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Enviado: Dom Nov 11, 2007 9:39 am
por Zepa
Na edição de hoje, domingo, em dois jornais cariocas, O Globo e O Dia, reportagens na primeira página, sobre o sucateamento das Forças Armadas do Brasil. Inclusive, no jornal O Dia, mostra o pátio da Base Aérea do Galeão, com vários Hércules sucateados e até um P3Br já sem várias peças.

Abs.

Zepa.

Enviado: Dom Nov 11, 2007 9:53 am
por Edu Lopes
País gigante, defesa pobre

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Maior e mais populosa nação da América do Sul, Brasil corre para reequipar tropas militares e substituir navios, tanques e aviões sucateados enquanto a vizinha Venezuela se arma até os dentes


Rio - Asfixiadas pelos constantes cortes orçamentários nos últimos anos, as Forças Armadas não hesitaram em bater à porta do Congresso para pedir socorro. Atrás de mais recursos, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica escancararam, em audiências na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a situação precária em que se encontra a máquina de defesa do Brasil. A radiografia apresentada revelou um estado de sucateamento do arsenal brasileiro: aeronaves, veículos e blindados parados por falta de manutenção e de peças; submarinos inativos; fuzis em uso há 42 anos; peças de artilharia da época da Segunda Guerra Mundial; falta de munição para treinamento; projetos de aquisição de armamentos parados.

Enquanto isso, na vizinha Venezuela, o polêmico presidente Hugo Chávez tem ido às compras no mercado bélico, desde 2005, com notável avidez. Começou com a aquisição de 100 mil fuzis Kalashnikov AK-103 e AK-104 russos. Desde então, a cesta venezuelana incluiu radares móveis, submarinos, helicópteros e mísseis-terra. Em julho de 2006, a Venezuela adquiriu 24 exemplares dos cobiçados caças Sukhoi, também da Rússia, considerados os aviões de guerra mais modernos e poderosos do mundo. Foi quando acendeu um sinal de alerta no Brasil. A cúpula militar não admite uma corrida armamentista em curso na América do Sul. O Comando do Exército reconhece apenas que o Chile está em melhor condição em termos tecnológicos. Mas os especialistas vêem motivos para preocupação.

É uma situação que preocupa, principalmente em relação às alianças que podem ocorrer. Não sabemos o que a Venezuela pode fazer para apoiar a Bolívia, com a qual temos um desentendimento. É uma situação nova para o País”, avisa o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Expedito Carlos Stephani Bastos, especialista em assuntos militares. Para ele, se nos próximos 10 anos o País não se atualizar, será superado por Venezuela, Chile e Colômbia. O Brasil destina menos de 2% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas, bens e serviços produzidos no País) com defesa. Deste percentual, a maior parte (80%) é de gastos com pessoal da ativa e inativos. Já o Chile investe 3,1%; a Bolívia, 2,1%; a Colômbia, 2,8%, e a Venezuela, 5,7%.

APOSTA NAS EMENDAS

Na proposta orçamentária enviada ao Congresso, o governo reservou R$ 4,9 bilhões em 2008 para o reaparelhamento (investimentos) das três Forças. É mais que o dobro dos recursos liberados nos últimos cinco anos. Mas corresponde, no entanto, à metade do que Exército, Marinha e Aeronáutica consideram necessário para o ano que vem. Por isso, os comandantes passaram a mirar as emendas dos parlamentares ao projeto.

Os congressistas sensibilizaram-se com os apelos dos comandantes. “Todos reconhecem que as Forças Armadas estão desaparelhadas, numa situação-limite”, afirmou a O DIA o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). No entanto, não há garantia sobre o volume de recursos que serão destinados nem propostas escolhidas. Cu-nha admitiu que não será possível apresentar uma emenda ao projeto de lei orçamentária para cada Arma. Isso porque a comissão só tem direito a três emendas e uma já está reservada ao Itamaraty. A saída seria outra comissão da Câmara abraçar a causa dos militares. Em resumo: nada certo.

