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Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 11:04 am
por Penguin
Palpiteiro escreveu:Caro Sávio Ricardo,

A respeito da sua frase "Na minha humilde opnião os três finalistas escolhidos pela FAB (vejam bem... escolhido pela FAB com testes de seus melhores pilotos, conhecimento da fabricação de cada vetor, etc, etc, etc.) neste short list foi p/ que cada interessado si sentisse em vantagem e ao mesmo tempo em desvantagem aos outros dois e assim melhorasem suas ofertas, com isso abaixando valores e aumentando os "brindes"... Quem ganha com isso tudo?? todos nós...

É mais ou menos assim...os tecnicos da FAB, pilotos, brigadeiros escolheram os 03 melhores e entregaram p/ o governo e disse: "Toma, o que a politicagem de vocês escolherem para nós esta bom!", faço o seguinte comentário:

Na minha opinião, a FAB (SDDP-COPAC) tem um "processo de aquisição" consolidado e já empregado em muitos projetos de um passado recente, tais como a seleção do fornecedor dos pacotes aviônicos do F-5M e A-29; modernização do P-3, escolha do transporte leve (Casa 295), F-X1, aeronave presidencial, etc.
A fórmula empregada tem sido sempre a mesma, com os consequentes aperfeiçoamentos decorrentes da experiência adquirida.
Esta fórmula é mais ou menos assim, na minha opinião (palpite):
- As áreas operacionais, logísticas e de pesquisa e desenvolvimento da FAB estabelecem as suas Necessidades Operacionais (NOPs). É o documento onde dizem o que querem em termos de características e desempenho da "coisa" que necessitam para cumprir a sua missão;
- Uma equipe do Estado-Maior (EMAER), com base nos ROPs, e acrescentando o pensamento da cúpula da FAB a respeito do tema, estuda a melhor forma de "adquirir" a "coisa". As alternativas são várias: Simples compra, desenvolvimento na própria FAB, solução mista, etc. etc. Decidida a forma de "aquisição", estabelece os Requisitos Técnicos,Logísticos e Industriais Preliminares (RTLIP) da "coisa";
- Caso a decisão seja a de comprar a "coisa", com o sem desenvolvimento, e com base no RTLIP, o EMAER verifica se exitem fornecedores nacionais para a "coisa". Caso exista, esta será a opção prioritária. Caso não exista, verifica-se no mercado mundial quais poderiam ser os potenciais fornecedores;
- As empresas/países com condições de fornecer a "coisa" passam por um "crivo" da nossa política externa;
- Os que permanecerem recebem uma carta informando da intenção do governo brasileiro, por meio do Comando da Aeronáutica, de adquirir um produto genericamente descrita como "coisa";
- As empresas respondem ao convite. As interessadas recebem um convite para firmarem um "Non Disclosure Agreemente - NDE". Isso tem por objetivo manter sigilo sobre o que a FAB quer e, também, sobre o que a empresa tem;
- Com base no RTLIP, o EMAER envia para as empresas um RFI (Pedido de Informação). Este RFI é complexo e solicita informações sobre absolutamente tudo, desde as características técnicas e logísticas, até preços e transferência de tecnologia e offsets;
- Com base nas respostas, o EMAER toma conhecimento do que realmente existe no mercado, e quais novas tecnologias/sistemas estão em fase de desenvolvimento naquelas indústrias;
- Também com base nas respostas ao RFI, a FAB faz uma "short list", onde são escolhidas as empresas/produtos que mais aderem aos seus requisitos. É uma escolha absolutamente técnica;
- Ainda com base no RTLIP e nas respostas das empresas, onde se toma conhecimento do que existe, e do que em breve existirá, o EMAER consolida o RTLI (agora sem o P de preliminar). Este documento é o que a FAB quer!;
- O RTLI é enviado ao SDDP-COPAC que elabora o RFP (Pedido de Oferta), que são enviados para as empresas shotlistadas. Também é ativada uma comissão de seleção, com a participação de militares e civis de todas as áreas da FAB, operacional, logístico, P&D, financeira, etc.;
- As empresas, depois de 100 dias de prazo, apresentam as suas ofertas;
- Com base nas ofertas, cada equipe inicia as suas análise e prepara correspondências solicitando esclarecimentos pontuais. As empresas também podem solicitar esclarecimentos. As respostas das dúvidas das empresas são respondidas para todas sem mencionar qual delas fez a pergunta;
- Caso surja algum fato relevante, é feito um "ammendment" ao RFP;
- Ainda com o propósito de dirimir quaisquer dúvidas recíprocas, a FAB convoca as empresas para reuniões "face-to-face", onde durante cinco dias cada uma das equipes da FAB discutem com suas contraparte da empresa, todas as dúvidas existentes, tanto quanto ao RFP da FAB, quanto à Oferta da empresa. Isso demanda três semanas.
- Também com base nas ofertas, a equipe de avaliação em vôo da FAB estuda todas as características da cada aeronave (uma equipe para cada aeronave), estuda seus manuais de vôo, levantam suas dúvidas e preparam o planejamento para cada vôo de avaliação. Os voos obedecem ao planejamento da FAB e não os da empresa. Todos os parâmetros são gravados e posteriormente analisados no CTA. (Foi assim que foi descoberto no F-X1 que uma aeronave que todos acreditavam que tinha um alcance extraordinário era apenas bom.)
- Também são feitas visitas com as equipes logísticas e industriais, sendo a mesma para todas as empresas.
- Com base nas informações coletadas durante todo esse período, as empresas apresentam suas ofertas revisadas. O processo se repete (dúvidas, respostas, etc.), porém com mais velocidade pois o universo de incerteza vai se estreitando.
- A FAB então solicita a entrega da BAFO (melhor oferta final).
- O processo de entrga dura 5 dias. No primeiro dia as empresas entregam as ofertas e tem algumas horas para detalhar cada aspecto. A oferta comercial (preços, financiamento e condições) é entregue em envelope lacrado e poucas, muito poucas pessoas tem acesso.
- Nos dias sucessivos, por meio de reuniões frequentes, a FAB dedica-se a retirar eventuais dúvidas da BAFO.
- No último dia, as empresas que quizerem, podem fazer sua última alteração na sua BAFO.
- Após isso, análise das ofertas e confecçaõ de relatórios, que serão mostrados primeiramente ao Comandante da Aeronáutica, e se aprovado por ele, enviado ao MD.

Bem esse é o meu palpite de como o processo foi feito.

Palpiteiro


Que palpite!!
Excelente post! Parabéns!

[]s

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 11:04 am
por Sávio Ricardo
É palpiteiro.... é isso mesmo que quis dizer... só que com menos linhas... Rs...

Quando eu disse:
É mais ou menos assim...os tecnicos da FAB, pilotos, brigadeiros escolheram os 03 melhores e entregaram p/ o governo e disse: "Toma, o que a politicagem de vocês escolherem para nós esta bom!"

Eu não quis dizer que seria tão simples assim... é pq eu não tenho todas estas informações e conhecimento tecnico que muitos aqui do forum possuem... Não tenho amigos dentro da FAB, sou apenas um mineirinho do interior apaixonado pelo Pais e por nossas Forças Armadas, em especial a FAB.

Por isso no final do meu post eu ainda coloque um Ps.:

Ps: Como viram, nem conseguir usar termos tecnicos como a maioria aqui usa eu sei...mas tenho minha opnião e não preciso falar dificil p/ expressa-la...


Não saco nada de termos tecnicos...admiro vocês que sabem, ainda vou chegar neste nivel... [000]

Grande Abraço Palpiteiro...

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 11:40 am
por Gerson Victorio
Palpiteiro escreveu:Caro Sávio Ricardo,

A respeito da sua frase "Na minha humilde opnião os três finalistas escolhidos pela FAB (vejam bem... escolhido pela FAB com testes de seus melhores pilotos, conhecimento da fabricação de cada vetor, etc, etc, etc.) neste short list foi p/ que cada interessado si sentisse em vantagem e ao mesmo tempo em desvantagem aos outros dois e assim melhorasem suas ofertas, com isso abaixando valores e aumentando os "brindes"... Quem ganha com isso tudo?? todos nós...

