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Enviado: Sex Jun 24, 2005 9:08 pm
por Nautilus
Bravo JLRC
[009]

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 8:43 am
por ferrol
JLRC escreveu:Tinha prometido que ía dar a minha opinião sobre as relações luso-espanholas e como hoje estou com paciência, vou fazê-lo.

Em primeiro lugar devo dizer que não considero que haja qualquer tipo de perigo de invasão de Portugal por parte de Espanha, considero sim, que certas atitudes de Espanha, para com Portugal, consubstanciam atitudes que no mínimo podem ser apodadas de não amistosas.
E viceversa, como denunciou o patrón lanzaroteño. Ante unha denuncia administrativa española, os portugueses reaccionan expulsando ós pescadores españois. Pouco amistoso si que parece...

JLRC escreveu:"De Espanha nem bom vento, nem bom casamento" diz um ditado português (e o povo tem sempre razão)
Pois xa van 3.230 veces que se cita este refrán nos foro. ¿Que tal se poñemos un acceso directo a él? ¿O povo ten sempre razón? Da que pensar...


JLRC escreveu:1º - Vamos começar com o problema mais antigo, Olivença.
Disinto. Non hai reclamación na ONU, nin en calquera foro internacional ou bilateral, logo non hai problema ningún.


JLRC escreveu: As ilhas Selvagens
reinvidicação por parte de Espanha, da ZEE adjacente às Ilhas Selvagens.
Non é certo. España recoñece 12 millas de soberanía ás Salvaxes, non 200 millas, xa que non están (presente) habitadas permanentemente nin poden soportar vida humana cos recursos propios das illas, como indica a ONU e perfectamente indicou Dinivan.

JLRC escreveu:Será que a tentativa de roubar parte da ZEE da Madeira é uma atitude de país amigo? Tirem as vossas conclusões.
Fagamos unha cousa: Colla no mapa as illas Canarias, que están habitadas, e colla a Illa de Madeira, que está habitada, faga unha liña pola metade da distancia que as une. Esa será a liña que recoñeza España de soberanía portuguesa, máis 12 millas ó redor das Illas Salvaxes. Iso non é roubar nada, é reparti-los recursos pola metade para os habitantes das illas que están habitadas.
Roubar é coller un penedo e poñerlle 200 millas de ZEE, sen ninguén do penedo que as poida aprovietar, porque no penedo non vive ninguén.

JLRC escreveu:mas Espanha tudo tem feito para poder pescar naquelas águas riquíssimas, propondo inclusivamente, a diminuição da ZEE dos Açores, argumentando que dado pertencerem os 2 países à UE, as águas pertencem à UE e não a Portugal, embora seja Portugal a administrá-las. Dada a pesca intensiva praticada por Espanha, se a invasão se concretizar, em poucos anos os pesqueiros ficarão exauridos, lançando para a miséria os pescadores açoreanos. Será esta uma atitude de país amigo? Mais uma vez deixo ao vosso critério.
Ninguén propón a reducción da ZEE, o que se di é que si somos socios comerciais na UE, o somos con todas as consecuencias, non se pode negar o acceso á un ben público europeo a outro pais europeo. Pódese regular, pódense negociar cuotas de captura, pero non se pode negar o acceso a un ben público, como son pesquerías ou empresas públicas.

E por certo, España non pesca intensivamente, os pescadores españois atéñense ás cuotas pesqueiras impostas polos países que xestionan os recursos. En Portugal, na Arxentina ou en Canadá.

JLRC escreveu:Central Nuclear de Almaraz

Construída na margem do rio Tejo, a 100 km da fronteira, poderá, em caso de acidente, poluir radioactivamente a água que abastece grande parte de Portugal e em especial Lisboa.
O Consello de Seguridade Nuclear impón planes de continxencia ó redor das centrales nucleares que abranguen varias ducias de kilómteros, en previsión de accidentes. Se esas ducias de kilómetros non entran en Portugal, non sei porque haberá que pedir permiso a Portugal para facer unha central nuclear en España. En todo caso, os cidadáns portugueses, como os españois, poderán e deberán pedir responsabilidades ós seus gobernos se non hai inspección de seguridade ou planes de continxencia adecuados...

JLRC escreveu:Se o Prestige, logo quando foi dado o alarme, tivesse sido conduzido para o porto galego mais perto, não se teria afundado e a maré negra teria sido facilmente contida, não tendo a extensão que veio a ter nem causando os prejuízos que veio a causar. A atitude das autoridades espanholas, ao quererem atirar com o Prestige para as águas portuguesas foi no mínimo criminosa. Foi uma atitude de país amigo?
Eso son especulacións. Hai foro militares onde os "what if.." teñen moito éxito. Que as autoridades españolas quixesen levar o barco a augas portuguesas, no medio dunha tempestade intensa, débese mais ás correntes do día que á vontade propia, como logo se demostrou, que cando amainou o temporal o barco foi levado cara ó noroeste, onde se afundíu.

JLRC escreveu:Factos, são factos e estes são alguns dos factos que fazem com que, cada vez mais, os portugueses olhem com desconfiança para Espanha.
Perdon, os portugueses non miran con desconfianza a España, máis ben, algúns portugueses, amantes da tradición oral portuguesa, miran con desconfianza a España, cousa que non pasa en España, por suposto.

JLRC escreveu: será que estamos exagerando os factos?
Pois mais ben sí, porque en Olivenza non hai "facto" ningún, porque as nucleares que se monten en España non incumben a Portugal, porque os "what if.." sobre petroleiros son puras especulacións, e porque non se pode dar rango de illa turística a un rochedo inhabitable.

Con todo e con eso, reafírmome na necesidade de que os nosos intereses deben ir xuntos no mundo desde xa en diante, e deixar pequenas disputas atrás, non vaia ser que aparezan os agoreiros do pasado, das Aljubarrotas e dos ventos, e nos fagan entrar nas súas cavernas de envexas, remorsos e desconfianzas.

O futuro está ahí diante, i é para o primeiro que o colla. ¿Queremos apodrecer no pasado ou avanzar ó futuro?Hai que escoller.

Saúdos a todos. :o

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 9:39 am
por JNSA
Dinivan escreveu:Pues bien, según las Naciones Unidas:

1. Una isla es una extensión natural de tierra, rodeada de agua, que
se encuentra sobre el nivel de ésta en pleamar.
2. Salvo lo dispuesto en el párrafo 3, el mar territorial, la zona
contigua, la zona económica exclusiva y la plataforma continental de una
isla serán determinados de conformidad con las disposiciones de esta
Convención aplicables a otras extensiones terrestres.
3. Las rocas no aptas para mantener habitación humana o vida
económica propia no tendrán zona económica exclusiva ni plataforma
continental.


http://www.un.org/Depts/los/convention_agreements/texts/unclos/convemar_es.pdf

Si esas rocas no pueden ni mantener en vida a un ramado de cabras, no son islas. Tampoco lo serían si se instalase una base de investigación que dependiera del exterior para su sustentación.


Dinivan, eu ainda não estudei Direito Marítimo, apenas Direito Internacional Público, mas quando puder vou verificar melhor esta matéria.

Mas de qualquer modo, posso dizer-lhe à partida uma coisa - em Direito Internacional Público, as normas de Direito Internacional Geral (normas consuetudinárias) revogam, em regra, as normas de Direito Convencional (Tratados e Acordos). O exemplo de escola é o do artigo 27º da Carta das Nações Unidas quanto às votações do Conselho de Segurança, tendo esta norma sido revogada ou derrogada por um costume institucional.

Ora se bem me lembro, e terei que confirmar, porque estou a falar de cabeça, o Tribunal Internacional de Justiça já considerou as normas da Convenção sobre o Mar Territorial e a Zona Contígua (Genebra, 1958) como normas de Direito Consuetudinário. Ou seja, embora esta convenção tenha sido revogada pela Convenção de Montego Bay, que o Dinivan citou, na prática algumas das suas normas podem permanecer.

No artigo 10º desta convenção (que já não está em vigor como tal, mas eventualmente como costume internacional), ilha é definida do seguinte modo:
1. Uma ilha é uma extensão natural de terra cercada de água que se conserva a descoberto na maré alta.


Ao contrário da Convenção de Montego Bay, não faz qualquer referência à necessidade de ser habitada...

Por outro lado, o artigo 121º da Convenção de Montego Bay que citou, não se presta propriamente à interpretação que o Dinivan fez... :wink:

Novamente, ilha é definida como:
1. Uma ilha é uma formação natural de terra, rodeada de água, que fica a descoberto na praia-mar


(Estou a citar da Colectânea de Leis de Direito Internacional, da Prof. Paula Escarameia, por isso não posso dar links...)

No nº 3 do mesmo artigo:
Os rochedos que, por si próprios, não se prestem à habitação humana ou a vida económica não devem ter zona económica exclusiva, nem plataforma continental.


O que é que para mim resulta deste texto? Que, no nº 1 é dada uma definição de ilha, na qual as Selvagens se incluem; e que no nº 3 se abre a possibilidade de mesmo os rochedos terem ZEE e plataforma continental, "desde que se prestem à habitação humana ou a vida económica".

