TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46381 Mensagem por LeandroGCard » Ter Out 12, 2010 8:09 pm

Naval escreveu: Mas como fazer isso sem a inflação voltar Leandro?
A discussão seria muito grande para colocar em detalhes aqui, é melhor procurar algum tópico relacionado lá nos gerais. Mas sendo breve para não desvirtuar muito o tópico, existem muitas outras formas de combater a inflação, a alta dos juros é apenas uma delas e com aplicação bem específica, e não para ser usada de forma contínua.
Vc acha que os investimentos em infra estrutura/parque industrial estão a contento?

Abraços.
Não, mas isto é de conhecimento geral.


Leandro G. Card




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46382 Mensagem por LeandroGCard » Ter Out 12, 2010 8:13 pm

orestespf escreveu:
Centurião escreveu: O Brasil publica mais trabalhos científicos do que a Rússia. A questão é que publica pouco na área de Exatas. O investimento em P&D está acima de 1% (caminhando para 1,5%, a média da OCDE é 2%). O problema é que é em boa parte público.
Centurião, você poderia me informar a fonte que afirma que a Rússia publica menos trabalhos científicos do que o Brasil?

Deixo claro que sou brasileiro e que gostaria muito que isto fosse verdade, porém, para quem é do meio acadêmico, sabe muito bem que esta informação está totalmente incoerente com a prática (os cientistas russos estão entre os melhores do mundo).

É bom que se diga também que existem periódicos ("revistas") que são especializadas para este tipo de publicação e que gozam (ou não) de prestígio no mundo inteiro. Traduzindo para quem é leigo no assunto: revistas e jornais de bancas não contam.

No Brasil a CAPES classifica estes periódicos através de uma padrão internacional, que se chama Qualis (é possível ter alguma informação no site da CAPES, mas o acesso aos periódicos é restrito ao meio acadêmico e aos centros de pesquisas; exige algum "protocolo" para acesso free).


Abração!!!
O problema no Brasil nem é tanto a falta de pesquisas (mesmo na área de exatas), mas a natureza delas. Fazemos até uma quantidade razoável de pesquisa acadêmica, mas a pesquisa aplicada, aquela que é feita dentro das empresas no desenvolvimento de produtos inovadores e que realmente afeta a economia e o desenvolviemnto de um país, é pouquíssima.


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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46383 Mensagem por Centurião » Ter Out 12, 2010 8:25 pm

orestespf escreveu:
Centurião escreveu: O Brasil publica mais trabalhos científicos do que a Rússia. A questão é que publica pouco na área de Exatas. O investimento em P&D está acima de 1% (caminhando para 1,5%, a média da OCDE é 2%). O problema é que é em boa parte público.
Centurião, você poderia me informar a fonte que afirma que a Rússia publica menos trabalhos científicos do que o Brasil?

Deixo claro que sou brasileiro e que gostaria muito que isto fosse verdade, porém, para quem é do meio acadêmico, sabe muito bem que esta informação está totalmente incoerente com a prática (os cientistas russos estão entre os melhores do mundo).

É bom que se diga também que existem periódicos ("revistas") que são especializadas para este tipo de publicação e que gozam (ou não) de prestígio no mundo inteiro. Traduzindo para quem é leigo no assunto: revistas e jornais de bancas não contam.

No Brasil a CAPES classifica estes periódicos através de uma padrão internacional, que se chama Qualis (é possível ter alguma informação no site da CAPES, mas o acesso aos periódicos é restrito ao meio acadêmico e aos centros de pesquisas; exige algum "protocolo" para acesso free).


Abração!!!

Opa Professor Orestes,

Eu achava que essa notícia já tinha se espalhado tanto que não seria necessário postar fontes. Mea culpa. Além disso, eu deveria especificar a pesquisa.

Dando uma rápida olhada, eu não achei a fonte da pesquisa que foi feita pela Thompson/Reuters. Dado que cada instituto usa uma metodologia diferente (i.e. as publicações em que estão inseridos os trabalhos), não é possível dizer se outras pesquisas têm resultados coincidentes. O detalhe é que, na matéria, a previsão de avanço futuro do Brasil no ranking foi dada pelo presidente do Capes.
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, afirmou nesta terça-feira (14) que o Brasil deve chegar nos próximos anos ao ranking dos dez países que mais produzem artigos científicos no mundo. "Assim como o país já possui um dos dez maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do mundo, o objetivo é chegar nesse mesmo patamar dentro dos próximos anos", disse ele durante coletiva de imprensa para divulgação da avaliação trienal de cursos de pós-graduação.

