O A 12 DA CONTA DO RECADO ?

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#46 Mensagem por LEO » Dom Nov 16, 2003 4:02 pm

Será que essa transação foi concretizada?


Se já foi concretizada eu não sei, mas em outro lugar eu li que alguém da FAB teria dito que os P-3 Orions da FAb teriam misseis Harpoon. Então....


Com isso, esse 20 Harpoon, já daria para o começo (uma media de 2,5 por aeronave), porem e um numero ainda pequeno. Se contar o seguinte, a FAB também teria que adquirir mísseis antinavio para o seus caças (no caso o AMX), fato que comprovaria a necessidade de aumentar essa quantidade de míssil.


Mas os P-3 sendo as aeronaves de patrulha maritima, teria de dispor de uma boa quantidade, já que a caso haja a necessidade de se fazer uso deles, precisaria de uma quantidade razoavel de misseis...




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Fox
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#47 Mensagem por Fox » Dom Nov 16, 2003 4:09 pm

Mas os P-3 sendo as aeronaves de patrulha maritima, teria de dispor de uma boa quantidade, já que a caso haja a necessidade de se fazer uso deles, precisaria de uma quantidade razoavel de misseis...


Sim, correto! Por isso que falei “já daria para o começo (uma media de 2,5 por aeronave), porem e um numero ainda pequeno.”




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#48 Mensagem por cjvasconcellos » Seg Nov 17, 2003 12:04 am

Grande debate !!

Na minha opinião o A-12 São Paulo é um bom porta-aviões, mas o grupo aéreo está aquém das reais necessidades atuais.
O "foch" é um bom navio, com capacidade para cerca de 36 aeronaves, bem conservado (com mais 20 anos de serviço garantidos), 2 catapultas, 2 elevadores... e foi uma bela e competente compra de ocasião.

Já os A-4 Skyhawk servem apenas para treinamento e possíveis missões de coalização, onde as aeronaves poderiam servir para apoio aéreo aproximado para tropas em terra (fuzileiros navais, por exemplo).

Acho porém, que o mais importante no momento é planejar os próximos porta-aviões que substituirão o A-12 São Paulo (em 2015-2020), que por sua vez, deverão ser definidos em função do tipo de aeronave que deverá substituir os A-4 skyhawk (Su-33, Rafale, F/A-18 ?).

Esta nova aeronave deverá estar preparada para um novo cenário, onde dificilmente haverá guerras dentro do continente sulamericano.
Acredito que, no futuro próximo, nossos possíveis inimigos estarão fora do continente, e para tal, precisamos pensar numa coalizão de forças dentro da america do sul que possa negar o uso do mar a possíveis ameaças externas, tanto no Atlântico Sul como no Pacífico Sul.

CJ




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#49 Mensagem por frajola » Seg Dez 08, 2003 1:05 pm

OS RADARES DO A 12 CONSEGUE DETECTAR UM AVIAO INIMIGO A QUE DISTANCIA?




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#50 Mensagem por Delta Dagger » Seg Fev 23, 2004 10:39 pm

Eu sou interessado no assunto (leigo) e particularmente acho muito difícil que a MB desloque um qualquer efetivo p/ o pacífico (em caso de eventual conflito com Perú ou outro país a leste do Brasil).

A hipótese mais provável seria a MB patrulhar o nosso mar territorial para permitir nosso uso do mar.

De qualquer forma, a aviação naval de asas fixas na MB está engatinhando e os A-4 são o primeiro passo. Os mesmos eu acredito que serão modernizados assim que possível... da mesma forma o A12 devera contar com aeronaves adicionais AEW e sistemas antiaéreos mais modernos futuramente.




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#51 Mensagem por LEO » Ter Fev 24, 2004 2:47 pm

frajola escreveu:OS RADARES DO A 12 CONSEGUE DETECTAR UM AVIAO INIMIGO A QUE DISTANCIA?



O A-12 ainda não possui radares. Estes devem ser instalados numa modernização futura.

