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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:29 am
por Bolovo
FOXTROT escreveu:
Wolfgang escreveu:
Gente, e se num lampejo de seriedade e visão de futuro, estamos andando com a França para nos isolar dessa briga de foice requentada aqui na AL? Não dependemos de EUA ou de Rússia, mas de um país mais próximo do ponto de vista diplomático?
Pode ser, mas a nossa relação com a Rússia é boa, Igla, MI-35, Tor?
Você define se uma relação entre um Estado ou outro é boa com "Iglas, Hinds e Tor"? JIZUZ KRISTU

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 10:35 am
por Penguin
Santiago escreveu:
EDSON escreveu:"ameaças transnacionais".


É muita cara de pau. :D
É....esse problema pode ser visto de distintos ângulos.

As FARC e grupos paramilitares estão efetivamente fora de controle do Governo colombiano.
Esse grupos se associaram com o tráfico, criaram santuários para produção e se financiam com o comércio das drogas. Ou seja, há uma explosiva associação entre os grupos guerrilheiros, paramilitares e o tráfico. E um país fica refém desse problemática sem uma aparente solução. Para complicar as coisas, esses grupos guerrilheiros recebem "apoios externos".

O problema é onde essa produção vai parar majoritariamente: EUA.

Isso é também uma ameça transnacional.

A Colômbia quer resolver seu imenso e interminável fardo. A Unasul não vai resolver o problema da Colômbia (muito pelo contrário). Os EUA não são conhecido pela inação.

Uma curiosidade...porque nunca houve choradeira contra a base dos EUA no Equador (Manta)?

Além da Colômbia, os americanos estão em negociação para usar a Guiana francesa e tentaram usar a base de Recife...Será que os aliados franceses da OTAN vão se negar? Duvido...

Imagem


(...)
The SouthCom is also pursuing access to a site in French Guiana that would permit military aircraft to reach sites in Africa, via the Ascension Islands, according to AMC. SouthCom apparently sought use of facilities in Recife, Brazil for the same purpose, but "the political relationship with Brazil is not conducive to the necessary agreements," AMC wrote.
(...)

http://www.no-bases.org/show_news/new_m ... in_america
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol

Uribe sai em defesa de bases americanas

Presidente colombiano diz, em entrevista, que país não é "agressor internacional" e visa combater terrorismo interno Nem mandatário nem seu chanceler irão a Quito para cúpula da Unasul, no dia 10; Lula havia defendido fórum para debater a crise regional


O presidente colombiano, Álvaro Uribe, saiu em defesa do acordo militar que permitirá aos EUA utilizar três bases na Colômbia dizendo que o pacto está sendo negociado não porque seu país seja um "agressor da comunidade internacional", mas para combater o terrorismo que o assola internamente.

Em entrevista à revista colombiana "Ahora", Uribe disse que o novo pacto pode ser chamado de "uma fase melhorada do Plano Colômbia" -que rendeu US$ 5,5 bilhões dos EUA para combate à guerrilha e ao narcotráfico desde 1999.

O novo acordo, previsto para ser finalizado neste mês, permitirá a Washington manter 1.400 pessoas entre militares e civis nos próximos dez anos e compensará o recente fechamento da base americana de Manta, no Equador. Os EUA preveem investimentos de até US$ 5 bilhões pelo novo pacto.

Ante a péssima repercussão regional do anúncio das negociações, sobretudo com a Venezuela, o presidente colombiano pediu "paciência". "Nosso país respeita as leis, nosso grande problema é o terrorismo interno. Nas relações internacionais, devemos ser pacientes."

A Venezuela havia acusado anteontem o vizinho de tentar "justificar" a permissão do uso de suas bases pelos EUA ao insinuar que Caracas forneceu lança-foguetes encontrados com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em outubro do ano passado.

As cobranças feitas por Bogotá no início da semana motivaram o anúncio pelo presidente Hugo Chávez, na última terça, do congelamento das relações diplomáticas e econômicas bilaterais e da convocação do embaixador venezuelano no país, além da ameaça de expropriação de empresas colombianas.

