Relato de um Sniper

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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#46 Mensagem por Moccelin » Sáb Set 01, 2007 6:14 pm

rodrigo escreveu:
Vc já atirou com uma Barret ??
Já atirei e acompanhei treinos nos EUA e aqui no Brasil.

Me chamou a atenção pq pensava que ou não existia essa arma aqui no Brasil
O BFE possui essa arma há muito tempo. O EB inclusive vai começar a popularizar o uso dessa arma, começando com o curso na AMAN.

Vc trabalha em alguma força de segurança Rodrigo ?
Não.


CARACA... Muito bom... Agora só não me diga que vai ser só para a Infantaria...

EDITADO:
Ixi... Agora que eu entendi a mensagem... Curso NA AMAN...
Mais uma prova de que alegria de Aluno dura pouco...




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Guilherme
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#47 Mensagem por Guilherme » Sáb Set 01, 2007 6:46 pm

Shot placement

Shot placement varies considerably with the type of sniper being discussed. Military snipers, who generally do not engage targets at less than 300 m (330 yd), usually attempt body shots, aiming at the chest. These shots depend on tissue damage, organ trauma and blood loss to make the kill. Police snipers who generally engage at much shorter distances may attempt head shots to ensure the kill. In instant-death hostage situations, police snipers shoot for the cerebellum, a part of the brain that controls voluntary movement that lies at the base of the skull. Some ballistics and neurological researchers have argued that severing the spinal cord at an area near the second cervical vertebra is actually achieved, usually having the same effect of preventing voluntary motor activity, but the debate on the matter remains largely academic at present.


http://en.wikipedia.org/wiki/Sniper




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#48 Mensagem por Scout » Dom Set 02, 2007 12:03 am





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#50 Mensagem por rodrigo » Dom Set 02, 2007 11:45 pm

CARACA... Muito bom... Agora só não me diga que vai ser só para a Infantaria...

EDITADO:
Ixi... Agora que eu entendi a mensagem... Curso NA AMAN...
Mais uma prova de que alegria de Aluno dura pouco...
O curso da Seção de Tiro da AMAN acabou e foi transferido para o CIOPES, e agora os FE não conseguem formar muita gente, deixando o EB sem saber como fazer o curso para multiplicadores.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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#51 Mensagem por rodrigo » Seg Set 03, 2007 12:04 am

Alguns artigos da revista do Exército Argentino:

El tirador especial
http://www.rs.ejercito.mil.ar/Contenido ... ado661.htm

Tiradores Especiales, Cazadores del Campo de Combate
http://www.rs.ejercito.mil.ar/Contenido ... ado659.htm

El tirador especial en montaña
http://www.rs.ejercito.mil.ar/Contenido ... ado656.htm

Las Fuerzas Especiales en el Ejército Argentino
http://www.rs.ejercito.mil.ar/Contenido ... ado638.htm




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#52 Mensagem por Moccelin » Seg Set 03, 2007 4:25 pm

rodrigo escreveu:
CARACA... Muito bom... Agora só não me diga que vai ser só para a Infantaria...

EDITADO:
Ixi... Agora que eu entendi a mensagem... Curso NA AMAN...
Mais uma prova de que alegria de Aluno dura pouco...
O curso da Seção de Tiro da AMAN acabou e foi transferido para o CIOPES, e agora os FE não conseguem formar muita gente, deixando o EB sem saber como fazer o curso para multiplicadores.


Eles podiam aproveitar que os "oficiais em formação" já estão por lá e treinar os melhores atiradores nesse tipo de técnica, os oficiais novos não são os 'renovadores' da força, então, que saíssem de lá alguns multiplicadores... Eles poderiam criar vários cursos 'extras' e colocar um punhado de Cadetes pra fazer cada um dos cursos, divididos por características, atiradores bons vão para o curso de caçador, escaladores bons (os melhores da SIEsp do primeiro ano) fazem o Curso Básico de Montanhismo, e por aí vai... E ainda economizaria na formação, afinal já está todo mundo por lá mesmo...




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#53 Mensagem por Mapinguari » Qua Set 05, 2007 4:06 am

rodrigo escreveu:
CARACA... Muito bom... Agora só não me diga que vai ser só para a Infantaria...

EDITADO:
Ixi... Agora que eu entendi a mensagem... Curso NA AMAN...
Mais uma prova de que alegria de Aluno dura pouco...
O curso da Seção de Tiro da AMAN acabou e foi transferido para o CIOPES, e agora os FE não conseguem formar muita gente, deixando o EB sem saber como fazer o curso para multiplicadores.


Basta que esses oficiais que passaram pelo curso da AMAN ou do CIOPES, ao serem transferidos para outros batalhões de infantaria, promovam estágios para caçadores, como foi feito no 1º BIS (Amv) em Manaus, pelos capitães que fizeram o curso da Seção de Tiro da Aman. Um deles, o Cap. Inf. Fernando Barcelos da Rosa, foi um dos que ajudaram a escrever o Caderno de Instrução "O Caçador", atualmente em revisão pelo EME, que encarregou o CIOPES da missão de desenvolver a doutrina de caçadores no EB.




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#54 Mensagem por Clermont » Sex Set 07, 2007 7:24 pm

ANTI-TOCAIA NO IRAQUE – última parte.


