Fórum Defesa Brasil

Vou deixar aqui este vídeo sobre este IFV sul coreano K-21 porque acredito que ele, também, possa ser oferecido ao EB além do AS-21 RedBack, mais moderno, e mais caro, para o programa VBC FUZ.



A meu ver, em termos de requisitos operacionais, este blindado sul coreano atende praticamente a todos que foram propostos para a VBC FUZ, além de ter ser naturalmente anfíbio, que para o EB é uma característica muitíssimo importante em um país praticamente entrecortado por milhares de veios d'água.

Como no caso do bldo turco, ele também pode ser equipado com uma torre belga com canhão 105mm, embora a versão em 120mm também tenha sido proposta, mas não é mais oferecida pela empresa.

Se os sul coreanos abrirem mão da torre original do veículo para colocar a que for apontada pelo exército, e isto não implicar em alta de custos que deixe o mesmo menos atrativo em relação a outras propostas, inclusive o AS-21 equipado com uma versão avançada da UT30 Mk II israelense, ele pode ser uma opção extremamente válida para nós, inclusive se puder ser montado no Brasil e ter sua logística nacionalizada o mais que possível. E neste aspecto, creio que os sul coreanos não teriam problemas, pelo contrário. A questão é se a indústria nacional teria condições de abastecer as linhas de montagem e servir a manutenção destes bldos.

A ver.

Já que se diz que outros bldos querem tentar a sorte por aqui, vindo nos visitar in loco, para o programa VBC CC e, potencialmente, no VBC FUZ, renovo aqui a minha lista de preferências:

1. TULPAR - Turquia
2. K-21 - Coreia do Sul
3. AS-21 - Coreia do Sul
4. CV-90 - Suécia\GB
5. VN-17 - China

Os turcos tem mais de um IFV SL que podem apresenta para a VBC FUZ, mas, temos que esperar para ver quais empresas da BIDS deles serão liberadas pelo governo para tratar de vender seus produtos por aqui.

Como um modelo já foi liberado, e vai aparecer aqui mês que vem, talvez seja apenas questão de tempo até o Tulpar vir nos visitar também.

ps: eu não ficaria exatamente de todo surpreso se os sul coreanos resolverem aparecer sem convite por aqui com K-1A2 e K-21 com uma proposta "imoral" de produção sob licença, e nacionalização de mais de 70% de ambos blindados, a preços de lojas de $ 1,99 e apoio da ABIMDE e empresas EED da nossa base industrial.

O K-21 ser oferecido pro Brasil é tão impossível quanto o K1A2. Um não se fabrica mais, outro é apenas uma modernização pros K1E1 - e futuramente K1A1 - e os Sul-Coreanos focam demais nos produtos que possuem para exportação, que é o caso do AS21 e K-2M.

gabriel219 escreveu: ↑Sáb Mar 30, 2024 7:52 pm O K-21 ser oferecido pro Brasil é tão impossível quanto o K1A2. Um não se fabrica mais, outro é apenas uma modernização pros K1E1 - e futuramente K1A1 - e os Sul-Coreanos focam demais nos produtos que possuem para exportação, que é o caso do AS21 e K-2M.

A questão a ser vista é o famoso custo x benefício.

No caso da realidade brasileira, se os sul coreanos compreenderam corretamente o quanto o assunto Defesa no país é algo tão sem importância quanto o valor do salário mínimo, vão fazer propostas que caibam ante de tudo no bolso dos generais, ou seja, focar na capacidade orçamentária do exército em manter e suprir as soluções aventadas, e que se alinhem aos requisitos operacionais e, principalmente, aos RTLI.

A meu ver, pelo que consigo perceber dos projetos e decisões nos últimos tempos, o exército tem dado muito mais valor ultimamente a estes do que aqueles.

Nada impede que os sul coreanos nos ofereçam, ou vendam, os direitos proprietários do projeto do K-1, ou apenas o direito para produção sob licença do projeto dele, incluindo todas as modificações necessárias que atendam aos RO e RTLI emanados, ao mesmo tempo que o façam, também, em relação a um hipotético K-2 BR.

Ambos CC podem atender em maior ou menor medida as necessidades e requisitos do exército, com a ressalva de custos diferentes. No caso do K-1 isto pode, em tese, ser obtido a valores bem mais atraentes ao erário público e à capacidade de investimento orçamentário do exército, que não tem perspectivas de revisão positiva em prazo visível.

No caso do K-2 implicaria, salvo erro, em custos muito mais altos para se obter o mesmo resultado, e talvez o EB não tenha, ou não queira, dispor de capacidade para arcar com esta opção de acordo com os recursos que possui hoje, e a necessidade de investir continua e paralelamente em outros projetos estratégicos em voga, ou que virão até o final desta década. idem para a mesma lógica das VBC FUZ para o K-21 e AS-21.

Salvo melhor juízo, um K-1A2 BR necessitaria apenas trocar o canhão atual de 120\44 para o 120\55 que equipa o seu irmão mais novo, visto ser um dos critérios da VBC CC o calibre da arma principal de pelo menos 120\50. No mais, ele poderia contar com todos os insumos tecnológicos equivalentes ao K-2 adaptados a si, de acordo com o que o exército desejar.