É mais ou menos assim...os tecnicos da FAB, pilotos, brigadeiros escolheram os 03 melhores e entregaram p/ o governo e disse: "Toma, o que a politicagem de vocês escolherem para nós esta bom!", faço o seguinte comentário:

Na minha opinião, a FAB (SDDP-COPAC) tem um "processo de aquisição" consolidado e já empregado em muitos projetos de um passado recente, tais como a seleção do fornecedor dos pacotes aviônicos do F-5M e A-29; modernização do P-3, escolha do transporte leve (Casa 295), F-X1, aeronave presidencial, etc.
A fórmula empregada tem sido sempre a mesma, com os consequentes aperfeiçoamentos decorrentes da experiência adquirida.
Esta fórmula é mais ou menos assim, na minha opinião (palpite):
- As áreas operacionais, logísticas e de pesquisa e desenvolvimento da FAB estabelecem as suas Necessidades Operacionais (NOPs). É o documento onde dizem o que querem em termos de características e desempenho da "coisa" que necessitam para cumprir a sua missão;
- Uma equipe do Estado-Maior (EMAER), com base nos ROPs, e acrescentando o pensamento da cúpula da FAB a respeito do tema, estuda a melhor forma de "adquirir" a "coisa". As alternativas são várias: Simples compra, desenvolvimento na própria FAB, solução mista, etc. etc. Decidida a forma de "aquisição", estabelece os Requisitos Técnicos,Logísticos e Industriais Preliminares (RTLIP) da "coisa";
- Caso a decisão seja a de comprar a "coisa", com o sem desenvolvimento, e com base no RTLIP, o EMAER verifica se exitem fornecedores nacionais para a "coisa". Caso exista, esta será a opção prioritária. Caso não exista, verifica-se no mercado mundial quais poderiam ser os potenciais fornecedores;
- As empresas/países com condições de fornecer a "coisa" passam por um "crivo" da nossa política externa;
- Os que permanecerem recebem uma carta informando da intenção do governo brasileiro, por meio do Comando da Aeronáutica, de adquirir um produto genericamente descrita como "coisa";
- As empresas respondem ao convite. As interessadas recebem um convite para firmarem um "Non Disclosure Agreemente - NDE". Isso tem por objetivo manter sigilo sobre o que a FAB quer e, também, sobre o que a empresa tem;
- Com base no RTLIP, o EMAER envia para as empresas um RFI (Pedido de Informação). Este RFI é complexo e solicita informações sobre absolutamente tudo, desde as características técnicas e logísticas, até preços e transferência de tecnologia e offsets;
- Com base nas respostas, o EMAER toma conhecimento do que realmente existe no mercado, e quais novas tecnologias/sistemas estão em fase de desenvolvimento naquelas indústrias;
- Também com base nas respostas ao RFI, a FAB faz uma "short list", onde são escolhidas as empresas/produtos que mais aderem aos seus requisitos. É uma escolha absolutamente técnica;
- Ainda com base no RTLIP e nas respostas das empresas, onde se toma conhecimento do que existe, e do que em breve existirá, o EMAER consolida o RTLI (agora sem o P de preliminar). Este documento é o que a FAB quer!;
- O RTLI é enviado ao SDDP-COPAC que elabora o RFP (Pedido de Oferta), que são enviados para as empresas shotlistadas. Também é ativada uma comissão de seleção, com a participação de militares e civis de todas as áreas da FAB, operacional, logístico, P&D, financeira, etc.;
- As empresas, depois de 100 dias de prazo, apresentam as suas ofertas;
- Com base nas ofertas, cada equipe inicia as suas análise e prepara correspondências solicitando esclarecimentos pontuais. As empresas também podem solicitar esclarecimentos. As respostas das dúvidas das empresas são respondidas para todas sem mencionar qual delas fez a pergunta;
- Caso surja algum fato relevante, é feito um "ammendment" ao RFP;
- Ainda com o propósito de dirimir quaisquer dúvidas recíprocas, a FAB convoca as empresas para reuniões "face-to-face", onde durante cinco dias cada uma das equipes da FAB discutem com suas contraparte da empresa, todas as dúvidas existentes, tanto quanto ao RFP da FAB, quanto à Oferta da empresa. Isso demanda três semanas.
- Também com base nas ofertas, a equipe de avaliação em vôo da FAB estuda todas as características da cada aeronave (uma equipe para cada aeronave), estuda seus manuais de vôo, levantam suas dúvidas e preparam o planejamento para cada vôo de avaliação. Os voos obedecem ao planejamento da FAB e não os da empresa. Todos os parâmetros são gravados e posteriormente analisados no CTA. (Foi assim que foi descoberto no F-X1 que uma aeronave que todos acreditavam que tinha um alcance extraordinário era apenas bom.)
- Também são feitas visitas com as equipes logísticas e industriais, sendo a mesma para todas as empresas.
- Com base nas informações coletadas durante todo esse período, as empresas apresentam suas ofertas revisadas. O processo se repete (dúvidas, respostas, etc.), porém com mais velocidade pois o universo de incerteza vai se estreitando.
- A FAB então solicita a entrega da BAFO (melhor oferta final).
- O processo de entrga dura 5 dias. No primeiro dia as empresas entregam as ofertas e tem algumas horas para detalhar cada aspecto. A oferta comercial (preços, financiamento e condições) é entregue em envelope lacrado e poucas, muito poucas pessoas tem acesso.
- Nos dias sucessivos, por meio de reuniões frequentes, a FAB dedica-se a retirar eventuais dúvidas da BAFO.
- No último dia, as empresas que quizerem, podem fazer sua última alteração na sua BAFO.
- Após isso, análise das ofertas e confecçaõ de relatórios, que serão mostrados primeiramente ao Comandante da Aeronáutica, e se aprovado por ele, enviado ao MD.