Por John Plaster – capítulo 20 de “Ultimate Sniper”, 1993-2006, da Paladin Press.

ATAQUES DE TOCAIEIROS CONTRA UNIDADES AMERICANAS.

Em algum momento, provavelmente toda unidade de combate no Iraque terá de lidar com um tocaieiro inimigo, mas, muito freqüentemente sua contra-ação não eliminará seu atacante.

Guardas nacionais do Montana, designados para a Força Tarefa “Liberty” guarnecendo um posto de escuta em Al Huyway Jah sofreram um único tiro de tocaieiro que, por pouco errou um homem. Embora eles devolvessem o fogo e corressem para a posição suspeita de tiro do tocaieiro, eles nada encontraram. Como usual, um praça graduado observou, “haviam três outros caminhos para fora dele (seu posto de tiro) além do lado fazendo frente aos nossos caminhões. Ele disparou um tiro, o que lhe deixou uma porção de tempo para se afastar de nós antes que o engajássemos.” Especialmente, os guardas nacionais estavam frustrados pela falta de cooperação dos transeuntes iraquianos. “Como usual, ninguém ouviu o tiro do tocaieiro mas ouviram o matraquear da .50 devolvendo o fogo,” relatou um infante.

Relembrando seu treinamento anti-tocaieiro na Alemanha no pré-desdobramento, um soldado da 1ª Divisão de Infantaria contou ao Stars and Stripes, “Você pode ver a janela aberta, você vê o fuzil e então você vê um cara inclinado na janela.” Ele balançou a cabeça. “Aqui não é assim. Eles estão muito bem escondidos.”

Quando um tocaieiro inflige baixas e escapa ileso, isso pode afetar o moral. Após perderem um camarada fuzileiro naval, para um tocaieiro num posto de controle de tráfego, um jovem naval confidenciou a um repórter do Washington Post, “Ter um tocaieiro aí fora me mata de medo. Ele é danado de bom, também. Apenas três tiros e ele pegou um dos nossos.”

Aqui vão alguns exemplos das espécies de tocaieiros que as forças americanas tem de lidar.

O Tocaieiro Oportunista da Vizinhança.

O tocaieiro da vizinhança opera, na maior parte das vezes, próximo ao local onde vive, que, normalmente é uma das vizinhanças mais perigosas de Ramadi, Bagdá, Tikrit e Fallujah, ou de uma dezena de outras cidades do Triângulo Sunita. Como chutar uma pedra e encontrar uma cascavel, as forças americanas o encontram quando adentram em sua vizinhança. Ele vê os americanos como um conveniente alvo de oportunidade, bem no seu quintal.

Limitado por seus aparelhos ópticos – uma luneta PSO-1 de 4x – ele não pode pôr, seletivamente um tiro além de 350 metros, mas o espaço morto reduz isso mais ainda, para cerca de 220 metros ou menos. Ele ocupa um abrigo temporário no topo de um edifício de, talvez três ou quatro pavimentos – pelo menos tão alto quanto os edifícios em volta dele. Carecendo de um observador e sua luneta de observação, o tocaieiro irá buscar por um alvo com a luneta de seu fuzil. Se ele é um tocaieiro à queima-roupa, ele pode gastar seu carregador de 10 cartuchos inteiro antes de fugir; com mais experiência, ele irá, cuidadosamente meter um só tiro com a certeza do impacto, então fugirá.

Seu alvo de oportunidade pode ser um GI na escotilha aberta de uma Viatura de Combate “Bradley”, uma patrulha desmontada, talvez um soldado de pé ao lado do seu “HMMWV”. Se uma rota de suprimento militar (MSR) passa pela sua vizinhança, o tocaieiro pode muito bem engajar esses também, quando presenteado com uma oportunidade.

O tocaieiro da vizinhança conhece bem a área e planejou sua rota de escape, com freqüência utilizando uma corda para descer a parte de trás do edifício, além da vista e do contra-fogo daqueles que ele engajou. No início da guerra, esses tocaieiros deixavam para trás seus fuzis, mas as armas SVD e “al Kadesih” estão, cada vez mais difíceis de serem substituídas; mais provavelmente ele irá carregar seu fuzil a uma curta distância, então arremessá-lo em algum lugar pré-determinado de ocultação. Operando contra tais tocaieiros à queima-roupa em 1969, eu avistei um, trinta segundos depois do tiro, mas ele já tinha ocultado seu fuzil, que eu nunca encontrei – tal a rapidez com que um atirador sabe que precisa se descartar de sua arma.

O Tocaieiro Motorizado Bate-e-Corre.

Outra espécie de engajamento de oportunidade tem sido experimentado contra postos de controle de tráfego (TCPs, ou Traffic Control Points). Enquanto militares americanos estão parando e revistando veículos, um automóvel pára a 300 metros ou mais afastado – longe o bastante para a luneta do tocaieiro oferecer uma vantagem óptica. Enquanto o motorista permanece no volante, o tocaieiro faz a mira através do capô ou do topo do carro, e dispara um ou dois tiros rápidos, então o carro acelera e, imediatamente desaparece no trânsito.

Os soldados guarnecendo o TCP tomam cobertura, então raramente eles, até mesmo se aproximam da descrição do veículo. A não ser que um helicóptero já esteja no ar e em contato radiofônico com o TCP, é impossível interceptar o veículo do tocaieiro. Essa espécie de tocaieiro pode ser apreendida durante uma revista rotineira de veículos que descubra seu fuzil – porém é mais provável que ele se dissolva em meio ao populacho. Como os insurgentes utilizam rádios e celulares para alertar seus camaradas, toda vez que avistem um TCP, as forças americanas começaram a preparar TCPs “relâmpago”, dispostos sem nenhum aviso, por períodos curtos de tempo, na esperança de enredar veículos transportando contrabando.

O Tocaieiro Até à Morte.

Outro tipo de insurgente é aquele que decidiu ocupar um terreno dominante, sem possibilidade alguma de fuga e morrer “com as botas calçadas”, por assim dizer. Como os tocaieiros suicidas japoneses na Segunda Guerra Mundial que se amarravam nas árvores e deixavam os fuzileiros navais avançarem além deles antes de abrirem fogo, esse tocaieiro sobe num minarete – a torre ao lado da mesquita de onde o mullah chama os fiéis para orar – onde ele tencionar fazer sua última resistência. Ele irá levar consigo tantos inimigos quanto puder.

A mais determinada espécie de tocaieiro – embora, não a mais hábil taticamente – o tocaieiro até a morte está sempre pronto para morrer, o que lhe empresta sua efetividade. Não importa a precisão do contra-fogo, ele não pode ser forçado para fora de sua posição ou suprimido – ele pode, apenas ser morto. Em várias ocasiões dentro ou próximo a Fallujah, tais tocaieiros até a morte retiveram forças americanas por períodos extensos até que, finalmente armas anti-tanque ou canhões de tanques os explodiram para fora de suas barricadas.

O Ataque Visado de Tocaieiro.

Os melhores tocaieiros dos insurgentes são empregados em ataques, cuidadosamente planejados contra alvos, de alguma forma fixos, tais como um soldado num posto de guarda, pessoal de segurança fora de um edifício público, ou um GI guarnecendo uma torre de guarda numa base americana.

Nós sabemos que estas operações envolvem seus mais notáveis atiradores porque, com uniformidade, estas são mortes por um só tiro – normalmente, tiros na cabeça, cuidadosamente colocados para ultrapassar a blindagem corporal da vítima. Estes, usualmente são ataques de “bater-e-correr”, mas se o primeiro tiro do tocaieiro errar, ele pode se demorar para um segundo tiro. Esse padrão é claro em um certo número de incidentes. Em alguns casos, o tocaieiro tem sido apoiado por um homem com câmera de vídeo que registra o ataque para posterior exibição na televisão árabe ou websites dos insurgentes.

Típico desses ataques visados de tocaieiros foram dois incidentes em Ramadi, em 8 e 17 de agosto de 2004, cada um tendo matado um fuzileiro naval dos Estados Unidos. Em ambos os casos, eles estavam guarnecendo um posto de observação bem-estabelecido, e a vítima foi morta com um único tiro na cabeça. A segunda vítima estava no topo de um edifício de sete andares, um tiro não muito simples. A vítima anterior, no Gueto do Posto Avançado, estava segura por trás de um muro de sacos de areia de 1,50 m, quando parou, por um momento diante da estreita seteira para falar com um camarada naval. Foi tudo de que se precisava.

Para ter sucesso, tais ataques deliberados são precedidos por reconhecimento e vigilância para confirmar a localização do alvo, selecionar FFPs (Final Firing Position, ou Posição Final de Tiro) e determinar rotas de espreita e escape. A melhor contra-medida, parece, é a consciência tática desse estágio de reconhecimento/vigilância e estar alerta para a presença de observadores suspeitos – se eles forem burros o bastante para parecerem suspeitos.

Por tais ataques deliberados de tocaieiros não serem empregados em uma cidade ou vizinhança particular, eu os apelidei de “flutuantes” que, provavelmente são centralmente controlados por líderes insurgentes de nível regional ou de cidade.

Visando Tocaieiros americanos.

Não pode haver dúvida de que os insurgentes iraquianos tem visado, em especial os tocaieiros americanos. Além de serem a prioridade número 1 num website terrorista, os tocaieiros americanos são desprezados por sua efetividade, tão detestados que a propaganda insurgente, com freqüência os acusa de atos hediondos tais como matar mulheres e homens santos muçulmanos – crimes tão desprezíveis que qualquer punição é justificada.

Embora, com mais freqüência estes sejam ataques de oportunidade, alguns aparentam terem sido dirigidos contra tocaieiros americanos em particular. Em 2 de setembro de 2004, um dos mais notáveis atiradores de fuzil do Exército dos Estados Unidos, um especialista que, anteriormente tinha estado com a Unidade de Treinamento de Tiro de Precisão de Fort Benning e aspirava a participar da equipe de tiro de fuzil olímpico dos Estados Unidos, foi emboscado próximo a Kirkuk. Após sua viatura ser detida por uma bomba de estrada, o veterano tocaieiro saltou dela e foi atingido e morto por uma bala na cabeça. Ele estava programado para retornar à Fort Benning para ser um instrutor na Escola de Tocaieiros do Exército dos Estados Unidos.

Além disso, houve, ao menos outro incidente onde um soldado americano foi visado para assassínio e, de acordo com o tocaieiro iraquiano que efetuou o disparo, a ele foi pago o equivalente a $ 5 mil para matá-lo. Esse mesmo tocaieiro foi encarregado de matar um oficial do Exército americano, em particular, o que ele afirma ter feito.

Tem ocorrido um número de outros incidentes onde tocaieiros do Exército e dos Fuzileiros Navais tem sido mortos por tocaieiros insurgentes, normalmente visados individualmente enquanto operando no apoio de pelotões e companhias. Talvez mais problemático seja o crescimento de grandes operações anti-tocaieiro iraquianas, visando a aniquilação de equipes inteiras de tocaieiros americanos.

A primeira dessas que tive conhecimento ocorreu em 18 de abril de 2004, no Distrito al Rashid, próximo ao aeroporto de Bagdá. Uma equipe de tocaieiros de três homens da 1ª Divisão de Cavalaria liderada pelo 1º tenente Eric Johnson tinha aguardado pela escuridão para ocupar uma posição dominante num edifício em construção. Enquanto observando do telhado do quarto andar, por insurgentes plantando bombas ao longo da Auto-Estrada 8, próxima, o tenente Johnson notou veículos civis convergindo. “Carros estavam avançando sem luzes, motonetas estavam indo e vindo, e entre 20 e 30 iraquianos de idade militar apareceram,” ele relembra. Enquanto Johnson dizia para seu radio-operador chamar por uma Força de Reação Rápida, os iraquianos que chegavam abriram fogo, subitamente, tentando avassalar os tocaieiros. Johnson foi baleado três vezes – através de um pulmão, nas costas e no braço esquerdo. Forças amistosas chegaram, compelindo os atacantes a se retirarem. Johnson foi evacuado de volta para os Estados Unidos e sobreviveu.

Dois meses mais tarde, em Ramadi, 32 quilômetros ao oeste de Bagdá, um assalto repentino similar por duas dezenas de insurgentes obteve sucesso em avassalar uma posição de tocaieiros dos Fuzileiros Navais. Esses quatro navais, também estavam em missão de vigilância, mas a agressividade do ataque e o fogo pesado foi mais do que podiam repelir. Os atacantes insurgentes despiram seus corpos, então filmaram-nos para distribuição de propaganda estrangeira.

O próximo incidente a seguir, novamente teve lugar em Ramadi, em 4 de novembro de 2004. Dessa vez, um elemento de tocaieiros dos Fuzileiros Navais de oito homens, estava cruzando uma rua escura, às 2:30 da madrugada, quando, sem nenhum aviso, uma bomba por controle remoto detonou, matando dois e ferindo seriamente vários outros, incluindo o sargento do pelotão de tocaieiros. Os fuzileiros navais estavam em rota para uma posição de vigilância.

O mais divulgado ataque contra tocaieiros americanos ocorreu em agosto de 2005, quando duas equipes de tocaieiros dos Fuzileiros Navais – seis homens – foram emboscadas e aniquiladas próximo a Haditha, 220 quilômetros ao noroeste de Bagdá. Neste caso, eu recebi uma cópia do vídeotape terrorista que registrava a emboscada, portanto fui capaz de extrair considerável detalhe. Inicialmente, os fuzileiros navais avançaram como duas equipes de três homens, afastadas cerca de 25 metros, através de dunas de areia, da altura da cabeça. Então, uma caminhonete moveu-se até parar próximo a uma casa de fazenda, aparentemente dentro da visão dos navais que, provavelmente não notaram um morteiro de 120 mm sendo tirado e posicionado. Quando tudo estava pronto, parece que o fogo de metralhadora aferrou os fuzileiros navais no topo de uma duna de areia, então o morteiro os martelou com projéteis de alto-explosivo até que todos estivessem incapacitados. Não fica claro no videotape, mas eu suspeito que um assalto final pelos insurgentes acabou com a luta. Mais tarde, os insurgentes mascarados filmaram um corpo despido, então dispuseram uma exibição de equipamentos e armas capturados, incluindo dois fuzis de tocaia M40A4.

O que todos esses incidentes tem em comum é que eles não foram contatos casuais. Os insurgentes executaram ataques planejados ou emboscadas e sabiam onde as equipes de tocaieiros estavam posicionadas ou puderam, com precisão, antecipar suas rotas. Claramente, essas equipes estavam comprometidas.

A causa pode ser segurança operacional – OPSEC (Operational Security) significando que os americanos, sem querer telegrafaram seus golpes ou utilizaram, repetidas vezes a mesma posição ou rotas. Igualmente, no entanto a causa pode ter sido penetração pela inteligência hostil, um problema maior que nós encaramos em minha velha unidade de guerra clandestina, MACV-SOG (Military Assistance Command Vietnam-Studies and Observations Group). No SOG e no 5º Grupo de Forças Especiais como um todo, havia uma tal carência de intérpretes que nacionais vietnamitas, com freqüência eram contratados sem o apropriado exame – e alguns eram agentes inimigos. O mais simples, mais confiável meio para o serviço de inteligência hostil penetrar unidades militares americanas é acenar com um intérprete de fala inglesa diante delas. Nós tivemos quatorze equipes SOG e de Forças Especiais evaporando por trás das linhas inimigas e outras dez avassaladas e aniquiladas, algumas devido a terem sido comprometidas por “toupeiras” inimigas.

