P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#46 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 02, 2012 10:25 am

Guerra escreveu:O merito é sagrado dentro das FAs. Duvdio que algum dia o EB vá abrir mão disso.
A não ser que a presidente mande. Ou não?

abs.




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#47 Mensagem por Hermes » Dom Set 02, 2012 9:18 pm

Tudo bem, me convençeram, principalmente o argumento do Guerra de que se colocarmos um menino em Colégio Militar ele não terá nenhum conhecimento de selva e era justamente esse conhecimento que eu queria que fosse disseminado.




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#48 Mensagem por Guerra » Seg Set 03, 2012 7:27 am

FCarvalho escreveu:
Guerra escreveu:O merito é sagrado dentro das FAs. Duvdio que algum dia o EB vá abrir mão disso.
A não ser que a presidente mande. Ou não?

abs.
A questão não é quem vai mandar e deixar de andar. O EB obedece leis, venha de onde vier. A questão é a instituição aceitar. É por ia que a hierarquia e a disciplina vai começar a ruir.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#49 Mensagem por Hermes » Dom Set 23, 2012 7:02 pm

Iwias: Senhores Da Selva, Demônios Do Exército Equatoriano
Fonte: Defesanet

Bem-vindos à selva!” Gritam dois soldados indígenas em guarda na entrada principal da escola. Vestidos com traje tradicional, complementados com lanças e pintura de guerra, eles gritam um canto de guerra em sua língua nativa. A sensação de intimidação supera o de boas-vindas.

Localizada na região oriental do Amazonas equatoriano, na província de Pastaza, a Escola de Selva e Contrainsurgência Iwias foi fundada em 1997 para treinar soldados indígenas equatorianos nas artes da guerra na selva. Em shuar, idioma de uma das sete tribos indígenas da região, Iwia significa “demônios da selva”, nome atribuído a um dos deuses das matas. A escola, assim denominada, recruta soldados nativos do Amazonas, visto que os mesmos têm a experiência inata e sabem como sobreviver nesse ambiente. Os aspirantes devem falar o idioma nativo fluentemente e conhecer a região como a palma da mão.

“Nossa missão aqui consiste em treinar os soldados indígenas para operações especiais na selva e aperfeiçoar seus conhecimentos sobre o seu habitat natural”, disse o Tenente-Coronel Marcelo Pozo, diretor da escola. “Quem melhor para lutar com você na selva do que um dos nativos da região?”


Os guerreiros Shuar datam da era pré-colombiana, quando se destacaram por serem guerreiros sanguinários, que perseguiam os inimigos até capturá-los e decapitá-los. Atualmente, a tribo Shuar compartilha o Amazonas equatoriano com outros nativos, como os Achuar, Andoa, Huaorani, Kichwa, Sápara e Shiwiar. Em 1981, o Equador e seu vizinho Peru enfrentaram-se no conflito limítrofe de Paquisha. Os soldados indígenas nativos da região participaram desse confronto e demonstraram ao Exército equatoriano sua aptidão para a guerra na selva. Após presenciar essa atuação e visando o futuro, o Coronel do Estado-Maior (reformado) equatoriano Gonzalo Barragán propôs a criação de um grupo especial de soldados indígenas do Amazonas nacional.

Em seguida, o Coronel Barragán criou as primeiras especializações militares em shuar, o que levou à criação da Escola de Iwias tal como é conhecida atualmente, localizada em uma base militar de terreno irregular e íngreme, perto da cidade de Puyo. Mais tarde, em 1995, o conflito entre o Peru e o Equador sofreu uma reviravolta e ambas as nações pegaram em armas no que se denominou a Guerra do Cenepa, quando era disputada a demarcação dos limites entre os dois países junto ao Rio Cenepa. Mais uma vez, os soldados indígenas da selva uniram-se às forças militares equatorianas e provaram ser uma força que deveria ser aproveitada, por seus costumes ancestrais e seu domínio do ambiente da selva, durante as operações para defender o território nacional. Seu desempenho na Guerra do Cenepa lhes trouxe o reconhecimento oficial do governo equatoriano com a Cruz do Mérito de Guerra, por defenderem a integridade territorial.


Com o objetivo de treinar os indígenas que pretendem tornar-se combatentes profissionais de elite das unidades do Exército equatoriano na selva, a escola oferece atualmente um programa de dois anos, com cinco cursos de especialização em nível oficial e de tropa:

Curso Iwias: É o curso inicial e o mais importante do programa, com duração de quase três meses. Ele treina cadetes para combate na selva, usando armas convencionais (fuzis, pistolas, metralhadoras) e armas indígenas (lanças, facões, dardos envenenados). Este curso também testa a aptidão física e mental de todos os cadetes, além da habilidade e capacidade de sobrevivência na selva. Ao completarem a fase inicial, os soldados têm então a oportunidade de se especializarem em diversas disciplinas nativas da região.

