Fórum Defesa Brasil

orestespf escreveu:Tem uma coisa que incomodou tempos atrás. Tive a oportunidade de visitar uma base da FAB lá no Norte e pude conversar com o comandante da mesma, ótima pessoa. Lá pelas tantas, onde já estávamos mais a vontade, até porque não era uma entrevista e sim um singelo bate-papo, ele resolveu me contar "umas" (causos), após rápida passagem de um "faxineiro". Ele disse assim: tá vendo este aí, vou lhe contar uma estória... É de família muito humilde, mas sempre se vislumbrou com os caças, desde criança e dizia que queria fazer carreira na FAB. Bem, ele entrou por aqueles meios mais difíceis e que você sabe muito bem quais são. Entrou e está aí, fazendo o que você viu agora a pouco. O mais interessante é o apoio que a família dele dá, é incrível, a parte difícil é quando a mãe pergunta quando ele vai começar a pilotar os aviões... Nunca soube como responder esta pergunta, visto serem muito simples, fico todo constrangido e o máximo que sai de minha boa é dizer que é assim mesmo, que para pilotar demanda muito esforço dele (do cara), muito estudo, tempo e paciência.

outra questão importante é a que você falou, mas não é logística, é manutenção. Empresas terceirizadas já estão em funcionamento nas "parcerias" com a FAB, acho que esta tendência será o caminho. Assim, concordo com o que disse.

Mas e a questão logística? Para ajudar, deixo aqui o que diz o dicionário Aurélio sobre o verbete logística:

Parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de:

a) projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos);

b) recrutamento, incorporação, instrução e adestramento, designação, transporte, bem-estar, evacuação, hospitalização e desligamento de pessoal;

c) aquisição ou construção, reparação, manutenção e operação de instalações e acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar;

d) contrato ou prestação de serviços.

Flávio Rocha Vieira escreveu:

Fiquei extremamente feliz com a boa aceitação do novo tópico, meus agradecimentos aos amigos DBistas.

Até agora ficou claro, pra mim, como alguns gostariam de ver a FAB, mas ainda não entraram no mérito de como ficará a FAB depois das compras anunciadas. Novamente coloco o link com a matéria (revista) postada pelo Marino lá nas Navais:
https://www.mar.mil.br/menu_v/sinopse/C ... 092009.htm

A revista deu informações verdadeiras, mas não totalmente completa. Tem muito mais coisa por aí. Se já assustou muita gente, imaginem quando tudo for divulgado!!!

Parabéns Professor Orestes pelo tópico abrangente e visionário. O futuro está logo alí... as notícias não poderiam ser melhores, para o País e para as nossas FFAA's. Mas ao mesmo tempo que nos alegram também nos "assustam". Resumindo, como lidaremos com essa nova realidade conceitual e material nos quartéis, na política interna e externa, na necessária perenidade das questões que competem ao Estado, entre tantas outras coisas? Perguntas que esse tópico ajudará a esclarecer e formar nossas opiniões. Parabéns.

Um fraternal abraço,

Walterciclone escreveu:

orestespf escreveu: Exatamente, amigo Palpiteiro, pensei em algo diferente dos equipamentos, algo conceitual mesmo sobre a estrutura da FAB, a instituição, o papel da mesma, etc., visto para estes outros assuntos já temos tópicos de sobra. Claro, se for necessário debater algum equipamento em função de uma dada especificidade, tudo bem, não poderia ser diferente. Deixo claro que minha intenção inicial não é a de mostrar preferência por A, B ou C, nem mesmo de dizer qual é a FAB que cada um gostaria de ter. Entendo que o melhor é analisar o quem temos na FAB hoje (não necessariamente em termos de equipamento, falo no geral) e como será a FAB com os novos meios que chegarão (aqui, claramente não implica mais dizer o que quer e sim o que "termos de FAB" com o que vier).

Caro Palpiteiro, se tiver algum texto sobre o que chamou de "Estrutura Militar de Guerra" e puder postá-lo aqui seria fantástico! Claro, não precisa ser algo formal, estruturado, pode ser um texto seu mesmo, o que pensa, o que conhece, etc. Seria ótimo, caso queira, considerar prós e contra também, relativos a este assunto.

Havendo mais ideias e/ou sugestões, por favor, que nos apresente todas!!


Abração,

Orestes

Orestes, falando sério, tu não quer o emprego do Mangabeira Unger, preto véio????

