Página 4 de 102

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 12:18 am
por faterra
Oi Delmar,
É justamente nesta celeuma que reside minha "desconfiança". Considero que este não é um assunto para ser trombeteado pelos quatro cantos sem trazer consequências, no minimo desagradáveis, ao país. E já o está fazendo. Se já era um assunto mantido em sigilo há mais tempo, por qual motivo e a quem interessa que ele vaze através da publicação desta tese e neste momento? Pode, e possivelmente, deve ser uma coincidência enorme! Vai se saber!

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 12:43 am
por Luiz Bastos
thicogo escreveu:Não seria melhor ficarmos procupados e com o software que o físico desenvolveu e protege-lo, porque isso que proporcionou a ele fazer esses calculos complexos.

Devemos proteger os dois. Daqui a pouco o cara ta indo pros Estados Unidos com seu software e a gente fica chupando o dedo como tantas vezes ocorreu no passado. Fui :wink:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 2:35 am
por alcmartin
Isso que o Luis falou é bastante sério. A fuga de pessoal especializado é um problema que já temos com a EMBRAER. No campo nuclear, os russos sofrem bastante com isso e, consequentemente, os americanos. Porque, tecnico russo a procura de $$ é certo que será bancado por inimigo dos americanos, sendo Estados ou não.
O jogo é pesado: além da competencia, há de se ter $$ e vontade para conseguir.

O jogo das potencias é ficar do jeito que está. Essa estória da AIEA é bem pressão para não termos nada, nem conhecimento teórico. Porque eles sabem que passar do estágio teórico para o prático não é mole. Não é a toa que existem os testes nucleares para tornar uma arma operacional.
Para ver como em teoria é fácil, se pegassem um terrorista suicida, disposto a ficar azul só de tentar se matar nuclearmente, e este pegasse um tijolo feito de uranio enriquecido e subisse em uma escada de 1m e pouco(se não falha a memória) e lançasse o tijolo sobre um outro igual no chão, haveria uma chance em milhares, ou milhoes, que houvesse uma reaçào nuclear no exato instante do choque. Ou seja, mole na teoria, completamente inútil operacionalmente.

O pai da bomba paquistanesa foi formado na Inglaterra. Além dos seus prestimos a seu país, é considerado a "mãozinha" que os norte coreanos tiveram. Foi alvo legítimo dos serviços secretos indiano e israelense. O seja, as vezes, um homem só pode fazer a diferença... :shock: :shock:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 2:42 am
por Carlos Mathias
Esse impacto entre duas massas de Urânio enriquecido foi o princípio usado na bomba de fissão LB.

Aqui, como funciona:



Aos 50s mais ou menos vê-se uma massa sendo disparada por um tubo de encontro a outra.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 8:58 am
por delmar
faterra escreveu:Oi Delmar,
É justamente nesta celeuma que reside minha "desconfiança". Considero que este não é um assunto para ser trombeteado pelos quatro cantos sem trazer consequências, no minimo desagradáveis, ao país. E já o está fazendo. Se já era um assunto mantido em sigilo há mais tempo, por qual motivo e a quem interessa que ele vaze através da publicação desta tese e neste momento? Pode, e possivelmente, deve ser uma coincidência enorme! Vai se saber!
Não teria havido problema algum, seja com a publicação do livro ou com a tese, se alguém lá do órgão de controle internacional não tivesse implicado. Nunca houve nenhum trabalho sigiloso. Não circulava na imprensa pelo simples fato de ser um assunto da universidade. Há milhares de teses de doutorado sendo feitas, sobre os mais diversos assuntos. Seria apenas mais uma obra cientifica de interesse restrito a um pequeno número de pessoas capazes de entenderem os cálculos e fórmulas lá descritos. O que percebe-se é a existência de uma vigilância sobre nossa produção científica e uma tentativa de controla-la.
O que o Nelson Jobim quer que fique claro é: Não temos nenhum trabalho secreto sobre energia atômica. Tudo é feito às claras, não escondemos nada. O que nós fazemos é de dominio público e é exposto. Existe segredo apenas nas técnicas industrais utilizadas, o que é outra história.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 2:53 pm
por Marino
Senado vai investigar pesquisa sobre bomba



A Comissão de Ralações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado deve convocar os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, para explicar o choque entre o governo brasileiro e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) por causa da pesquisa sobre explosivos nucleares feita pelo físico Dalton Girão Barroso. A informação é do presidente da comissão, Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Conforme o Jornal do Brasil revelou ontem,

O trabalho do pesquisador - apresentado como tese de doutorado no Instituto Militar de Engenharia do Exército - mostra que o país já domina o conhecimento e a tecnologia para desenvolver a bomba atômica. A pesquisa despertou a reação da AIEA e dividiu o governo. Outra comissão do Senado, a de Ciência e Tecnologia, deve convidar o pesquisador para explicar detalhes. A revelação preocupou o Greenpeace. A organização não governamental teme que o trabalho reacenda a discussão sobre o país produzir armas nucleares para fins bélicos.





