Brasil - Membro permanente do Cons. de Segurança da ONU

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Malandro
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#46 Mensagem por Malandro » Seg Set 19, 2005 8:28 pm

Eu acho o poder econômico mais importante . De qie adianta voce dar uma de UAE e ter M2000-9 , S400 e cia se qdo o petróleo acabar o país acaba tb? Com o poder econômico que temos podemos , se a sociedade sentir necessidade , rapidamente comprar vetores modernos e com a nossa base industrial embarcarmos em uma espécie de AMX-2 se quisermos . Ou seja podemos escolher se e qdo quisermos . Outra vantagem está no fato de que um país economicamente forte e inserido na globalização possuir filiais em outros países que os ajudam via impostos e etc . Um atrito conosco seria evitado sob pena de fuga desses capitais . :wink:




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talharim
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#47 Mensagem por talharim » Seg Set 19, 2005 10:00 pm

Malandro escreveu:
Eu acho o poder econômico mais importante . De qie adianta voce dar uma de UAE e ter M2000-9 , S400 e cia se qdo o petróleo acabar o país acaba tb? Com o poder econômico que temos podemos , se a sociedade sentir necessidade , rapidamente comprar vetores modernos e com a nossa base industrial embarcarmos em uma espécie de AMX-2 se quisermos . Ou seja podemos escolher se e qdo quisermos . Outra vantagem está no fato de que um país economicamente forte e inserido na globalização possuir filiais em outros países que os ajudam via impostos e etc . Um atrito conosco seria evitado sob pena de fuga desses capitais .


Eu acho esse pensamento seu muito perigoso :? ,aliás diga-se de passagem é exatamente o mesmo pensamento dos nossos políticos,que não investem um único centavo nas FAs por acharem que nosso país nunca seria atacado devido a sua "importância" no cenário mundial.

Um exemplo clássico é a invasão do Kuwait pelo Iraque.País riquíssimo invadido em menos de 24 horas pelo inimigo.

Eu entendo que a maior arma de dissuação que um país pode ter são suas forças militares.E proporcionalmente as forças militares de um país devem ser muito maiores que seu poderio econômico.

Eu pergunto:Pra quê possuir meios de produzir e comprar armamentos quando nos sentirmos ameaçados SE o nosso inimigo pode tomar tudo que nós temos em 24h ?

A frase célebre do Brigadeiro do Ar Eduardo Gomes :

"O Preço da Liberdade é a Eterna Vigilância"

Falows,




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Guerra
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#48 Mensagem por Guerra » Ter Set 20, 2005 10:51 am

talharim escreveu:Eu entendo que a maior arma de dissuação que um país pode ter são suas forças militares.E proporcionalmente as forças militares de um país devem ser muito maiores que seu poderio econômico.

,


Não acredito na relação das forças armadas com o poder economico de um pais. Existem paises ricos com forças armadas pequenas e paises pobres com grandes gastos em FA. Eu acredito que as FAs é do tamanho dos objetivos estrategicos de uma nação. Nenhum exército consegue (nem pode) ser maior maior ou menor.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Túlio
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#49 Mensagem por Túlio » Sex Set 23, 2005 2:28 am

Nem haveria necessidade lógica para tal, Guerra. Agora, a relação das necessidades militares com a capacidade econômica e a VONTADE POLÍTICA, bom, aí... :?
Temos um Brasilzão de 8,5 milhões de km2 e 180 milhões de habitantes cujo 'governo' - com minúsculas e aspas mesmo - declara um PIB de meia bilha - US$ - e a CIA diz que é quase o triplo disso... :? :?
Vamos acreditar em quem? :? :? :?
Ah, boas novas, foi-se o Jeguerino... :D :) :lol: :P




Malandro
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#50 Mensagem por Malandro » Sáb Set 24, 2005 11:12 am

É que o PIB da CIA é apresentado em poder de paridade de compra . Muito mais realista se vc quiser comparar duas economias distintas do que o PIB corrente ( que é esse que você deve estar pensando ) que volta e meia os jornais para encher linguiça botam em reportagens de página inteira no jornal como se isso tivesse muita utilidade na comparaçâo econômica entre países :?




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talharim
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#51 Mensagem por talharim » Sex Out 07, 2005 10:34 am

O Brasil no Conselho de Segurança da ONU

Gilberto Alves da Silva*

Professor

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, condições extorsivas foram imposta à Alemanha pelo Tratado de Versalhes, como a perda de todas as sua colônias e parte de seu território, o pagamento de enormes indenizações, a proibição de formar um exército regular foram a semente do regime totalitário que viria se instalar neste país, o nazismo, e uma das causa da Segunda Guerra Mundial.

Neste conflito houve o envolvimento de 65 milhões de pessoas com a morte de mais de 8 milhões, 20 milhões de feridos e o desaparecimento de 5 milhões. Além disso, são mortos 9 milhões de civis em conseqüência da fome, epidemias e massacres.

É este quadro que servirá como motivo para o desenvolvimento dos precedentes históricos da moderna sistematização dos direitos humanos. O Direito Humanitário, a Liga das Nações e a Organização Internacional do Trabalho foram marcos para o processo de internacionalização dos Direitos Humanos.

A Liga das Nações foi criada em 1920 com a finalidade de promover a cooperação, a paz e a segurança internacional, condenando as agressões externas contra a integridade territorial e a independência política de seus membros. Ainda estabelecia sanções econômicas e militares a serem aplicadas pela comunidade internacional contra os Estados que violassem suas obrigações.

Entretanto, os Estados Unidos não participou deste organismo, motivado pela recusa do Congresso norte-americano de não ratificar o Tratado de Versalhes. Além deste ponto, a impotência demonstrada pela Liga em impedir a invasão da Manchúria pelo Japão em 1931, a agressão italiana à Etiópia em 1935 e o ataque russo à Finlândia em 1939 foram pontos que levaram, em fevereiro de 1945, os principais líderes aliados a se reunirem na Criméia, no que ficou conhecida como Conferência de Yalta.

Nesta reunião, os líderes Franklin Delano Roosevelt, Josef Stalin e Winston Churchill debateram durante alguns dias as estratégias que levariam ao fim de um conflito que já durava cinco anos e o mais importante, qual seria a área de influência de cada um dos respectivos países no após-guerra e, também decidiram em fundar uma organização internacional para a salvaguarda da paz e da segurança em substituição a já enfraquecida Liga das Nações. Daí surgia a idéia de criação da ONU, Organização das Nações Unidas, que foi criada em 24 de outubro de 1945. No seu âmbito há o Conselho de Segurança, formado por quinze membros, sendo cinco permanentes - Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, China e França - e dez eleitos pela a Assembléia Geral para um período de dois anos. Medidas como bloqueio econômico ou intervenção militar em países que ameaçam a paz internacional, exigem voto favorável de nove membros, incluindo unanimidade dos cinco efetivos.

O Brasil reivindica uma ampliação do conselho e um assento permanente nele que, no meu entender, é um contra-senso, pois esta organização encontra-se atualmente fragilizada por não ter conseguido evitar a invasão do Iraque e as crescentes ameaças à ordem mundial em vários continentes, além de pairarem suspeitas de corrupção que atingem o seu Secretário Geral. Outro ponto a ser considerado é o notório poder dos cinco membros permanentes dentro desta instituição, sendo os mesmos, obviamente, contrários a qualquer ampliação deste conselho.

Ter este assento significa ter o nosso poder militar bem fortalecido, com armamento moderno e tudo mais que se faça necessário para que ele possa ser empregado em qualquer parte do planeta a qualquer momento que seja preciso. Teremos um gasto enorme de recurso que não dispomos, pois se houvesse, as nossas Forças Armadas não estariam na penúria que estão, como todos sabem. O que prevejo de antemão, é que sem o poder militar efetivo, iríamos fazer, lá, um papel secundário, obedecendo o big brother e seus acólitos. É bom lembrar que países como a Alemanha, o Japão e a Índia também têm pretensões como o Brasil e são Nações com este poder bem mais fortalecido que o nosso.

Para finalizar, cabe a seguinte pergunta: caso haja ampliações do Conselho de Segurança e do número de membros permanentes, quem garantirá que os novos integrantes terão o poder de veto? Que a regra de unanimidade nas principais decisões internacionais não permanecerá na forma como se encontra, na mão das cinco potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial mais a China?

*Ex-subsecretário de Ciência, Tecnologia & Inovação do Rio de Janeiro.




"Ter este assento significa ter o nosso poder militar bem fortalecido, com armamento moderno e tudo mais que se faça necessário para que ele possa ser empregado em qualquer parte do planeta a qualquer momento que seja preciso. Teremos um gasto enorme de recurso que não dispomos, pois se houvesse, as nossas Forças Armadas não estariam na penúria que estão, como todos sabem. O que prevejo de antemão, é que sem o poder militar efetivo, iríamos fazer, lá, um papel secundário, obedecendo o big brother e seus acólitos. É bom lembrar que países como a Alemanha, o Japão e a Índia também têm pretensões como o Brasil e são Nações com este poder bem mais fortalecido que o nosso"

Até que enfim leio um comentário coerente sobre esse ridículo esforço brasileiro para ter uma cadeira no CS da ONU.

A situação é simples : O Brasil não tem condições e ponto final.Um país que não leva a sério as suas FAs não merece uma cadeira no CS da ONU.




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#52 Mensagem por The Baaz » Sex Out 07, 2005 11:18 am

Talharim escreveu:A situação é simples : O Brasil não tem condições e ponto final.Um país que não leva a sério as suas FAs não merece uma cadeira no CS da ONU.


Talha, no Brasil nada é levado a sério...




Mens Sana, Corpore Sano.
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#53 Mensagem por VICTOR » Sex Jan 06, 2006 3:18 pm

06/01/2006 - Folha Online

Japão critica projeto do Brasil sobre reforma da ONU e deixa G4

da France Presse, em Tóquio

O Japão criticou nesta sexta-feira a nova proposta apresentada por Brasil, Alemanha e Índia para reformar o Conselho de Segurança da ONU, por considerar que a mesma tem escassas possibilidades de obter os apoios necessários.

Essas críticas complicam o ambiente no chamado Grupo dos Quatro (G4), Alemanha, Brasil, Índia e Japão, que até agora tinham uma causa comum.

"Decidimos não nos associarmos aos países que apresentam esta proposta, pois acreditamos que não é o momento adequado", explicou o porta-voz do governo, Shinzo Abe.

"Não há nenhuma possibilidade de que possam obter o apoio de dois terços dos membros da Assembléia Geral da ONU, como é necessário", disse Abe.

No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reagiu afirmando que apesar de o Japão ter decidido não participar desta vez, os outros três parceiros do G4 continuariam a consultar Tóquio sobre o assunto.

O projeto brasileiro é similar ao apresentado no ano passado pelo G4, que pretende aumentar de 15 para 25 o número de membros do Conselho de Segurança, com seis novos integrantes permanentes e quatro não permanentes.

Outra proposta

Nesta quinta-feira, o Japão afirmou que preparava uma nova proposta de reforma do Conselho de Segurança que fosse aceitável para os Estados Unidos, historicamente seu principal aliado.

O Japão teve que renunciar no momento ao desejo de ser um membro permanente, objetivo prioritário de sua diplomacia, já que não houve apoio do governo americano à campanha do G4.

O desejo do governo japonês de fazer parte do grupo de membros permanentes do Conselho de Segurança (que inclui Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, China e França) esbarrou no pouco entusiasmo dos EUA, além da aberta hostilidade da China e das profundas divisões da União Africana (UA).

"Desta vez, tentaremos obter primeiro o apoio dos Estados Unidos", explicara nesta quinta-feira Toshihiro Kitamura, um dos diplomatas responsáveis pela estratégia.

"Esperamos apresentar a nova proposta o mais rápido possível, para que a reforma do Conselho de Segurança possa se concretizar durante a próxima Assembléia Geral da ONU em setembro", declarou Kitamura.

O Japão alega merecer uma vaga permanente, pois é o segundo maior contribuinte das Nações Unidas, responsável por 19,5% do orçamento da organização, atrás dos Estados Unidos (22%). Os outros quatro membros permanentes do Conselho concedem menos de 10% cada um.

Tóquio ameaçou recentemente reduzir sua contribuição "excessiva" ao orçamento das Nações Unidas.




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#54 Mensagem por rodrigo » Sex Jan 06, 2006 8:45 pm

Japão critica projeto do Brasil sobre reforma da ONU e deixa G4
Não posso acreditar que a maravilhosa diplomacia brasileira tenha falhado. :lol:




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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#55 Mensagem por FinkenHeinle » Dom Jan 08, 2006 3:10 am

rodrigo escreveu:
Japão critica projeto do Brasil sobre reforma da ONU e deixa G4

Não posso acreditar que a maravilhosa diplomacia brasileira tenha falhado. :lol:

Mas isso era "arquievidente", hehehe...


Nossa Política Externa é Terceiro Mundista. Considerando que o Japão não é um país do Terceiro Mundo, porque deveríamos ser aliados?!

Hahaha...




Atte.
André R. Finken Heinle

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#56 Mensagem por Arthur » Dom Jan 08, 2006 12:37 pm

rodrigo escreveu:
Japão critica projeto do Brasil sobre reforma da ONU e deixa G4
Não posso acreditar que a maravilhosa diplomacia brasileira tenha falhado. :lol:


Quem falhor nessa não foi o Brasil sozinho, mas Brasil, Alemanha e Índia. E o problema aí é que o Japão só aceitaria uma proposta que fosse palatável aos EUA seu principal aliado por uma vaga no CS.

Arthur




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