Fórum Defesa Brasil

Hader, digo isso pois quem vê de fora tem a impressão que as faculdades públicas fazem o querem sem dar satisfação a ninguém e isso com verba pública, ora, se elas são bancadas pelo governo, nada mais natural que o governo ter poder de gerir as faculdades. De anos pra cá, venho maturando se realmente é necessário manter faculdades públicas, os EUA, a Coréia do Sul nos dão prova que se pode ter instituições de qualidade sem que estas necessitem ser públicas, mas isto creio é uma discussão que necessita de muito tempo no Brasil...

E realmente, embora tenha uma boa formação acadêmica, não me senti atraído pelo mundo acadêmico, dores de cabeça demais tem esta classe tão nobre mas tão desprestigiada pela nossa sociedade...

J.Ricardo escreveu:Hader, digo isso pois quem vê de fora tem a impressão que as faculdades públicas fazem o querem sem dar satisfação a ninguém e isso com verba pública, ora, se elas são bancadas pelo governo, nada mais natural que o governo ter poder de gerir as faculdades. De anos pra cá, venho maturando se realmente é necessário manter faculdades públicas, os EUA, a Coréia do Sul nos dão prova que se pode ter instituições de qualidade sem que estas necessitem ser públicas, mas isto creio é uma discussão que necessita de muito tempo no Brasil...

E realmente, embora tenha uma boa formação acadêmica, não me senti atraído pelo mundo acadêmico, dores de cabeça demais tem esta classe tão nobre mas tão desprestigiada pela nossa sociedade...

Olá

Tenho que concordar com o J. R ...

A minha experiência (página anterior) vindo da iniciativa privada e trabalhando com diversas universidades em vários países no mesmo projeto me deixou com essa percepção também quando lidei com as Universidades publicas brasileiras... o que é um pouco o que o Kekosam falou também... parecia existir uma certa "rebeldia"... sei lá... me lembro que foi um custo fazer os meus superiores entender porque "só no Brasil" estavamos gastando mais $$$ de gerenciamento e levando mais tempo para fazer um trabalho semelhante a outros lugares do mundo... Me lembro que foi um sufoco para manter as coisas no Brasil, o que no fim funcionou, mas quando tivemos reuniões de post mortem no Brasil o que eu ouvi foi... "Pois é... é que tem muita política... etc "

Enfim... foi a percepção que eu tive que muita gente que eu conheço compartilha por conta de experiências semelhantes.

[]s
CB_Lima

J.Ricardo escreveu:Hader, digo isso pois quem vê de fora tem a impressão que as faculdades públicas fazem o querem sem dar satisfação a ninguém e isso com verba pública, ora, se elas são bancadas pelo governo, nada mais natural que o governo ter poder de gerir as faculdades. De anos pra cá, venho maturando se realmente é necessário manter faculdades públicas, os EUA, a Coréia do Sul nos dão prova que se pode ter instituições de qualidade sem que estas necessitem ser públicas, mas isto creio é uma discussão que necessita de muito tempo no Brasil...

E realmente, embora tenha uma boa formação acadêmica, não me senti atraído pelo mundo acadêmico, dores de cabeça demais tem esta classe tão nobre mas tão desprestigiada pela nossa sociedade...

Ricardo, acho que o problema é distinguir que universidade pública nem sempre é onde o governo aloca mais recursos ou concede mais isenções, nos EUA podemos dizer que ela é semi-pública toda as grandes, menos UCLA que é totalmente pública financiada pelo governo da California.

Por que são semi-públicas, elas recebem uma quantidade de investimentos públicos ou privados que se deduzem dos impostos, um aluno de Havard na minha época anos 1990 pagava 5.000 dólares anuais (acho que era isso), um USPiano juntando os pós e gradução, mais ou menos isso, um aluno da Letras acredito que era 1700 dólares. Entretanto o contribuinte americano entrava com outros 25000 dólares.

Por isso, a questão das cotas nos EUA é bem diferente que aqui, lá mesmo pagando o Estado é responsável por sua "anualidade" e ainda tem um generoso financiamento para quem precisa, por isso a luta social deles por uma divisão de vagas.

