que o tornou ainda mais forte foi o fato de que o PATCO foi um dos dois únicos sindicatos que tinha apoiado Reagan para presidente! Isso gerou uma onda de pânico nos trabalhadores ao longo do país. Se ele fez isso com as pessoas que votaram nele, o que fará conosco?
Reagan foi apoiado por Wall Street na sua corrida para a Casa Branca e eles, junto à direita cristã, queriam reestruturar a América e mudar a direção da tendência inaugurada pelo presidente Franklin D. Roosevelt – uma tendência concebida para tornar a vida melhor para o trabalhador comum. Os ricos odiavam pagar salários melhores e arcarem com os custos dos benefícios sociais. E eles odiavam ainda mais pagar impostos. E desprezavam os sindicatos. A direita cristã odiava qualquer coisa que soasse como socialismo ou que defendesse o reconhecimento de minorias ou mulheres.
Reagan prometeu acabar com tudo. Assim, quando os controladores de tráfego aéreo entraram em greve, ele aproveitou o momento. Ao se livrar de todos eles e jogar seu sindicato na ilegalidade, ele enviou uma clara e forte mensagem: os dias de todos com uma vida confortável de classe média acabaram. A América, a partir de agora, será comandada da seguinte maneira:
* Os super-ricos vão fazer muito, mas muito mais dinheiro e o resto de vocês vai se digladiar pelas migalhas deixadas pelo caminho.
* Todos devem trabalhar! Mãe, Pai, os adolescentes, na casa! Pai, você trabalha num segundo emprego! Crianças, aqui estão as suas chaves para vocês voltarem para casa sozinhas! Seus pais devem estar em casa na hora de pô-los para dormir.
* 50 milhões de vocês devem ficar sem seguro de saúde! E para metade das companhias de seguro: vão em frente e decidam quem vocês querem ajudar – ou não.
* Os sindicatos são maus! Você não será sindicalizado! Você não precisa de um advogado! Cale a boca e volte para o trabalho! Não, você não pode ir embora agora, não terminamos ainda. Suas crianças podem fazer seu próprio jantar.
* Você quer ir para a faculdade? Sem problemas – assine aqui e fique empenhado num banco pelos próximos 20 anos!
*O que é “aumento”? Volte ao trabalho e cale a boca!
E por aí vai. Mas Reagan não poderia ter levado tudo isso a cabo sozinho, em 1981. Ele teve uma grande ajuda: a AFL-CIO
A maior central sindical dos EUA disse aos seus membros para furarem a greve dos controladores de tráfego aéreo e irem trabalhar. E foi só o que esses membros do sindicato fizeram. Pilotos sindicalizados, comissários de bordo, motoristas de caminhão, operadores de bagagens – todos eles furaram a greve e ajudaram a quebra-la. E os membros do sindicato de todas as categorias furaram os piquetes ao voltarem a voar.
Reagan e Wall Street não podiam crer nos seus olhos! Centenas de milhares de trabalhadores e membros dos sindicatos apoiando a demissão de companheiros sindicalizados. Foi um presente de natal em Agosto para as corporações da América.
E isso foi só o começo. Reagan e os Republicanos sabiam que poderiam fazer o que quisessem, e o fizeram. Eles cortaram os impostos para os ricos. Tornaram a sua vida mais dura, caso quisesse abrir um sindicato no seu local de trabalho. Eliminaram normas de segurança do trabalho. Ignoraram as leis contra o monopólio e permitiram que milhares de empresas se fusionassem ou fossem compradas e fechassem as portas. As corporações congelaram os salários e ameaçaram mudar de país se os trabalhadores não aceitassem receber menos e com menos benefícios. E quando os trabalhadores concordaram em trabalhar por menos, eles exportaram os empregos mesmo assim.
E a cada passo dado nesse caminho, a maioria dos americanos estavam juntos, apoiando-os. Houve pouca oposição ou contra-ataque. As “massas” não se levantaram e protegeram os seus empregos, suas moradias e escolas (os quais costumavam ser os melhores do mundo). Simplesmente aceitaram seu destino e tomaram porrada.
Eu sempre me pergunto o que teria ocorrido se eles tivessem parado de voar, ponto, em 1981. E se todos os sindicatos tivessem dito a Reagan “Dê a esses controladores de voo os seus empregos de volta ou eles derrubarão o país”? Você sabe o que teria acontecido. A elite das corporações e seu boy, Reagan, teriam se dobrado.
Mas nós não fizemos isso. E assim, passo a passo, peça por peça, nos 30 anos seguintes aqueles que estiveram no poder destruíram a classe média em nosso país e, em troca, arruinaram o futuro de nossa juventude. Os salários permaneceram estagnados por 30 anos. Dê uma olhada nas estatísticas e você poderá ver que todo o declínio que estamos sofrendo agora teve seu início em 1981 (eis aqui uma pequena cena para ilustrar essa história, do meu filme mais recente).
Tudo isso começou neste dia, há 30 anos. Um dos dias mais obscuros na história dos EUA. E nós deixamos que isso ocorresse a nós. Sim, eles tinham o dinheiro e a mídia e as corporações. Mas nós tínhamos 200 milhões de nós. Você já se perguntou o que seria se 200 milhões tivessem se enfurecido e quisessem seu país, sua vida, seu emprego, seu fim de semana, seu tempo com suas crianças de volta?
Nós todos simplesmente desistimos? O que estamos esperando? Esqueça os 20% que apoiam o Tea Party – nós somos os outros 80%! Esse declínio só vai terminar quando exigirmos isso. E não por meio de uma petição online ou de uma twittada. Teremos de desligar as tevês e os computadores e os videogames e tomar as ruas (como o fizeram no Wisconsin). Alguns de vocês precisam sair dos seus gabinetes de trabalho local no próximo ano. Precisamos exigir que os democratas tenham coragem e parem de receber dinheiro de corporações – ou as deixem de lado.
Quando será suficiente, o suficiente? O sonho da classe média não reaparecerá magicamente. O plano de Wall Street é claro: a América deve ser uma nação dos que têm e dos que nada têm. Isso está bem para você?
Por que não aproveitar hoje (05/08) para parar e pensar a respeito dos pequenos passos que você pode dar pela sua vizinhança e em seu local de trabalho, em sua escola? Há algum outro dia melhor para começar a fazer isso, que não seja hoje?
Tradução: Katarina Peixoto
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Nós todos simplesmente desistimos? O que estamos esperando? Esqueça os 20% que apoiam o Tea Party – nós somos os outros 80%! Esse declínio só vai terminar quando exigirmos isso. E não por meio de uma petição online ou de uma twittada. Teremos de desligar as tevês e os computadores e os videogames e tomar as ruas (como o fizeram no Wisconsin). Alguns de vocês precisam sair dos seus gabinetes de trabalho local no próximo ano. Precisamos exigir que os democratas tenham coragem e parem de receber dinheiro de corporações – ou as deixem de lado.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
08/08/2011 - 08h34
Mídia chinesa culpa excessos militares dos EUA por crise
PEQUIM (Reuters) - A mídia estatal da China disse nesta segunda-feira que os enormes gastos militares dos Estados Unidos são os culpados pela crise que levou ao rebaixamento do rating do país.
A agência de notícias Xinhua advertiu os EUA para não tentar estimular as exportações por meio do enfraquecimento do dólar, algo que teria impacto dramático sobre a China, já que cerca de 70 por cento das reservas internacionais chinesas estão investidas em ativos denominados na moeda norte-americana.
A China também tem um gasto pesado com suas forças armadas de 2,3 milhões de pessoas, voltando a um aumento de dois dígitos neste ano. Isso gera desconforto entre os vizinhos e nos EUA.
Em cerca de 93,5 bilhões de dólares para 2011, o orçamento chinês de defesa ainda é pequeno em relação ao dos EUA. Em fevereiro, o Pentágono cedeu um orçamento de 553 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2012, embora o governo de Barack Obama esteja procurando reduzir os gastos militares.
