Fórum Defesa Brasil

Luís Henrique escreveu:Por exemplo, helicopteros Mi-35 poderiam destruir acampamentos das FARC e alguns poderiam pousar para resgatar algumas pessoas.

Ou se for apenas um piloto no meio da selva, poderiamos levar um tanque voador resgata-lo em vez de um heli com menor blindagem.

Especifico demais para uma Força Aérea pobre como é a FAB. Lembro que me criticavam, um deles era o Pepe, dizendo que a FAB não precisava de BH para CSAR, porque o Brasil nunca entrava em guerra. Imagina um Hind. Ah não, mas o Hind é de ataque, pode isso e aquilo. Serve para um e para o outro não. É incrivel. Te contar. Depois eu sou o avinagrado, sou o ideologo-supremo da graxa, puta que o pariu, fico com raiva.

Luís Henrique escreveu:Piffer, acho difícil realmente o Mi-35 ser armado FULL para o combate e ainda levar 8 infantes.

Mas creio que esta capacidade de levar pessoas, seja útil para a FAB, não para enviar combatentes e sim para resgatar pilotos, etc.

Claro que pode. No meu post eu disse que ocasionalmente esse compartimento de carga pode ser utilizado com os mais diversos fins.

Por exemplo, helicopteros Mi-35 poderiam destruir acampamentos das FARC e alguns poderiam pousar para resgatar algumas pessoas.

Ou se for apenas um piloto no meio da selva, poderiamos levar um tanque voador resgata-lo em vez de um heli com menor blindagem.

É justamente aí que o conceito não se sustenta.

O desembarque é sempre a hora mais crítica da missão. Por isso, você sempre precisa de duas aeronaves: enquanto uma está pousada realizando o desembarque, resgate ou seja lá o que for, a da escolta faz o amaciamento do terreno e a segurança durante o pouso.

Vamos agora à situação: você tem dos Hinds com quatro homens cada e com metade do armamento. Ao todo, você tem o armamento de um Hind e oito homens para desembarcar. Cada uma das tripulações têm que saber todos os detalhes do planejamento da escolta e todos os detalhes do desembarque. Você terá que realizar dois pousos em momentos diferentes e você não está usando a capacidade plena das aeronave e nem o adestramento especializado das tripulações.

Outra situação: você tem um Hind e um Cougar. O Hind está armado até a pleura e o Cougar com 25 homens a bordo. Cada tripulação é especializada e está focada em uma parte da missão. As aeronaves estão sendo utilizadas em suas capacidades plenas. O planejamento ficou mais simples, a execução mais rápida e você colocou o triplo de homens no solo.

Eu usei apenas duas aeronaves para simplificar, mas teríamos um escalão de manobra, com várias aeronaves de transporte e um escalão de segurança com várias aeronaves de escolta. Você pode multiplicar pelo número que quiser que o raciocínio continua válido. Da mesma maneira que pode substituir os modelos de aeronaves por outros.

Como eu já falei anteriormente, a capacidade de transporte uma hora de necessidade será utilizada. Eu já tive que levar rações para uma companhia de fuzileiros inteira num Fennec várias vezes. Depois que virou festa fazer a extração de feridos pendurados do lado de fora do Apache, o bagageiro do Mi-28 foi promovido a compartimento de exfiltração para três homens. Os casos são inúmeros.

Mas numa operação planejada, o Hind sempre será o helicóptero de ataque (e apenas de ataque) e outra aeronave fará as funções de transporte e não a mesma aeronave fazendo os dois papéis.

Abraços,

Piffer escreveu:

Luís Henrique escreveu:Piffer, acho difícil realmente o Mi-35 ser armado FULL para o combate e ainda levar 8 infantes.

Mas creio que esta capacidade de levar pessoas, seja útil para a FAB, não para enviar combatentes e sim para resgatar pilotos, etc.

Claro que pode. No meu post eu disse que ocasionalmente esse compartimento de carga pode ser utilizado com os mais diversos fins.

Por exemplo, helicopteros Mi-35 poderiam destruir acampamentos das FARC e alguns poderiam pousar para resgatar algumas pessoas.

Ou se for apenas um piloto no meio da selva, poderiamos levar um tanque voador resgata-lo em vez de um heli com menor blindagem.

É justamente aí que o conceito não se sustenta.

O desembarque é sempre a hora mais crítica da missão. Por isso, você sempre precisa de duas aeronaves: enquanto uma está pousada realizando o desembarque, resgate ou seja lá o que for, a da escolta faz o amaciamento do terreno e a segurança durante o pouso.

Vamos agora à situação: você tem dos Hinds com quatro homens cada e com metade do armamento. Ao todo, você tem o armamento de um Hind e oito homens para desembarcar. Cada uma das tripulações têm que saber todos os detalhes do planejamento da escolta e todos os detalhes do desembarque. Você terá que realizar dois pousos em momentos diferentes e você não está usando a capacidade plena das aeronave e nem o adestramento especializado das tripulações.

Outra situação: você tem um Hind e um Cougar. O Hind está armado até a pleura e o Cougar com 25 homens a bordo. Cada tripulação é especializada e está focada em uma parte da missão. As aeronaves estão sendo utilizadas em suas capacidades plenas. O planejamento ficou mais simples, a execução mais rápida e você colocou o triplo de homens no solo.

Eu usei apenas duas aeronaves para simplificar, mas teríamos um escalão de manobra, com várias aeronaves de transporte e um escalão de segurança com várias aeronaves de escolta. Você pode multiplicar pelo número que quiser que o raciocínio continua válido. Da mesma maneira que pode substituir os modelos de aeronaves por outros.

Como eu já falei anteriormente, a capacidade de transporte uma hora de necessidade será utilizada. Eu já tive que levar rações para uma companhia de fuzileiros inteira num Fennec várias vezes. Depois que virou festa fazer a extração de feridos pendurados do lado de fora do Apache, o bagageiro do Mi-28 foi promovido a compartimento de exfiltração para três homens. Os casos são inúmeros.

Mas numa operação planejada, o Hind sempre será o helicóptero de ataque (e apenas de ataque) e outra aeronave fará as funções de transporte e não a mesma aeronave fazendo os dois papéis.

Abraços,

O que eu penso do Hind é que ele foi um conceito revolucionário criado pelos então soviéticos para fazer parte de uma ofensiva de cavalaria, avançando em conjunto com divisões blindadas. Ao mesmo tempo que atacaria a infantaria inimiga, transportaria grupos de combate que poderiam penetrar fundo nas fileiras inimigas.
O problema é que não deu certo. A aeronave é, como dizem os americanos "jack-of-all-trades, master of none".
Como os soviéticos não precisavam dar satisfação alguma ao publico interno (contribuintes), ficou por isso mesmo e ele foi adotado e introduzido em serviço em larga escala.
O negócio é ver o que a FAB pretende fazer com ele quando estiver em serviço.
Se for C-SAR, uma dupla de Black Hawk armados com um armado com Miniguns e lançadores de foguetes, e outro com o grupo de resgate, apoiados por um elemento de A-29, poderia fazer o mesmo serviço.
Mas acho que ele poderá ser usado em operações de infiltração/exfiltração de comandos, em operações especiais de curta duração (portanto, com os caras portando equipamento leve), levando máximo de combustível e somente o canhão totalmente municiado.

Mapinguari escreveu:Mas acho que ele poderá ser usado em operações de infiltração/exfiltração de comandos, em operações especiais de curta duração (portanto, com os caras portando equipamento leve), levando máximo de combustível e somente o canhão totalmente municiado.

E qual o custo benefício disso? Adotar mais uma linha logística?

Extrategista Bolovo...pergunte aos extrategistas da FAB.....facil nao?

Estratégia é com S. Eu gostaria de saber. Mas como posso entrar em contato?!

Bolovo escreveu:Estratégia é com S. Eu gostaria de saber. Mas como posso entrar em contato?!

Bolovo,

Va ao site da FAB la tem uma seç(ss?)ão...fale conosco

Gerson

Mas vão dar aquelas respostas maravilhosas de sempre.

Bolovo escreveu:Mas vão dar aquelas respostas maravilhosas de sempre.

tenta home....senão...eles nunca vão saber de sua indignação pow!!!

Gerson

Eu acho que o compartimento do helo vai ser utilizado pra entupir de tanques extras de combustível, e assim expandir o alcance dos helicópteros, já que esse item é fundamental quando falamos de selva amazônica na qual você pode voar horas e horas sem ter um local de pouso por perto.

Estou chegando a conclusão que o pessoal da FAB não sabe mesmo escolher... Apenas o bléqui róqui resolve esses pobrema.

Carlos Mathias escreveu:Estou chegando a conclusão que o pessoal da FAB não sabe mesmo escolher... Apenas o bléqui róqui resolve esses pobrema.

CM , 36 Mi-17 seriam de melhor utilidade para a FAB do que 12 Mi-35 . Não há serviço para um MI-35 por aqui . Um Mi-17 carrega 36 soldados equipados . Um Mi-17 pode ser equipado para apoio armado com um leque amplo de opções , inclusive ATGW e canhões , caso haja necessidade de enfrentar as hordas de narcotraficantes e divisões blindadas das FARC , alvo futuro dos Hind . Em tempos de paz carrega gente do Ibama , da Funai , auxilia em catástrofes naturais e sabidamente se dá bem na Amazônia . Por fim , o que me intriga (que parece piada) é que até agora ninguém chegou a uma conclusão sobre qual será o efetivo e precípuo emprego que terão os Hind , e gente especialista e bem explicada tem dado seu pitaco no DB . Acho que teremos um mico na mão , ainda mais se vier all-russian . Será o patinho feio da FAB , mormente em logística e emprego . E nem falei em BlackHawk , CM .

A FAB tem o seu emprego para aeronaves de ataque. Faz escoltas de CSAR, faz SEAD, faz defesa aérea de pontos fixos, faz ataques contra instalações de interesse da defesa aeroespacial. Muitas coisas que em outras forças aéreas é feitos exclusivamente por asas fixas, aqui é feito com helicópteros.

Isso não tem nada a ver com infiltração de comandos, ataque às FARC ou outras destinações "policiais" que se falam por aí. As missões que os Hind irão cumprir serão aquelas que são desempenhadas pelos Esquilos hoje.

Abraços,

Dieneces escreveu:

Carlos Mathias escreveu:Estou chegando a conclusão que o pessoal da FAB não sabe mesmo escolher... Apenas o bléqui róqui resolve esses pobrema.

CM , 36 Mi-17 seriam de melhor utilidade para a FAB do que 12 Mi-35 . Não há serviço para um MI-35 por aqui . Um Mi-17 carrega 36 soldados equipados . Um Mi-17 pode ser equipado para apoio armado com um leque amplo de opções , inclusive ATGW e canhões , caso haja necessidade de enfrentar as hordas de narcotraficantes e divisões blindadas das FARC , alvo futuro dos Hind . Em tempos de paz carrega gente do Ibama , da Funai , auxilia em catástrofes naturais e sabidamente se dá bem na Amazônia . Por fim , o que me intriga (que parece piada) é que até agora ninguém chegou a uma conclusão sobre qual será o efetivo e precípuo emprego que terão os Hind , e gente especialista e bem explicada tem dado seu pitaco no DB . Acho que teremos um mico na mão , ainda mais se vier all-russian . Será o patinho feio da FAB , mormente em logística e emprego . E nem falei em BlackHawk , CM .

Se o Mi-17 fosse escolhido, nao haveria necessidade de EC-725.

[]s

Como o EC725 foi escolhido, não precisamos do Mi-17.