.
.
.

De acordo com o levantamento de 2009, feito anualmente em referência ao ano anterior pela empresa Thomson Reuters, o país ocupa a 13ª posição em produção de artigos científicos, atrás de Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Inglaterra, França, Canadá, Itália, Espanha, Índia, Austrália e Coréia do Sul (respectivamente do 1º ao 12º). O levantamento deste ano (referente a 2009) ainda não foi divulgado.
Mais em:

http://www.olhardireto.com.br/noticias/ ... &id=129649


Abração




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46384 Mensagem por orestespf » Ter Out 12, 2010 8:33 pm

LeandroGCard escreveu:O problema no Brasil nem é tanto a falta de pesquisas (mesmo na área de exatas), mas a natureza delas. Fazemos até uma quantidade razoável de pesquisa acadêmica, mas a pesquisa aplicada, aquela que é feita dentro das empresas no desenvolvimento de produtos inovadores e que realmente afeta a economia e o desenvolviemnto de um país, é pouquíssima.


Leandro G. Card
Você chegou aonde eu queria, Leandro. A pesquisa acadêmica ("a que não é pragmática ou aplicada") é muito expressiva, mas serve para... Por exemplo, os físicos brasileiros são muito conceituados no exterior, porém a grande maioria deles realizam pesquisa em "Física teórica" ("aquela que não dá prêmio Nobel"), que tem mais cara de Matemática do que Física. A Física experimental e aplicada exigem grandes somas em investimentos para pesquisas pragmáticas, mas durante década (ou a vida toda, sei lá) este país nunca investiu neste campo, exigindo que os físicos se especializassem da forma mais barata e possível: cérebro, lápis e papel (como a Matemática).

Lamentavelmente o mesmo acontece nas Engenharias, onde se vê um elevado número de dissertações, teses e artigos em periódicos especializados na forma de teoria, com pouco resultado, quantitativamente falando, nas "aplicadas". Nas demais grandes áreas não é diferente. O que há de "aplicadas" é consequência da luta individual do pesquisador, mais por força bruta e paixão do que por incentivo.

Por outro lado, falta confiança dos setores produtivo ("a ponta") em relação às academias. Se uma empresa pedir consulta técnica a um pesquisador acadêmico sobre como resolver um dado problema (vamos supor que este seja relativamente simples); este a fará, mas será mais ou menos assim: laudo técnico de 500 a 1000 páginas descrevendo tudo, detalhes por detalhes sobre o fenômeno, sobre as características técnicas e teóricas do problema, etc., mas solução prática que é bom, nada! Isto precisa mudar! Quantas vezes já ouvi de colegas: "tenho vergonha de falar sobre algo que desconheço, mas acredito que temos que apresentar algo, então fico restrito ao rigor acadêmico". Pergunto: do que vale isso para quem precisa de uma solução (qualquer uma) em curto prazo? Respondo: pra nada! Insisto, isto precisa mudar!


Grande abraço, Leandro!




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46385 Mensagem por orestespf » Ter Out 12, 2010 8:57 pm

Centurião escreveu: Opa Professor Orestes,

Eu achava que essa notícia já tinha se espalhado tanto que não seria necessário postar fontes. Mea culpa. Além disso, eu deveria especificar a pesquisa.

Dando uma rápida olhada, eu não achei a fonte da pesquisa que foi feita pela Thompson/Reuters. Dado que cada instituto usa uma metodologia diferente (i.e. as publicações em que estão inseridos os trabalhos), não é possível dizer se outras pesquisas têm resultados coincidentes. O detalhe é que, na matéria, a previsão de avanço futuro do Brasil no ranking foi dada pelo presidente do Capes.
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, afirmou nesta terça-feira (14) que o Brasil deve chegar nos próximos anos ao ranking dos dez países que mais produzem artigos científicos no mundo. "Assim como o país já possui um dos dez maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do mundo, o objetivo é chegar nesse mesmo patamar dentro dos próximos anos", disse ele durante coletiva de imprensa para divulgação da avaliação trienal de cursos de pós-graduação.

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De acordo com o levantamento de 2009, feito anualmente em referência ao ano anterior pela empresa Thomson Reuters, o país ocupa a 13ª posição em produção de artigos científicos, atrás de Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Inglaterra, França, Canadá, Itália, Espanha, Índia, Austrália e Coréia do Sul (respectivamente do 1º ao 12º). O levantamento deste ano (referente a 2009) ainda não foi divulgado.
Mais em:

http://www.olhardireto.com.br/noticias/ ... &id=129649


Abração
Olá Centurião,

obrigado pelas infos, alguma coisa já tinha escutado, outras não. O problema não está na "info", mas na veracidade dela.

Explico com um exemplo: durante anos as universidades brasileiras foram "avaliadas" através de uma revista para público adulto masculino. Durante este mesmo período a pós-graduação do país era "avaliada" por um grande jornal paulista.

Certa vez este mesmo jornal apresentou o seu ranking de pesquisa no Brasil, colocando a Matemática lá pra baixo do roda-pé. Pois bem, ouve um rebuliço no meio matemático brasileiro e partiram para o confronto e o direito de contra-resposta. Bem, a pesquisa em matemática no Brasil passou para o primeiro lugar!!!

O que houve? A metologia (se é que se pode usar esta expressão para o caso do jornal) usada levava em conta a quantidade de artigos publicados em periódicos internacionais e só isso. Depois eles faziam um ranking baseado na média obtida entre o número de pesquisadores por área e pelo número de artigos (SIC). Pois bem, a turma da Matemática brasileira disse, grosso modo, que o ranking deveria levar em consideração a média brasileira em relação a média internacional, pois aí haveria um parâmetro real de comparação. Este virou o padrão.

Pois bem, a média de publicação em matemática no Brasil era mais do que o dobro (se não mudou, pois isto apresenta variação de ano pra ano) da média internacional. O segundo lugar (prefiro não citar outra área que não seja a minha; soaria de forma pejorativa) nacional atingia um terço da publicação da média internacional. Então...

Amigo Centurião, existem fatos e fatos, metodologias e metologias, e pense assim: Deus inventou a Matemática, já a contraparte do diabo foi a Estatística (nada pejorativo, amigos da Estatística, apenas um trocadilho). Se ainda não fui claro: apresente um problema a um matemático e ele resolverá o mesmo, lhe fornecendo um número no final (modelo determinístico); apresente o mesmo problema a um estatístico e ele lhe perguntará sobre qual é o resultado que você deseja no final, aí ele realiza cálculos, via "adequação de médias", e leva a gausiana para o número que você deseja (modelo probabilístico). Um exibe os números de maneira nua e crua, o outro pode manipular (não no sentido pejorativo) os números para onde quiser.

Não estou criticando os Estatísticos (os profissionais em si), mas sim a possibilidade que a teoria estatística permite. Os estatísticos são sérios (ao menos todos os que conheço), mas a abordagem teórica, que se baseia em dada metodologia, é pra lá de questionável. Pra muita gente, não, mas pra mim (e outro tanto), sim. Cada um que tenha a sua opinião.

Isto tudo para dizer que os russos publicam mais e em melhor qualidade do que o Brasil. Mas este parâmetro, por si só, não me diz nada (assim como apenas o PIB de uma dada nação). Basta ver a trajetória de um país como a Rússia e a do Brasil para ver quem é quem em conhecimento e domínio tecnológico. A Rússia está em franca queda, mas por falta de investimento, não por competência e habilidade.

Mas extrapolo dizendo que não sou pró-Rússia, sou pró-Brasil (sempre!), mas ignorar este país (gostando ou não dele, inclusive eu mesmo) chega a ser palhaçada, é ofensivo (a eles, a mim não). Os dados estatísticos são importantes, e nos tempos modernos, são fundamentais, mas é preciso saber interpretá-los, não ao pé da letra, porém considerando vários outros fatores e índices.


Forte abraço!!!!




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46386 Mensagem por LeandroGCard » Ter Out 12, 2010 9:00 pm

orestespf escreveu:Você chegou aonde eu queria, Leandro. A pesquisa acadêmica ("a que não é pragmática ou aplicada") é muito expressiva, mas serve para... Por exemplo, os físicos brasileiros são muito conceituados no exterior, porém a grande maioria deles realizam pesquisa em "Física teórica" ("aquela que não dá prêmio Nobel"), que tem mais cara de Matemática do que Física. A Física experimental e aplicada exigem grandes somas em investimentos para pesquisas pragmáticas, mas durante década (ou a vida toda, sei lá) este país nunca investiu neste campo, exigindo que os físicos se especializassem da forma mais barata e possível: cérebro, lápis e papel (como a Matemática).

Lamentavelmente o mesmo acontece nas Engenharias, onde se vê um elevado número de dissertações, teses e artigos em periódicos especializados na forma de teoria, com pouco resultado, quantitativamente falando, nas "aplicadas". Nas demais grandes áreas não é diferente. O que há de "aplicadas" é consequência da luta individual do pesquisador, mais por força bruta e paixão do que por incentivo.

Por outro lado, falta confiança dos setores produtivo ("a ponta") em relação às academias. Se uma empresa pedir consulta técnica a um pesquisador acadêmico sobre como resolver um dado problema (vamos supor que este seja relativamente simples); este a fará, mas será mais ou menos assim: laudo técnico de 500 a 1000 páginas descrevendo tudo, detalhes por detalhes sobre o fenômeno, sobre as características técnicas e teóricas do problema, etc., mas solução prática que é bom, nada! Isto precisa mudar! Quantas vezes já ouvi de colegas: "tenho vergonha de falar sobre algo que desconheço, mas acredito que temos que apresentar algo, então fico restrito ao rigor acadêmico". Pergunto: do que vale isso para quem precisa de uma solução (qualquer uma) em curto prazo? Respondo: pra nada! Insisto, isto precisa mudar!


Grande abraço, Leandro!
Exatamente mestre Orestes, você que é da área conhece exatamente o ponto. Pesquisa acadêmica é muito interessante e mostra a competência dos pesquisadores, mas tem muito pouco impacto no mundo prático, na economia, na vida das pessoas, etc... . O Brasil tem até se saído bem nesta área, mas sem a complementação da pesquisa aplicada isto não servirá para quase nada.

O problema é que mudar isso e passar a ter a pesquisa aplicada como uma coisa mais frequente em nosso país não é simples, pois ao contrário da pesquisa teórica, que basicamente depende apenas da motivação do pesquisador, a pesquisa aplicada depende de uma demanda por inovação que não é comum em nosso país, onde a regra é trazer projetos e produtos de fora para apenas produzir aqui. Fora meia dúzia de empresas (a Embraer, a Petrobrás e a Vale do Rio Doce alguns dos poucos exemplos), os administradores sequer consideram o desenvolvimento de novos produtos como algo de importância estratégica para suas companhias, e acham a criação de produtos novos demasiado arriscado e caro, preferindo comprar lá fora projetos prontos que não embutem nenhum risco.

No próprio campo militar (área mais familiar para os participantes do tópico) isto fica evidente quando nossas FA´s quase sempre acham mais natural procurar projetos estrangeiros para produzir aqui ao invés de tentar desenvolvimentos locais (fragatas, sub´s, mísseis AA, até mesmo simples canhões). E das poucas vezes que tentam algum desenvolvimento local, as especificações iniciais são sempre iguais às de algum produto strangeiro já existente e com o qual as FA´s já estão acostumadas (o que em termos de engenharia chega a ser ridículo, gastar recursos no desenvolvimento do que já existe!).

Com o passar do tempo isto criou uma situação na qual mesmo aqueles poucos que desejam se aventurar no desenvolvimento de alguma coisa nova não encontram uma massa-crítica de engenheiros, técnicos, laboratórios, instalações, etc... que permitam este desenvolvimento, e isto cria um círculo vicioso do qual é difícil escapar.

Mudar isso não é uma tarefa fácil, e envolveria coisas como uma verdadeira política industrial, pesados investimentos em pesquisa aplicada nas universidades, no programa espacial, etc..., e poderia incluir até uma mudança do foco das FA´s na inovação (doutrinária e técnica) que demanda por produtos noos e assim tanto o hábito quanto a massa crítica para que a pesquisa aplicada deslanchasse em nosso país.

Mas jamais vi nenhum movimento ou sequer decçlaração neste sentido de nenhuma autoridade, fosse do governo ou da incontecer.


Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46387 Mensagem por orestespf » Ter Out 12, 2010 9:15 pm

LeandroGCard escreveu:Exatamente mestre Orestes, você que é da área conhece exatamente o ponto. Pesquisa acadêmica é muito interessante e mostra a competência dos pesquisadores, mas tem muito pouco impacto no mundo prático, na economia, na vida das pessoas, etc... . O Brasil tem até se saído bem nesta área, mas sem a complementação da pesquisa aplicada isto não servirá para quase nada.

O problema é que mudar isso e passar a ter a pesquisa aplicada como uma coisa mais frequente em nosso país não é simples, pois ao contrário da pesquisa teórica, que basicamente depende apenas da motivação do pesquisador, a pesquisa aplicada depende de uma demanda por inovação que não é comum em nosso país, onde a regra é trazer projetos e produtos de fora para apenas produzir aqui. Fora meia dúzia de empresas (a Embraer, a Petrobrás e a Vale do Rio Doce alguns dos poucos exemplos), os administradores sequer consideram o desenvolvimento de novos produtos como algo de importância estratégica para suas companhias, e acham a criação de produtos novos demasiado arriscado e caro, preferindo comprar lá fora projetos prontos que não embutem nenhum risco.

No próprio campo militar (área mais familiar para os participantes do tópico) isto fica evidente quando nossas FA´s quase sempre acham mais natural procurar projetos estrangeiros para produzir aqui ao invés de tentar desenvolvimentos locais (fragatas, sub´s, mísseis AA, até mesmo simples canhões). E das poucas vezes que tentam algum desenvolvimento local, as especificações iniciais são sempre iguais às de algum produto strangeiro já existente e com o qual as FA´s já estão acostumadas (o que em termos de engenharia chega a ser ridículo, gastar recursos no desenvolvimento do que já existe!).

Com o passar do tempo isto criou uma situação na qual mesmo aqueles poucos que desejam se aventurar no desenvolvimento de alguma coisa nova não encontram uma massa-crítica de engenheiros, técnicos, laboratórios, instalações, etc... que permitam este desenvolvimento, e isto cria um círculo vicioso do qual é difícil escapar.

Mudar isso não é uma tarefa fácil, e envolveria coisas como uma verdadeira política industrial, pesados investimentos em pesquisa aplicada nas universidades, no programa espacial, etc..., e poderia incluir até uma mudança do foco das FA´s na inovação (doutrinária e técnica) que demanda por produtos noos e assim tanto o hábito quanto a massa crítica para que a pesquisa aplicada deslanchasse em nosso país.

Mas jamais vi nenhum movimento ou sequer decçlaração neste sentido de nenhuma autoridade, fosse do governo ou da incontecer.


Um grande abraço,


Leandro G. Card
Leandro véio, queria ir além do que você disse, mas antecipo que seria como complemento, visto que concordo em grau, número e grau com você. Porém nestes tempos de eleições, bem, não acho prudente opinar mais do que já fizemos (ambos). Não posso afirmar com convicção que tenho a solução para os problemas apontados por você, mas nitidamente tenho as diretrizes em mente, mas passam por ações concretas de ordem governamental, daí preferir não comentar os detalhes neste momento (poderia sugerir críticas ou apologias, seja a quem for).

Em linhas gerais, diria, que a solução teria que vir de cima pra baixo, com investimentos da parte do governo nas universidades públicas, exigindo formação específica naquelas que ainda não centros de referências na "modalidade acadêmica", deixando esta última para que já conquistou. Até hoje só temos reproduções de espelhos, uma fazendo o que a outra já faz; falta originalidade.

Saem editais com o perfil "aplicadas", mas os encaminhamentos... Na falta de algo específico e com o orçamento já destinado, simplesmente aprova-se. Editais implicam em concorrência e os parâmetros de avaliação ainda são acadêmicos, mesmo para os "aplicados"; o resultado não pode ser bom.

Não tem que mudar apenas a mentalidade, é preciso exigir mudança na prática. Dou exemplo singelo: existe um programa de mestrado (stricto senso) na modalidade profissional, só que os parâmetros de avaliação destes programas é baseado no acadêmico, ou seja, os docentes têm que se comportar (publicação) como no modelo "padrão". Isto não faz sentido! Querem que o cara seja um desenvolvedor, que tenha projetos pragmáticos e aplicados, mas exigem que ele tenha um perfil acadêmico. Como assim?!?!?


Forte abraço!!!


PS: fui propositalmente vago, mas sei que me compreende. :wink:




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46388 Mensagem por Centurião » Ter Out 12, 2010 9:22 pm

orestespf escreveu:
Centurião escreveu: Opa Professor Orestes,

Eu achava que essa notícia já tinha se espalhado tanto que não seria necessário postar fontes. Mea culpa. Além disso, eu deveria especificar a pesquisa.

Dando uma rápida olhada, eu não achei a fonte da pesquisa que foi feita pela Thompson/Reuters. Dado que cada instituto usa uma metodologia diferente (i.e. as publicações em que estão inseridos os trabalhos), não é possível dizer se outras pesquisas têm resultados coincidentes. O detalhe é que, na matéria, a previsão de avanço futuro do Brasil no ranking foi dada pelo presidente do Capes.
Mais em:

http://www.olhardireto.com.br/noticias/ ... &id=129649


Abração
Olá Centurião,

obrigado pelas infos, alguma coisa já tinha escutado, outras não. O problema não está na "info", mas na veracidade dela.

Explico com um exemplo: durante anos as universidades brasileiras foram "avaliadas" através de uma revista para público adulto masculino. Durante este mesmo período a pós-graduação do país era "avaliada" por um grande jornal paulista.

Certa vez este mesmo jornal apresentou o seu ranking de pesquisa no Brasil, colocando a Matemática lá pra baixo do roda-pé. Pois bem, ouve um rebuliço no meio matemático brasileiro e partiram para o confronto e o direito de contra-resposta. Bem, a pesquisa em matemática no Brasil passou para o primeiro lugar!!!

O que houve? A metologia (se é que se pode usar esta expressão para o caso do jornal) usada levava em conta a quantidade de artigos publicados em periódicos internacionais e só isso. Depois eles faziam um ranking baseado na média obtida entre o número de pesquisadores por área e pelo número de artigos (SIC). Pois bem, a turma da Matemática brasileira disse, grosso modo, que o ranking deveria levar em consideração a média brasileira em relação a média internacional, pois aí haveria um parâmetro real de comparação. Este virou o padrão.

Pois bem, a média de publicação em matemática no Brasil era mais do que o dobro (se não mudou, pois isto apresenta variação de ano pra ano) da média internacional. O segundo lugar (prefiro não citar outra área que não seja a minha; soaria de forma pejorativa) nacional atingia um terço da publicação da média internacional. Então...

Amigo Centurião, existem fatos e fatos, metodologias e metologias, e pense assim: Deus inventou a Matemática, já a contraparte do diabo foi a Estatística (nada pejorativo, amigos da Estatística, apenas um trocadilho). Se ainda não fui claro: apresente um problema a um matemático e ele resolverá o mesmo, lhe fornecendo um número no final (modelo determinístico); apresente o mesmo problema a um estatístico e ele lhe perguntará sobre qual é o resultado que você deseja no final, aí ele realiza cálculos, via "adequação de médias", e leva a gausiana para o número que você deseja (modelo probabilístico). Um exibe os números de maneira nua e crua, o outro pode manipular (não no sentido pejorativo) os números para onde quiser.

Não estou criticando os Estatísticos (os profissionais em si), mas sim a possibilidade que a teoria estatística permite. Os estatísticos são sérios (ao menos todos os que conheço), mas a abordagem teórica, que se baseia em dada metodologia, é pra lá de questionável. Pra muita gente, não, mas pra mim (e outro tanto), sim. Cada um que tenha a sua opinião.

Isto tudo para dizer que os russos publicam mais e em melhor qualidade do que o Brasil. Mas este parâmetro, por si só, não me diz nada (assim como apenas o PIB de uma dada nação). Basta ver a trajetória de um país como a Rússia e a do Brasil para ver quem é quem em conhecimento e domínio tecnológico. A Rússia está em franca queda, mas por falta de investimento, não por competência e habilidade.

Mas extrapolo dizendo que não sou pró-Rússia, sou pró-Brasil (sempre!), mas ignorar este país (gostando ou não dele, inclusive eu mesmo) chega a ser palhaçada, é ofensivo (a eles, a mim não). Os dados estatísticos são importantes, e nos tempos modernos, são fundamentais, mas é preciso saber interpretá-los, não ao pé da letra, porém considerando vários outros fatores e índices.


Forte abraço!!!!

Opa Professor,

Essa foi uma grande explicação que serviu para entender como as comparações e os rankings podem refletir resultados variados. No entanto, eu já havia alertado para isso na minha mensagem anterior. Não sei a metodologia da pesquisa, sabendo que dependendo dela o resultado varia enormemente. Eu vejo sentido em sua explicação sobre o contexto dos mundos científicos russo e brasileiro. Já tinha idéia disso. Mais uma vez digo que fui leviano ao dar essa declaração sem apostar nas fontes e fazer ressalvas. É preciso considerar (e detalhar) todos os pontos de vista antes de fazer tal assertiva.


Abraços




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46389 Mensagem por orestespf » Ter Out 12, 2010 9:34 pm

Centurião escreveu: Opa Professor,

Essa foi uma grande explicação que serviu para entender como as comparações e os rankings podem refletir resultados variados. No entanto, eu já havia alertado para isso na minha mensagem anterior. Não sei a metodologia da pesquisa, sabendo que dependendo dela o resultado varia enormemente. Eu vejo sentido em sua explicação sobre o contexto dos mundos científicos russo e brasileiro. Já tinha idéia disso. Mais uma vez digo que fui leviano ao dar essa declaração sem apostar nas fontes e fazer ressalvas. É preciso considerar (e detalhar) todos os pontos de vista antes de fazer tal assertiva.


Abraços
Você não foi leviano em nada, Centurião, pelo contrário, trouxe um tema importante para ser debatido no fórum. Tá certo que alongamos muito no assunto que não está relacionado, aparentemente, ao tema do tópico, mas ele permite a capacidade de compreensão no que diz respeito a tudo o que debatemos aqui.

Não faço questão de fonte (não lhe perguntei em sinal de provocação), mas entendi que havia algo que desconhecia (e qual o problema, desconheço quase tudo, ora! :mrgreen: ) e que gostaria de saber um pouco mais. Ninguém é mais ou menos importante por apresentar ou não fontes. No caso do fórum, o importante, pra mim, é o tema do debate, a contribuição que ele traz (ou leva. :mrgreen: ) para a compreensão do assunto primordial proposto pelo tópico.

E só para encerrar, pode ser que eu esteja totalmente equivocado no que disse, então não assuma como verdade, pois é apenas uma opinião e que pode estar totalmente errada. Por isso o debate é importante, pois há questionamentos, promove a massa cinzenta à trabalhar; assim vejo.


Forte abraço, nobre amigo!!!!




Tupi
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46390 Mensagem por Tupi » Ter Out 12, 2010 9:43 pm

orestespf escreveu:...
Por outro lado, falta confiança dos setores produtivo ("a ponta") em relação às academias. Se uma empresa pedir consulta técnica a um pesquisador acadêmico sobre como resolver um dado problema (vamos supor que este seja relativamente simples); este a fará, mas será mais ou menos assim: laudo técnico de 500 a 1000 páginas descrevendo tudo, detalhes por detalhes sobre o fenômeno, sobre as características técnicas e teóricas do problema, etc., mas solução prática que é bom, nada! Isto precisa mudar! Quantas vezes já ouvi de colegas: "tenho vergonha de falar sobre algo que desconheço, mas acredito que temos que apresentar algo, então fico restrito ao rigor acadêmico". Pergunto: do que vale isso para quem precisa de uma solução (qualquer uma) em curto prazo? Respondo: pra nada! Insisto, isto precisa mudar!

Grande abraço, Leandro!
Grande mestre é exatamente isso que se vê.
Para corroborar com esta sua colocação, relato um breve episódio em que participei aqui em BH.
Uma importante industria multinacional, baseada aqui na Grande BH. Após constatação de corrosão em região específica do feixe tubular de um reator de AI 316, resolveu contratar consultoria da UFMG para definir as causas do problema e com base na orientação definir os caminhos para reforma do mesmo e a construção dos novos equipamentos que resultariam na ampliação da planta.
O Estudo da UFMG veio após um ano e depois de varias prorrogações na data de entrega. Num formato de tratado acadêmico com mais de 1000 paginas e sem conclusão nem recomendação.
Uma frustração para a direção da empresa e para os encarregados do projeto de ampliação. Dos quais seu criado estava envolvido.





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
orestespf
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46391 Mensagem por orestespf » Ter Out 12, 2010 9:58 pm

Tupi escreveu:
orestespf escreveu:...
Por outro lado, falta confiança dos setores produtivo ("a ponta") em relação às academias. Se uma empresa pedir consulta técnica a um pesquisador acadêmico sobre como resolver um dado problema (vamos supor que este seja relativamente simples); este a fará, mas será mais ou menos assim: laudo técnico de 500 a 1000 páginas descrevendo tudo, detalhes por detalhes sobre o fenômeno, sobre as características técnicas e teóricas do problema, etc., mas solução prática que é bom, nada! Isto precisa mudar! Quantas vezes já ouvi de colegas: "tenho vergonha de falar sobre algo que desconheço, mas acredito que temos que apresentar algo, então fico restrito ao rigor acadêmico". Pergunto: do que vale isso para quem precisa de uma solução (qualquer uma) em curto prazo? Respondo: pra nada! Insisto, isto precisa mudar!

Grande abraço, Leandro!
Grande mestre é exatamente isso que se vê.
Para corroborar com esta sua colocação, relato um breve episódio em que participei aqui em BH.
Uma importante industria multinacional, baseada aqui na Grande BH. Após constatação de corrosão em região específica do feixe tubular de um reator de AI 316, resolveu contratar consultoria da UFMG para definir as causas do problema e com base na orientação definir os caminhos para reforma do mesmo e a construção dos novos equipamentos que resultariam na ampliação da planta.
O Estudo da UFMG veio após um ano e depois de varias prorrogações na data de entrega. Num formato de tratado acadêmico com mais de 1000 paginas e sem conclusão nem recomendação.
Uma frustração para a direção da empresa e para os encarregados do projeto de ampliação. Dos quais seu criado estava envolvido.
Taí, Tupi, mas um "belo" exemplo sobre o que não deve ser feito. Mas vou direto ao ponto: o modelo acadêmico não é treinado para apresentar soluções, mas para fazer perguntas inteligentes. A arte de saber perguntar é o grande valor nas academias, quem não sabe fazê-las é rotulado; uma lástima. Bem, deixo claro que esta (academicismo) é a minha formação, porém, desculpas ou não, tenho algum grau de consciência sobre o tema e que me incomoda e muito.

Pra quem tem problemas urgentes para resolver, se deparar com perguntas mais "inteligentes" que a originalmente formulada, é pra lá de ofensivo. Isto precisa mudar!


Forte abraço!!!




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46392 Mensagem por suntsé » Ter Out 12, 2010 11:13 pm

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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46393 Mensagem por Left Hand of God » Ter Out 12, 2010 11:14 pm

Meu Deus, nunca vi escreverem tanto. Não há mão que aguente.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46394 Mensagem por orestespf » Ter Out 12, 2010 11:37 pm

Left Hand of God escreveu:Meu Deus, nunca vi escreverem tanto. Não há mão que aguente.
Não há quem aguente é FALTA DE EDUCAÇÃO E RESPEITO, ainda mais para quem se define como aquele que trilha o "caminho da mão esquerda".. :evil: :evil:




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#46395 Mensagem por DELTA22 » Ter Out 12, 2010 11:42 pm

BLÉM BLÉM BLÉM...

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