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Enviado: Qui Ago 18, 2005 4:26 pm
por mpina41
P44, agradeço o conselho e vou tentar... também acho que fica mais bonito.
Agora vamos às respostas!
Temos que ter em conta (algo que eu não consigo engolir) mas a realidade que posteriormente se deparou foi que todos os depoimentos de oficiais, foram feitos por OFICIAIS DA ESCOLA DO COMANDANTE SEIXAS LOUÇA.
Desde logo havia -um medo- e uma tentativa de proteger o "filho da escola" contra um outro Oficial (apoiado pela guarnição) que era mais novo.
Daí que ainda hoje, muitos (agora Almirantes) tentem defender a posição do Comandante, dizendo que foi um dia muito díficil para ele!
Que ele não acreditava na revolução e que não iriam arriscar a sua situação militar naquilo que não acreditava...
DOCUMENTOS
Enviado: Sex Ago 19, 2005 1:48 pm
por mpina41
Vou começar a passar os documentos sobre a questão do navio no 25 de Abril de 74.
Antes quero chamar a atenção que não tenho scanner, por isso envio os doc. após os fotografar e trabalhar na maq. digital.
Depois passarei para o site e VC clicam sobre eles e eles vão crescendo

como se vc não soubessem...
Se for de vc vontade podem começar os doc e eu poderei ajudar em alguma coisa!
pode ser um trabalho algo trabalhoso e aborrecido para vc, mas conforme formos evoluindo vamos analisar a continuação
PREAMBULO
Vou começar pela questão levantada pelo Coronel Fisher Pires e as consequentes respostas.
doc conseguidos na revista
referencial nos nº 41/42/43 e expostos no Centro de Documentação do 25 de Abril da Univ de Coimbra
ARTIGO 1 - O CORONEL
Enviado: Sex Ago 19, 2005 2:40 pm
por mpina41
Enviado: Sex Ago 19, 2005 2:44 pm
por mpina41
Cap 2
Posição dos Oficiais da Gago

Enviado: Sex Ago 19, 2005 2:46 pm
por mpina41
Cap 3
Posição de um independente (perito em casos militares)
Vaza Pinheiro

Enviado: Sex Ago 19, 2005 2:51 pm
por mpina41
Cap. 4
Tomada de posição de
Alm. Victor Crespo

Enviado: Sex Ago 19, 2005 2:59 pm
por mpina41
Enviado: Sex Ago 19, 2005 3:01 pm
por mpina41
Cap. 6
Tomada de posição da Direcção do Referencial

Enviado: Sex Ago 19, 2005 3:04 pm
por mpina41
Cap 7
Doutor Boaventura
Univ. de Coimbra

Enviado: Sex Ago 19, 2005 3:08 pm
por mpina41
Ora aí está o 1º artigo de uma questão que dará trabalho de análise e que espero alguém tenha paciência para a ler.
Não faço comentários - só se me pedirem- para não ser acusado de tendencioso!
Isto meu amigos, são documentos verdadeiros já catalogados e que fazem parte inequívoca da
História Contemporanea de Portugal
Por hoje chega!
Sou todo ouvidos...
Comentem!
Enviado: Sex Ago 19, 2005 7:53 pm
por pt
Até agora a única coisa que achei surpreendente foi Lopes Pires ter dito que era preciso fazer calculos muito complicados para disparar as peças de 76mm da fragata.
Pelo que sei trata-se de uma peça de tiro rápido, com capacidade para disparar quase um tiro por segundo. A peça é dirigida pelo radar de tiro, e faz todos os cálculos automaticamente. Era em 1974, uma arma das mais modernas.
De resto, o que vejo nos textos são pessoas que dizem coisas diferentes. Creio que só efectuando uma cronologia minuciosa do dia será possível chegar a alguma conclusão.
Uma pergunta:
Fala-se em "tomar conhecimento de que os tanques podiam disparar contra a fragata".
Como é que terão chegado a essa conclusão?
Com binóculos?
Ou por alguma informação via rádio?
Há fotografias de alguns Panhard com a peça de 75mm voltada para o rio, e se não me engano de dois tanques M-47 na mesma posição.
(dois dos carros que se colocaram ao lado dos revoltosos no Terreiro do Paço).
Seriam estes que foram avistados?
Cumprimentos
Enviado: Sáb Ago 20, 2005 7:05 am
por mpina41
F 473 Gago Coutinho LISNAVE (Lisboa) 29-Nov-1967
Armamento
Canhões:
2 (dois) canhões de 76mm Mk33 numa torre dupla
Torpedos: Dois lançadores triplos US Mk-32. para torpedos de 533mm
Dois morteiros anti-submarinos Bofors, de 375mm
A principal arma, era a nova torre dupla com dois canhões de 76mm com funções anti-aéreas, que era controlada por radar.
A unidade só foi entregue em 1968, e quando foi entregue, já tinha necessidade de algumas alterações, como as que foram feitas às Dealey americanas, que passaram por alterações ao nível dos sistemas de combate, electrónica e armamentos.
A Noruega, que comprou seis unidades (pagando apenas metade, dado a outra metade ter sido paga pelso Estados Unidos) continuou a modernizar as suas fragatas Dealey, e ao contrário de Portugal, não as substituiu no inicio dos anos 90.
Enviado: Sáb Ago 20, 2005 7:17 am
por mpina41
Até agora a única coisa que achei surpreendente foi Lopes Pires ter dito que era preciso fazer calculos muito complicados para disparar as peças de 76mm da fragata.
OCoronel "sabe" tudo... mas engana-se muito!
Pelo que sei trata-se de uma peça de tiro rápido, com capacidade para disparar quase um tiro por segundo. A peça é dirigida pelo radar de tiro, e faz todos os cálculos automaticamente. Era em 1974, uma arma das mais modernas.
Características
Fabricante: USN
Alcance: 12.8 Km como peça de duplo uso.
Peso total: 15.000 Kg
Calibre: 76 mm
Cadência de tiro: 50dpm
Elevação da peça: 85º
Comprimento da peça: 50 calibres (50x76 = 3800mm)
Peso do projéctil: 5.93 Kg
Tripulação: 12 militares
Na versão mono-peça, Mk-34 (não utilizada em Portugal), a tripulação é de 8 militares
Enviado: Ter Ago 23, 2005 8:43 am
por Rui Elias Maltez
Ainda não li tudo.
Mas coloco a segunte questão:
Se é obvio que, se a guarnição tivesse estado a favor do regime, tal como muitas unidades militares o estavam e se tivessem, num golpe de força disparado a peça para o Terreiro do Paço, não seria de esperar uma reação por parte dos blindados que ali estavam, e mais da bateria que se encontrava no morro do Cristo Rei?
Unidades terrestres fieis ao regime também vieram para arua, mas perante a situação no terreno e o apoio popular cerscente aos revoltosos, acabaram por permanecer "calados e queitos" ou nalguns casos, passaram-se para o lado da Revolução.
Não terá esse facto pesado no pensamento do Comandante, e de assim ter aceite passivamente a reação da tripulação e nomeadamente do imediato, para que o navio abandonasse essa posição e acabasse por zarpar para o mar da pallha?
Uma questão que coloco.
Enviado: Ter Ago 23, 2005 3:14 pm
por mpina41
"Rui Elias Maltez"]
Se é obvio que, se a guarnição tivesse estado a favor do regime, tal como muitas unidades militares o estavam e se tivessem, num golpe de força disparado a peça para o Terreiro do Paço, não seria de esperar uma reação por parte dos blindados que ali estavam, e mais da bateria que se encontrava no morro do Cristo Rei?
Sim! e posso dizer que o medo que tinhamos era dessa peça colocada propositadamente no Cristo Rei.
Unidades terrestres fieis ao regime também vieram para arua, mas perante a situação no terreno e o apoio popular cerscente aos revoltosos, acabaram por permanecer "calados e queitos" ou nalguns casos, passaram-se para o lado da Revolução.
Tens toda a razão!
E mais, aquilo que começou com uma
tomada de posição de revolta dos capitães só se transformou num golpe de estado pela adesão - que surpreendeu os próprios revoltosos- do povo!
Mas essa adesão de tão massiva que foi, passou a ser um problema, já que as forças militares (pelo menos no Terreiro do Paço, nós viamos) afogou os militares e peças.Não sei se fosse preciso, como poderiam disparar do T. do Paço... Daí que o nosso medo vir do Cristo rei!
Não terá esse facto pesado no pensamento do Comandante, e de assim ter aceite passivamente a reação da tripulação e nomeadamente do imediato, para que o navio abandonasse essa posição e acabasse por zarpar para o mar da pallha?
Caro Rui, o comandante manteve-se fiel aos seus principios até acreditar que a Revolução ía vencer (ele ouvia, como nós, as noticias pela Rádio Clube Português) e quando viu que ia perder, naturalmente quis diminuir a "culpa".
Como dizes e muito bem, aceitou a passivamente a situação.