"Precisa ser compreendido que se os EUA, a Europa e outras economias avançadas não conseguirem arcar com sua responsabilidade e continuarem com sua confusão incessante em torno de interesses egoístas, isso seriamente impedirá o desenvolvimento estável da economia global", dizia um artigo do jornal People's Daily, porta-voz principal do Partido Comunista chinês.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... crise.jhtm
Mídia chinesa culpa excessos militares dos EUA por crise
PEQUIM (Reuters) - A mídia estatal da China disse nesta segunda-feira que os enormes gastos militares dos Estados Unidos são os culpados pela crise que levou ao rebaixamento do rating do país.
A agência de notícias Xinhua advertiu os EUA para não tentar estimular as exportações por meio do enfraquecimento do dólar, algo que teria impacto dramático sobre a China, já que cerca de 70 por cento das reservas internacionais chinesas estão investidas em ativos denominados na moeda norte-americana.
A China também tem um gasto pesado com suas forças armadas de 2,3 milhões de pessoas, voltando a um aumento de dois dígitos neste ano. Isso gera desconforto entre os vizinhos e nos EUA.
Em cerca de 93,5 bilhões de dólares para 2011, o orçamento chinês de defesa ainda é pequeno em relação ao dos EUA. Em fevereiro, o Pentágono cedeu um orçamento de 553 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2012, embora o governo de Barack Obama esteja procurando reduzir os gastos militares.
"Precisa ser compreendido que se os EUA, a Europa e outras economias avançadas não conseguirem arcar com sua responsabilidade e continuarem com sua confusão incessante em torno de interesses egoístas, isso seriamente impedirá o desenvolvimento estável da economia global", dizia um artigo do jornal People's Daily, porta-voz principal do Partido Comunista chinês.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... crise.jhtm
Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
É o cerne da questão: deixar de se influenciar pelos reinaldo azevedos da vida e perceber a vida real.soultrain escreveu:Nós todos simplesmente desistimos? O que estamos esperando? Esqueça os 20% que apoiam o Tea Party – nós somos os outros 80%! Esse declínio só vai terminar quando exigirmos isso. E não por meio de uma petição online ou de uma twittada. Teremos de desligar as tevês e os computadores e os videogames e tomar as ruas (como o fizeram no Wisconsin). Alguns de vocês precisam sair dos seus gabinetes de trabalho local no próximo ano. Precisamos exigir que os democratas tenham coragem e parem de receber dinheiro de corporações – ou as deixem de lado.
Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
A grande vitória desta gente foi fazer os incautos acreditarem que ser neocon era bonito, símbolo de inteligência e bom gosto... Que os valores do conservador eram estas deturpações...
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P.S.- Não morro de amores pelo Moore, mas ele faz questionamentos valiosos.
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
08/08/2011 - 11h46
S&P rebaixa nota de instituições ligadas ao governo dos EUA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 12h05.
A agência de classificação de risco Standard&Poor's (S&P) rebaixou nesta segunda-feira a nota do financiamento de hipotecas da Fannie Mae e Freddie Mac, bancos que foram estatizados pelos Estados Unidos depois da crise de 2008.
Já era esperado que a S&P reduzisse a nota de entidades ligadas ao governo federal, depois do anúncio da sexta-feira (5) de que a nota da dívida americana foi rebaixada de AAA para AA+, pela primeira vez desde 1917.
Fannie e Freddie alimentam o mercado imobiliário comprando hipotecas de bancos. Ainda não está claro qual será o efeito da redução da nota no custo dos empréstimos feitos pelas duas instituições.
Como os juros do Tesouro americano continuam em um nível muito baixo, é improvável um aumento dos juros de empréstimos, segundo a rede de TV CNN.
Fannie Mae e Freddie Mac, avaliados em US$ 142 bilhões, foram as principais reponspáveis pelo subprime (crédito imobiliário de alto risco que assolou a economia dos EUA em 2008 por meio de derivativos).
Pouco conhecidas do grande público, o Freddie Mac e a empresa Fannie Mae foram colocadas sob tutela do Estado em 7 de setembro de 2008, no auge da crise financeira global, com uma injeção de US$ 200 bilhões de fundos públicos.
