Bom, o MAKO era da EADS que virou AIRBUS GROUP. E estes não tem nada a oferecer para nós neste campo. A não ser que...
Aliás, se paternidade foi ou é o maior problema do MAKO, bem, tem uma mãe postiça aqui que acho ficaria pra lá de feliz em receber essa criança a adotar ela em algum bolsa esmola governamental por aí.
Mas brincadeira fora a parte, dinheiro acho não seria de todo o problema, e nem mesmo a questão da paternidade, já que aviões de caça hoje em dia tem o nome do pai na certidão de nascimento mas a mão continua curtindo adoidado com todos os ex-namorados nas linhas de produção. E hoje não vejo como ser de outra forma nessa aérea para quem não é um USA ou Russia da vida. Nem os chinas chegaram a tanto. Então dividir os louros da criação deste menino pode ser até um problema menor.
Aqui dentro, eu não sei ao certo a quantas anda o pensamento e o humor da FAB em relação a este tipo de avião e seus usos, principalmente no que diz respeito a questão da demanda. O assunto parece causar certo desconforto dentro do alto comendo da FAB, e evitam-se ao máximo comentários a despeito. E os motivos não são exatamente bem esclarecedores ou coerentes.
De qualquer forma, uma coisa foi o Xavante nos anos 70/80's para a FAB, outra coisa é/seria um caça Lift no séc. XXI. Dois momentos históricos completamente diferentes, para uma FAB também completamente diferente. A contar pelos números indicados no texto, realmente fica difícil se pensar em qualquer proposta no sentido de nacionalização de qualquer coisa para este suposto jato de treinamento. Um caso bem diferente do FX, que prevê uma demanda sequencial já sabida e conhecida de todos os participantes, e que pode chegar eventualmente a casa das centenas. O que já não parece ser bem o caso destes Lifts.
E para dizer a verdade, pela atual estrutura da caça da FAB, e talvez pelo que se espera do que ela venha a ser, numa hipótese otimista, que atinja os cerca de 160 que se diz ser a real necessidade da instituição, pode até ser que isso gere uma demanda diferenciada para este tipo de avião no país, o que em tese compensaria também, os investimentos em uma linha de produção por aqui.
Indiretamente creio que o número de Lifts a serem comprados e/ou produzidos aqui, se for o caso, esteja ligado ao tamanho da estrutura que se pretenda dar a III FAE, e do que se espera ela seja capaz ao longo da primeira metade deste século. E quanto a isso, já argumentei aqui várias vezes que o que se propõe atualmente no caso do FX é na prática "trocar seis por meia dúzia", ou seja, não haverá nenhuma mudança efetiva em termos de crescimento na capacidade da defesa aérea brasileira, apenas substituição pura e simples de vetores, deixando-se de lado, obviamente, fatores como of sets e tot's acrescidas ao processo como um todo.
Bom, caso a tese seja esta mesmo, constante no planejamento de longo prazo da FAB para a III FAE, penso que seria jogar dinheiro fora exigir alguma contrapartida em termos de tot's e of sets que não sejam condizentes com as pouco mais de duas ou três dezenas de undes citas destes jatos. E penso que já seria mais que suficiente. O que se pode e deve exigir na verdade, é a maior comunalidade possível em termos de logística e operacional entre estes aviões e os futuros Gripen E/F.
Acho que quem conseguir apresentar as melhor proposta no sentido de comunalizar o mais que possível este avião com os futuros caças da FAB, e ainda trazendo com isso oportunidade de participação da industria nacional no negócio, como manda a END, pode-se dizer que já larga com uma tremenda vantagem. Entretanto, sob este aspecto, penso que a FAB tende deixar primeiro congelar o projeto básico dos seus Gripen E/F para depois saber o que vai poder pedir ou não no caso da aquisição de novos aviões lifts.
Até lá então, a gente aqui espera 2020 chegar.
abs.