Enviado: Ter Jan 23, 2007 10:36 am
Pepê Rezende escreveu:Sintra escreveu: Bom, então vamos lá às questões.
O Preço do RAFALE (e já agora do Flanker)
60 milhões de dólares por unidade, ou 80 milhões de dólares com armamento por Rafale?! Existe alguém muito desesperado para vender o Caça...
Os valores da carta entregue à FAB estão em EUROS. Ou seja 60 milhões de Euros limpos e 80 milhões de Euros com armamento incluso. Minha fonte se enganou (estão acostumados a pensar em dólar) e me corrigiu o dado numa conversa posterior. O valor do pacote com MANUTENÇÃO inclusa ultrapassa 125 milhões por avião.
Sintra escreveu: Admito que estes valores me metem uma certa confusão, se estiverem correctos, além do dumping, a Dassault estaria a vender o Rafale por valores inferiores às ultimas vendas de Mirage 2000 novos na década passada! Um avião maior, mais sofisticado, a ser produzido a conta gotas e mais barato. Mesmo tratando-se de um “forcing” para efectuar a primeira venda ao exterior, É OBRA!
Os dados constam da carta entregue à FAB e são válidos para as primeiras 24 unidades. Lembre-se que a versão terrestre é mais barata que a naval. Mas também acho que estão doidos para efetuar a primeira compra e viabilizar os investimentos feitos em ações da Embraer.Sintra escreveu: O valor de 47 milhões de dólares para o Flanker parece-me muito mais plausível, bate “dead-on” com os 900 milhões de dólares pagos pela Malásia pelos seus 18 SU30 MKM. Mas este valor também significa outra coisa, significa que o motor será com toda a probabilidade o AL 31, o Radar será uma variante qualquer do Bars, etc, etc, etc. Irbis, AL41F e tecnologias mais, digamos, “exóticas”, estarão fora do pacote, ou seja de Su35BM, nada. népias, rien. De qualquer forma se se tratar de uma versão monolugar do SU30 MKM/MKI não deixa de ser um SENHOR avião...
Neste caso, as perguntas são:
Deu uma vista de olhos à carta? (Como já escrevi, não estou em colocar a causa a sua existência, nem os valores indicados, mas fiquei com uma enorme curiosidade em saber se existiriam umas “clausulazinhas” com valores monetários adicionais escritos em minúsculas, é o meu lado desconfiado a falar mais alto)
Sim, valor previsto de US$ 35 milhas para o avião limpo com 24 unidades. O pacote praticamente repete os termos do pacote anterior, entregue na concorrência F-X em 2002, com preço previsto, com armas, de US$ 50 milhas e com um pacote anexo de US$ 232 milhas, que inclui peças armazenadas e alfandegadas em Viracopos para manter os aviões voando por 10 anosSintra escreveu:Pepê, pessoalmente, não acha os valores do Rafale muito baixos?- A mim parecem-me próximos do impossivel.
Em Euros, não...Sintra escreveu:A informação vinda da Sukhoi mencionava o tipo de equipamento que o Flanker estaria equipado?- Radar, motor, etc?
Diz apenas: "Os equipamentos que a FAB DESEJAR incluir em cada célula". É genérico porque a FAB deseja incluir seu próprio cockpit e datalink. Lembro que o pacote brasileiro pode chegar, em um futuro próximo, em mais de 50 aviões, podendo chegar a 70. O objetivo é substituir F-5EM, AMX e Mirage 2000C.Sintra escreveu: Para o Plasma, as questões são:
O sistema que teria sido oferecido ao Brasil é o desenvolvido pelo Keldysh Research Center?
Dado não disponível. O pacote oferecido falava oficialmente "em tecnologias eletrônicas avançadas de redução da assinatura radar", ao lado de mudanças nos estágios primários dos motores (com elementos de cerâmica) e adoção de elementos absovedores de radiação nos bordos de ataque da aeronave. Conversando com um integrante da comitiva, ele explicou o funcionamento "como uma tela de plasma colocada à frente da antena-radar que, ao ser acionada, cobre a área refletiva da parte dianteira da fuselagem" (entrevista realizada em outubro de 2005).Sintra escreveu: Existe alguma documentação oficial (e que não tenha escrito na capa “top top top ultra top secret”) a confirmar a existência de um tal sistema em situação operacional (e que já agora possa facultar)?
Não, o que não impede a existência do sistema.Sintra escreveu: Alguém tem informações novas que não sejam a rererererrerererecópia de artigos de 2001?
Acho que minha informação pouco tem a ver com "um gerador de nuvens de plasma", como já se cogitou. É uma solução simples e bem ao estilo dos russos.Sintra escreveu: Se está operacional, encontra-se operacional aonde?- Em que País, forças aéreas, tipos de avião (veiculo), nºs de série de avião, etc, etc?
