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Enviado: Sáb Dez 09, 2006 11:34 am
por Sniper
Marino escreveu:
Marino escreveu:Outra pergunta:
O Leopard 2 não foi considerado para compra, em vez do Leopard 1?

http://www.youtube.com/watch?v=3uVXZS6oEhg

Alguem sabe o motivo?


Creio que seja mais relacionado ao peso do Leo II!

Com as sérias restrições ao emprego de blindados nos possíveis teatros ( amazônia, pantanal, etc... )

A questão logística também, a anos operamos os Leo I ( creio que a mudança não sería tão traumática... ) por ser mais leve ele é mais fácil de transportar. Por exemplo sería posível fazer isso com Leo II ? :lol:
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Abraços!

Enviado: Sáb Dez 09, 2006 6:19 pm
por LEO
Creio que a opção pelos Leopard 1A5 tenha sido também pelo peso de cada viatura, embora os M-60 tenha peso semelhante de alguns MBT modernos.

Mas o que se vê é que os pesos vem aumentando nos ultimos modelos de carros de combate, e uma hora ou outra o Exército terá de se adaptar a veículos de maiores tonelagens.


De qualquer forma, foi uma boa chance de compra de oportunidade, que provavelmente não existiria em condições semelhantes para os veículos do modelo Leopard 2.

Enviado: Dom Dez 10, 2006 9:52 am
por jauro
LEO escreveu:Creio que a opção pelos Leopard 1A5 tenha sido também pelo peso de cada viatura, embora os M-60 tenha peso semelhante de alguns MBT modernos.

Mas o que se vê é que os pesos vem aumentando nos ultimos modelos de carros de combate, e uma hora ou outra o Exército terá de se adaptar a veículos de maiores tonelagens.


De qualquer forma, foi uma boa chance de compra de oportunidade, que provavelmente não existiria em condições semelhantes para os veículos do modelo Leopard 2.


Exatamente, mais que o fator recursos, a condicionante que mais se impõe é o peso. Participei de um reconhecimento do translado dos M60 de Paranaguá para Rio Negro. O meio mais econômico que seria o ferroviário foi descartado de cara porque a largura dos Bld não era compatível com os túneis. No processo rodoviário, as pontes e viadutos ficaram no limite do peso e algumas ultrapassadas (tiveram de ser reforçadas pela Eng Mil). Outro entrave foi o do aluguel de pranchas que suportassem o peso do M60 (52ton) snfm.
As 10 ton a menos do Leo já favorecem mais o deslocamento no território nacional. Fácil deduzir agora porque o EB quer se ver livre dos M60. Difícil é saber quem foi o pai do "menino".

Enviado: Dom Dez 10, 2006 1:07 pm
por Carlos Souza
jauro escreveu:
LEO escreveu:Creio que a opção pelos Leopard 1A5 tenha sido também pelo peso de cada viatura, embora os M-60 tenha peso semelhante de alguns MBT modernos.

Mas o que se vê é que os pesos vem aumentando nos ultimos modelos de carros de combate, e uma hora ou outra o Exército terá de se adaptar a veículos de maiores tonelagens.


De qualquer forma, foi uma boa chance de compra de oportunidade, que provavelmente não existiria em condições semelhantes para os veículos do modelo Leopard 2.


Exatamente, mais que o fator recursos, a condicionante que mais se impõe é o peso. Participei de um reconhecimento do translado dos M60 de Paranaguá para Rio Negro. O meio mais econômico que seria o ferroviário foi descartado de cara porque a largura dos Bld não era compatível com os túneis. No processo rodoviário, as pontes e viadutos ficaram no limite do peso e algumas ultrapassadas (tiveram de ser reforçadas pela Eng Mil). Outro entrave foi o do aluguel de pranchas que suportassem o peso do M60 (52ton) snfm.
As 10 ton a menos do Leo já favorecem mais o deslocamento no território nacional. Fácil deduzir agora porque o EB quer se ver livre dos M60. Difícil é saber quem foi o pai do "menino".


Estas "pranchas" seriam as carretas? Se positivo o EB não teria que ter as suas, pois se possui os carros tem que ter como transportá-los?

sds.

Enviado: Dom Dez 10, 2006 2:45 pm
por Marino
Obrigado pelas respostas.
Minha pergunta foi motivada pela disponibilidade deos Leo II, como os comprados pelo Chile, e uma melhor proteção para as tripulações dada pela blindagem do Leo II.

Enviado: Dom Dez 10, 2006 2:57 pm
por LEO
Carlos Souza escreveu:Estas "pranchas" seriam as carretas? Se positivo o EB não teria que ter as suas, pois se possui os carros tem que ter como transportá-los?



As pranchas de transportes de blindados não são as carretas em si, mas são as "plataformas" que são fixadas nelas possibilitando transportar o blindado por via rodoviária.

Enviado: Dom Dez 10, 2006 3:26 pm
por Guerra
Carlos Souza escreveu:
Estas "pranchas" seriam as carretas? Se positivo o EB não teria que ter as suas, pois se possui os carros tem que ter como transportá-los?

sds.


Quando chegaram os M 60 não tinham pranchas que suportavam o peso (com 4 eixos), mas atualmente tem.

