Inlgeses e alemães fabricam navios para suas marinhas, e do mundo inteiro por aí, há mais de 50 anos. Alguns projetos se tornaram referenciais na área. Outros, não tiveram a mesma sorte. É tudo um processo.
As Meko são na seara da engenharia naval um destes referenciais. Óbvio que nem tudo são flores e os alemães, assim como ingleses, espanhóis, italianos e franceses vez em quando dão não uma, mas várias bola fora em em termos de concepção e projetos navais. Mas é assim que se aprende.
E diferente de nós, o governo alemão chamou no cantinho a TKMS e mandou o sermão. A empresa, diferente das daqui, baixou a cabeça e colocou o rabo entre as pernas e voltou as pranchetas. Se não nunca mais na vida vendia sequer um parafuso para as Bundeswer. Só isso seria um atestado de quase pré-falência no mercado. Uma empresa alemã que não vende em casa...
Como dipus em post anterior, a MB conhece e tem relações bem íntimas com os alemães. E sabe muito bem da capacidade deles nesta área. A escolha não foi embasada em relações que começaram outro dia.
A escolha da Meko 100 foi uma escolha racional e de longo prazo, além de, podemos afirmar, tradicional e segura, por todos bons antecedentes da empresa no Brasil.
Para um país como o nosso que não tem tradição e nem conhecimento suficiente para dar conta de sua própria industria naval de defesa, em todos os aspectos, a participação da TKMS na CCT pode nos proporcionar, no longo prazo, a retomada de uma capacidade que há mais de meio século a MB persegue, sem conseguir.
Vale a pena tentar de novo. E como expus, esta nova fase na relação MB e TKMS pode ser um casamento duradouro, e com bons frutos se o cronograma que elenquei for seguido.
Os seus desdobramentos, se conseguirmos manter os objetivos em dia, serão muitos e só temos a ganhar.
Mas antes disso, temos que primeiro aprender com nossos erros e perdas do passado. Sem isso, não tem como aprender a ganhar no futuro.
Vai continuar um eterno ciclo vicioso de perdas e desenganos.
ps: esqueci, a MB está tão ferrada em termos materiais, que no que depender dela temos espaço de sobra para negociar com todo o conselho de segurança da ONU e ainda cabe mais de um tudo um pouco. Resta saber se teremos vontade e serenidade para fazer isso com a cabeça e não com o fígado.
abs