Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Set 30, 2010 8:07 am
Gostaria de lembrar o Governo de Itamar feito de forma Mineira mas muito eficaz.
Pepê Rezende escreveu:Não recebi alertas sobre esse tópico, por isso sumi daqui. Comparar Iraque ao Irã é o mesmo que tentar comparar um boi com um touro de rodeio. Há vários pontos que precisam ser destacados:sapao escreveu:CM,
então pensamos a mesma coisa; mas legalmente é impossivel porque isso quer dizer que teriamos utilizado a tecnologia que dispomos para construir uma nuke.
O que pode ser feito dentro da lei são estudos teoricos e tecnologias de duplo uso, para encurtar um gap caso seja necessario a construção de um artefato.
Prick,
esta historia de poderio Iraniano me faz lembrar o Iraque, que na I Guerra do Golfo era, se não me engano, o 3 maior exercito do mundo, muito mais bem armado do que o Irã é hoje.
O Irã é extremamente limitado na parte de guerra eletronica e dos propios equipamentos em geral, com muita velharia "modernizada" por eles, que eu particularmente duvido da eficiencia contra o que a de mais moderno no ocidente.
Pode parecer preconceito, mas não acho que o desenvolvimento do Irã seja uma surpresa como a russia era na guerra fria.
Na minha opinião vai acontecer o que estamos vendo nos ultimos anos: destruição da suas redes de comando e controle, da força aerea, supremacia no espaço aereo e ai e uma questão de tempo. Logico que haverão baixas, como no Iraque, mas nada que mude o rumo do conflito.
Na parte operacional é sabido que Israel tem as forças de longe as mais profissionais FFAA da região, e no conflito Ira x Iraque existem varios relatos que mostram o nivel de adestramento das FFAA Iranianas; sem contar um fator extremamente importante: la a graduação tem a ver com o fator politico-religioso, o que normalmente leva a um nivelamento mais baixo nas camadas mais altas de decisão.
Irã tem misseis balisticos, concordo, mas e melhor sofrer o ataque deles agora do que quando eles estiverem carregando uma ogiva nuclear.
Sobre o fechamento do estreito de Ormuz e provavel que ele ocorra; mas ai eu te pergunto:
se isso acontece, o que voce acha que vai acontecer com o preço do barril?
Será que isto interessa a alguem (barril a 150, 180 dolares)?
Ate o chavito vai ficar feliz (mas vai dizer o contrario, obvio)...
Minha pinião sobre o que vai ser feito: uma campanha internacional de alguns meses mostrando o quanto o Irã era uma ameaça, motivando os paises vizinhos a tomarem parte no conflito e deixando Israel de fora (identico ao que fizeram com o Iraque).
Orestes, concordo 100%
ps: vi o discurso do Iraniano agora na ONU!
putz, assim fica facil demais...
1. Dizer que Ahmadinejad não possui apoio na população iraniana é falso. A resistência ao regime religioso fundamentalista está concentrada nos grandes centros urbanos em segmentos de classe média alta, a chamada "Classe B". Pode ser o grupo intelectualmente mais preparado, mas não possui penetração nas classes "C", "D" e "E", que apoia o governo;
2. Em minhas análises no Correio Braziliense, durante a Segunda Guerra do Golfo, alertei sobre geografia desfavorável do Iraque, uma verdadeira bola de bilhar. O deserto não oferece proteção à guerrilha. Fora das cidades a resistência não tem qualquer proteção do terreno. As áreas montanhosas estavam sob controle dos curdos, pró-americanos. É pescar em barril! Além disso, a maioria da população, xiita, viu na chegada dos EUA uma possibilidade de impor suas posições contra a minoria sunita;
3. O Irã é uno. A esmagadora maioria da população é xiita e o terreno é montanhoso, ótimo para operações de guerrilhas. O país está preparado contra ataques aéreos e conta com material de ponta russo (inclusive baterias de S-300 - algumas foram entregues -, Bhuk e Tor M2) e chinês (HQ-9, HQ-12 e HQ-64). As usinas de enriquecimento de urânio foram instaladas dentro de montanhas;
4. Os mísseis balísticos, bem mais precisos que os iraquianos, estão sob controle da Guarda Revolucionária Islâmica, a força ideologicamente mais afinada com o regime religioso. Estão montados sobre plataformas móveis, difíceis de serem localizadas. O país possui know how de guerra química, embora haja uma fatwa (decreto religioso que vale mais que lei) proibindo seu uso. Basta revogá-la;
5. Ao enfiar-se dentro do Golfo, a Marinha dos EUA entrou em uma armadilha. É uma área de difícil manobra, relativamente rasa, ideal para a estratégia iraniana de guerra dissimilar. Faria melhor se saísse de lá e se localizasse no Índico. O país possui uma grande quantidade de baterias antinavios móveis e de lanchas invisíveis ao radar equipadas com eles. Também começa a se equipar com pequenos ekranoplanos de difícil detecção. O Estreito de Ormuz é facilmente bloqueável. Ou seja, um verdadeiro pesadelo!
6. Como se não bastasse, a Força Qods, o grupo de operações especiais da Guarda Revolucionária do Irã, está infiltrada em vários países da região e da Europa. Possivelmente até em Israel e nos EUA. Não é um bando de gente primitiva, como se costuma pensar. Quebraram os códigos de comunicação israelenses na última invasão do Líbano, por isso sabiam onde colocar artefatos explosivos improvisados antes da ofensiva, causando grandes baixas entre os bilndados inimigos. Poderiam iniciar ações terroristas em centros urbanos e contra alvos estratégicos, como a usina de Dimona;
7. Paradoxalmente, os EUA contam com apoio iraniano no Afeganistão, como contaram no Iraque, onde Teerã ajudou a pacificar as milícias xiitas. Os hazaras e outros grupos étnicos xiitas recebem armas do Irã para se protegerem do Talibã, sunita e pashtun. Um ataque israelense levaria essa turma a se voltar contra a Otan, criando um problema adicional numa área considerada prioritária para o governo Obama.
8. Ou seja, nem tudo se resolve com poder aéreo, Sapão. É por essas e por outras que os EUA seguram Israel como podem. Uma ação maluca incendiaria o Oriente Médio.
Abraços
Pepê
A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar. Sun Tzu
Enquanto bancar a segurança de Israel, como banca. A bem da verdade, não vejo riscos para o Estado Judeu a não ser os que o próprios políticos conservadores israelenses plantam contra ele. O Irã tem uma mídia contrária na imprensa ocidental. A famosa frase "varrer Israel do mapa" não foi dita, por exemplo. Nas traduções oficiais do discurso dizia que "a forma de governo praticada contra os palestinos iria desaparecer na história, como o apartheid praticado na África do Sul". É bem diferente, não acha?moura escreveu:Caro Pepê,
sou novo aqui mas gosto do tema, fica uma dúvida até quando o USA vão conseguir segurar Israel caso avance o programa nuclear do Irã colocando em risco a segurança do povo judeu?
Itamar limpou o lixo deixado por Collor, não foi pouca coisa...varj escreveu:Gostaria de lembrar o Governo de Itamar feito de forma Mineira mas muito eficaz.
Eu tenho uma teoria para isto, o softpower dos empresários Judeus espalhados pelo mundo ocidental é poderoso demaisPepê Rezende escreveu:
Israel também insiste em ocupar áreas não reconhecidas internacionalmente com a criação de novos assentamentos. É óbvio que é errado, até os EUA afirmam isso, mas ninguém pressiona o país de maneira efetiva para que haja de maneira diferente.
É isso.
Pepê
Pepê Rezende escreveu:Itamar limpou o lixo deixado por Collor, não foi pouca coisa...varj escreveu:Gostaria de lembrar o Governo de Itamar feito de forma Mineira mas muito eficaz.
Plano do Governo Itamar.Não de FHC que na época era Ministro, participou sim da elaboração mas não foi o Presidente que promulgou.GDA_Fear escreveu:O Governo Lula colhe os frutos devido a um plano bem estruturado o plano real, que eles tanto meteram o pau que se diga de passagem...
Na verdade "caiu de paraquedas" como Ministro de Fazenda.varj escreveu:Plano do Governo Itamar.Não de FHC que na época era Ministro, participou sim da elaboração mas não foi o Presidente que promulgou.GDA_Fear escreveu:O Governo Lula colhe os frutos devido a um plano bem estruturado o plano real, que eles tanto meteram o pau que se diga de passagem...
GDA_Fear escreveu:O Governo Lula colhe os frutos devido a um plano bem estruturado o plano real, que eles tanto meteram o pau que se diga de passagem...
varj escreveu:Plano do Governo Itamar.Não de FHC que na época era Ministro, participou sim da elaboração mas não foi o Presidente que promulgou.
Fez um excelente trabalho de coordenação. As idéias de economistas brilhantes foram inovadores e bem sucedidas contra a inflação inercial. Em suma, tivemos 18 anos de bons governos, um diferencial importante na América Latina.thelmo rodrigues escreveu:Na verdade "caiu de paraquedas" como Ministro de Fazenda.
Deixaram aquele xiita neocom do Gustavo Franco(que continua sendo processado até hoje por gestão temerária, se não me engano) no Banco Central, ele criou as Contas CC5 e insistiu em banda cambial deixando o Dólar valer menos que o Real durante quase 02 anos. Resultado, pagamos o preço por isso em 1998. Tecnicamente, o Plano Real acabou em 1999, com o fim da âncora cambial. Em tempo algum o câmbio poderia ter sido deixado na cotação superior ao Dólar. Como vemos hoje, o Governo sabe que o piso do Dólar é por volta de 1,70 a 1,65, nada abaixo disso é aceitável.Jonas Rafael escreveu:Eu já fui um grande crítico ao governo do FHC. Hoje vejo que em parte muitas das suas falhas vieram do custo político de ter que carregar a mala pesada do PFL a tiracolo (o que o Lula passou em menor escala com o PTB). Talvez o maior pecado no campo econômico, e que nos atrasou muito, foi a insistência em manter a paridade artificial com o dólar, que quase nos leva pro buraco. Felizmente a Argentina foi antes (ainda não se levantou) e os caras ao menos tiveram o bom senso de aprender com os erros dos outros.
Tenho um enorme repeito pelo Itamar, acho que a despeito da tentativa dos meios de comunicação em transformá-lo em figura folclórica, foi uma cara que trabalhou sério e ao qual provavelmente a história nunca faça a justiça que merece.
Não me considero um otimista, muito antes um realista, mas vejo a coisa melhorar aos poucos e não é sem motivos não...