ESPECIALISTAS VÊEM ‘REVANCHISMO’

O descaso com as Forças Armadas é atribuída por especialistas a uma ‘revanche’ dos governos civis que sucederam a ditadura militar e reduziram investimentos no setor. A segurança nacional, considerada vital para a manutenção da soberania, acabou perdendo prioridade.

As reivindicações dos militares são associadas à Revolução de 64, apesar de serem estratégicas”, avalia o professor da UFJF Expedito Carlos Stephani Bastos, que vê o quadro se agravar no governo Lula.

Williams Gonçalves, professor de Relações Internacionais da UFF, diz que existe um “ranço da ditadura” em setores da sociedade, apesar da boa imagem no conjunto da população.

Para o professor da UFRJ Domício Proença Júnior, o maior problema é a falta de política de defesa que decida por um projeto de força integrado. “O Ministério da Defesa é o terceiro orçamento da República. A questão é que a decisão de rumo, a direção de defesa, não pode continuar inercial, mais do mesmo”, criticou Proença.

Uma das principais fragilidades apontadas é a proteção do espaço aéreo. Enquanto Venezuela, Chile e Peru têm caças modernos, o Brasil não tem aeronaves capazes de derrubar esse tipo de avião. “Nossa Força Aérea só abate avião de traficante. Estamos praticamente sem avião de caça”, ressalta o professor da UFF Ronaldo Leão.

A exploração de petróleo em águas profundas através de plataformas também é apontada como ponto frágil devido à falta de navios-patrulha por parte da Marinha.

Demora perigosa na reação

Apesar da movimentação venezuelana, o Brasil tem demonstrado demora na reação para reinvestir em suas Forças Armadas, cuja missão de Segurança Nacional prevê patrulhar a costa oceânica e as fronteiras, o que inclui a linha de 12 mil quilômetros que separa a cobiçada Região Amazônica brasileira das nações vizinhas.

Em junho, o Conselho Militar de Defesa, criado para assessorar o presidente da República, se reuniu pela primeira vez no governo Lula. Mesmo assim, o encontro foi convocado por Waldir Pires, um ministro enfraquecido por causa da crise na aviação civil.

A situação das tropas brasileiras e a ação dos países vizinhos foram discutidas, mas Pires não sobreviveu para cumprir o que prometeu: mais recursos para os quartéis e fortalecimento da indústria bélica nacional.

O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, assumiu o lugar de Pires com a promessa de viabilizar investimentos. Por enquanto, comemora o aumento de R$ 3 bilhões nas dotações para investimentos, em 2008, e a criação de grupo de trabalho para elaborar o Plano Estratégico de Defesa Nacional. De imediato, a Aeronáutica teve sinal verde para empenhar US$ 2,2 bilhões com parte de gastos ainda este ano, para retomar o programa de aquisição de 24 a 36 caças, batizado de Projeto FX-2. O programa visa a superioridade da FAB no espaço áreo, hoje comprometida.

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Fonte: http://odia.terra.com.br/brasil/htm/pai ... 133990.asp

Enviado: Dom Nov 11, 2007 10:03 am
por alex
Pena que não se aborda a qualidade do gerenciamento dos militares.
O governo dar o dinheiro para o reequipamento sem exigir mudanças nas tres forças é um erro.
Por exemplo, como o comandante da FAB pode justificar o uso de 700 aviões?

Enviado: Dom Nov 11, 2007 10:24 am
por Brasileiro
Que isso gente, vocês estão loucos? Investir em guerra?

Nós somos um país pacífico, temos que investir na paz. Tanta gente passando fome, desempregado e vocês querendo dinheiro pra guerra...por isso que esse país não anda, aquele povo nos oprimiu nos anos 60 e 70 e agora nós vamos dar moral pra eles? Ahh.... :roll: :twisted:

incorporei o demônio...rsrs



abraços]

Enviado: Dom Nov 11, 2007 10:32 am
por Zepa
Oi Edu

Você não consegue colocar aqui também a coluna do Luis Nassif? Também é sobre a mesma matéria e está bem interessante.
Abs.

Zepa.

Enviado: Dom Nov 11, 2007 10:43 am
por PRick
O problema é o mesmo de sempre a qualidade das repostagens é ruim, fala-se muito besteira, e perde-se a credibilidade neste meio.