As duas empresas são fundamentais para o sistema de hipotecas americano, comprando dos bancos as carteiras de financiamento imobiliário e revendendo a investidores. O Freddie Mac refinancia atualmente um em cada quatro hipotecas nos EUA, e junto com a Fannie Mae responde por cerca de metade deste mercado, o que significa cerca de US$ 5,5 trilhões em financiamentos.
Foi dentro deste esquema que iniciou a crise financeira, devido aos altos índices de inadimplência das hipotecas "subprime" (de alto risco).
A S&P disse ainda que baixou as notas de credores do setor agrícola; títulos da dívida de longo prazo, emitidos por 32 bancos; e três "casas de compensação" --que são usados para executar comércio de ações, títulos e opções.
Todas os rebaixamentos foram de AAA para AA+. A S&P diz que as agências e bancos têm dívidas expostas à volatilidade econômica e à redução da nota americana.
Funcionários da agência disseram ainda que vão indicar em breve como governos locais e estatais serão afetados pela decisão de sexta-feira.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9561 ... -eua.shtml
S&P rebaixa nota de instituições ligadas ao governo dos EUA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 12h05.
A agência de classificação de risco Standard&Poor's (S&P) rebaixou nesta segunda-feira a nota do financiamento de hipotecas da Fannie Mae e Freddie Mac, bancos que foram estatizados pelos Estados Unidos depois da crise de 2008.
Já era esperado que a S&P reduzisse a nota de entidades ligadas ao governo federal, depois do anúncio da sexta-feira (5) de que a nota da dívida americana foi rebaixada de AAA para AA+, pela primeira vez desde 1917.
Fannie e Freddie alimentam o mercado imobiliário comprando hipotecas de bancos. Ainda não está claro qual será o efeito da redução da nota no custo dos empréstimos feitos pelas duas instituições.
Como os juros do Tesouro americano continuam em um nível muito baixo, é improvável um aumento dos juros de empréstimos, segundo a rede de TV CNN.
Fannie Mae e Freddie Mac, avaliados em US$ 142 bilhões, foram as principais reponspáveis pelo subprime (crédito imobiliário de alto risco que assolou a economia dos EUA em 2008 por meio de derivativos).
Pouco conhecidas do grande público, o Freddie Mac e a empresa Fannie Mae foram colocadas sob tutela do Estado em 7 de setembro de 2008, no auge da crise financeira global, com uma injeção de US$ 200 bilhões de fundos públicos.
As duas empresas são fundamentais para o sistema de hipotecas americano, comprando dos bancos as carteiras de financiamento imobiliário e revendendo a investidores. O Freddie Mac refinancia atualmente um em cada quatro hipotecas nos EUA, e junto com a Fannie Mae responde por cerca de metade deste mercado, o que significa cerca de US$ 5,5 trilhões em financiamentos.
Foi dentro deste esquema que iniciou a crise financeira, devido aos altos índices de inadimplência das hipotecas "subprime" (de alto risco).
A S&P disse ainda que baixou as notas de credores do setor agrícola; títulos da dívida de longo prazo, emitidos por 32 bancos; e três "casas de compensação" --que são usados para executar comércio de ações, títulos e opções.
Todas os rebaixamentos foram de AAA para AA+. A S&P diz que as agências e bancos têm dívidas expostas à volatilidade econômica e à redução da nota americana.
Funcionários da agência disseram ainda que vão indicar em breve como governos locais e estatais serão afetados pela decisão de sexta-feira.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9561 ... -eua.shtml
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Muito bom, Sympathy for the Devil.Hader escreveu:A grande vitória desta gente foi fazer os incautos acreditarem que ser neocon era bonito, símbolo de inteligência e bom gosto... Que os valores do conservador eram estas deturpações...
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P.S.- Não morro de amores pelo Moore, mas ele faz questionamentos valiosos.
O problema é que esses 20% são radicais religiosos, têm uma motivação gigante, nesta época eles ganham. È preciso haver sofrimento para os outros 80% acordarem da letargia.
abraço
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