Fórum Defesa Brasil

Pessoal,

Na penúltima edição da revista ASAS o novo Comandante da AvEx (para ser mais preciso assumiu o cargo no ano passado) concedeu uma entrevista a eles. Ela foi positiva pois ele disse (assim como anteriores) que um helicóptero dedicado de ataque (inclusive ressaltou que é sem emprego dual) é considerado fundamental pois dará maior projeção de combate, maior letalidade e maior profundidade no ataque.

Ele está correto: helicópteros como o Bell AH-1Z, Apache, Mil Mi 28, levam pelo menos 16 mísseis antitanques e são bem blindados. O EB vai entrar num outro mundo.

Acho que a opção mais barata talvez sejam os Vipers recém encostados por excesso. Poderia se encaixar bem no programa EDA.

Pena que o COVID prejudicou muito a nossa economia (e a economia mundial também).

Para se ter uma ideia, o Exército britânico decidiu no ano passado simplesmente ficar com apenas 2 Regimentos de Carros de Combate (com o Challengers). Vai deixar a 1st Armoured Infantry Brigade sem Carros de Combate...

Dos 6 destroiers da Classe Daring, apenas 1, a Defender, está em plenas condições de combate e a Diamond parcialmente. As outras 4 da Classe estão indisponíveis.

Eles descomissionaram o navio-tanque Wave Knight que foi comissionado em 2003...semi-novo, ótimo estado, grande, seria excelente adquiri-lo pois temos apenas o Gastão Motta.

Mas o que os estão fazendo descomissionar é o mesmo motivo que não podemos comprar ($ insuficiente)...

No PEEx helos de ataque só em 2031. Se houver grana. E ainda falta testar modelos como o Tiger, os chineses Z-9/10 e também os novos modelos turco e italiano, que até lá já devem ter saído do forno.
E ainda tem a nova versão do Havoc, a muito melhorada Mi-28NM, que está entrando em operação com a força aérea russa.
Vamos ter tempo para deixar a economia voltar aos trilhos e termos melhores condições de compra.
Paciência e caldo de galinha nunca fazem mal.
E pensar em helos de ataque quando não temos helos de manobra sequer em quantidade para dar conta dos 4 Bavex soa contraditório.
Primeiro o básico, depois a gente pensa em outras coisas.

Do Boletim do Exército de fins de 2019. Planejamento de distribuição das aeronaves da AvEx em 2023:

Diz-se que o EB quer 16 helos a priori para substituir os HM-2 e HM-3. Se e quando isso irá acontecer não se tem previsão pela óbvia falta de recursos.
FAB e MB também precisam cobrir o hiato da falta de novos helos que os H225M não cobriram com a aposentadoria de helos antigos.
Temos aí uma boa oportunidade de fazer uma compra conjunta com ganhos para a indústria e para as forças em si.
Ou deixar que cada um se vire, e faça o que bem entender, como sempre.

knigh7 escreveu: ↑Sex Ago 06, 2021 11:56 am Do Boletim do Exército de fins de 2019. Planejamento de distribuição das aeronaves da AvEx em 2023:

um adendo. Pelo planejamento, o único BAvEx que não será capaz de desembarcar um escalão de assalto aeromóvel completo será o de Campo Grande (3º BAvEx).

FCarvalho escreveu: ↑Sex Ago 06, 2021 12:30 pm Diz-se que o EB quer 16 helos a priori para substituir os HM-2 e HM-3. Se e quando isso irá acontecer não se tem previsão pela óbvia falta de recursos.

Sim, quer 16. Está entre o Black Hawk e o AW 139. Com isso acredito que o 3º BAvEx terá a capacidade de desembarcar também o escalão de assalto aeromóvel. O EB não utiliza assento nos BH para desembarque tropas no escalão de assalto. Sentam no chão 4 grupos com 4 de costas um para o outro e 2 na parte da frente levando 18 homens. O AW 139 tem assento para 15 soldados, se tirá-los deve levar mais e o Cougar leva 22. Não é uma diferença grande, os 4 a mais que o EB irá adquirir deve suprir a lacuna.

knigh7 escreveu: ↑Sex Ago 06, 2021 12:36 pm

FCarvalho escreveu: ↑Sex Ago 06, 2021 12:30 pm Diz-se que o EB quer 16 helos a priori para substituir os HM-2 e HM-3. Se e quando isso irá acontecer não se tem previsão pela óbvia falta de recursos.