Óbvio que comercialmente é muito mais negócio tentar emplacar o K-2 e o AS-21 no exército, e esquece o resto. Mas também deve-se atentar para o fator custo sempre em qualquer oferta. E não estou me referindo apenas a custos do negócio em si, mas a tudo o que se seguirá à assinatura do contrato, principalmente a parte que diz respeito à logística de suporte e operação de qualquer CC escolhido. Para isso, os sul coreanos, e quem mais quiser tentar a sorte com o EB, terá invariavelmente de conversar com a nossa BIDS e ver onde e como ela pode se encaixar ou não na sua proposta. Isto é condição sine qua non para o exército.

No final, quem oferecer a melhor relação custo x benefício em termos operacionais, logísticos, industriais e tecnológicos terá vantagem na hora de ter seus produtos e soluções avaliados pelo exército. Apesar das distâncias, o pessoal tem aprendido algumas coisas com o conflito na Europa e outros recentes. Se vamos conseguir implementar estas aprendizagem, bem, creio que isso não depende apenas do exército. Aí já viu. Pode acontecer qualquer coisa. Ou nada.

Flávio, não irão, mesmo se perdirmos, é AS21 ou K-2M. K1A2 e K21 só se comprarmos de uso dos Sul-Coreanos e modernizarmos, ainda assim é impossível a aquisição.

Particularmente eu creio que os sul coreanos estão matutando até agora uma maneira de oferecer a dupla K-2 e AS-21 de tal forma que o EB não consiga dar desculpas para a sua negativa, mesmo com peso e valores superiores do CC.

Mas, como já dizia o nosso querido Reginaldo Bachi: "no Brasil, com dinheiro tudo se resolve". E aposto nisso para o exército se deixar convencer pelos sul coreanos. Não tem outra saída, apesar dos custos muito mais altos de ambos blindados.

E aqui temos a possibilidade de vermos até onde a nossa BIDS e indústria de base é capaz de fomentar, ou não, uma proposta para a fabricação sob licença destes dois veículos no país, mesmo que a priori eles sejam importados, já que ninguém vai produzir nada localmente para apenas 65\78 veículos.

A ver.

Vou deixar os dois vídeos acima aqui. Se tiverem procedência, o K-21 ainda não está morto para o mercado de exportação, e os sul coreanos estão apostando nele para a concorrência na Letônia.

Uma análise recente do K-21 no mercado internacional.

Vou deixar aqui este vídeo porque ele diz respeito ao Tulpar, que é um IFV SL de origem.
A proposta ítalo-turca com a torre Hitfact do Centauro 2 torna este veículo mais atraente ao EB, dentro da perspectiva de uso de MMBT como opção ao programa VBC CC e VBC Fuz.
Tenho cá comigo, e até o momento não encontrei nada que contrariasse tal pensamento, que o exército não irá lançar mão desta história de MMBT, ao contrário, irá buscar soluções que lhes sejam cabíveis a partir de um CC de origem. Mesmo que isso custe muito caro.
Conquanto, como por hora está se falando em apenas 65 bldos, nada impede ao fim e ao cabo, a compra de qualquer CC convencional a preços nada módicos e que nos sejam ofertados.
Os valores hoje beiram a casa da dezena de milhões de dólares. Mas nada impossível para quem está pagando mais de US 6 milhões por bldos 8x8 armados com canhão de carro de combate.
Os IFV SL mais modernos também não estão saindo exatamente baratos, com os valores também muito acima dos custos dos próprios Centauro 2 recém adquiridos.
Dedos cruzados para que este bldo seja mais um dos candidatos a vir aqui fazer-nos uma visita para demonstrações.
Ficaria mais feliz ainda se ele viesse acompanhado de um MBT turco de verdade.

No caso do K-21 ser, também, oferecido ao Brasil, com suas 25 ton de peso de combate, bem abaixo do máximo de 45 ton requeridos no RO da VBC FUZ, o que seria mais importante para o EB no caso deste veículo em específico: a manutenção da capacidade anfíbia ou abrir mão desta e investir no aumento da proteção blindada, e consequente aumento de peso?



Deixem suas opiniões.

No momento, as opções de IFV SL que poderiam atender à demanda para um MMBT, conforme o RFI\RFQ emitido são:

1. CV-90
2. ASCOD
3. KF-41
4. K-21
5. Tulpar
6. Kaplan

Com a tonelagem permanecendo nos mesmos limites do RO anterior em 45 ton, qualquer dos modelos acima pode servir ao que se pretende em termos de IFV SL, e também, como MMBT.
Existem outros modelos de VBC Fuz que podem também competir no processo como os modelos polonês, chinês e de Cingapura, que não possuem versões com torres mobiliadas com canhões de 105mm ou 120mm.
Por enquanto o EB ao que tudo indica está testando o mercado para ver quais são as opções que de fato podem se encaixar ou não nas suas possibilidades financeiras orçamentárias para o curto e médio prazo.
O governo deve ter aberto uma brecha para este programa contando com o tal do PAC Defesa, que supostamente não terão verbas cortadas.
O problema é o de sempre. As contas públicas não fecham e o governo está cada vez mais desesperado por encontrar fontes de recursos e\ou cortar na carne, e fazer isso com verbas que seriam destinadas à defesa não é nem um pouco improvável, e menos custoso do ponto de vista político eleitoral.
A ver.