Por outro lado, a expressão "que se prestem à habitação humana ou a vida económica" é um conceito indeterminado, que cabe ao jurista preencher. Tendo em conta o actual grau de tecnologia existente, practicamente qualquer lugar na terra se presta, por si próprio, à habitação humana. De outro modo, teríamos que excluir do conceito de ilha, por exemplo, uma série de áreas em torno do Alasca ou da Gronelândia, altamente desérticas e sem habitação permanente, mas que na realidade, servem para delimitar a ZEE dos respectivos países.

Quanto à vida económica, praticamente qualquer actividade humana se pode integrar nesse conceito.

Mais, o artigo não se refere à efectiva presença humana, mas sim à presença potencial. Como reserva ecológica, é muito simples explicar o facto de não haver populações ou actividade económica nas Selvagens.

Finalmente, em Direito Internacional, na maioria dos casos, o comportamento dos Estados, quer por acção, quer por omissão, releva mais para definir as regras costumeiras pelos quais estes se regem, do que muitas convenções. Assim, interessa-me mais saber quantos Estados reconhecem o estatuto de ilhas às Selvagens, e sua ZEE associada, do que uma definição constante de uma convenção que, como disse, pode eventualmente nem se aplicar ao caso que estamos a referir...

Mas como não gosto de falar sem dominar totalmente o assunto, na 2ª feira vou fazer uma visita à biblioteca da minha faculdade, e depois voltamos a falar... :wink:

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 6:39 pm
por Einsamkeit
Alguem tem fotos ou um mapa das faladas ilhas?

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 7:14 pm
por Paisano
Einsamkeit, na página 3 deste tópico tem as fotos e os mapas das ilhas.

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 10:25 pm
por nestor
b) Las islas atlánticas

Puesto que la distancia entre las islas Canarias y las de Madeira es muy superior a 24 millas, la única delimitación necesaria entre ellas es la de la zona económica exclusiva, intentada en 1979, es decir, poco después de que ambos países establecieran sus zonas de 200 millas. Esa delimitación era tanto más necesaria cuanto que Portugal declaró, al inicio de las negociaciones, que no ratificaría los acuerdos de Guarda mientras no se acordara también la delimitación entre Canarias y Madeira. No es posible, ni necesario ahora, averiguar si esa referencia se refería a los acuerdos de 1976 o a unos nuevos acuerdos aplicables también a la zona económica. Probablemente se trataba tan sólo de apremiar a España a fin de llegar a una solución en breve plazo.

En realidad no parecía que el problema fuera difícil: las leyes internas de ambos países acudían al principio de equidistancia y la práctica de los Estados en la delimitación entre islas o archipiélagos alejados del continente se orientaba, y se orienta, en ese sentido. El problema surgió cuando Portugal pretendió que se diera pleno efecto en el trazado de la línea equidistante a las diminutas Islas Salvajes –en realidad dos islotes– tan alejadas del archipiélago de Madeira que, efectivamente, se encuentran más cerca del archipiélago español que del portugués, aunque la soberanía de Portugal, que mantiene un faro automático en los islotes, no es cuestionable. Por parte española –el autor de estas líneas era el jefe de esa delegación– se hizo notar que el establecimiento de las zonas económicas por ambos países se había debido a la convicción de que las disposiciones relativas a ese espacio marino aceptadas en las negociaciones de la III Conferencia ya tenían la consideración de derecho internacional emergente o consuetudinario y que la misma consideración merecía el texto aceptado para un artículo (finalmente sería el 121 de la Convención de Montego Bay) que negaba la generación de plataforma continental a las rocas no aptas para mantener habitación humana o vida económica propia. Por tanto, España, manteniendo la equidistancia entre los archipiélagos como línea principal, estaba dispuesta a aceptar un círculo de mar territorial en torno a las Salvajes e, incluso, a suavizar el efecto burbuja de ese círculo, sólo tangente en su extremo norte a la línea equidistante, trazando unas tangentes adecuadas al Este y el Oeste como se muestra en el croquis de la Figura 11, en el que la línea X – Z muestra, aproximadamente, la línea pretendida por Portugal. Las negociaciones terminaron sin éxito. Es deseable que en un futuro próximo, ya entrada en vigor la Convención de 1982 en la que ambos países son contratantes, pueda llegarse a una delimitación acordada de todos sus espacios marinos. Es a todas luces lamentable que tratándose de dos países vecinos, con intereses comunes y entre los que afortunadamente existen tan sólidas relaciones no sólo de vecindad, sino también de cooperación y amistad, no se haya resuelto hasta ahora esta cuestión.

Imagem


http://www.realinstitutoelcano.org/documentos/121.asp


Esto es lo que reconoce España, si los portugueses pretenden otra cosa pues tendran que negociar segun establecen los tratados internacionales o tendrá que recurrir a un tribunal internacional para que decida.

Pero esta cuestión es meramente administrativa no militar.