Bem esse é o meu palpite de como o processo foi feito.

Palpiteiro



Palpiteiro,

se for como seu palpite...muito bom o trabalho da FAB, excelente!! :wink:

você teria mais um palpite...quem leva essa? :mrgreen:

Gerson

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 11:45 am
por Bender
Santiago
Vou dar meu pitaco...

Esse tem sido um processo estruturado e complexo. Está longe de ser a esculhambação que estamos acostumados a ver diariamente nos noticiários políticos. Tem sido um processo que se diferencia do que ocorre cotidianamente. Espero que termine assim, independente do selecionado.

Houve uma 1a fase, onde a FAB/MD solicitou informações aos fabricantes de países "pré-aprovados". A FAB/MD teve acesso (ou não) a informações que iam muito além dos dados superficiais disponíveis para o grande público. Com base nestas informações, ela selecionou as 3 propostas que melhor se adequavam aos requerimentos estabelecidos.

Aqui cabem duas observações: 1) até hoje não foi tornado público os requerimentos estabelecidos. Devem ser confidenciais. Isso não quer dizer que não existam; 2) as informações que a FAB teve acesso são confidenciais. Parece que muitos não se conformam com isso. E com toda certeza foi assinado "non-disclosure agreements" entre a FAB/MD e os 6 fabricantes originais. Ninguém fornece informações sensíveis sem algo assim.

As confidencialidades são um campo fértil para teorias. Para mim o mais palpável é que foram escolhidos as 3 propostas cujos caças atenderam aos requerimentos de desempenho (até aqui nada demais, os outros 3 tb devem ter atendido) e que forneceram informações para todas as questões solicitadas de forma satisfatória.

Isso explicaria pq caças com supostos desempenhos superlativos ficaram de fora.

Quanto ao seu questionamento, de repente a Eurofighter não pode dar respostas a certas demandas da FAB/MD e a Saab deu. Imagine a situação, vc vai adquirir um carro, entra em uma concessionária de um dos seus preferidos (com um puta desempenho segundo as revistas especializadas) e pergunta quanto custa cada revisão e qual a periodicidade. O vendedor da uma enrolada e diz que não pode lhe fornecer essa info. Acho que foi por ai.

Prick, na vida real a avaliação de caças não é feita com informação coletada na Internet. Vc pode torcer ardentemente para o Rafale, mas vc não pode garantir que ele seja a melhor opção para o Brasil. Vc pode torcer para que seja. Essa é a diferença. Da mesma forma, os simpatizantes do SH ou Gripen não podem garantir isso tb.

Para acabar, acho que FAB/MD/Lula estão coordenados desde o princípio. A MB teve o ela selecionou como a melhor opção para o país (SH-60, Scorpene, etc), o EB tb (AFV Iveco). Pq com a FAB seria diferente?

[]s
Seu post é mais que correto e os argumentos são lógicos. [009]

Vou aproveitar e dar meu pitaco também,que não tem 1/10 [000] da categoria do "palpite" do colega Palpiteiro :mrgreen:

Essa questão da preferência por A ou B,é uma coisa pessoal que passa pelo menos no meu caso,por aspectos ideológicos também,minha ótica não mudou até hoje.

Desde o FX0 quando a idéia era uma simples reposição de meios de prateleira,minha visão era que a compra propiciasse o desenvolvimento futuro de uma caça nacional,esse é um sonho meu,e do PRick também, segundo um post dado por ele lá nas navais.

E desde o FX0 eu era contra a compra de material americano,e não porque eles não nos apoiariam a desenvolver uma caça supersônico local,eles fizeram isso em Taiwan e na Coreia,mesmo que com capacidades menores,fariam aqui se fosse negociado,mas o máximo que consiguiriamos seria um treinador avançado,o que para alguns já seria um primeiro passo,mas seria uma aliança que não me atrai.

Minha visão na época era voltada para o que estava acontecendo entre Russia e China,Russia e India o que me levava a pensar que esse caminho de parceria com a Russia nos levaria a um resultado de longo prazo mais ambicioso.

Na época eu tinha em mente uma produção local do MIG29,que fosse evoluindo em sua nacionalização com o tempo,essa possibilidade era crível na minha mente na época,o caça tinha caracteristicas de porte médio que se encaixariam perfeitamente no nosso cenário e até pra ser um caça embarcado futuro da MB,e tinha campo para evoluir,sendo que a MIG já começava a ser relevada em função da Sukhoi no plano industrial Russso,isso poderia ser mais um ponto facilitador a favor.
Mas o Flanker foi o caça indicado e prestigiado pela Russia nessa nossa concorrência,e ele passou a ser minha opção.

Desde a proposta do M2000-5 e a compra de ações pela Dassault eu tinha a venda francesa como uma prateleira disfarçada,que daria menos frutos até do que os americanos.

Mas porque toda essa viajem no tempo?

Porque a escolha de qualquer um dos 6 da lista inicial do atual FX2 nos deixaria fantasticamente equipados sob o ponto de vista do hardware,mesmo cada um deles tendo suas limitações e qualidades específicas.
Mas para mim a questão não mudou de fóco,continua sendo o futuro caça nacional,e de onde ele poderá surgir com mais possibilidades e com mais facilidade e independência futura.

Mas meus pensamentos são elaborados a partir do que leio na midia portanto,posso estar muito longe da realidade,e possivelmente estou.

A proposta dos EUA hoje se observada atentamente,me indica o mesmo que me indicava a 10 anos atrás,mesmo com a mudança de cenário político que ocorreu nesse tempo,voces não tenham dúvida que mediante negociações, nos ajudariam a projetar e fabricar um caça nacional de treinamento avançado e só.
Quais as chances de que essa postura tenha se modificado até o advento da BAFO?Para mim nenhuma.

Minha opção migrou para o Gripen por vislumbrar nessa proposta a maior possibilidade de ter uma caça avançado nacional no futuro,sempre baseado nas noticias e pronunciamentos divulgados pela mídia.
Os riscos da empreitada, se a proposta da SAAB for a escolhida devem ser avaliados pelo governo e pela FAB quanto a sua razoabilidade e concretude.

Quanto ao Rafale,desde o principio a impressão que me passa é que também repete a proposta do M2000-5 de 8 anos atrás,uma semi-prateleira,mas o decorrer da disputa indicou uma mudança de postura,que só vai ser comprovada ser verdadeira se o mesmo for escolhido e os detalhes vierem a público,assim como o que se fala das outras propostas.
Pois o que vem a público para que eu possa formar meu pensamento é muito pouco esclarecedor,e de todos os lados cheira a lobie.