Congresso quer ouvir físico e AIEA

Vasconcelo Quadros



BRASÍLIA - O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado, disse ontem que o órgão vai analisar a hipótese de convocar os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Celso Amorim, das Relações Exteriores, para explicar o choque entre o governo brasileiro e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) por causa da pesquisa sobre explosivos nucleares feita pelo físico Dalton Girão Ellery Barroso.

A tese de doutorado de Barroso, defendida no Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército, aponta que o Brasil já domina o conhecimento e a tecnologia para, se quisesse, devolver o bomba atômica. Revelada com exclusividade pelo Jornal do Brasil, a pesquisa Simulação numérica de detonações termonucleares em meios híbridos de fissão-fusão implodidos pela radiação foi publicada por Barroso no livro Física dos explosivos nucleares, que despertou a reação da AIEA e provocou um choque dentro do governo. O físico desvendou a figura atômica de uma das ogivas nucleares americanas, a W-87.

– É um assunto da maior relevância e nós precisamos debater com clareza e transparências – afirmou o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), vice-presidente da comissão.

Ele disse que vai conversar com Azeredo e deverá propor, depois do feriado de 7 de Setembro, uma convocação conjunta do físico Dalton Barroso pela CRE e pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. Ele acha que o Congresso deve ouvir também os ministros e representantes da AIEA.

– Não deve haver tabu – disse Mesquita.

Segundo o senador, o Congresso deve conhecer em detalhes o que há de novo nas áreas de ciência e tecnologia envolvendo energia nuclear para e valorizar os cientistas. Ele acha que o Brasil deve estimular as pesquisas para fins pacíficos

Azeredo afirmou que a posição do ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantindo a publicação da pesquisa e refutando a interferência da AIEA, satisfaz a expectativa do Congresso e reflete o amadurecimento democrático do Brasil para lidar com a questão nuclear. O senador acha que o Brasil não pode abrir mão do conhecimento e da tecnologia, mas deve direcionar os avanços científicos para fins pacíficos. Lembra que debate sobre energia nuclear torna-se necessário diante da possibilidade de investimentos do governo para conclusão da usina Angra III, cujo funcionamento deve permitir avanços na geração de energia elétrica, medicina e outras áreas estratégicas. As dúvidas da AIEA, segundo Azeredo, podem ser justificáveis mas não devem inibir o domínio brasileiro sobre o conhecimento.

– Eu chamaria os dois lados para ouvir as posições – diz o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), titular da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, um pacifista favorável a que o Brasil domine a energia nuclear para fins pacíficos.

Membro da mesma comissão, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) acha que o Congresso deveria dar o suporte político para que as Forças Armadas possam desenvolver os arsenais militares, como fazem países como o Paquistão.

Em carta encaminhada a Amorim, respondendo os questionamentos da entidade internacional, o ministro da Defesa afirma que a publicação do livro é uma prova eloqüente de que o Brasil não desenvolve programa nuclear não autorizado. Jobim considera descabidas as suspeitas levantadas pela AIEA, sustenta que o país não realiza experimentos e, no final, banca integralmente a pesquisa de Barroso como um trabalho de natureza acadêmica.

Na entrevista ao JB, Barroso diz que a conclusão de sua pesquisa ajuda o Brasil avançar no domínio dos explosivos nucleares.





Greenpeace vê revelação com cautela

Antônio Puga



RIO - A possibilidade de o Brasil ter o conhecimento para desenvolver uma bomba atômica preocupou o diretor da organização não governamental (ONG) Greenpeace, Sérgio Leitão. Embora não tenha lido a tese de doutorado do físico brasileiro Dalton Ellery Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia (IME), que trata do assunto, e revelada pelo JB na edição de ontem, o representante da ONG teme que o trabalho reacenda a discussão política sobre o país produzir armas nucleares para fins bélicos.

O diretor do Greenpeace lembra que o Brasil é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, e que a Constituição proíbe projetos deste tipo.

– Não temos conhecimento deste trabalho, mas vemos com preocupação esta possibilidade. Principalmente no momento em que o país assina um acordo com a França para a compra de submarinos nucleares e a renovação dos caças da Força Aérea. Quem garante que neste acordo de fornecimento de tecnologia, não esteja embutido o repasse deste tipo de tecnologia? – questiona Sérgio Leitão.

Para o representante da ONG, não seria difícil o país entrar na corrida nuclear, mesmo tendo assinado em 1968 o tratado de não-proliferação, junto com outras 188 nações.

– Durante os governos Sarney e Collor havia um projeto secreto de armas nucleares. Inclusive uma área que serviria de testes na Serra do Cachimbo, no Pará, foi fechado quando a imprensa noticiou o programa, que na época era presidido pelo almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, atual presidente da Eletronuclear. Todos nós sabemos que construir uma usina nuclear ou um artefato atômico é somente uma questão de trocar a tomada– afirma Leitão.



Apoio e verba

Na avaliação de Sérgio Leitão, existem setores tanto na área política quanto na militar que apoiam a implantação de um projeto de desenvolvimento de armas nucleares, e cita como exemplo o livro do secretário geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, Desafio brasileiro na era dos gigantes, lançado em 2006 e dedicado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que defende, mesmo de maneira discreta, que o país entre para o clube de nações detentoras da tecnologia de bombas atômicas.

– O que se compreende do texto, principalmente nas páginas 297 e 329, é que o Brasil não seria punido por dominar este tipo de tecnologia. Tampouco as portas do mercado internacional seriam fechadas, caso viéssemos a ter uma ogiva nuclear. Países como a China, Índia, Rússia entre outros possuem a tecnologia e não enfrentam restrições. O que nos preocupa é esta possibilidade de o governo investir neste setor, retirando dinheiro de áreas mais importantes – conclui.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 7:18 pm
por Carlos Mathias
O que nos preocupa é esta possibilidade de o governo investir neste setor, retirando dinheiro de áreas mais importantes – conclui.
:roll: :x

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 8:18 pm
por bsl
Aah, bem que o Jobim poderia se candidatar para o ano que vem, ele como presidente e o Sr. Unger como vice.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 8:47 pm
por bruno mt
é difícil de ocorrer sonhos assim...

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Set 07, 2009 9:01 pm
por RenaN
Marino escreveu:– Não temos conhecimento deste trabalho, mas vemos com preocupação esta possibilidade. Principalmente no momento em que o país assina um acordo com a França para a compra de submarinos nucleares e a renovação dos caças da Força Aérea. Quem garante que neste acordo de fornecimento de tecnologia, não esteja embutido o repasse deste tipo de tecnologia? – questiona Sérgio Leitão.
Mais uma parte merece um quote, CM. :lol:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Set 08, 2009 2:56 am
por Jorge Freire
Acho que foi recado!
Mais ou menos assim: Olha! Nós sabemos fazer. Só não fazemos porque não queremos.

Também é bom lembrar algumas coisinhas:
1 - Quem não tem avião não constrói pista de pouso. Quem não tem revólver não constroi estande de tiro e
quem não tem bomba nuclear não faz campo de provas em Cachimbo.
2 - Em finais da década de 50, era garoto e morava na Praia Vermelha. Meu pai fazia EsCEME. Do outro lado da praça ficava a EsTEx (Atual IME). Do lado direito de quem entra, em prente ao cinema onde assistíamos filmes de Buck Rogers, existia (Ou existe), um salão enorme cheio de armas. Mas não eram as armas que estávamos acostumados a ver nos quarteis onde meu pai e meis tios serviam. Eram foguetes, mísseis e lançadores. Alguns enormes, pelo menos para um garoto de 8 anos. Mas hoje, calculando, diria que tinham no mínimo cerca de 7 a 8 metros de altura e uns 70 cm de diâmetro.
Há alguns anos, falando com um primo, corenel do EB, perguntei sobre estes vetores e equipamentos e ele me deu a seguinte resposta: "Nós temos pesquisas e projetos que achamos melhor manter afastados do conhecimento público".
3 - Finalmente. Este meu primo, uma vêz, estava com vontade de falar e me contou que os dois especialistas da FAB em "mesas de evasão" (seja lá o que é isso) para uso em mísseis balisticos, foram eliminados, um na Europa e o outro nos EUA, e que estávamos negociando com a China a aquisição desta tecnologia. Esta conversa ocorreu durante o governo do Sarney.
4 - A explosão do VLS em Alcântara (Um forte odor de sabotagem).
5 - O interesse dos nossos "irmãos do norte" em impedir o uso de Alcântara.

Isto posto, acho que o recado é o seguinte: Não encham nosso saco! Nós temos a bomba!

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Set 08, 2009 6:59 am
por Francoorp
cConcordo com Jobim 2010!!

Mas todos nòs patriotas temos um problema maior agora: tentar evitar que o nosso fisico nuclear preferido, e a essa altura um novo Heròi nacional, Dalton Barroso deixe o paìs para trabalhar no exterior, ganhando em Dòlar ou Euros.

Mesmo que nenhum de nòs, leigos em tecnicas assim profundas da fisica nuclear, entenderìamos patavinas do que tem no livro do Dalton, poderiamos dar uma mao... comprando o livro.veja anteprima do google:

http://books.google.com.br/books?id=6bE ... q=&f=false

Vejam as paginas com calculos matématicos nas pgs: 33, 35, 38, 39, 73, 74, 75, 79, 80, 88, 93, 94, 95, 97, etc... eu nao entendi nada. Outros sim, alguns de nòs talvez!!


Mesmo assim acho que deverìamos comprar este livro mesmo que nao entenderiamos nada do que tem escrito, mas para reconheçer o trabalho do Dalton Barroso, e para que ele receba tantos direitos de autor, ficando rico e recusando proposta de trabalho no exterior(U.S.A).Decidindo ficar aqui, conosco!!

Façamos a nossa parte! o resto vai além de nossos desejos mais profundos.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Set 08, 2009 6:59 am
por Francoorp

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Set 08, 2009 6:59 am
por Francoorp

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Set 08, 2009 6:59 am
por Francoorp
Comprei naquele de 80 Reais :twisted: :twisted: :twisted: