Em minha opinião, não obstante haver realmente o problema de saturação do espaço aéreo, acho que ainda não é esse o problema do Brasil, mesmo no seu espaço mais congestionado, o do sudeste. Porque na Europa e nos USA o espaço é bem mais congestionado e a coisa funciona.
O galho realmente está em ter aeroportos com todas as facilidades, seja terminais, seja pátios grandes o suficiente para acomodar os voos comuns e mais alguma sobra(explicarei o porque em seguida) e também, quando possível, mais pistas. Todas essas medidas reduzem o gargalo mencionado pelo brigadeiro, porque mesmo quando o espaço está cheio, os aeroportos vão absorvendo o grande movimento, até este reduzir ao movimento normal.
A sobra que mencionei antes é devido ao problema levantado pelo Prick, a meteorologia. Aqui no sudeste temos um polígono de aeroportos formado por Congonhas, Guarulhos, galeão, S.Dumont, campinas e Confins(BH). Estes aeroportos são alternartivas entre si, distantes até 40, 45 min. de voo. O galho é que a mudança que temos presenciado no clima, com chuvas fortes e contínuas, junto com o aumento do movimento e o pouco espaço no pátio, tem formado uma equação que não fecha nas horas mais críticas. Temos presenciado por vezes uma quase corrida, quando um ou dois destes fecham, por meteorologia. Porque já se sabe que o pátio dos outros vai lotar. E aí, bobo é aquele que usa seu combustível até o limite na espera, porque quando precisar pode ser surpreendido com a mensagem do aeroporto fechado pelo patio. Aí, com sorte, faz o que um amigo meu fez: declarou emergencia, pousou e teve que ficar na taxiway, cortar os motores, e todo mundo preso lá dentro, por falta de escadas, até um decolar.
Há um ano atrás presenciei uma cena grotesca: Guarulhos e Congonhas fechados, Campinas lotando e Galeão com chuva forte. Tres aviões declararam emergencia por combustível e o controlador, inexperiente, os colocou em orbita e queria sequencia-los!
Um Copa, um Gol e um Azul. O azul e o gol entraram em discussao com o controlador. O cmte do Copa, um americano, simplesmente, desculpem o termo, cagou e partiu para o externo de Guarulhos. Funcionou, abriram, só para ele, em ILS cat II.
Isso nos grandes aeroportos, mas mesmo nos médios, temos experimentado problemas que antes não eram tão visíveis, pela falta de movimento. Semana passada, fiz um voo Brasília-Goiania, que é curto, coisa de 20,25 min. de voo, feito em geral com aviso de cintos ligado, por falta de tempo util para o serviço de bordo, bem como boa parte ser feito abaixo de 10.000ft, que o torna obrigatarorio. Na final para o pouso em Goiania, a controladora de Anapolis me ordena arrremeter, porque um monomotor quebrou na cabeceira de Goiania.
Arremetemos, speech para os passageiros(que normalmente se assustam, porque arremeter lembra emergencia...) e espera para tirarem o cara. Quando iniciamos a nova aproximação...novo pedido de arremetida!!
uma aeronave desconhecida, sem contato rádio, provavelmente um ultraleve avançado da escola próxima, perambulava proximo a final da pista em uso...
Aí cancelamos o procedimento, fomos visual, com o chefe do turno de Anapólis assessorando, para conseguir pousar. E o vôo de 20 min., uma hora e cinco!
E quando despedia dos passageiros, ainda ouvi reclamação que não servimos nem um cafezinho e pousamos atrasados!!
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Que vontade de mandar...
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Boa sorte para a ANAC e os governos, esse e o próximo, que o pepino é grande...
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