Se a proposta da Dassault for realmente ambiciosa e avançada,seria ótimo também,sendo dos treis o que tem as características de porte médio que eu citei acima quando falava do MIG29.

A questão portanto para mim que prefiro o Gripennão está em rejeitar e arregaçar com o Rafale que é um caça fantástico,muito menos com o F18 um caça avançado e parrudo,a questão está no caça nacional do futuro,,( o qual espero estar vivo para ver voar),cujos primeiros conhecimentos e tecnologia para sua confecção deverão ser colhidos agora e o apoio para seu desenvolvimento também.

O custo financeiro referente a escolha que deverá ser feita,também é apenas mais um item sujeito a especulações,pois só saberemos realmente o tamanho da facada após a divulgação oficial,ai talvez possamos avaliar se o beneficio vai ser equivalente ao custo.

Por outro lado existem opiniões aqui no FDB,de que os tais tots,não passarão de alguns pontos específicos,que não propiciarão desenvolvimento industrial mais avançado,só operacional,por esse ponto de vista tudo que escrevi acima pode ir direto para lata do lixo,e a questão passaria diretamente ou para simples questão do comparativo de hardware em si,somado a decisão política pura e simples levando em conta os interesses do país com relação as alianças que ele deseja formar e objetivos que deseja atingir,que é o que deve acontecer pelo programado desde o inicio do processo.

A questão do futuro caça nacional(izado)passaria a fazer parte de um acordo futuro,e para minha próxima encarnação.

Sds.

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 12:30 pm
por Skyway
Muito bom o palpite palpiteiro! Muito bom mesmo... :mrgreen:
É que muitos perceberam durante todo o processo...a coisa é séria e muito bem feita.

Por isso nunca aceitei discutir Super-Trunfo para o FX-2...


Um abraço!

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 12:52 pm
por gaitero
Skyway escreveu:Muito bom o palpite palpiteiro! Muito bom mesmo... :mrgreen:
É que muitos perceberam durante todo o processo...a coisa é séria e muito bem feita.

Por isso nunca aceitei discutir Super-Trunfo para o FX-2...


Um abraço!
Ora, sem super trunfo nunca conseguiriamos as 950 páginas... de fato, teriamos ai umas 20 forçando a Barra...

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Mas no fundo, bem no fundo, nestas 950 páginas temos informações tão importantes, que quem se der ao trabalho de ler todas, poderá se tornar o sujeito mais inteligênte do mundo.... :roll:

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 1:15 pm
por gaitero
Skyway escreveu:
Sávio Ricardo escreveu::roll: Na minha humilde opnião os três finalistas escolhidos pela FAB (vejam bem... escolhido pela FAB com testes de seus melhores pilotos, conhecimento da fabricação de cada vetor, etc, etc, etc.) neste short list foi p/ que cada interessado si sentisse em vantagem e ao mesmo tempo em desvantagem aos outros dois e assim melhorasem suas ofertas, com isso abaixando valores e aumentando os "brindes"... Quem ganha com isso tudo?? todos nós...

É mais ou menos assim...os tecnicos da FAB, pilotos, brigadeiros escolheram os 03 melhores e entregaram p/ o governo e disse: "Toma, o que a politicagem de vocês escolherem para nós esta bom!"

Cada um dos 03 tem suas vantagens e desvantagens, tudo no mundo é assim.

Outra opnião minha.
F-18 : Exelente caça, lindo, grande persistência no combate, mas o governo dos EUA atrapalha e é um caça ultrapassado.

Gripen : Pouca persistência em combate, mas se a idéia é absorver tecnologia p/ no futuro fabricarmos um caça Brasileiro, oras, modificamos isso quando começarmos o projeto do nosso caça.

Rafale: Não vou dizer seus prós, pq sou torcedor do mesmo... mas o que me intriga é comprarmos muitos equipamentos de um só fornecedor, leia-se, Subs, helicopteros e caso se concretize, os caças.

Mais uma coisa...