La presencia "amenazante" de los F-18 españoles no se a que fué debido, pero dudo mucho que fuese para presionar a Portugal. España tiene otros medios para hacerlo mas sutiles y practicos. Entonces dudo mucho que los Hornets no fuesen allí mas que a asustar a tres lagartos y dos tortugas. Mas cuando a la primera protesta portuguesa dejaron de volar por la zona ¿que clase de amenaza es esa? Otra cosa hubiese sido que siguieran haciendolo.

Saludos.

Enviado: Dom Jun 26, 2005 2:22 am
por nestor
4º Opção nuclear espanhola junto à fronteira com Portugal

Será que a opção nuclear espanhola não foi sempre junto à fronteira com Portugal e mais propriamente em regiões onde o poder reivindicativo é menor, como é o caso da vizinha Castilla-Leon ?

Se assim não é, como justificar a central nuclear de Almaraz, Aldeadavilla de la Ribera, Saelices el Chico , etc. etc. etc. de onde se pode concluir que vivemos junto a um verdadeiro paiol de pólvora.

Central Nuclear de Almaraz

Construída na margem do rio Tejo, a 100 km da fronteira, poderá, em caso de acidente, poluir radioactivamente a água que abastece grande parte de Portugal e em especial Lisboa.

Central Nuclear de Sayago (Em projecto)

A ser construída, será mais uma central nuclear nas margens do rio Tejo, perto da fronteira, contribuindo para o perigo de contaminação das águas que depois virão para Portugal

Lixeira nuclear de Aldeadavilla de la Ribera (Em projecto)

Lixeira de resíduos nucleares, projectada para as margens do rio Douro, junto à fronteira, perto da aldeia de Aldeadavilla de la Ribera. Graças à oposição concertada dos dois lados da fronteira, a sua construção está suspensa. Caso seja construída, poderá levar à destruição da cultura da vinha da região demarcada do Douro, com cujas uvas se faz o Vinho do Porto, por provocar um aumento da temperatura média da água do rio Douro, em cerca de 2º C.

Fabrica de tratamento de concentrados de urânio «Quercus» da ENUSA, em Saelices el Chico

Esta fábrica, localizada nas margens do rio Águeda, perto de Salamanca e a poucos quilómetros da fronteira e do distrito da Guarda, elimina os resíduos radioactivos para o rio Águeda que vem desaguar ao rio Douro junto a Barca de Alva pondo em causa todo o ecossistema existente no chamado Douro Internacional.

Será esta política nuclear própria de um país amigo? Tirem as vossas conclusões


Este es el mapa de las centrales nucleares españolas que funcionan en la actualidad:



He suprimido el mapa para no desconfigurar el foro, aunque he puesto el enlace directo.



A la vista de ese mapa no creo que España construya centrales nucleares preferentemente cerca de la frontera portuguesa.

La mas cercana está a 100 Km. de la frontera portuguesa.

¿A que distancia deben estar?

Porque si me dices que a 150 Km. yo te respondo que entonces Portugal, en reciprocidad, no tendría espacio para construir ninguna dentro de su territorio.

En este mapa se puede comprobar la distancia entre la frontera con España y el Atlantico:

Imagem


Historia nuclear portuguesa:

http://www.lpn.pt/historia_do_nuclear_em_portugal.htm


En cuanto a las supuestas centrales en estudio, hay que decir que en España existe la moratoria nuclear:

Puntos de Vista
Análisis y opinión sobre energía y política

El regreso de la energía nuclear





Por Juan Francisco Salas Romero


Durante 2004, España consumió la producción de dos grupos nucleares franceses. El Gobierno Español se niega a levantar la moratoria nuclear pero le compra energía nuclear a Francia, la gran potencia europea. Toda la nueva infraestructura gasística ha creado puestos de trabajo en el extranjero. La generación de electricidad por energía eólica apenas supera el 25% de la potencia instalada. La energia eólica ha agotado ya su fase de rentabilidad.

Históricamente, España compraba energía a Francia durante el verano y le vendía esa energía en invierno. Ahora no. En España, recordemos que España es diferente, se declaró la moratoria nuclear, y se apostó, más veces que nadie, por el gas y la energía eólica. Rodríguez Zapatero suspira por que España se vea libre de energía nuclear. Pero la realidad es otra.

Sin embargo, Francia no piensa lo mismo y en concreto su empresa estatal EDF, es ya una gran potencia nuclear europea. Y tanto la izquierda como la derecha hacen oídos sordos a los ecologistas. Así, En 2004 Francia le vendió a España el equivalente a dos grupos nucleares franceses, unos 2.000 MW, sin que hubiera contraprestación de ningún tipo. Con el agravante de que las previsiones de algunas compañías eléctricas españolas es que, atados de manos como estamos, especialmente por Kyoto y por la moratoria nuclear, para producir energía, es posible que esos 2.000 MW se multipliquen dos en un año.

Zapatero ama a Francia, pero Francia no ama a Zapatero ni en la energía nuclear ni en nada. Nunca España y Francia se han llevado bien que digamos. En lo que no discrepa es en la moratoria: los franceses, de derecha o de izquierdas, están felices con el ecologismo socialista español porque saben que con ciclos combinados y energía eólica, y con una demanda disparada, España se verá obligada a comprar energía... a EDF. Con ello, España continua día a día y más y más, dependiendo de las demas naciones. Dependencia tecnológica equivale a ir de pedigüeño por el mundo.

Naturalmente, El PSOE quiere establecer una línea que conexione a España y Francia, pasando por Gerona. Lo que sea y como sea pero no reconocemos la verdad de los hechos. tal y como estan las cosas es necesario volver a la energía nuclear.

Además, hay otras dos cuestiones que conviene señalar:

a/ En todo el mundo se está planeando quién debe quedarse con los residuos nucleares: si el productor o el consumidor.

b/ Existe otra razón por la que a los franceses les interesa el ecologismo gubernamental de Zapatero: preparan el monopolio del reactor nuclear de nueva generación, naturalmente de fabricación francesa, que sólo cuenta con una alternativa: los fabricantes norteamericanos. Seguimos siendo diferentes pero sobre todo europeos¡¡¡.

La energía nuclear representó el 30% de la energía consumida en España durante 2004. Varios de los grupos nucleares están a punto de terminar su vida útil, con lo que la necesidad de energía se dispara y minetras los españoles hemos pagado a las empresas eléctricas auténticas fortunas por el cierre de centrales nucleares españolas y las hemos enriquecido. ¿Quien estaba tras todo esto?. Pues nuestro gran hermano socialista Felipe Gonzalez Márquez y sus "socios". Entre ellos el "eminente" Sr. Solchaga.

Y en este caos no puede hablarse de oposición de las compañías eléctricas. Todas ellas desarrollarían gustosas centrales nucleares. Es una cuestión política- Pero asombra que al afrancesamiento de Rodríguez Zapatero llegue al extremo de comprarle a Francia lo que se niega a construir en España. Tremendo laberinto de intereses económicos privados de nuestros politicos.

La alternativa española a la energía nuclear ha ido Kyoto, es decir, gas natural y energía eólica, los famosos "molinillos." La inversión en gas, que tanto ha beneficiado a empresas extranjeras mientras se retiraban contratos a las españolas (por ejemplo, a los astilleros Izar, hoy ya desaparecidos) ha conseguido una energía menos contaminante pero que no puede garantizar ni el suministro ni tiene asegurada la rentabilidad futura. Para muestra un detalle: Siemens, unos de los grandes beneficiarios de la fabricación de turbinas en España, afirma que sus módulos tienen una duración de 20 años. Ahora, algunas eléctricas están convencidas de que no durarán mucho más allá de un lustro.

Una vez más, España sirve de conejillo de indias para que las multinacionales francesas alemanas y norteamericanas experimenten con una tecnología nueva, como era la de los ciclos combinados. Y la cosa no ha ido mal, pero a estas alturas sigue sin solucionarse la regularización de los ciclos, además de colocarnos en una férrea dependencia del gas argelino y del gasoducto que lo trae desde Argelia... pasando por Marruecos. No es la primea vez que, inopinadamente, en las centrales de San Roque (Endesa y Gas Natural) se produce un corte en el suministro. Ahora, precisamente, está habiendo una altísima polución medio ambiental en la petrolera de Algeciras porque se está emitiendo gases tóxicos a la atmósfera. En cualquier caso, se necesita mucha fe en la "alianza de civilizaciones" para sentirse confiado con el gas argelino. Por eso las compañías se han visto obligadas a montar toda la infraestructura de licuación, transporte y regasificación. Pero, en cualquier caso, al menos el gas ha representado una alternativa al fuel y al carbón y mejor o peor, el asunto funciona.

El asunto de la energía eólica marcha mucho peor, a pesar de que no son pocos los que se han enriquecido instalando "molinillos" y vendiendo después. En estos momentos hay en funcionamiento en España 8.000 MW en molinillos, y el Gobierno aspira a alcanzar ente 16.000 y 20.000 MW. Pues bien, un "molinillo" sólo es rentable si consigue funcionar por encima de las 2.500 horas al año (8.640 horas, si no es bisiesto). En definitiva, si un "molinillo" no gira el 30% del tiempo se convierte en un objeto inservible. Por eso, estos equipos son rentables en la zona de la Estaca de Vares (Galicia), Tarifa (Cádiz), Gerona y la Depresión del Ebro (Zaragoza). Porque en España no hay más viento, que también es un bien escaso. Pero en Tarifa, paso obligado de las aves que emigran a Africa a pasar el invierno, estos molinos de viento contra los que D. Quijote lucharía hasta la muerte, se han convertido en trampas mortales de estas aves que cansadas de largas jornadas de vuelo y a veces desviadas por el fuerte viento que siempre reina en esta zona, tropiezan contra ellos y quedan atrapadas y muertas.

En definitiva, la rentabilidad del mapa eléctrico español toca a su fin. Según los estudios que realizan las compañías eléctricas, el parque (presente y proyectado) no superará, en el mejor de los casos, los 16.000 MW. De ellos, 4.000 son rentables sin subvención, otros 4.000 lo serían con subvención. Y así hemos llegado a lo que hay ahora. A partir de aquí, nos podemos encontrar con otros 4.000 MW de energía no rentable ni tan siquiera con subvención y otros 4.000 que serán una quiebra desde su puesta en funcionamiento.

No sólo eso, con la energía eólica hemos descubierto el verdadero sentido de la diferencia entre potencia instalada y energía generada. Según los datos de la patronal UNESA, correspondientes a 2004, la energía eólica generada apenas supera el 25% de toda la potencia instalada. En el caso nuclear estaríamos hablando de un 100%, de un 95% en el gas o de un 90% en el carbón.

En definitiva, el actual plan energético español, iniciado por el PP y ratificado por el PSOE en sus líneas básicas, nos aboca a una dependencia de la energía nuclear francesa, que funciona en régimen de monopolio público. Nos aboca, también, a una dependencia tecnológica habitual en España. Nuestra nación depende energéticamente de Electricité de France (EDF), prácticamente un departamento ministerial del Gobierno de París.

¿Que es mejor, una energía limpia o una energía barata? ¿Cuál es la prioridad: la riqueza o la belleza, vencer a la polución o vencer el hambre? Dos visiones muy distintas de la vida y de la economía.

Personalmente nos inclinamos por la energía nuclear con todos sus inconvenientes pero los residuos nucleares pueden ser dominados en su eliminación, los gases de SO2, CO2, CO... que emiten las centrales térmicas y las petroleras sólo tienen a polucionar y ahora que padecemos una tremenda sequía la polución atmósferica es alta en zonas generando cuadros de dificultades respiratorias en muchisimas personas y cuando llueva (Dios quiera que pronto) caerá, sin duda, H4SO2, como lluvia ácida al igual que ocurre en el Polo Industrial de Huelva (provincia cercana al Sur de Portugal y que linda con la de Sevilla).



Juan Francisco Salas Romero, es ingeniero Diplomado en Planificación y Administración de Empresas de la Universidad Politécnica de Madrid. También fue Asesor Técnico de ASTINAVE hasta el año 1991. Sus puntos de vista no necesariamente son los de Petroleumworld.
Nota del Editor: Petroleumworld no se hace responsable por los juicios de valor emitidos por esta publicacion, por sus colaboradores y columnistas de opinión y análisis.


[url]Puntos de Vista[/url]


La verdad es que no se de donde salen tantas falsas informaciones por parte de algun portugues de este foro.

Saludos.

Enviado: Dom Jun 26, 2005 8:16 am
por JNSA
nestor escreveu:se hizo notar que el establecimiento de las zonas económicas por ambos países se había debido a la convicción de que las disposiciones relativas a ese espacio marino aceptadas en las negociaciones de la III Conferencia ya tenían la consideración de derecho internacional emergente o consuetudinario y que la misma consideración merecía el texto aceptado para un artículo (finalmente sería el 121 de la Convención de Montego Bay) que negaba la generación de plataforma continental a las rocas no aptas para mantener habitación humana o vida económica propia.


O problema, nestor, é que não sei se o Tribunal Internacional de Justiça já se pronunciou quanto ao carácter consuetudinário desta disposição da Conveção de Montego Bay... Mas tanto quanto sei, já o fez quanto à anterior convenção, e este nada diz quanto a exigências de habitabilidade...

nestor escreveu:negaba la generación de plataforma continental a las rocas no aptas para mantener habitación humana o vida económica propia


E voltamos ao mesmo - aptidão para manter habitação humana é um conceito indeterminado. As Selvagens têm capacidade de manter habitação humana e actividade económica, e já o fizeram no passado. Como já foi dito, não é necessário que agora tenham populações residentes.

Em Direito Internacional, o comportamento dos Estados é o mais revelador da interpretação dada às normas convencionais e é o que permite a formação de normas consuetudinárias (prática reiterada com convicção de obrigatoriedade). Se a maioria dos Estados reconhecem a ZEE das Selvagens, e as reconhecem como ilhas, então é isso que releva para a comunidade internacional...

Enviado: Dom Jun 26, 2005 8:27 am
por JNSA
Bem, e o que interessa é que, fora do mundo político e dos fóruns da internet, os nacionais dos dois países ainda não se vão matando uns aos outros (pelo menos, não com muita frequência... :lol: ).

Um helicóptero Puma da Força Aérea Portuguesa, operando quase no máximo da sua autonomia, resgatou um tripulante de um barco espanhol sofrendo de apendicite aguda (o tripulante, não o barco... :lol: :mrgreen: )

Força Aérea transporta pescador doente para o hospital da Horta
6/24/2005 7:35:00 PM
por Açoriano Oriental/Lusa

A Força Aérea Portuguesa transportou para o hospital da Horta um pescador, com suspeitas de apendicite aguda, de um barco espanhol, que se encontrava a cerca de 200 milhas da ilha das Flores, anunciou hoje fonte militar.

A Força Aérea Portuguesa transportou para o hospital da Horta um pescador, com suspeitas de apendicite aguda, de um barco espanhol, que se encontrava a cerca de 200 milhas da ilha das Flores, anunciou hoje fonte militar.

Segundo o Comando da Zona Aérea dos Açores, a operação de transporte do doente, um espanhol de 51 anos, envolveu um helicóptero "PUMA" e um Aviocar da Base das Lajes, na ilha Terceira.

Com fortes dores abdominais, o pescador foi assistido até ao hospital da Horta, na ilha do Faial, por uma equipa médica da base aérea, adiantou.

A posição do barco "Marismar", a cerca de 200 milhas náuticas a Noroeste das Flores, obrigou a que o helicóptero da Força Aérea tivesse de ser reabastecido nos aeroportos da Horta e das Flores.

fonte: http://acorianooriental.sapo.pt/noticia.asp?pid=17&nid=64666 e amg no Fórum Militar Conjunto... :wink:

Mais uma vez, parabéns aos pilotos de SAR, e que os EH-101 vão depressa para os Açores, onde são cada vez mais necessários... :wink:

Enviado: Seg Jun 27, 2005 1:22 pm
por Rui Elias Maltez
Estou só a aparelhar a esquadra, e amanhã regresso para a refrega.

Não consegui foi por uma das João Coutinho a funcionar, mas levo um Cacine :lol:

Enviado: Ter Jun 28, 2005 5:40 am
por Rui Elias Maltez
A noção que eu tenho de toda esta problemática da relações luso-espanholas é que elas têm decorrido formalmente de acordo com as regras do Direito Internacional, e de acordo com um patamar de respeito mútuo entre os estados.

Mas mercê do posicionamento geográfico dos dois vizinhos peninsulares, circunstâncias da História, e que não é imputável a ninguém leve a que recorrentemente a Espanha coloque Portugal perante os chamados factos consumados.

A gestão das águas dos rios internacionais foi colocada entre os 2 países aquando do megalómano projecto dos transvases de água, o que se tivesse sido levado para diante prejudicaria grandemente os caudais dos rios ibéricos, nomeadamente o Douro, Tejo e até o Guadiana.

Colocaria mesmo em causa a viabilidade da albufeira do Guadiana, caso a pretenção espanhola de desviar o pouco caudal do Guadiana para o Guadalquibir se concretizasse.

As negociações que se seguiram levaram a que se assinasse um convénio entre os 2 países para que se estabelecessem quotas de caudal, embora com cláusulas que em caso de crise prejudicam gravemente Portugal (como é o caso deste ano).

Quanto às centrais nucleares e à sua localização, não creio que a sua localização esteja à margem do Direito Internacional e regulamentos de áreas de segurança, mas não creio que Espanha construisse a sua central no Tejo, a montante de Madrid ou Toledo, e pelo contrário, construiram-na bem a jusante, perto da fronteira com Portugal.

O projectado depósito de resíduos, em Aldea d'Ávila perto da fronteira portuguesa, junto do Douro, poderia ou não ser instalada em muitas das montanhas entre Madrid e Burgos?

Questões que levam a que a Espanha legalmente actue, mas que configuram casos de má fé, já que em caso de catástrofe, acidente ou alterações climatéricas graves, não será a Espanha a primeira prejudicada, mas sim Portugal.

Porque é que os esgotos residuais de Mérida e de Badajós não são convenientemente tratados à saída dessas cidades, entrando o Guadiana em Portugal com qualidade de água muito questionável?

Será que a montante desses rios, as cidades espanholas não tratam os resíduos industriais e domésticos?

Por isso, julgo que dada a posição dos dois países e o estado dependência portuguesa face às condições atmosféricas, condicionalismos naturais e boas vontades de Espanha leva a que Portugal seja extremamente vulnerável, face ao que se passa.

O relacionamento entre dois estado de dimensões económicas, populacionais e geográficas deve basear-se no respeito mútuo genuino, e não em imposição de factos consumados que depois sirvam de patamar de negociação, numa relação de forte/fraco, mas sim em pé de igualdade.

E para isso, Portugal terá que ser mais respeitado, no quadro peninsular e no quadro da UE.

Para isso, Portugal terá que ter uma política externa credibilizada por meios que lhe permitam sustentar as suas posições negociais.

Como geográficamente Portugal está em desvantagem, terá que encontrar um patamar mínimo que equalize essa desvantagem, não podendo mais negociar coisas vitais para a sua segurança, numa posição de "dominado", perante o "dominador".

Porque as coisas não têm que ser assim, determinadas por força "divina", mas sim porque os homens nunca se terão importado muito com esses aspectos.

Julgo que é uma atitude que terá que mudar.

Enviado: Ter Jun 28, 2005 6:08 am
por P44
Nautilus escreveu:Bravo JLRC
[009]


[009]

Uma análise muito boa , lúcida e calma...gostei!!!!! :wink:

Enviado: Ter Jun 28, 2005 7:00 am
por ferrol
JNSA escreveu:E voltamos ao mesmo - aptidão para manter habitação humana é um conceito indeterminado. As Selvagens têm capacidade de manter habitação humana e actividade económica, e já o fizeram no passado. Como já foi dito, não é necessário que agora tenham populações residentes.
Se non é necesario que agora teñan poboación para explota-la súa área, supoño que tampouco será necesario que agora reclamen unha ZEE. :wink:

Reclamar unha área é para explotala, se non hai ninguén dos reclamantes que a explote, directamente é inútil reclamala. Se os habitantes das Salvaxes non reclaman unha ZEE, ¿Por qué a reclama Portugal? Non ten senso.

O Goberno de Portugal representa ós portugueses por votación popular, pois ben, ¿A quen representa pedindo 200 millas para uns illotes inhabitados? Non representa ós portugueses, porque non hai portugueses nos illotes.

O único que provocan estas situacións absurdas son roces sen razón entre os 2 países, iniciados por esas patrulleiras portuguesas que agora se lles da por apresar pesqueiros españois, cando levan anos pescando alí sen ningún problema.
Se Portugal cre que ten algún dereito sobre esas augas, hai que negociar, non se pode de boas a primeiras actuar coa lei do máis forte, ensina-lo canón da patrulleira e apresar ó pesqueiro indefenso. Eso non é racional.

Agardemos que todo esto se resolva cedo e sen máis complicacións, a ver se vai acabar esto como en Canadá.

Saúdos a todos.

Enviado: Ter Jun 28, 2005 7:16 am
por alfsapt
ferrol escreveu:Reclamar unha área é para explotala, se non hai ninguén dos reclamantes que a explote, directamente é inútil reclamala. Se os habitantes das Salvaxes non reclaman unha ZEE, ¿Por qué a reclama Portugal? Non ten senso.


Lógica da batata. Então expilique aqui aos nossos amigos brasileiros que se não exploram a Amazónia não faz sentido reclamá-la.

E o rochedo de Perejil (ou parecido) só fez sentido devido à exploração levada a cabo por Espanha...?!

Isto é do mais básico que pode haver... :idea:

Repito que para mim é uma questão do foro jurídico, portanto criminal PORQUE a questão de soberania nem sequer se põe. Se para fazer cumprir a lei for preciso fazê-lo à chapada ou a tiro de canhão... é porque não temos orçamento para outros meios.

Enviado: Ter Jun 28, 2005 7:37 am
por ferrol
alfsapt escreveu:Então expilique aqui aos nossos amigos brasileiros que se não exploram a Amazónia não faz sentido reclamá-la.
Se non hai brasileiros na Amazonia, non ten senso que Brasil reclame a Amazonia. ¿Hai brasileiros na Amazonia? Coido que sí. Pois logo que Brasil reclame unha parte da Amazonia...

alfsapt escreveu:E o rochedo de Perejil (ou parecido) só fez sentido devido à exploração levada a cabo por Espanha...?!
O rochedo está en disputa, non ten un dono claro, logo ninguén pode ocupalo como se fose o seu dono, que foi o que fixo Marrocos.

alfsapt escreveu:Isto é do mais básico que pode haver... :idea:
Pois efectivamente, é básico. Se non hai nepaleses en Alfa-Centauri, os nepaleses non poden reclamar Alfa-Centauri, cando cheguen, que a reclamen, se non hai portugueses nas Salvaxes, non poden reclamar nada máis do que lles conceden as leis internacionais (12 millas), cando cheguen que reclamen as 200 millas. Para min que está diáfanamente claro.