Intérpretes são essenciais, mas eu insisto com os leitores, neguem aos intérpretes conhecimento avançado das operações, e mantenham-nos longe dos mapas operacionais e dos encontros de planejamento.




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#55 Mensagem por Guilherme » Sex Set 07, 2007 10:20 pm

Gunnery Sergeant Carlos Norman Hathcock II (May 20, 1942 – February 23, 1999) was a United States Marine Corps sniper with a service record of 93 confirmed kills and more than 300 probable kills during the Vietnam War. Hathcock's record and the extraordinary details of the missions he undertook made him a legend in the Marine Corps. His fame as a sniper and his dedication to long distance shooting led him to become a major developer of the United States Marine Corps Sniper training program. He has, in recent years, also had the honor of having a rifle named after him. This variant of the M21 is dubbed the Springfield Armory M25 White Feather, in honor of GySgt Hathcock.

(...)

During a volunteer mission on his first deployment, he crawled over a thousand meters of field to shoot a commanding NVA general. He wasn't informed of the details of the mission until he was en-route to his insertion point aboard a helicopter. This effort took four days and three nights without sleep of constant inch-by-inch crawling. In Carlos's words, one enemy soldier (or "hamburger" as Carlos called them), "shortly after sunset", almost stepped on him as he lay camouflaged with grass and vegetation in a meadow. At one point he was nearly bitten by a bamboo viper but had the presence of mind to not move and give up his position.

http://en.wikipedia.org/wiki/Carlos_Hathcock




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Re: Relato de um Sniper

#56 Mensagem por Clermont » Qua Out 15, 2008 9:13 pm

UM GUIA DE PLANEJAMENTO DE OPERAÇÕES DE TOCAIEIROS PARA COMANDANTES.

Por David Liwanag (com participação de Michael Haugen) – Infantry Magazine, maio-junho de 2008.

Um tocaieiro é um atirador de fuzil treinado e equipado para identificar e atingir elementos-chave inimigos, freqüentemente, a partir de posições ocultas. Seus alvos incluem líderes, serventes de armas coletivas, observadores de artilharia ou quaisquer outros, como instruído.

Este guia tenciona fornecer um auxílio de planejamento geral para preparar, encarregar e manobrar tocaieiros, que são os batedores e caçadores do comandante. Ele se destina a comandantes de batalhão e oficiais de emprego de tocaieiros que podem ter experiência limitada com estes, seus papéis e missões. Ele não é absolutamente abrangente e está baseado, somente, na minha experiência como tocaieiro, líder de pelotão de batedores-tocaieiros da infantaria ligeira, na 2ª Divisão de Infantaria na Coréia, e como comandante de companhia e de destacamento operacional “Alfa” das Forças Especiais, encarregado de missões de apoio de tocaieiros e de ação direta.

Genericamente, refiro-me ao elemento de tocaieiros como pelotão e ao elemento líder (seja ele oficial ou sargento) como líder de pelotão de tocaieiros.

Eu freqüentei o Curso de Tocaieiros da Unidade de Tiro de Precisão do Exército dos Estados Unidos (USAMU, ou U.S. Army Markmanship Unit), em Fort Benning, Geórgia, como 2º tenente, em novembro de 1982. Eu baseei o treinamento de desdobramento da minha unidade inicial, sobre os bem-documentados sucessos e experiências da 9ª Divisão de Infantaria no Vietnam, como relembrado pelo tenente-general Julian J. Ewell, em “Sharpening the Combat Edge: The Use of Analysis to Reinforce Military”, Judgment (HQDA, reimpressão de 1995) e “Limited War Sniping” por Peter Senich (Paladin, 1977).

A 9ª Divisão de Infantaria liderou o Exército no estabelecimento de uma capacidade divisionária de tocaieiros, no que é, geralmente, considerado a gênese das atuais equipes de tocaieiros. O ten-gen Ewell requisitou a assistência da USAMU, em Fort Benning, para construir o Sistema de Armas de Tocaieiro XM-21, especificamente para a 9ª Divisão e para as equipes móveis de treinamento de tocaieiros (MTTs, ou Mobile Training Teams) sendo desdobradas para o Vietnam.

De novembro de 1968, até julho de 1969, os tocaieiros da 9ª Divisão totalizaram 1.158 abates, atingindo o pico em abril, com 346 inimigos mortos em ação, e nivelando-se em cerca de 200 mortes por mês. O ten-gen Ewell, especificamente, creditou o envolvimento dos comandantes de batalhão pelo sucesso do programa de tocaieiros.

Tocaieiros oferecem ao comandante a habilidade para interditar alvos e colocar “o olho neles” fornecendo relatórios e avisos em tempo real; para observar terreno e vias de acesso chaves e servir com fogo direto ofensivo, protetor e de reforço; e/ou por chamar e ajustar fogo indireto sobre unidades e locais inimigos.

O treinamento único dos tocaieiros em camuflagem, ocultação e movimento, os permitem a se infiltrar, furtivamente, em posições de onde podem direcionar fogo de apoio (direto e indireto), sobre alvos, de outra forma, inatingíveis, devido a localização e acesso. Tocaieiros são um elemento de inteligência humana (HUMINT) e de reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos (RSTA, ou Reconnaissance, Surveillance and Target Acquisition), formalmente, ou informalmente, sendo tanto parte do plano de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) do oficial S2, como do plano de manobra e apoio de fogo do oficial S3 (MFS).

