Slip Junior escreveu:Bom, Alcântara, o ponto é que a MB tem muito mais a ganhar com um upgrade dos Skyhawk (e trocentas outras prioridades...) do que com a aquisição de Viking e a FAB, ao que tudo indica, não tem mais interesse algum em operações embarcadas e também tem várias outras prioridades. Também não acredito que essas aeronaves durem sequer de 10 anos de operações embarcadas.
Os S-3 viriam DE GRAÇA e são relativamente modernos. Quanto ao tempo de serviço disponível ainda, pelo que foi noticiado, as aeronaves oferecidas estarão atingindo a metade das 23.000 horas que a fuselagem foi planejadas para durar...
Slip Junior escreveu:Agora falando sobre as necessidades que você mencionou:
-> ASW: A maior parte das marinhas que utilizam porta-aviões pequenos utilizam apenas helicópteros para tal tarefa (em ambiente embarcado) e nossos SH-3, apesar da idade, estão bem equipados para a mesma. E o pior: os Viking tiveram seus sistemas de guerra anti-submarina retirada, ou seja, teria que se desembolsar um belo de um valor para isso.
Pelo que eu saiba, a Marinha já pensa na substituição dos SH-3, por tanto eles já seriam substituídos mesmo. E além disso, ter helicópteros ASW embarcados não impedem a presença de aeronaves ASW no grupo aéreo. As aeronaves fariam a varredura bem a frente do GT e os helicópteros, nas áreas próximas ao GT.
-> REVO: Os próprios A-4 Skyhawks podem levar pods do tipo buddy-buddy para reabastecer outras aeronaves. Então não é o melhor dos motivos.
Como assim não é o melhor dos motivos? Quanto combustível um A-4 pode transferir? Um S-3 tem autonomia de 7,5Hs e alcance quase tão bom quanto o do P-3, logo, tem disponível muito mais combustível para transferir.
-> COD: os Seaking e os Super Puma já tem uma boa capacidade nesse sentido, inclusive, acredito que possam transportar mais carga (devido à sua própria configuração) do que um Viking.
Qual o alcance dos Sea Hawks e dos super Pumas mesm o? rsrsrs... eles podem fazer uma entrega COD no meio do Atlântico, por acaso?
Isso sem mencionar o já-mencionado (agora 2 vezes... ) Protocolo 505 que é um verdadeiro pé-no-saco, especialmente, quando falamos de aeronaves que devem ser operadas embarcadas. Um exemplo ilustrativo disso (além do evento da Guerra da Lagosta) é que os navios da classe Garcia/Pará da MB participaram de uma quantidade ridiculamente pequena (acho que, no máximo, 2 considerando-se os 4 navios) de exercícios fora de águas brasileiras.
Realmente, o protocolo 505 pode ser inconveniente, mas ele foi devidamente mandado "as favas" quando a Marinha precisou mostrar serviço, aliás, como foi visto na própria Guerra da lagosta que você citou. Não acho que impediria o seu uso real, se necessário for.
Abraços!!!