Acho impossivel qualquer membro do forum não ter preferência por nenhum...pode ser minima a preferência, mas tem. Nem que seja 33,3333333334 % para um ou outro.

Ps: Como viram, nem conseguir usar termos tecnicos como a maioria aqui usa eu sei...mas tenho minha opnião e não preciso falar dificil p/ expressa-la...

Abraço a todos
Concordo com uns..sei lá, 80%? :mrgreen:

Acho que a manobra da Short-List foi pensada realmente para criar esse efeito de baixa dos preços e aumento dos ganhos, mas acho que a escolha dos 3 finalistas já não foi algo tendendo para o "qualquer um dos 3 está bom" para a FAB.

Não penso que o SH seja um caça ultrapassado, ultrapassada MESMO é a família Flanker... :lol: Acho que o re-projeto dele é bom sim e atual, sendo elogiado por muitos.

E, lógico, não concordo que seja impossível alguem não ter preferência entre os 3. Eu realmente não tenho e não sei porque é difícil as pessoas imaginarem isso...talvez eu veja o FX de maneira diferente desde o re-começo da concorrência.(No primeiro FX eu torci até dizer chega, mas para vários aviões, eu mudava a torcida direto.. :lol: :lol: ). Se fosse pra ter torcida, eu teria pelo Typhoon que é o que eu tenho uma certa fascinação, mas como apaixonado por aviação. Maaas, como ele ta fora... :mrgreen:

Olha, eu tive oportunidade de ouro pra escolher um lado durante a LAAD....pilotei o simulador do F/A-18F, ganhei alguns brindes da Boeing, eu pilotei o simulador do Gripen e ganhei uma porraaada de brinde da SAAB...e não ganhei absolutamente nada da Dassault. E mesmo assim continuo vendo os 3 da mesma forma, até mesmo o Rafale cuja empresa não em deu nem um mísero broche.. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Vou ficar feliz igual não importa qual dos três aviões ganhar, desde que seja repesentado pela melhor proposta para o Brasil. Agora, se for decidido um avião com uma proposta fraca, aí não vou ficar nada feliz. :wink:

Um abração!!!! :mrgreen:
Puts, se você apoiasse um caça por causa do brinde... :mrgreen:

Mas você esta corretíssimo, tão correto que até nem sei o que falar, eu só quis destacá-lo... :wink:

Veja que o Gripen como projeto seria uma opção interessante a ser avaliada pela FAB, ela dando a oportunidade à SAAB, poderia de fato ver se a proposta era viável e se ela renderia realmente tecnologias que nossa indústria aérea, já bem conceituada internacionalmente, poderia absorver. Sendo assim, a eliminação do Su-35 poderia ser concretizada, haja vista que as propostas seriam muito parecidas.

O Rafale, dada suas capacidades, por se tratar de um caça já em uso, e sendo este o principal instrumento de uma das principais forças aéreas do mundo, não poderia ficar de fora, principalmente pela evolução do modelo frente ao seu irmão mais próximo, que seria o Typhoon. Sendo assim, o Typhoon poderia ser eliminado, haja vista que o Rafale supriria sua necessidade.

O F/A-18, sendo um modelo avançado como é, e tendo a mais moderna tecnologia embarcada dentre todos os concorrentes não poderia ficar de fora. Na verdade se os EUA demonstrassem mais piamente vontade frente à negociação envolvendo de fato tecnologias fundamentais, além de uma maior participação político diplomática, seria com certeza o vencedor, da mesma forma, como o F-35 não participou da concorrência a eliminação do F-16 foi perfeita.

Desta forma a Short-List colocou caças diferentes, de governos que possuem filosofias diferentes e ainda permitiu que as ofertas fossem completamente diferentes. Assim sendo, a FAB permitiu que ponto de vistas diferentes dentro da própria força, como a opinião dos mecânicos/pilotos/engenheiros e do governo, fossem avaliados, o que por um lado pode ser arriscado, mas que por outro obrigou os concorrentes a ousar em suas ofertas. Não tenho dúvidas que todas as ofertas hoje em mão brasileiras são as melhores que poderiam ser oferecidas.

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 1:48 pm
por Sávio Ricardo
Opa Gaiteiro... Mas va dizer que você não gosta de ganhar "Brindes"?? :twisted: :twisted:

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 7:03 pm
por Skyway
gaitero escreveu:
Skyway escreveu:Muito bom o palpite palpiteiro! Muito bom mesmo... :mrgreen:
É que muitos perceberam durante todo o processo...a coisa é séria e muito bem feita.

Por isso nunca aceitei discutir Super-Trunfo para o FX-2...


Um abraço!
Ora, sem super trunfo nunca conseguiriamos as 950 páginas... de fato, teriamos ai umas 20 forçando a Barra...

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Mas no fundo, bem no fundo, nestas 950 páginas temos informações tão importantes, que quem se der ao trabalho de ler todas, poderá se tornar o sujeito mais inteligênte do mundo.... :roll:
Tambem acho.... :lol:

Mas se é super-trunfo que enche tópico, então vamos aos Super-Trunfo pessoal!!! Temos que chegar ao post número MIL!!!!
Digam lá, quem puxa mais G's? Quem tem alcance maior no Perfil Hi~Low~Hi com 3~4 Toneladas de carga?
:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Um abraço!

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 7:06 pm
por Skyway
gaitero escreveu:
Puts, se você apoiasse um caça por causa do brinde... :mrgreen:

Mas você esta corretíssimo, tão correto que até nem sei o que falar, eu só quis destacá-lo... :wink:
Valeu pelas palavras Gaitero!

Mas pô, quem não gosta de brindes??? :mrgreen: :mrgreen:

Se a Dassault tivesse me dado alguma coisa, derrepente eu tava fazendo dupla com o Prick! :lol:

Putz, falando sério, se fosse assim era pra eu estar fazendo uma torcida GIGANTESCA pro Gripen NG...eu e uma paulada de gente aqui no DB. :mrgreen:

Um abraço!

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 8:39 pm
por orestespf
Alguém não entendeu algo por aí... Será que fui eu??? :lol: :lol: :lol:

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 8:46 pm
por Skyway
Perdeu os brindes da LAAD.... :lol:

É que eu tava comentando dos brindes que as empresas envolvidas no FX distribuiram durante a LAAD...bonés, gravatas, mouse-pad, pen-drive, chaveiro.....essas coisas. :lol:

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 9:29 pm
por orestespf
Skyway escreveu:Perdeu os brindes da LAAD.... :lol:

É que eu tava comentando dos brindes que as empresas envolvidas no FX distribuiram durante a LAAD...bonés, gravatas, mouse-pad, pen-drive, chaveiro.....essas coisas. :lol:
Só brincadeira, achei que os dois estavam mais íntimos do que nunca. :lol: :lol:

Mas pode me enviar uns brindes também, os recebidos na LAAD, mas nadinha de nada de jogo sujo, pows!!!! :mrgreen: :mrgreen:

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 9:42 pm
por Skyway
Pô, jogo sujo é pelada no mangue...POWS! :mrgreen:

Aqui é só brinde, tipo o mouse-pad que eu uso que tem a foto de um Gripen. :mrgreen:

Se alguma empresa de lá quisesse me dar mais que brindes, eu ia pedir uma passagem, só de ida, pra suécia!...ahhh as suécas..... [100]

Ah, e tinha que levar o cupincha Glauber tambem, já que eu prometi isso a ele uma vez.. :lol:

Re: Rafale News

Enviado: Sáb Jul 11, 2009 9:51 pm
por orestespf
Skyway escreveu:Pô, jogo sujo é pelada no mangue...POWS! :mrgreen:

Aqui é só brinde, tipo o mouse-pad que eu uso que tem a foto de um Gripen. :mrgreen:

Se alguma empresa de lá quisesse me dar mais que brindes, eu ia pedir uma passagem, só de ida, pra suécia!...ahhh as suécas..... [100]

Ah, e tinha que levar o cupincha Glauber tambem, já que eu prometi isso a ele uma vez.. :lol:
Mas o amigo Glauber iria levar a boneca inflável também, a tal sueca borrachuda??? :lol: :lol: