Notícias da Marinha do Brasil

[FCarvalho]

Na falta de qualquer viabilidade para o desenvolvimento de produtos tradicionais para a Defesa, sempre muito caros e distantes do minguado orçamento das forças, a opção por investir em equipamentos e sistemas tecnológicos disruptivos como o acima, são uma saída pragmática e inteligente para a BIDS e as ffaa's.

Talvez seja possível implementar de forma mais célere sistemas C4ISR e EW, além de vetores autônomos, semiautônomos e\ou guiados terrestres, aéreos e navais a fim de dotar principalmente as OM responsáveis pela lida direta das fronteiras e litoral.

Porque se para comprar tanque, caça e navio é sempre uma epopéia, talvez com sistemas menores e mais ao alcance do bolso a história seja diferente. Mas para isso precisamos dar o primeiro passo, que é sempre o mais difícil. E o mais difícil para quem comanda as ffaa's é sair do sôfrego e calmo marasmo material e doutrinário existente. O tempo urge.

[FCarvalho]

Eles reduziram apenas entre 4 e 5%. Ainda tem muita gordura, em especial o EB. Está cheio de quartel espalhado aqui no Centro-Sul representando uma necessidade estratégica que na verdade não existe há mais de 30 anos.

Olá @knigh7

O EB, em especial, a meu ver tem um problema muito mais de organização\distribuição das OM que possui do que propriamente de excesso de pessoal. O exemplo mais simples e notório é a quantidade de bdas nas regiões norte e nordeste que simplesmente só existem no papel, sem qualquer proximidade com uma capacidade de combate real, dada a ausência de elementos básicos de apoio à tropa, ao contrário das OM concentradas no sul-sudeste do país, como bem disseste, onde sobra pessoal e quartel. Mas sabes bem o tamanho da merda que é tentar tirar até tiro de guerra destas regiões e movimentar para outras.

O caso da MB é emblemático porque os almirantes se negam peremptoriamente a aceitar o fato de que a MB não pode ser duas coisas ao mesmo tempo, ou seja, ser marinha de guerra e guarda costeira. Simplesmente não existe espaço e recursos para as duas coexistirem na mesma instituição no Brasil há muito tempo. Mas, fato é que a MB recebe alguns trocados nestas tarefas de polícia marítima que ela faz, e não quer abrir mão delas, também. Tirar uma eventual guarda costeira do comando dos almirantes é pior ainda. Como já disse de outras vezes, se tirar todo o pessoal hoje ligado às atividades de guarda costeira da MB, corta-se no mínimo pela metade o pessoal existente. Mas ninguém quer se responsabilizar por isso, claro. Nem no congresso e muito menos no MD e governo. Essa briga ninguém compra.

Quanto à FAB é das forças a que menos tem, a meu ver, problemas com pessoal. O que tem de ser feito é a reorganização das prioridades dentro da força, de forma que as suas missões primárias e respectivas OM sejam dotadas com a quantidade necessária e indispensável de pessoal especializado. E isso se faz com decisões intra força, e não de fora para dentro. Se os brigadeiros ainda insistirem em manter-se ligados à atividades que poderiam ser realizadas por outras organizações públicas, ou pessoal civil de outras áreas do poder público que não ligados à FAB, fica difícil as coisas melhorarem em qualquer horizonte de tempo.

Talvez o maior problema para se tentar diminuir e\ou realocar pessoal nas ffaa's seja justamente a insistência delas em manter-se agarradas à tarefas e\ou funções que poderiam ser executadas por outras áreas da administração pública, mas que por motivos de tradição, pura e simples desconfiança de civis, ou por acreditar que só eles podem desenvolver por questões de qualificação e\ou envolvimento com tais atividades, eles não abrem mão.

Eis o porque de o EB fechar a cara para um "Corpo de Carabineiros" no Brasil, como já aludi aqui no DB em tópico específico, com funções de guarda de fronteira e segurança interna, ou a MB não abre mão de suas funções de guarda costeira, e ainda a FAB não sai do controle, mesmo que indireto, de muitas atividades ligadas à aviação civil e aeroespacial no país.

Enfim, tem coisas que realmente eu até concordo que os militares tenham certa participação, mas no geral, se abrissem mão de muitas atividades que fazem enquanto "missão subsidiária", com certeza haveria mais espaço para se investir em coisas que realmente lhes são mister. Mas até os governos deste país não colaboram neste sentido, usando os militares como "pau de escora" para quase tudo que acontece por aqui. As notícias nos jornais quase que diariamente não me deixam mentir. E os militares parece não fazer a mínima questão de alterar este quadro.

[knigh7]

O EB tendo um efetivo de 200 mil talvez seja aceitável devido a necessidade de aumento de tropas em toda a Região Norte.

[knigh7]

https://www.naval.com.br/blog/2024/08/2 ... omandante/

[saullo]

A Marinha vai acabar antes do SSN ficar pronto.

Abraços

[knigh7]

Se mandar a MB chefiar a Agência Espacial Brasileira os almirantes vão criar um projeto pra mandar uma espaçonave tripulada para a Lua na década de 2.030.

[FCarvalho]

Está todo mundo entrando na realidade de um país mal governado, mal gestado e com as finanças públicas sendo levadas à reboque de "políticas sociais", dentre outras, de cunho mais que duvidosas, e indiferente às necessidades da administração pública federal.

As ffaa's faz tempo foram transformadas em rodapé de afazeres insalubres a outros organismos do Estado e totalmente fora de suas atribuições primárias "pela falta do que fazer."

Enfim, dizer o que. Estamos falidos e mal pagos.

Será que ainda dá tempo de alugar o Brasil?

[Pablo Maica]

Se mandar a MB chefiar a Agência Espacial Brasileira os almirantes vão criar um projeto pra mandar uma espaçonave tripulada para a Lua na década de 2.030.

E em 2026 já não vão ter dinheiro nem pra comprar clips de papel.


Um abraço e t+

[gogogas]

O cisne Branco está quebrado em Portugal desde julho , o orçamento que fizeram passa dos milhões

[joabraga13]

Índia oferece fragatas avançadas ao Brasil

Em uma manobra estratégica para aprofundar os laços de defesa, a Índia propôs uma versão modificada de sua fragata da classe Nilgiri (P-17A ou Project-17 Alpha) para a Marinha do Brasil. Esta oferta surge no momento em que o Brasil está expandindo suas capacidades navais com o programa de fragatas da classe Tamandaré.

Atualmente, o Brasil está construindo quatro fragatas da classe Tamandaré, pela ThyssenKrupp Marine Systems, embarcações com um deslocamento de cerca de 3.500 toneladas. Em contraste, a fragata da classe Nilgiri, construída pela Índia, é significativamente maior, com um deslocamento de 6.670 toneladas.

O Mazagon Dock Limited (MDL), o estaleiro responsável pelas fragatas da classe Nilgiri, supostamente ofereceu Transferência de Tecnologia (ToT) ao Brasil, permitindo que a nação sul-americana fabrique localmente essas avançadas embarcações de guerra.

Enquanto a Marinha do Brasil considera adquirir de 4 a 6 novas fragatas, a principal motivação por trás desta aquisição parece ser a integração do míssil de cruzeiro BrahMos em seu sistema de defesa costeira. O Brasil expressou grande interesse em adquirir este potente sistema de armas.

Este potencial acordo representa um grande avanço nas exportações de defesa da Índia e ressalta a crescente parceria estratégica entre as duas nações. Também destaca a emergência da Índia como um centro global de construção naval e tecnologia de defesa.

https://www.naval.com.br/blog/2024/08/3 ... ao-brasil/

Se for como moeda de troca do KC-390, prefiro muito mais 1 ou 2 dessas do que o trambolho do Akash.

[knigh7]

Os indianos estão até negando a integração do radar Saber M200 para o Akash vão fazer ToT da Classe Nilgiri. Piada.

"Ah, mas veja bem, vai ter ToT sim, dos parafusos da Nilgiri". Ufa, seria uma grande ToT.

[FCarvalho]

São navios com mais de 6 mil ton de deslocamento.
A MB já conseguiu a proeza de transformar uma corveta em um fraveta com preço de fragatas de 4\5 mil toneladas.
O que os almirantes não fariam se colocassem as mãos em um navio como este indiano...

[FCarvalho]

O Brasil será palco para um encontro inédito.
Fuzileiros Navais da PLAN e do USMC, junto a outras tropas estrangeiras, farão um exercício conjunto com o CFN até o fim deste ano.
A parte burocrática da autorização para a entrada e permanência das tropas já foi ultrapassada, e estamos em vias de organização de todo o processo.
O exercício atual em Formosa\GO que o CFN tradicionalmente realiza está sendo feito em conjunto com EB e FAB, a fim de, também, preparar a tropa para esta simulação com chineses e norte americanos.
Vai ser algo muito estranho, e raro, de se ver.