DELTA22 escreveu:

orestespf escreveu:Tem uma coisa que incomodou tempos atrás. Tive a oportunidade de visitar uma base da FAB lá no Norte e pude conversar com o comandante da mesma, ótima pessoa. Lá pelas tantas, onde já estávamos mais a vontade, até porque não era uma entrevista e sim um singelo bate-papo, ele resolveu me contar "umas" (causos), após rápida passagem de um "faxineiro". Ele disse assim: tá vendo este aí, vou lhe contar uma estória... É de família muito humilde, mas sempre se vislumbrou com os caças, desde criança e dizia que queria fazer carreira na FAB. Bem, ele entrou por aqueles meios mais difíceis e que você sabe muito bem quais são. Entrou e está aí, fazendo o que você viu agora a pouco. O mais interessante é o apoio que a família dele dá, é incrível, a parte difícil é quando a mãe pergunta quando ele vai começar a pilotar os aviões... Nunca soube como responder esta pergunta, visto serem muito simples, fico todo constrangido e o máximo que sai de minha boa é dizer que é assim mesmo, que para pilotar demanda muito esforço dele (do cara), muito estudo, tempo e paciência.

Nossa... ... que coisa ...

outra questão importante é a que você falou, mas não é logística, é manutenção. Empresas terceirizadas já estão em funcionamento nas "parcerias" com a FAB, acho que esta tendência será o caminho. Assim, concordo com o que disse.

Mas e a questão logística? Para ajudar, deixo aqui o que diz o dicionário Aurélio sobre o verbete logística:

Parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de:

a) projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos);

b) recrutamento, incorporação, instrução e adestramento, designação, transporte, bem-estar, evacuação, hospitalização e desligamento de pessoal;

c) aquisição ou construção, reparação, manutenção e operação de instalações e acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar;

d) contrato ou prestação de serviços.

Acho que confundi os "trem", e peguei só a definição (a) do "pai dos burros"...
Mas em certo momento as duas se cruzam (manutenção e logística) e ai entra a palavra "planejamento" no meio. Planejamento?? Iiihh, complicou o negócio!!

[]'s.

orestespf escreveu:

R.A.Barros escreveu:Acho que a FAB poderia ter mais atuação nas fronteiras, pois é por lá que entrarão as ameaças. Como Brasil é muuuito grande, seria difícil cobrir toda fronteira só movendo esquadrões, então, defendo a idéia de manter os Mirage 2000 e os F-5E/M até o tempo que os mesmos não aguentarem neim taxiar na pista.

Acho que não é necessário caças no sudeste do Brasil, por lá, a defesa ficaria por conta da Marinha, as bases aéreas ficariam só com A-29 e aviões de carga. Por mim, toda defesa da região do litoral ficaria por conta da marinha, mas sei que não temos essa capacidade ainda.

Olá Renan,

como atuar mais nas fronteiras sem gerar um clima de animosidade com nossos vizinhos? Neste caso, não seria mais interessante ter um sistema logístico eficiente e apto ao pronto emprego?


Abração,

Orestes

Bolovo escreveu:A nova FAB? Mas e a velha FAB? Qual o papel dela hoje? Qual o papel dela amanhã? O que ela precisa fazer para se tornar a nova FAB? O que ela não faz? O que ela deixou de fazer? O que ela deveria fazer? Enfim, aonde queremos chegar?

hmundongo escreveu:Uma coisa em que sempre pensei é no treinamento e formação dos pilotos de helicópteros das três Forças. Por que não se unifica pelo menos a parte inicial desse treinamento, como já é feito em alguns países? Não precisamos dar um salto tão grande e terceirizar tudo por enquanto, mas só a formação geral numa escola única já seria um bom começo, com unificação de procedimentos, integração de instrutores e redução dos meios empregados no treino, deixando espaço para as Forças operarem somente esquadrões operacionais. De quebra poderiam haver módulos específicos para os pilotos policiais, como das PCs, PMs, Bombeiros, PRF, PF e Força Nacional numa grande academia nacional de asas rotativas. Gostei também da idéia do Ministério da Defesa de ter uma secretaria única de compras para as Forças Armadas, seria interessante termos o mesmo helicóptero básico no EB, MB e na FAB, assim como o mesmo caça no São Paulo e na FAB e o mesmo avião de treinamento na Marinha (teria de mudar a Lei para isso) e na FAb.

Matheus Muniz escreveu:Pessoal, em relação à velha e a nova FAB, eu faço uma pergunta e me desculpem se for uma pergunta ingênua e desprovida de informação, mas enfim:

Para que serve um TUCANO? qual a preparação de um piloto para um caça de 4° geração sendo que ainda existem tucanos operando?

eu ainda não entendo isso!!!!!!

Acho que a FAB deveria investir mais na capacitação de seus militares, ao meu ver, atualização sempre é bem vinda, claro, deixo de lado aqui todos os impecílios políticos, mas como um verdadeiro fã da FAB e defensor da soberania militar do nosso país, eu vejo algumas coisas como ultrapassadas, e enxergo uma possibilidade de criar algo que elevasse o nível dos militares da FAB, pois atualização sempre é bem vinda, penso em cursos, concursos, horas e horas de treinamento atualizado, e por aih vai...

Abraço!!!!