O planejamento de tocaieiros não é uma arte oculta, mas há uma pequena conduta doutrinária. Tocaieiros são batedores e caçadores, que servem como os olhos do comandante, antes da chegada ou do desdobramento da força principal. Levemente armados e dependendo da ação furtiva para proteção, eles não podem “consolidar terreno-chave”; entretanto, eles fornecem inteligência “no local” para as unidades da força principal, proteção ao movimento e fornecimento de segurança, por toda a duração da missão.

O comandante de batalhão é o responsável pelo emprego de seus tocaieiros. O líder de pelotão de tocaieiros é designado pelo comandante como seu conselheiro e encarregado de manobrar a fração de tocaieiros. O comandante de batalhão especifica qual comandante de subunidade terá prioridade de apoio. Ele emite as ordens de missão, intenções e conduta, permitindo aos líderes de equipes de tocaieiros, priorizarem alvos e engajamentos com compreensão clara do método, propósito e finalidade última do comandante. Ele designa áreas e zonas de operação e manobra, para permitir aos tocaieiros a escolha de suas próprias rotas de manobra e pontos de observação e tiro. Sua mais importante norma de conduta concede aos tocaieiros, autorização para engajar alvos críticos de elevado valor ou ameaça, que satisfaçam a intenção do comandante. Ele fornece ao líder de pelotão de tocaieiros, meios adicionais ou elementos anexos, se a missão exigir reforço.

O líder de pelotão de tocaieiros conduz uma análise de missão, baseado na tarefa e na intenção do comandante apoiado. Ele, então, conduz o planejamento de missão, organização por tarefa e dá ordens operacionais aos líderes de equipe subordinados. O líder de pelotão de tocaieiros coordena com o S3 e unidades vizinhas para reduzir o risco de fratricídio. Ele utiliza os princípios de patrulhamento para ajudá-lo a conduzir seu planejamento:

- Planejamento

- Reconhecimento

- Segurança

- Controle

Os líderes de equipe selecionam posições provisórias de observação e de tiro, baseados em análise de mapas e do terreno e das fraquezas e vulnerabilidades do inimigo, e seus mais prováveis e mais perigosos cursos de ação, baseados em reações relatadas, observadas ou padronizadas. A equipe de tocaieiros seleciona suas próprias rotas e posições finais de tiro (FFP, Final Firing Positions), baseadas no reconhecimento, no terreno, do líder de equipe de tocaieiros. Os líderes de equipe e planejadores devem, também, examinar informações de outras unidades que tenham operado na área, relatórios pós-ação (AARs, After-Action Reports) e relatórios de patrulhas, ou de residentes e fontes locais.

Equipes de tocaieiros servem em quatro funções, limitadas por suas vulnerabilidades e mobilidade desmontada:

- Batedores-tocaieiros.

- Tocaieiros-observadores.

- Caçadores-matadores.

- Apoio de fogo (direto, geral e de reforço).

Tocaieiros (como elementos de infantaria ligeira) podem atravessar terreno inadequado (total ou parcialmente) para viaturas, de acordo com a missão, carga do soldado e clima. Por definição, a seleção de rotas ocultas ou mascaradas, postos de observação e posições de tiro, exigem tempo-extra para movimento furtivo, para minimizar vulnerabilidades. Tocaieiros anexados a turmas de reconhecimento e cavalaria, não mantém contato sustentado com o inimigo. Na função de apoio de fogo, equipes de tocaieiros podem se mover com elementos de segurança, apoio ou assalto da força principal.

A 9ª Divisão de Infantaria, no Vietnam, organizou seus tocaieiros por tarefa, em equipes de emboscada de quatro homens, com dois tocaieiros, um fuzileiro (armado com lança-granadas M-79) e um rádio-operador. Equipes, normalmente, moviam-se para suas áreas de operação, juntamente com um GC. O Corpo de Fuzileiros Navais empregava equipes de dois homens (atirador/observador). O primeiro, armado com um fuzil M-40, de ação de ferrolho, e o segundo, com um fuzil M-14.

O grupo de tocaieiros era parte integral do pelotão de batedores, na tabela de organização da série H (MTOE, Modified Tables of Organization and Equipment). A organização por tarefa de batedores tinha duas equipes (dois homens) de tocaieiros em cada uma das duas seções de batedores. A mobilidade e segurança eram fornecidas por oito jipes M-151, armados com metralhadoras.

Uma equipe de quatro homens fornece uma combinação otimizada para observação, segurança, comunicações e descanso (presumindo que todos os soldados estejam, adequadamente, treinados). Dois tocaieiros permitem que um sirva como atirador enquanto o outro serve como observador, revezando as tarefas, para aliviar a tensão e cansaço visual. O terceiro soldado (um fuzileiro ou líder de equipe), também, pode servir como tocaieiro ou observador, se for qualificado. O quarto soldado mantém comunicações com o centro de operações táticas de tocaieiros (COT) e transmite os relatos de situação (SITREPs) e imagens da equipe.