O Foch (A-12 atual) na França, tinha as seguintes caracteisticas:



DESLOCAMENTO :

32,780 Toneladas Carregado


VELOCIDADE MÁXIMA:

32.0 nós


AUTONOMIA MÁXIMA:

7500 milhas


SISTEMAS:


RADARES:


Thomson-CSF DRBV 23B
2 DRBI 1 0, 1 DRBV 1 5
Racal Decca 1226
2 Thomson-CSF DRBC 32B. 2 Crotale
NRBA 5 1


SONAR:

Westinghouse SQS 505

ARMAMENTOS:

2 Thomson-CSF Crotale EDIR
4 DCN 3.9 in (100 mm) /55 Mod 53
12.7 mm MGS
2 CSEE S

AVIAÇÃO:

18 Super Etendard
4 Etendard IVP
8 Crusaders
7 Alize

2 SA 365F Dauphin 2




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#52 Mensagem por César » Ter Fev 24, 2004 2:53 pm

O A-12 ainda não possui radares. Estes devem ser instalados numa modernização futura.

Ué, eu achei que o A-12 tinha radares sim. Os mesmos do Foch, e que o que tinha sido removido do NAe francês, antes de ser entregue ao Brasil, tinha sido o sistema de defesa Anti-Aérea. Me corrija se eu estiver errado Leo.

Abraços

César




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#53 Mensagem por César » Ter Fev 24, 2004 2:58 pm

Eu tenho um documento aqui em casa, que eu peguei da Net, que fala isso. Infelizmente, eu não estou encontrando o site, mas aí vai uma parte dele que diz isso:

Antes de ser entregue à Marinha do Brasil, o São Paulo teve retirados os dois sistemas de mísseis de defesa antiaérea utilizados na fase final de serviço com a França. Apesar de ser certo (e vital) que venha a receber algum armamento deste tipo, ainda não dispomos de informações concretas sobre o assunto.

Os principais radares originais foram todos mantidos, a saber: (A) DRBV 23B, de vigilância aérea; (B) DRBV 15, de vigilância aérea e de superfície; (C) dois DRBI 10, de busca aérea e de superfície; e (D) NRBA 51, de controle de aproximação de pouso. Não indicados na foto, há, ainda dois radares de navegação, DECCA-1226 e DRBN-34.

A Marinha nada comenta, mas, igualmente parece ter sido conservado o conjunto de MAGE (Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica) anterior, que incluía, entre outros equipamentos, os sistemas ARBR 17, de alerta de radar, e ARBB-36, de interferência.


Abraço a todos

César




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#54 Mensagem por LEO » Ter Fev 24, 2004 3:01 pm

Sim, é verdade, falha minha.... :oops: :roll:

Foram retirados do navio os lançadores dos mísseis Crotale e Sadral com seus radares de tiro. Também foram retirados os sistemas de criptografia e de guerra eletrônica.

Mas uma parte do que ficou no NAe, deve ser substituído numa futura modernização do A-12, não?




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#55 Mensagem por RuMAcK » Qua Fev 25, 2004 10:36 am

Só pra complementar o assunto, não sei se já citaram isso, pq eu não tive paciencia pra ler todos os topics, mas na última página da última edição ( 98 ) da revista "Tecnologia & Defesa" foi apresentado um pequeno resumo de um relatório sobre um exercício de treinamento entre a MB e alguns navios da marinha espanhola (um de apoio logístico e duas fragatas sendo que uma delas é o meio de combate mais moderno e avançado da esquadra espanhola) onde foi realizado um exercício de ataque dos A-4 contra os navios espanhóis.

Resultado: Não foi observada reação por parte dos navios espanhóis ao ataque do Skyhawk, que veio num perfil baixo-baixo, próximo às ondas do mar, surpreendendo os radares e vigilância espanhóis.

Até o Super Lynx do HA-1, que estava na fragata brasileira Rademaker, realizou um ataque com sucesso sem ser detectado.




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#56 Mensagem por LEO » Sáb Fev 28, 2004 5:33 pm

Não foi observada reação por parte dos navios espanhóis ao ataque do Skyhawk, que veio num perfil baixo-baixo, próximo às ondas do mar, surpreendendo os radares e vigilância espanhóis.