No Brasil é bem diferente até a década 1970, aqui domina a escola pública e as escolas religiosas (que pode dizer são semi-publicas por causa dos incentivos que tinham), a decadência da qualidade do Ensino Público é que parece criar uma perversidade, por que a Universidade era vista como saída do sistema que tínhamos, era uma continuação por isso ao ver algumas biografias qualquer um vê, que determinado cidadão sempre estudou em escola pública desde o 1 ano do primário até o último ano da Universidade.

As razões da Universidade ser pública no Brasil sempre foi um meio do governo criar uma "elite"
devido a falta de quadros, só ver as razões do Império que você deve encontrar nos livros do José Murilo, em São Paulo, o Mesquita tem um belo discurso, mas a criação de Universidade Pública Estadual era visto como um modo de criar uma elite pensante e inovadora para sobrepujar o nascente totalitarismo do Estado Novo, há razões políticas para a FILOSOFIA ser o centro e não a técnica.

Hoje, apesar dos ataques do Estadão, é difícil dizer que o Julio Mesquita estava errado ou o Pochat, conseguiram arejar a elite do café e criaram condições para que brasileiros pudessem nos anos que vieram a dialogar com profissionais de outros países e conseguir reter o conhecimento.

Algumas das conquistas foram pensadas com a criação de cursos, o Juscelino veio a São Paulo e incentivou a criação da geologia USP, o sucesso é tão grande que vão de conquistas como Carajás, Bacia de Campos, calcáreo para construção (antes importamos) etc.

J.Ricardo escreveu:Hader, digo isso pois quem vê de fora tem a impressão que as faculdades públicas fazem o querem sem dar satisfação a ninguém e isso com verba pública, ora, se elas são bancadas pelo governo, nada mais natural que o governo ter poder de gerir as faculdades. De anos pra cá, venho maturando se realmente é necessário manter faculdades públicas, os EUA, a Coréia do Sul nos dão prova que se pode ter instituições de qualidade sem que estas necessitem ser públicas, mas isto creio é uma discussão que necessita de muito tempo no Brasil...

E realmente, embora tenha uma boa formação acadêmica, não me senti atraído pelo mundo acadêmico, dores de cabeça demais tem esta classe tão nobre mas tão desprestigiada pela nossa sociedade...

Eu também tenho feito este mesmo questionamento...

O ideal seria que as instituições públicas atendessem, em sua maioria, aquelas pessoas menos favorecidas economicamente. No entanto, na prática as instituições públicas são preenchidas por um grupo elitista, que podem pagar uma mensalidade de uma instituição particular, mas preferem gozar do status de estar estudando na “Federal”. E os pobres? Estes recorrem ao FIES, às cotas ou optam por um curso de custo acessível (nas particulares) ou por um curso menos concorrido (nas públicas). Nem preciso dizer o quão estranho é essa lógica...

Uma idéia (é apenas uma idéia, ok?) seria acabar com todas as instituições públicas de ensino, as repassando para a iniciativa privada. Assim, o Governo poderia direcionar os recursos da educação para aqueles que justamente precisam deles, a exemplo do que ocorre com os outros programas sociais, ou seja, se tiver que pagar uma universidade, pague para quem precisa. Além de uma melhor distribuição de renda, esta medida implicaria em outras melhorias significativas, como o fim da estabilidade (que para mim se tornou um mal nas instituições públicas).

Quais os desafios a serem superados para isso se tornar realidade algum dia? Bem, primeiro seria a aceitação da sociedade, ou seja, nunca! Nossa sociedade acha que o Governo deva ser paternalista, bancando todas as nossas necessidades, seja ela qual for, afinal pagamos um absurdo com arrecadação de impostos. Segundo, um maior comprometimento das instituições particulares com a qualidade do ensino (difícil hein). Em sua grande maioria, essas instituições visam apenas o lucro e pouquíssimas possuem alguma linha pesquisa. Acabam se comportando como um “Escolão de Terceiro Grau”.