FFPs de tocaieiros são guarnecidas por uma equipe de tiro de dois homens, enquanto o líder de equipe e o rádio-operador podem manter posição numa posição de apoio à missão (MSS, ou Mission Support Site) ao lado ou por trás da FFP. Tocaieiros podem descansar ou ressuprir-se na MSS, e o rádio-operador pode instalar antenas que não irão comprometer os postos de observação e FFPs. Um único MSS pode apoiar múltiplas equipes de tocaieiros.

Equipes de tocaieiros podem entrar e sair de suas áreas de operações, anexadas à GC ou pelotões de segurança.

A equipe de tocaieiros está armada com fuzis de tocaia semi-automáticos ou de ação de ferrolho, capazes de desfecharam fogo de precisão consistente entre 180 a 730 m, durante o dia, e 180 a 450 m à noite (dependendo da iluminação e condições). Forças Especiais e tropas aliadas utilizam fuzis calibrados para o cartucho .300 Winchester Magnum, que estendem o alcance diurno para 900 m; ou o cartucho .338 Lapua Magnum que estende o alcance prático até, aproximadamente, 1100 m.

Tocaieiros utilizam o fuzil M-107 calibre .50 pol como arma de apoio de fogo, para engajar elementos inimigos por detrás de coberturas leves e no interior de edifícios e bunker de construção leve. Sal portabilidade oferece à infantaria ligeira uma capacidade de fogo de calibre pesado, particularmente, para tropas desmontadas em terreno de montanha ou urbano; e em edifícios afastados do apoio de fogo de viaturas. O cartucho M-8A1, Incendiário-Perfurante de Blindagem permite ao tocaieiro engajar e destruir viaturas de blindagem leve e alvos materiais.

Fuzis de precisão com futuras lunetas de tocaieiros compostas (intensificação de imagem “Starlight” com tecnologia de imagens infra-vermelhas/térmicas [”Starlight” image intensification coupled with thermal/infrared imagind technology]) auxiliadas por iluminadores/apontadores laser-infravermelhos e supressores de ruído, dão às equipes de tocaieiros excepcional vantagem para engajamento de alvos e aumentam a sobrevivência da equipe.

Cada equipe é dotada de binóculos e telescópio de marcação para observação, para estimar velocidade do vento e para marcar impactos de tiros. No papel de batedores, dispositivos ópticos e de visão noturna, juntamente com marcadores de distância laser (laser range finders), uma bússola, GPS e rádio-comunicações, fornecem uma poderosa ferramenta para solicitar e ajustar fogos indiretos e apoio aéreo aproximando.

Equipes de tocaieiros no papel de reconhecimento podem estar equipadas com câmeras digitais, um laptop ou computador notebook rusticizado, com compressão de software, e um rádio digital, permitem às equipes enviarem imagens da atividade e da condição dos alvos ao COT, para permitir ao comandante “enxergar o campo de batalha”.

Tocaieiros apóiam diretamente a necessidade do comandante para enxergar o campo de batalha e moldar e formar as condições para destruir e explorar as forças inimigas através da economia-de-forças. Bem-sucedidas operações de tocaieiros são uma parte importante dos planos de reconhecimento, inteligência e apoio de fogo.

Análise de Missão e Considerações de Planejamento.

Tocaieiros são a mais confiável ferramenta de inteligência que o comandante no terreno têm a sua disposição – eles observam, constantemente, memorizam, registram e analisam os hábitos e rotinas inimigos, para visar e explorar suas vulnerabilidades. Seja em função defensiva ou ofensiva, tocaeiros observam, continuadamente, e avaliam o inimigo e o terreno, utilizando o METT-TC (missão, inimigo, tempo, tropas, terreno, civis ou Mission, Enemy, Time, Troops, Terrain, Civilians) e o OACOK (obstáculos, vias de acesso, cobertura e ocultação, observação e terreno-chave ou Obstacles, Avenues of Aproach, Cover and concealment, Observation, Key terrain) para melhor apoiar a segurança de movimento, supressão e fogo anti-tocaieiro, equilibrados contra ocultação, sobrevivência e ressuprimento ou substituição.

Camuflagem e organização do terreno ajudam o tocaieiro a sobreviver no campo de batalha, mas elas não o tornam invisível nem impermeável ao clima, fadiga, patrulhamento ativo inimigo e contramedidas eletrônicas.

O COT de tocaieiros.

O pelotão de tocaieiros organiza seu próprio COT. Equipes de tocaieiros reportam, diretamente, ao COT de tocaieiros, (a não ser que estejam utilizando um MSS) que poderá, ou não, estar localizado no COT do comandante apoiado, ou centro de inteligência. O sargento de operações de tocaieiros acompanha os movimentos e as posições da equipe de tocaieiros e analisa a situação das equipes desdobradas.

O líder de pelotão de tocaieiros manobra suas equipes para cobrir espaço morto, coordenar descanso, ressuprimento e planos de substituição, acompanha extrações e rotas de deslocamento de emergência e coordena o reforço normal e de forças de reação rápida.

O COT de tocaieiros transmite relatórios de situação (SITREPs, Situation Reports) e informação para o oficial S2 e para os COTs de batalhão e/ou de companhia, para atualizar o quadro operacional comum e reforçar a consciência situacional do comandante.