O P-3 canibalizado é ótimo, se alguém aqui do DB estava prestando atenção, sabe que a FAB comprou uns 12 P-3, sendo que somente 08 seriam transformado e 04 deles viriam para serem desmotandos para servirem de fonte de peças de reposição. :roll:

Os C-130 estão sendo modernizados, alguns já estão mesmo muito velhos, mas nós também já sabemos que o C-390 acaba de recerber do Congresso 800 milhões para começar seu desenvolvimento.

O O GLOBO abre manchete falando de MBT´s. os Tanques :? , segundo o jornal, estariam todos envelhecidos, parecem que não sabem da compra dos Leo 01-A5. :roll:

Não sei se foi escolhido a dedo, mas aonde escolheram apontar os holofotes, é, exatamente, os locais que estão sendo modernizados. Tenho a impressão que a imprensa conservadora está com medo do Sr. Chavez, é a única explicação para o surto atual.

Para o Governo é ótimo, porque assim tem suporte político para gastar. O único galho, como foi falado aqui, é que não se toca na palavra gerenciamento. 8-]

[ ]´s

Enviado: Dom Nov 11, 2007 11:43 am
por Edu Lopes
Zepa escreveu:Oi Edu

Você não consegue colocar aqui também a coluna do Luis Nassif? Também é sobre a mesma matéria e está bem interessante.
Abs.

Zepa.

Ai vai.
Os sobreviventes da Guerra

Nos anos 80 o Brasil teve uma pujante indústria de defesa, com bom volume de exportações. Nos anos 90 o setor foi esmagado pela ausência de uma política de defesa e pelo aumento desmedido da dívida pública, que passou a consumir a maior parte dos recursos orçamentários. Agora, com a nova Política Nacional de Defesa, anunciada pelo Ministro Nelson Jobim, o que se tem de legado do período anterior?

No artigo “Um olhar sobre alguns projetos ainda viáveis para a indústria de defesa no Brasil”, o pesquisador Expedito Carlos Stephani Bastos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) procede a um inventário do período. Segundo ele, empresas foram sucateadas, mas projetos e projetistas continuam à disposição do novo esforço industrial.

O primeiro destaque é o Ogum, blindado leve desenvolvido pela Engesa – Engenheiros Especializados S/A –, cujas características são a “baixa pressão sobre o solo, aerotransportável, podendo inclusive ser lançado de pára-quedas, extremamente ligeiro, com grande mobilidade e raio de ação além de baixo peso”. O veículo foi desenvolvido para o cliente Iraque, em guerra com o Irã. Os estudos começaram em novembro de 1985 e em maio de 1986 já estava pronto o primeiro protótipo.

Em 1988, um outro protótipo chegou a vencer tecnicamente o Wiesel, veículo alemão consagrado internacionalmente, em uma concorrência em Abu Dhabi.

Diz o analista: “O EE-T4 Ogum ainda é um veículo versátil mesmo para os dias de hoje, seu conceito é extremamente moderno e poderia muito bem ser aproveitado pelo Exército Brasileiro que criou recentemente uma Brigada de Operações Especiais; serviria também para a Brigada Pára-quedista e muitas outras unidades nas mais variadas funções”.

Um segundo equipamento é o EE-18 Sucuri, desenvolvido pela Engesa nos anos 80, a pedido da empresa alemã Rheinmetall, para atender a uma encomenda da Infantaria dos Estados Unidos, que necessitava de um canhão de baixo recuo, para ser acoplado a um veículo de pequeno porte. A Engesa percebeu o potencial e acabou construindo um caça-tanque, utilizando os primeiros sistemas de CAD/CAN existentes na época, quando a eletrônica começou a interagir com a mecânica.

O Charrua é outro projeto, desenvolvido pela Moto Peças S/A, em parceria com o Exército, visando modernizar os tanques M-59, americanos, oriundos da guerra da Coréia. Era o que se denomina de CBTP (Carro Blindado para Transporte de Pessoal), anfíbio, podendo transpor rios e lagos. Foram previstas três versões, mas apenas a primeira chegou na fase de protótipo.

A conclusão do especialista é que “faz-se necessário uma readequação do nosso Parque Industrial de Defesa, com fusões de empresas (...); criar uma agência de aquisição e avaliação de material para as três forças ligadas ao Ministério da Defesa, com poder de decisão e como forma de transformar as forças armadas em operadoras de sistemas de armas e não detentoras de plataformas “A” ou “B” (...) Recriar empresas estatais para produção de material de defesa que não sejam de interesse das privadas (pouca lucratividade, pequenas quantidades e longo tempo de compras)”.

Fonte: Jornal O Dia de 11/11/2007 – Coluna do Luís Nassif

Enviado: Dom Nov 11, 2007 11:48 am
por Tigershark
PRick escreveu:O problema é o mesmo de sempre a qualidade das repostagens é ruim, fala-se muito besteira, e perde-se a credibilidade neste meio.

O P-3 canibalizado é ótimo, se alguém aqui do DB estava prestando atenção, sabe que a FAB comprou uns 12 P-3, sendo que somente 08 seriam transformado e 04 deles viriam para serem desmotandos para servirem de fonte de peças de reposição. :roll:

Os C-130 estão sendo modernizados, alguns já estão mesmo muito velhos, mas nós também já sabemos que o C-390 acaba de recerber do Congresso 800 milhões para começar seu desenvolvimento.

O O GLOBO abre manchete falando de MBT´s. os Tanques :? , segundo o jornal, estariam todos envelhecidos, parecem que não sabem da compra dos Leo 01-A5. :roll:

Não sei se foi escolhido a dedo, mas aonde escolheram apontar os holofotes, é, exatamente, os locais que estão sendo modernizados. Tenho a impressão que a imprensa conservadora está com medo do Sr. Chavez, é a única explicação para o surto atual.

Para o Governo é ótimo, porque assim tem suporte político para gastar. O único galho, como foi falado aqui, é que não se toca na palavra gerenciamento. 8-]


[ ]´s



Amigo Prick,

Concordo contigo,mas quem sabe o Gerenciamento não vem com o Plano Nacional de Defesa?

Enviado: Dom Nov 11, 2007 11:53 am
por WalterGaudério
Edu Lopes escreveu:
Zepa escreveu:Oi Edu

Você não consegue colocar aqui também a coluna do Luis Nassif? Também é sobre a mesma matéria e está bem interessante.
Abs.

]Os sobreviventes da Guerra

Nos anos 80 o Brasil teve uma pujante indústria de defesa, com bom volume de exportações. Nos anos 90 o setor foi esmagado pela ausência de uma política de defesa e pelo aumento desmedido da dívida pública, que passou a consumir a maior parte dos recursos orçamentários. Agora, com a nova Política Nacional de Defesa, anunciada pelo Ministro Nelson Jobim, o que se tem de legado do período anterior?

No artigo “Um olhar sobre alguns projetos ainda viáveis para a indústria de defesa no Brasil”, o pesquisador Expedito Carlos Stephani Bastos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) procede a um inventário do período. Segundo ele, empresas foram sucateadas, mas projetos e projetistas continuam à disposição do novo esforço industrial.

O primeiro destaque é o Ogum, blindado leve desenvolvido pela Engesa – Engenheiros Especializados S/A –, cujas características são a “baixa pressão sobre o solo, aerotransportável, podendo inclusive ser lançado de pára-quedas, extremamente ligeiro, com grande mobilidade e raio de ação além de baixo peso”. O veículo foi desenvolvido para o cliente Iraque, em guerra com o Irã. Os estudos começaram em novembro de 1985 e em maio de 1986 já estava pronto o primeiro protótipo.
Em 1988, um outro protótipo chegou a vencer tecnicamente o Wiesel, veículo alemão consagrado internacionalmente, em uma concorrência em Abu Dhabi.

Diz o analista: “O EE-T4 Ogum ainda é um veículo versátil mesmo para os dias de hoje, seu conceito é extremamente moderno e poderia muito bem ser aproveitado pelo Exército Brasileiro que criou recentemente uma Brigada de Operações Especiais; serviria também para a Brigada Pára-quedista e muitas outras unidades nas mais variadas funções”.