Segundo a minha fonte, está em uso em alguns protótipos do Su-35 e ainda não foi empregada em massa. O Brasil, SE ACEITASSE o ítem, seria o primeiro a usá-lo operacionalmente. Isso casa perfeitamente com o atual estado de coisas da Federação Russa, que procura países que possam financiar novos desenvolvimentos para torná-los operacionais.Sintra escreveu: Performances, estamos a falar do quê? - Eu conheço razoavelmente bem os vários artigos que têm saido acerca de como funcionaria a barreira de plasma, o que eu quero não é a teoria de como funciona, mas sim nºs, por exemplo, um RCS de 5m2 na área frontal de um avião ficaria reduzido em que percentagem se utilizar o tal “gerador de plasma”?
A redução estimada, com todo o pacote acima descrito, seria de 70% da assinatura atual do Su-35.Sintra escreveu: O COUGAR (ou de Helicópteros Franceses em Geral)
O que é que se passou ai em baixo, no Amazonas? Um dos vossos ramos das Forças Armadas diz que o Cougar é o melhor coisa desde a invenção da Torrada e o outro retira o aparelho do TO por problemas de manutenção?! Praticamente o mesmo aparelho operado por dois ramos diferentes com resultados opostos!! Assim, só de surra e sem ter grandes dados, se calhar o problema não é do Helicóptero...
A FAB constatou problemas de umidade nos aviônicos quando em uso permanente na Região Amazônica.Sintra escreveu: A outra que me deixou surpreendido foi a avaliação do Cougar Chileno pela MB. Não conseguiu ficar parado por cima do Oceano?! Eu percebi bem?!
Foi exatamente isso. O Cougar chileno teve dificuldade de manter o nível ao utilizar o sonar...Sintra escreveu: A minha surpresa deve-se ao facto de ser a primeira vez em que ouvi uma história em que um elemento da familia Puma/Super Puma/Cougar não consegue efectuar uma manobra que é aparentemente simples, não é segredo nenhum que elementos desta familia andam a fazer SAR à quase três décadas por metade dos mares e Oceanos do Planeta. Se alguém for dizer à FAP que um helicóptero desta familia falhou um teste destes acho que a surpresa vai ser generalizada, o norte do Oceano Atlântico não é particularmente conhecido por ser “calminho” e os Puma andaram lá por vinte anos...
O relatório preparado pela equipe de avaliação da MB é definitivo nesse ponto. Operações SAR e antisubmarino são fundamentalmente diversas (quantos países o usam nessa última função?). Não se esqueça que o Super Puma (base do Cougar), ao contrário do Puma original, foi desenvolvido tendo como parâmetro vôos em grandes altitudes (Alpes, não Andes) e possui um perfil de rotor bem diferenteSintra escreveu: Para o Cougar, as questões são:
Existe alguma explicação para os resultados díspares do EB e da FAB? (Curiosidade pura da minha parte, alguma explicação lógica tem que existir)
Os do Exército não ficaram baseados permanentemente na Região Amazônica. Os da FAB ficaram. Hoje, as duas forças usam esses helicópteros na área quando é necessário.Sintra escreveu: O que é que se passou no Chile? A MB exigiu algum teste especial, alguma coisa que desiquilibrasse o Heli, um Exocet pendurado de um dos lados enquanto o outro Pylon ficava vazio?!
Não. Os chilenos alegaram que as condições de mar e de clima não eram adequadas à manobra.
Abraços
Pepê
Oi Pepê, e obrigado pelas respostas
Rafale
Se se trata de Euros, o valor do Rafale bate precisamente com o "UNIT Cost Production" do avião, muito mais compreensivel e sim, perfeitamente possivel, então se se tratar da primeira encomenda externa os Franceses até devem estar dispostos a receber parte do dinheiro em "Picanha"...
O que me estava a meter confusão era a possibilidade de o Governo Francês meter dinheiro seu no negócio, olha logo que meninos
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Flanker
O valor em milhões de dolares bate certo, poderá ser superior case o Brasil opte por sistemas fora do pacote oferecido, e se o sistema de "plasma" é o que eu e o Carlos Mathias estavamos a discutir, parece-me também "possivel", trata-se de tecnologia equivalente ao que os Eurocanards já utilizam, o resto das caracteristicas "stealth" batem BINGO com o que a Janes tem descrito nos ultimos três anos acerca do trabalho dos Russos no Flanker. A minha unica surpresa é com o nº de 70% de diminuição de RCS, honestamente estaria à espera de um pouco melhor.
Cougar
Entre você e o Prick mataram toda e qualquer dúvida que pudesse ter...
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AL41
Era o AL31 que queria referir, não era?
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Cumprimentos e obrigado outra vez
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