Sim, quer 16. Está entre o Black Hawk e o AW 139. Com isso acredito que o 3º BAvEx terá a capacidade de desembarcar também o escalão de assalto aeromóvel. O EB não utiliza assento nos BH para desembarque tropas no escalão de assalto. Sentam no chão 4 grupos com 4 de costas um para o outro e 2 na parte da frente levando 18 homens. O AW 139 tem assento para 15 soldados, se tirá-los deve levar mais e o Cougar leva 22. Não é uma diferença grande, os 4 a mais que o EB irá adquirir deve suprir a lacuna.

Não entendi. 4 Cougar a mais?

Nao seria o Jaguar ?

FCarvalho escreveu: ↑Sex Ago 06, 2021 1:57 pm

knigh7 escreveu: ↑Sex Ago 06, 2021 12:36 pm

Sim, quer 16. Está entre o Black Hawk e o AW 139. Com isso acredito que o 3º BAvEx terá a capacidade de desembarcar também o escalão de assalto aeromóvel. O EB não utiliza assento nos BH para desembarque tropas no escalão de assalto. Sentam no chão 4 grupos com 4 de costas um para o outro e 2 na parte da frente levando 18 homens. O AW 139 tem assento para 15 soldados, se tirá-los deve levar mais e o Cougar leva 22. Não é uma diferença grande, os 4 a mais que o EB irá adquirir deve suprir a lacuna.

Não entendi. 4 Cougar a mais?

Não, são 16 ou de Black Hawks ou de AW 139. Substituirão futuramente os 4 BH e os 8 Cougars. Mas isso será decidido em 2024.

Recentemente o EB visitou instalações da ALA 9 , com vistas de uma possível utilização daquela base para abrigar uma futura Bavex na região ! Seria bem interessante , pois atenderia uma parte do nordeste e norte do país ! Alguém sabe que fim levou os C-23 ?

O 1º e o 2º BAvEx estão juntos em Taubaté, um pode ser deslocado para lá. Mas é bom atentar para o projeto do SIFRON na Região Norte. Ele prevê a instalação de destacamentos da AvEx em Boa Visa, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga e no Acre.

A região é grande e o dinheiro é curto. Se o EB instalar um BAvEx em Belém, como nós vamos dar conta dos destacamentos?

Se for apenas estas 4 localidades (ficaram de fora Macapá e Porto Velho, também Comandos de Fronteira) e se tratando apenas de destacamentos, a compra mais lúcida seria a dos AW139, que são mais baratos de adquirir, manter e operar.
Os 16 que se pretende comprar são suficientes para distribuir para estes destacamentos, com 4 unidades daquele helo para cada um. E como se trata de um helo bem mais barato que os BH, fica a perspectiva de mais para frente a fim de expandir a sua utilização para todo o SISFRON, além de propriamente, substituir com vantagem os Pantera K2 no futuro.
No caso do Bavex em Belém, pode transferir o 2o Bavex inteiro para lá que não vai haver problema, caso os 16 AW139 sejam comprados.
Os Jaguar podem ser distribuídos 4 para cada Bavex, além dos Esquilo que continuam operando no 1o e 3o Bavex, com os Pantera K2 distribuindo 8 unidades cada Bavex.
Pessoalmente, entendo que o AW149 seria mais adequado as demandas do EB, mas, como o custo sempre fala mais alto no bolso, e nas compras, do exército, melhor o AW139 do que nada.
Aliás, vender os 4 BH e os 8 Cougar pode ajudar a arrumar helos a mais no caso de novas aquisições. Não devem valer muito, mas em se tratando de comprar helos como os da Leonardo, podem render uma boa economia.

Se colocar as 16 novas unidades nos destacamentos distribuindo para os BAvEx 4 HM-4 (Jaguar) e 8 HM-1 (Pantera) não fecha a conta pois cada batalhão da AvEx precisa desembarcar, no ínimo 120 soldados na primeira vaga.

Se cada BAvEx tiver 8 HM-1 então significa que há 5 disponíveis.
Se cada um tiver 4 HM-4 então significa que há 2 ou, no máximo 3, disponíveis.
Se apenas 1 tiver pane na hora da operação aí pioraria mais ainda.