Um segundo equipamento é o EE-18 Sucuri, desenvolvido pela Engesa nos anos 80, a pedido da empresa alemã Rheinmetall, para atender a uma encomenda da Infantaria dos Estados Unidos, que necessitava de um canhão de baixo recuo, para ser acoplado a um veículo de pequeno porte. A Engesa percebeu o potencial e acabou construindo um caça-tanque, utilizando os primeiros sistemas de CAD/CAN existentes na época, quando a eletrônica começou a interagir com a mecânica.

O Charrua é outro projeto, desenvolvido pela Moto Peças S/A, em parceria com o Exército, visando modernizar os tanques M-59, americanos, oriundos da guerra da Coréia. Era o que se denomina de CBTP (Carro Blindado para Transporte de Pessoal), anfíbio, podendo transpor rios e lagos. Foram previstas três versões, mas apenas a primeira chegou na fase de protótipo.

A conclusão do especialista é que “faz-se necessário uma readequação do nosso Parque Industrial de Defesa, com fusões de empresas (...); criar uma agência de aquisição e avaliação de material para as três forças ligadas ao Ministério da Defesa, com poder de decisão e como forma de transformar as forças armadas em operadoras de sistemas de armas e não detentoras de plataformas “A” ou “B” (...) Recriar empresas estatais para produção de material de defesa que não sejam de interesse das privadas (pouca lucratividade, pequenas quantidades e longo tempo de compras)”.

Fonte: Jornal O Dia de 11/11/2007 – Coluna do Luís Nassif


Ter esses três veículos sendo atualizados de novo e sendo produzidos aqui seria um sonho.

Todos teriam que ter seu projeto revisto, mas acho que não seriam nescessários mais do que 12 meses para uma revisão crítica de projeto.

Enviado: Dom Nov 11, 2007 11:56 am
por Sniper
Realmente, sería um sonho...

Ainda tenho esperança que a indústria de blindados no Brasil ressurja.

Enviado: Dom Nov 11, 2007 12:03 pm
por Booz
Humm!!! (Elas já viram "este" filme) :(

1/11/2007 | 0:00
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Mocinho morre no final
Na Aeronáutica, os "modernos" que apóiam o comandante Juniti Saito, contrapõem-se aos mais velhos, que temem que a compra de novos aviões seja um "remake" de um velho filme em que o mocinho morre no final. Como o ex-comandante Luiz Carlos Bueno, que deixou o cargo desprezado.

Enviado: Dom Nov 11, 2007 12:06 pm
por WalterGaudério
jp escreveu:Humm!!! (Elas já viram "este" filme) :(

1/11/2007 | 0:00
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Mocinho morre no final
Na Aeronáutica, os "modernos" que apóiam o comandante Juniti Saito, contrapõem-se aos mais velhos, que temem que a compra de novos aviões seja um "remake" de um velho filme em que o mocinho morre no final. Como o ex-comandante Luiz Carlos Bueno, que deixou o cargo desprezado.


Só estou ESPECULANDO , mas vai que o Saito (ainda)quer realmente o Flanker na FAB, e dá de frente com o pessoal rafalero.

O que q acontece?

Enviado: Dom Nov 11, 2007 12:18 pm
por Bourne
cicloneprojekt escreveu:
jp escreveu:Humm!!! (Elas já viram "este" filme) :(

1/11/2007 | 0:00
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Mocinho morre no final
Na Aeronáutica, os "modernos" que apóiam o comandante Juniti Saito, contrapõem-se aos mais velhos, que temem que a compra de novos aviões seja um "remake" de um velho filme em que o mocinho morre no final. Como o ex-comandante Luiz Carlos Bueno, que deixou o cargo desprezado.


Só estou ESPECULANDO , mas vai que o Saito (ainda)quer realmente o Flanker na FAB, e dá de frente com o pessoal rafalero.

O que q acontece?



Aquele que tiver o maior apóio e a melhor estratégia ganha. mesmo que signifique dizer adeus a carreira.

Enviado: Dom Nov 11, 2007 12:19 pm
por FIGHTERCOM
cicloneprojekt escreveu:
Edu Lopes escreveu:
Zepa escreveu:Oi Edu

Você não consegue colocar aqui também a coluna do Luis Nassif? Também é sobre a mesma matéria e está bem interessante.
Abs.

]Os sobreviventes da Guerra

Nos anos 80 o Brasil teve uma pujante indústria de defesa, com bom volume de exportações. Nos anos 90 o setor foi esmagado pela ausência de uma política de defesa e pelo aumento desmedido da dívida pública, que passou a consumir a maior parte dos recursos orçamentários. Agora, com a nova Política Nacional de Defesa, anunciada pelo Ministro Nelson Jobim, o que se tem de legado do período anterior?

No artigo “Um olhar sobre alguns projetos ainda viáveis para a indústria de defesa no Brasil”, o pesquisador Expedito Carlos Stephani Bastos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) procede a um inventário do período. Segundo ele, empresas foram sucateadas, mas projetos e projetistas continuam à disposição do novo esforço industrial.

O primeiro destaque é o Ogum, blindado leve desenvolvido pela Engesa – Engenheiros Especializados S/A –, cujas características são a “baixa pressão sobre o solo, aerotransportável, podendo inclusive ser lançado de pára-quedas, extremamente ligeiro, com grande mobilidade e raio de ação além de baixo peso”. O veículo foi desenvolvido para o cliente Iraque, em guerra com o Irã. Os estudos começaram em novembro de 1985 e em maio de 1986 já estava pronto o primeiro protótipo.
Em 1988, um outro protótipo chegou a vencer tecnicamente o Wiesel, veículo alemão consagrado internacionalmente, em uma concorrência em Abu Dhabi.

Diz o analista: “O EE-T4 Ogum ainda é um veículo versátil mesmo para os dias de hoje, seu conceito é extremamente moderno e poderia muito bem ser aproveitado pelo Exército Brasileiro que criou recentemente uma Brigada de Operações Especiais; serviria também para a Brigada Pára-quedista e muitas outras unidades nas mais variadas funções”.

Um segundo equipamento é o EE-18 Sucuri, desenvolvido pela Engesa nos anos 80, a pedido da empresa alemã Rheinmetall, para atender a uma encomenda da Infantaria dos Estados Unidos, que necessitava de um canhão de baixo recuo, para ser acoplado a um veículo de pequeno porte. A Engesa percebeu o potencial e acabou construindo um caça-tanque, utilizando os primeiros sistemas de CAD/CAN existentes na época, quando a eletrônica começou a interagir com a mecânica.

O Charrua é outro projeto, desenvolvido pela Moto Peças S/A, em parceria com o Exército, visando modernizar os tanques M-59, americanos, oriundos da guerra da Coréia. Era o que se denomina de CBTP (Carro Blindado para Transporte de Pessoal), anfíbio, podendo transpor rios e lagos. Foram previstas três versões, mas apenas a primeira chegou na fase de protótipo.

A conclusão do especialista é que “faz-se necessário uma readequação do nosso Parque Industrial de Defesa, com fusões de empresas (...); criar uma agência de aquisição e avaliação de material para as três forças ligadas ao Ministério da Defesa, com poder de decisão e como forma de transformar as forças armadas em operadoras de sistemas de armas e não detentoras de plataformas “A” ou “B” (...) Recriar empresas estatais para produção de material de defesa que não sejam de interesse das privadas (pouca lucratividade, pequenas quantidades e longo tempo de compras)”.

Fonte: Jornal O Dia de 11/11/2007 – Coluna do Luís Nassif


Ter esses três veículos sendo atualizados de novo e sendo produzidos aqui seria um sonho.

Todos teriam que ter seu projeto revisto, mas acho que não seriam nescessários mais do que 12 meses para uma revisão crítica de projeto.



Acredito que o projeto SUCURI tenha sido sepultado quando o EB optou por desenvolver o Urutu III, e a partir deste desenvolver um veículo 8x8 como substituto do Cascavel.

Abraços,

Wesley

Enviado: Dom Nov 11, 2007 12:22 pm
por orestespf
O Expedito Bastos não é professor da UFRJ (Univ. Fed. do Rio de Janeiro), ele é Pesquisador da UFJF (Univ. Fed. de Juiz de Fora). :D :D :D