Curso Wañuchic: Esta palavra significa “matador ou assassino da selva” no idioma kichwa e o curso foi elaborado para aperfeiçoar a habilidade dos soldados na caça e treiná-los como franco-atiradores. Os soldados que terminam este curso passam a fazer parte de um batalhão de operações especiais, onde eles têm como missão específica caçar para sobreviver na selva, usando armas improvisadas ou fáceis de construir.

Curso Tayuwa: O nome vem do idioma shuar e significa “explorador”. É também o nome de uma ave local – o tayo – que mora em grutas. Este curso treina os soldados para apoiar as operações através da exploração da selva, de grutas, cavernas e rios, usando equipamentos e materiais especiais que lhes permitam ter vantagem sobre o terreno.


Curso Ñaupak: Também originário do idioma kichwa, o nome significa “precedente”, precursor, o que abre caminhos. O curso treina os soldados para se infiltrarem utilizando meios fluviais, aéreos e terrestres, com o objetivo de escolher heliportos, cabeceiras de praias e realizar resgates com helicópteros, maximizando as operações especiais na selva.

Curso Arutam: O nome significa “ecologista” em shuar e representa o deus da natureza e senhor das cachoeiras. O curso treina os soldados para aplicarem seus conhecimentos ancestrais sobre medicina natural, como, por exemplo, a produção e a aplicação de venenos, bem como a conservação da flora e da fauna da região leste. Os soldados matriculados neste curso especializado aprendem a utilizar a natureza para criar kits de primeiros socorros e cuidar desde cortes, ferimentos ou picadas de insetos até hemorragias, além de preparados energéticos e tranquilizantes. Esses soldados também aprendem a reconhecer as plantas venenosas e como elas podem ser usadas na fabricação de armas letais, como as zarabatanas.

Atualmente, existem cerca de 5 mil soldados Iwias no Exército equatoriano e a escola forma em média 300 soldados em cada classe. Quando um soldado Iwia termina seu treinamento, ele é enviado para a região leste por um período de 12 anos, exceto em circunstâncias especiais. Recentemente, soldados Iwias foram enviados para a fronteira norte com a Colômbia para combater as incursões de grupos guerrilheiros ilegais armados nesse país.

A escola recebeu, no passado, a visita das Forças Militares brasileiras, que têm uma escola com características similares em sua bacia amazônica. Ainda que a Escola de Iwias tenha tido como objetivo, tradicionalmente, o recrutamento de homens de tribos indígenas equatorianas, suas portas estão abertas também para os aspirantes de outros países. “Convido todas as nações amigas a participarem de nossa escola”, disse o Tenente-Coronel Pozo. “Somos os Iwias, os demônios da selva, os demônios do Exército equatoriano… e como diz o lema que coroa nossa insígnia: Nunca derrotados!”




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#50 Mensagem por Clermont » Sáb Jul 09, 2016 9:12 pm

(Notícia de um ano atrás, porém, será que em 2016 a situação melhorou?)
____________________________________

Militares do PEFs ficam dois meses sem receber alimentos.

Nos pelotões de selva como Auaris e Surucucu, onde o acesso é apenas por via aérea, os militares estão sofrendo com falta de alimentos.

Alexsandra Sampaio - http://www.folhabv.com.br/ - 27/08/2015.

Familiares de militares do Exército Brasileiro, que são lotados nos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), denunciaram à FolhaWeb que o envio de aeronaves da FAB - o único meio de transporte utilizado para enviar alimentação e equipes para as regiões onde estão instalados o PEF de Surucucu e o de Auaris - chega a demorar dois meses, causando transtorno para quem trabalha no meio da selva.

Conforme os denunciantes, além dos gêneros alimentícios, as aeronaves transportam combustíveis, materiais pessoais dos militares e familiares, e os demais suprimentos necessários para o funcionamento dos PEFs. Os pelotões de Roraima estão localizados em Bonfim, Normandia, Pacaraima, Auaris (Amajari), Uiramutã e Surucucu (Alto Alegre). Mas apenas para Auaris e Surucucu é que o acesso é de avião, pois eles são pelotões de selva.

Os familiares explicam que a demora no envio das aeronaves causam transtornos de toda ordem. Vão desde a falta de alimentos para toda a equipe, racionamento de energia, como prejudicar a dispensa dos 10 dias na cidade a que os militares têm direito após cumprir 90 dias de trabalho no PEF de selva. Conforme eles, tem militar que chega a ficar de quatro a cinco meses direto na selva, sem sair para a capital.

Um parente de um dos militares lotados em PEFs contou à reportagem que para não sofrer com o desabastecimento de comida na região, um grupo de militares decidiu racionar o que tinha e também caçar animais para complementar a alimentação.