Há um tempo atrás, em exercício com a Armada Argentina, navios Alvaro de Bazán também foram surpreendidos por aeronaves Dassault Super Etendart, que utilizaram as mesma táticas, de ataque a baixa altitude. E lembrando que estas Fragatas (Alvaro de Bazan), conta com o mais moderno sistema do mundo, o Aégis.

Mas tem uma coisa, os Skyhawks da MB que eu saiba, não podem lançar misseis anti-navios.

E, aproveitando, gostaria de perguntar como que estes exercícios são feitos, em simuladores ou o quê?


Até o Super Lynx do HA-1, que estava na fragata brasileira Rademaker, realizou um ataque com sucesso sem ser detectado


Ou o Aégis das Alvaro de Bazan são uma droga, ou eles deixaram. Pois não é possivel que um navio armado com que há de mais moderno em AAW seja atingido por um helicoptero armado com um missil leve e de curto alcance (Sea Skua - uns 20 km).




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#57 Mensagem por Slip Junior » Sáb Fev 28, 2004 6:16 pm

LEO escreveu:Há um tempo atrás, em exercício com a Armada Argentina, navios Alvaro de Bazán também foram surpreendidos por aeronaves Dassault Super Etendart, que utilizaram as mesma táticas, de ataque a baixa altitude. E lembrando que estas Fragatas (Alvaro de Bazan), conta com o mais moderno sistema do mundo, o Aégis.

Pois é, até mesmo os mais modernos navios do mundo, são submetidos à essa maldita curvatura da terra! :wink: :lol:

Mas isso deixa claro uma coisa: uma FT naval sem cobertura AEW é um alvo fácil até para até o mais obsoleto dos aviões de combate.

Ou o Aégis das Alvaro de Bazan são uma droga, ou eles deixaram. Pois não é possivel que um navio armado com que há de mais moderno em AAW seja atingido por um helicoptero armado com um missil leve e de curto alcance (Sea Skua - uns 20 km).

Dai deve ser sacanagem.... Só se os marinheiros da Alvaro de Bazan estavam tão p***s da vida com os ataques bem-sucedidos dos Super Etandards argentinas e Skyhawks brasileiros que não paravam de discutir e, nisso, nem viram que ainda vinha um Super Lynx para a festa! :lol:

Abraços




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#58 Mensagem por Delta Dagger » Sáb Fev 28, 2004 10:01 pm

Slip Junior escreveu:Mas isso deixa claro uma coisa: uma FT naval sem cobertura AEW é um alvo fácil até para até o mais obsoleto dos aviões de combate.


Gostaria de sanar uma dúvida. Um avião AEW consegue detectar caças voando baixo, quase no nível das ondas? Existe algum "ponto cego" do radar que possa ser explorado por incursores?
Abs




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#59 Mensagem por Slip Junior » Sáb Fev 28, 2004 10:20 pm

Delta Dagger, eu desconheço qualquer deficiência nesse sentido e inclusive acho a mesma altamente improvável uma vez que os radares modernos são capazes de destinir até mesmo alvos pequenos voando baixado sobre a terra, que produz ecos-radar muito mais pronunciados que o mar.

Abraços




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#60 Mensagem por César » Qua Jul 14, 2004 12:12 am

Retiro esse tópico das trevas e das cinzas colhidas do fundo do abismo dos arquivos do Fórum Defesa Brasil e o jogo novamente em um setor iluminado, onde poderá ser debatido sem remorso e onde todo o conteúdo do assunto venha à tona na forma de argumentos maneiros :P

Em outros tópicos(na sessão das Forças Aéreas) estão acontecendo debates da funcionalidade do A-12. Se valeu a pena comprá-lo ou não tendo em vista o seu custo operacional e a nossa PDN(muitos alegam que um NAe é uma arma exclusivamente ofensiva, sendo assim, portanto, contrário a nossa política).

Aí está. O A-12 valeu a pena? Sim, não, por quê? Teria sido melhor investir esse dinheiro em outras áreas?

Abraço a todos

César




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