Resumindo, o modelo atual não é dos melhores. No entanto, repassar a educação para iniciativa privada pode ser um desastre.


Abraços,

Wesley

Acho que vou mudar o título do tópico...

Brincadeira Srs... a discussão está ótima e eu honestamente estou aprendendo muito...

...

Vamos em frente!

[]s
CB_Lima

kekosam escreveu:Concordo Ricardo. Porém existe um ranso nas universidades com relação a controle, parecido com o que existe na imprensa. Será vestígio da ditadura?

Não aqui é tradição ocidental de ensino mesmo em todas as suas vertentes, ela vem desde as tentativas de censura da Igreja no século IX ao pensamento aristotélico. É o modelo ocidental de universidade que é difundido aqui, Kioto, Paris, Oxford, Berlin etc...claro, que cada um tem suas peculariedades, qualidades e defeitos.

marcelo l. escreveu:

kekosam escreveu:Concordo Ricardo. Porém existe um ranso nas universidades com relação a controle, parecido com o que existe na imprensa. Será vestígio da ditadura?

Não aqui é tradição ocidental de ensino mesmo em todas as suas vertentes, ela vem desde as tentativas de censura da Igreja no século IX ao pensamento aristotélico. É o modelo ocidental de universidade que é difundido aqui, Kioto, Paris, Oxford, Berlin etc...claro, que cada um tem suas peculariedades, qualidades e defeitos.

As diferenças podem ser gritantes. Por exemplo, o formato de pós-graduação na Europa é bem diferente do modelo norte-americano. O Brasil adota o modelo norte-americano de parte dos créditos provenientes de matérias obrigatórias e provas. Na Europa é bem mais solto.

Estava ouvindo a CBNCuritiba esses dias e ouvi a propaganda de um banco local sobre previdência privada. A propaganda tem um consultor que conta uma historinha para provar a importância de pensar no futuro. Quase todas lissões de moral absurdas, mas que vendem. Na que eu ouvi o cara para criticar a falta de esforço, comprometimento, comunismo e ressaltar o egoísmo conta a história de um professor de economia em conflito com a turma em relação as notas e método de avaliação. O problema é que ele critica o modelo de avaliação norte-americano para pós-graduação como maléfico por ser uma forma de comunismo e que não funciona. No fim da a lissão de moral e tales. Uma aberração.

Onde está o absurdo? O cara criticou o método de avaliação das pós-graduações no estilo norte-americano, especialmente das matérias obrigatórias. Isto é, os alunos são avaliados por conceitos (A, B, C, D, E) calculados em cima da média da turma. De um lado, o fundamental é que força a competição por que todos tem que estudar para se manter no mínimo na média e garantir a aprovação e, de outro, avaliação o professor, a dificuldade da matéria e prova. Em pós-graduações acadêmicas não é difícil encontrar provas impossíveis de fazer e que a nota mais alta da turma é 0,5 e a maioria ser zero.

Nas Universidades Federais da vida existem muitas que tem resistência não só ao controle e cobrança de resultados, mas a própria forma de interagir com a sociedade e buscar recursos que não apenas do caminho convencional do governo. Por exemplo, em um departamento de economia um grupo forte não queria que tivesse mestrado profissionalizante, apesar de ser financiado por empresas que geraria ganhos para os participantes e recursos para manter todo o curso. Ao mesmo tempo dois marxistas criticam o mestrado profissionalizante, mas aceitam dar aula e receber por seus mil e poucos reais por uma tarde de trabalho. Afinal eles querem viajar, tem que pagar contas, trocar o carro, etc... E quando alguns liderados por meu orientador põem em prática uma uma relação mais intima com as empresas privadas e buscando dar consultoria no planejamento de programas de expansão, principalmente internacionalização, alguns tem chiliques.

Enfim, cadê o FX que estava aqui?

Segundo Saab, Gripen NG vence Su-35 em simulações na razão de 6:1

SERA ???