No Pelotão de Auaris a escassez de alimentos já existe, principalmente, de proteínas. Ultimamente os militares estão comendo apenas arroz e farinha. “Algumas pessoas estão recorrendo à Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena] para enviarem alimentos e materiais de higiene pessoal, mesmo que em pouca quantidade, nos voos regulares que o órgão dispõe para o atendimento das áreas indígenas”, contou um parente de militar de Sururucu.

Na semana passada havia uma promessa por parte do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), responsável pelos PEFs, de que uma aeronave seria enviada na última segunda-feira, mas até hoje os militares que aguardavam voltar para a capital, continuam nos Pelotões.

“O mais triste é a situação dos cabos e soldados que não podem levar seus familiares para ficar junto, e acabam sofrendo psicologicamente com toda essa situação”, disse um dos familiares denunciantes, ressaltando que o temor das famílias é quanto a remoção de militares no caso de acontecer algum acidente no meio da selva.

Em nota, o setor de Comunicação Social da 1ª Brigada de Infantaria de Selva negou que esteja faltando gêneros alimentícios em algum dos PEFs, localizados em Roraima, ressaltando ainda que todos os pelotões “são regularmente supridas seja pelo modal terrestre ou pelo modal aéreo”.

A reportagem questionou sobre a data que aconteceu o último envio de aeronave com alimentos para os PEFs de Auaris e Surucucu, onde o acesso é somente via aéreo. A Comunicação do Exército se limitou a informar que “desde segunda-feira (24) está sendo realizado o ressuprimento mensal (PAA), que vai até sábado (29)”.

A nota informa ainda que os militares que são lotados nos pelotões são “rigorosamente selecionados dentre os voluntários e normalmente permanecem um ano no pelotão” e que “sempre que possível, aproveitando o Plano de Apoio da Amazônia, é concedido o arejamento em forma de rodízio, entre todos os militares presentes no pelotão”.


COMENTÁRIOS:
EXERCITO_EB - 28/08/2015 às 11:20:24 escreveu:Bom dia a todos! Sou militar e sirvo no 7º BIS, e venho rebater a declaração feita pela 1ªBrigada, a informação que eles passaram é falsa, somente para enganar a população, A SITUAÇÃO esta precaria, até aqui na sede no almoço e a janta são servidos RAÇÃO OPERACIONAL (que alguma estão até vencidas, ou quase vencendo), produto de péssima qualidade, comida que não serve nem pra CACHORRO COMER. Outro dia veio vários militares de AUARIS com fraqueza, imunidade baixa e outros problemas e todos com suspeita de desnutrição.

Agora imaginem se aqui no 7º BIS, está com um deficit em alimentos imagina nos Pelotões de Fronteira, SE POSSÍVEL A VIGILÂNCIA SANITARIA FAZER UMA VISITA NO 7º BIS, DE PREFERENCIA AQUI NO RANCHO DE CABOS E SOLDADOS QUE SE IGUALA A UM CHIQUEIRO.NÃO podendo esquecer que os dinheiro da representação muitas vezes atrasa e não depositam no mês que deveriam, E AINDA TEM A SITUAÇÃO DO AREJO (folga de 10 dias após passar 3 meses no PEF) é muitas vezes negado dias à mais para aqueles que ficam até 6 meses esperando aeronaves para voltar pra Capital. É MEUS AMIGOS ESSA É A REALIZADO OCULTA DO EXERCITO BRASILEIRO DO ESTADO DE RORAIMA. O comandante da COMPANHIA ESPECIAL DE FRONTEIRA não ajuda ninguém, muito pelo contrário quando alguém ameaça denunciar sofrem represarias dele e dos seus TENENTES, e ainda são mandados na BAIXA; uma coisa realmente TRISTE porém é a Realidade e tem que ser exposta para o público em geral, não adianta tentar esconder esses acontecimento, chega uma hora que a pessoa não suporta mais...

A 1ª BRIGADA DE INFANTARIA DE SELVA MENTIU AO DIZER QUE AS NECESSIDADES DO PELOTÕES DE FRONTEIRA SÃO SUPRIDAS! Deixamos isto bem claro a todos os leitores da FOLHA DE BOA VISTA!




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#51 Mensagem por Túlio » Sáb Jul 09, 2016 9:14 pm

E aí ficamos pensando sobre outro post recente (mas de 2004) do nosso indefectível Clermont (quotando um OG) sobre aquilo de "todo mundo pro mato". Vão viver de quê?




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#52 Mensagem por FCarvalho » Seg Jul 11, 2016 10:51 am

Agora pergunta para o EB se falta dinheiro para missões subsidiárias? :x :oops:

abs.




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