Eu acho que criaram um grande mito em volta do peso dos M 60. Eu acho que o grande problema do peso dos M 60 não é logistico, o problema é tático.
Depois que os M 60 chegaram no Brasil, já fizeram trasnporte para todo lado e nunca deu problema. Os M 60 do 3º RCC que vai ser reativado é um exemplo. Eles estão em Curitiba e vieram de São paulo sem nenhum problema.

Enviado: Dom Dez 10, 2006 4:51 pm
por Guerra
jauro escreveu: Os M41 tinham um problema crônico depois da repotencialização nas suas caixas de mudança, talvez por isso estão jogando fora. Não sei qual seria o custo benefício da repotencializão das hidramáticas dos M41.

.


Eu não concordo. O que o M 41 tinha de melhor era a mecanica, tanto que o Charrua tinha praticamente a mesma mecanica do M 41. Houve problemas nas repontecializações, mas até o M 113 teve problema. E problema grave como o disco de embreagem que queimava a cada 100 metros, mas esse problemas foram sanados. A mecanica do M 41 é ótima. O grande problema do EB foi a falta de capacitação tecnica do pessoal. Foi a partir dai que apareceram varias "lendas" sobre material estrangeiro no Brasil. Uma das lendas foi a caixa de mudança do M 41. Tinha gente que jurava de pé junto que a caixa era assombrada (voce com certeza já ouviu essa história).
Quando o material chegou no Brasil, vieram várias versões diferentes do M 41, levou anos para descobrirem isso.
As .50 são outro exemplo. Quando chegaram no Brasil alguém fez a gentileza de trocar os canos das armas. A cada 10 armas só 2 funcionava. Aé um iluminado descobrir que era esse o problema e o Eb recolher e acertar todos os canos foram quase 10 anos e fama da arma tinha se espalhado.
Mas isso era no passado. Esse tipo de problema não houve com o LEO. O EB investiu na capacitação do pessoal e não aconteceu nenhum mico. O Can 84 é outra prova que o EB aprendeu a receber material.


Quanto a transformar o M 41 numa VBTP. A principal mudança que o M 41 precisaria sofrer seria a capacidade anfibia. VBTP no Brasil sem capacidade anfibia não tem valor algum. Para investir nessa transformação, que com certeza deve custar caro, seria melhor investir numa VBTP nova.

Enviado: Dom Dez 10, 2006 5:38 pm
por Brasileiro
M-41 com torre anti-aérea. Com sal por favor. :lol:

abraços]

Enviado: Seg Dez 11, 2006 12:58 pm
por jauro
Estas "pranchas" seriam as carretas? Se positivo o EB não teria que ter as suas, pois se possui os carros tem que ter como transportá-los?


Hoje já possui carretas com 4 eixos, mas não tem que ter uma carreta por blindado. O transporte logístico de paz pode ser feito em etapas. O Trnp estratégico pode e deve ser feito por ferrovia e o rodoviário como auxílio de carretas fretadas.

As ferrovias são uma condicionante para o posicionamento das Unidades blindadas.

Enviado: Seg Dez 11, 2006 5:23 pm
por Guerra
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Uma carreta do EB transportando um M 60.

Enviado: Seg Dez 11, 2006 8:06 pm
por jauro
Conheço este lugar até debaixo d'água.
Obrigado por esta postagem Guerra.

Enviado: Seg Dez 11, 2006 9:01 pm
por Carlos Vulcano
Alguem teria a informação, de qts carretas o EB tem para transporte de Blindados?

Enviado: Seg Dez 11, 2006 9:54 pm
por Carlos Souza
Carlos Vulcano escreveu:Alguem teria a informação, de qts carretas o EB tem para transporte de Blindados?


Aproveitando a pergunta do Carlos Vulcano, pergunto também, aproveitando a boa vontade dos amigos foristas, se o transporte ferroviário, apesar de ser extremamente eficiente, na sua relação custo/benefício, não transforma o comboio em presa fácil para um ataque aéreo, até porque as ferrovias (como qualquer outras vias de transporte) de qualquer país do mundo podem ser facilmente conhecidas?

Enviado: Seg Dez 11, 2006 11:10 pm
por jauro
Carlos Souza escreveu:
Carlos Vulcano escreveu:Alguem teria a informação, de qts carretas o EB tem para transporte de Blindados?
A base é de 1 carreta por U Bld e mais 4 por BLog de Bda Bld o que dá +/- 18 a 20 carretas. Exitem tambem carretas nas Bda CMec e U Mec e nos Btl Eng de Cmb e de Cnst

Aproveitando a pergunta do Carlos Vulcano, pergunto também, aproveitando a boa vontade dos amigos foristas, se o transporte ferroviário, apesar de ser extremamente eficiente, na sua relação custo/benefício, não transforma o comboio em presa fácil para um ataque aéreo, até porque as ferrovias (como qualquer outras vias de transporte) de qualquer país do mundo podem ser facilmente conhecidas?


Este tipo de transporte só é utilizado em fases de concentração estratégica e com muito sigilo. É um fator de risco e tem que ser muito bem dimensionado.