________________________________

Tenente-coronel David Liwanag, atualmente, é conselheiro do Comando Anti-Terrorismo, Força Anti-Terrorista Nacional Iraquiana, em Bagdá, Iraque. Ele comandou a USAMU em Fort Benning, Geórgia, de junho de 2003 até junho de 2006. Um graduado do Curso de Tocaieiros da USAMU de 1982, ele comandou tocaieiros nos níveis de pelotão de batedores, Destacamento Operacional “Alfa” e companhia de Forças Especiais e de batalhão.

Suboficial-Chefe Nível 3 (Reformado) [Chief Warrant Officer 3] Michael Haugen, serviu vinte e seis anos, mais de dezessetes destes, nas Forças Especiais. Como elemento de assalto e tocaieiros das Forças Especiais, ele adestrou soldados americanos e aliados em combate urbano e operações de tocaieiros. Ele serviu como líder de equipe de tocaieiros, e oficial de tocaieiros de companhia, batalhão e grupo de Forças Especiais. Ele, também, serviu como oficial encarregado do 1º Grupo de Habilidades Combativas Avançadas das Forças Especiais. Atualmente, ele é o diretor de vendas Militares Internacionais/Imposição da Lei para a Companhia de Armas da Remington.




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#57 Mensagem por midnight » Sex Out 17, 2008 10:05 pm

Marechal-do-ar escreveu:1) A precisão da M82 é 1,5 MOA isso significa que podem acertar uma pessoa com 100% de certeza a no máximo uns 500 metros, sendo assim acertar alguem a 1614 metros é sim cagada.
Pode até ser cagada mas o cara acertou 2 e feriu mais dois.
Depois da ação, o líder de pelotão fez uma declaração espantosa : afirmou que Reichert atingiu seu alvo, a uma distancia de 1.614 metros. Sua precisão de tiro foi o fator determinante no resultado do combate.
Momentos depois, um grupo de insurgentes começou a subir uma escada atrás do prédio onde estava o metralhador abatido. Reichert apontou para o muro de tijolos atrás do qual eles se protegiam e disparou. Todos os três homens caíram. O pesado projétil calibre .50 AP ( antiblindagem ) atravessou os tijolos, e matou um dos homens, ferindo os outros dois com estilhaços de tijolos e chumbo
Porque se os insurgentes estavam subindo a escada que dá acesso ao atirador da .50, logo deduzimos que também estejam à 1600 metros.




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Re: Relato de um Sniper

#58 Mensagem por Clermont » Dom Mai 02, 2010 11:34 pm

O SUPER-TOCAIEIRO: HERÓI ABATE DOIS TALIBANS A QUASE DOIS QUILÔMETROS E MEIO.

Por Ian Drury – Daily Mail - 2 de maio de 2010.

Um tocaieiro do Exército conquistou seu lugar na história militar, ao mater dois metralhadores talibans, a quase 2,5 Km de distância.

Os disparos rompedores de recorde de Craig Harrison abateram os insurgentes com balas consecutivas – mesmo embora estivessem 975 metros além do alcance oficial do seu fuzil.

Os abates do veterano da Household Cavalry de uma distância de 2.475 metros batem o recorde anterior por 45 metros.

Ele estava utilizando o fuzil de construção britânica L115A3 Long Range Rifle, a mais poderosa arma de tocaia do Exército.

Ele estava tão afastado que as balas calibre 8,59 mm (cal. 338 Lapua Magnum) levaram quase três segundos para alcançarem o alvo. Montes de talibans já caíram ante o fuzil que foi apelidado de “O Assassino Silencioso”.

Ele foi desenhado para ser efetivo, apenas, até 1.500 metros e capaz, somente, de “fogo de inquietação”, além deste alcance.

Mas o cabo Harrison efetuou seus disparos vencedores do recorde após seu comandante e soldados afegãos serem atacados durante uma patrulha em Helmand, em novembro passado.

Sua viatura estava mais afastada sobre uma crista, com suas miras enquadrando uma instalação taliban. Ele disse: “Vimos dois insurgentes correndo pelo pátio. Eles avançaram portando uma metralhadora e abriram fogo sobre o carro do comandante.

“As condições eram perfeitas, nenhum vento, clima ameno, visibilidade clara.”

“O primeiro projétil atingiu um metralhador no estômago. Ele foi direto para o chão e não se mexeu. O segundo insurgente agarrou a arma e meu segundo disparo o atingiu no flanco.”

O recorde anterior de tocaieiro de 2.430 metros era mantido por um soldado canadense.

O cabo Harrison, casado e pai de um filho, natural de Chelteham, Gloucestershire, matou mais doze rebeldes e feriu sete outros. Durante uma extraordinária temporada de dever de seis meses, ele, também, sobreviveu a uma bala que varou seu capacete e a uma bomba de estrada.

A explosão quebrou seus dois braços, mas ele, eventualmente, foi capaz de voltar ao serviço, com sua precisão inalterada.


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Re: Relato de um Sniper

#59 Mensagem por Vitor » Seg Mai 03, 2010 12:35 pm

Detalhe, o cara que detinha o recode anterior usou uma arma .50, esse aí superou uma o recorde de uma .50 usando uma .338.




NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: Relato de um Sniper

#60 Mensagem por Moccelin » Seg Mai 03, 2010 2:35 pm

A Lapua Magnum É uma munição sniper... Nasceu pra isso... A .50 é uma adaptação. A lógica seria com o tempo o récorde da .50 ser quebrado por um atirador atirando com Lapua Magnum mesmo.




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