Segundo o site Flightglobal, a Gripen International, depois da derrota na Noruega contra o F-35 (JSF), realizou 50 simulações envolvendo o Gripen NG e o JSF, contra uma força de interceptação de Sukhoi Su-35, usando todos os dados disponíveis, incluindo equipamentos de contramedidas e performance de mísseis.

As simulações das Saab teriam mostrado que o Gripen NG equipado com mísseis MBDA Meteor (BVR) e mísseis Diehl BGT Defence IRIS-T (WVR) derrotou o Su-35 na razão de 6:1, ou seja, a cada Gripen NG abatido, seriam abatidos 6 caças Su-35.

Já tô de saco cheio dessa repetição cíclica de assuntos já mais do que debatidos.

Cada um que acredite no que quiser.

No videogame o Gripen ganha todas.

Agora fala sério, o placar foi de 6 a 1. Vide que envolvia o F-35 também.

Seis vitórias para o F-35 e uma vitória para o Su-35, contra o Gripen.

Assim é fácil..


abraços]

Carlos Mathias escreveu:

Já tô de saco cheio dessa repetição cíclica de assuntos já mais do que debatidos.

Cada um que acredite no que quiser.

Particularmente acho muito dificil !!!!


Gostaria muito de ver os SU-35 voando por aqui !!! O Tio Sam teria um Infarto !!!

QUE VENHA O RAFALE !!!!

Vivem num mundo do faz-de-conta mesmo.

Mandem o arquivo do FS com estes dois modelos de aviãozinho ai pra mim. Vou fazer a prova aqui em casa!

Bazinga!!!

Pode parar, isso foi verdade sim. Tá lá no ranking do Gamespot. É só procurar..

Contrato com a Boeing trará negócios para empresa de São Paulo

SÃO PAULO, Brasil, 13 de outubro de 2010 - A Boeing Company anunciou hoje que seu Shared Services Group assinou um contrato multimilionário com a empresa Precision Dormer LLC para a fabricação de brocas de alta velocidade, utilizadas na produção de um amplo portfólio de produtos aeroespaciais comerciais e de defesa da Boeing. As brocas com margem simples e dupla serão fabricadas nas instalações da Precision Dormer em São Paulo.

“Nós apreciamos a alta qualidade e capacidade das operações da Precision no Brasil", disse Doug Perry, diretor de aquisição de equipamentos e ferramentas. "Estamos ansiosos para estabelecer um relacionamento mais próximo com eles como fornecedores para que esses tipos de tecnologias e equipamentos evoluam ao longo do tempo. Este contrato reflete o valor da estratégia de fornecedores globais da Boeing. Permite-nos acesso aos melhores produtos da indústria e nos auxilia na nossa missão de fabricar os melhores produtos aeroespaciais para os nossos clientes ao redor do mundo".

“A Boeing tem o prazer de continuar sua relação com a indústria brasileira, que se estende por mais de 40 anos ", disse Michael Coggins, gerente da campanha do F/A-18E/F Super Hornet para o programa F-X2 da Força Aérea Brasileira. "Este contrato reforça as principais vantagens de se trabalhar com a maior empresa do mundo no setor aeroespacial. A decisão pela escolha do Super Hornet trará oportunidades em todos os setores da Boeing para a indústria brasileira, e também com os nossos parceiros industriais Super Hornet, uma potência industrial de 16 empresas líderes de setor aeroespacial e de defesa, com vendas superiores a US$ 454 bilhões por ano.

A Boeing Shared Services Group é uma divisão da Boeing que oferece serviços internos comuns, incluindo a compra de produtos e serviços sem fins de produção para todas as unidades de negócios da Boeing.

Uma unidade da Boeing Company, a Boeing Defense, Space & Security é uma das maiores empresas do mundo no setor espacial e de defesa, especializada em soluções inovadoras, desenvolvidas sob medida para as necessidades dos seus clientes. É ainda a maior e mais versátil indústria de aviões militares do mundo. Sediada em Saint Louis, nos Estados Unidos, a Boeing Defense, Space & Security é uma empresa com negócios que totalizam US$ 34 bilhões, empregando 68 mil pessoas em todo o mundo.