Os artefatos, de fabricação sueca, haviam sido vendidos a Caracas em 1988. A transação foi confirmada pela Suécia, que também cobra explicações da Venezuela pelas apreensões.

Na entrevista, Uribe defendeu ainda a opção de preservar a já consolidada, e controversa, estreita aliança com os EUA -a Colômbia é o maior parceiro militar do país na América do Sul, com crescentes programas de treinamento e inteligência.

"A Colômbia tem recebido dois tipos de ajuda: uma retórica, de tapinhas no ombro, de expressão de pêsames nos momentos em que temos sofrido tanto; e uma prática, que temos recebido dos EUA, em nome da corresponsabilidade."

O presidente colombiano disse que o acordo com os EUA está sendo negociado para que "as novas gerações possam desfrutar do direito de superar totalmente a violência interna".

Unasul

A mais recente crise regional não dá sinais, porém, de que possa melhorar no curto prazo. A Chancelaria colombiana disse ontem que nem Uribe nem o seu ministro das Relações Exteriores, Jaime Bermúdez, participarão da próxima reunião de cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), no dia 10, em Quito (Equador).

Bogotá não informou quem representará o governo no encontro do bloco que reúne os 12 países sul-americanos nem o porquê da ausência de Uribe.

Anteontem, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua homóloga chilena, Michelle Bachelet, haviam defendido o bloco como o fórum ideal para a resolução da crise.

Ambos haviam defendido também a convocação do Conselho Sul-Americano de Defesa -órgão da estrutura da Unasul criado no ano passado.

O presidente Lula havia dito, inclusive, que pretendia "conversar pessoalmente" sobre o acordo militar com Uribe justamente em Quito. O brasileiro afirmou que não lhe "agrada" a presença militar americana.

A cúpula da Unasul marcará a passagem da presidência rotativa do bloco, atualmente exercida por Bachelet, para o presidente do Equador, Rafael Correa -que rompeu relações diplomáticas com a Colômbia após a operação militar de Bogotá contra um acampamento das Farc em solo equatoriano em março do ano passado.

Com agências internacionais

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 10:36 am
por Penguin
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol

Brasília - Igor Gielow: O Brasil escolhe um lado


Obama, quem diria, teve seus dias de Bush. E ajudou a expor um pouco mais a falta de cerimônia da diplomacia brasileira. Enquanto tomava sua geladinha na "photo-op" montada para tentar dirimir a burrada que fez ao criticar a prisão de um professor negro, o salvador do mundo era espezinhado cá pela bugrada latina e seus antigos patrões espanhóis.

O motivo? Como o governo "bolivariano" do Equador fechou a base americana por lá, Tio Sam achou por bem concentrar seus recursos militares regionais na Colômbia.

Desde 1997, Bogotá vive uma aliança íntima com Washington. Sucessivos governos foram eleitos e reeleitos com amplo apoio a essa política. Por quê? Simples: a assistência americana ajudou o país a ferir de morte as Farc, a narcoguerrilha que infesta as selvas do país, e a controlar os radicais de direita.

O país reencontrou alguma normalidade, com bom humor suficiente para dizer em sua campanha institucional que "o único risco" para o turista é "querer ficar". Pagou um preço: tornou-se uma base americana na região.O Brasil poderia discutir isso no contexto de seu interesse estratégico: a rivalidade Bogotá-Caracas pode gerar problemas para nós, como crises de refugiados numa guerra. Poderia firmar-se como mediador. Mas não, o Itamaraty preferiu acusar os EUA de estimular uma corrida armamentista. Num momento em que as forças armadas brasileiras preparam um reequipamento, é piada ouvir esse tipo de crítica. Tremei, Pentágono.

Pior, indica que o governo Lula já tomou partido na briga. Quando Hugo Chávez fechou compras bilionárias de armas russas, deixou Moscou usar suas bases aéreas e navais em exercícios à la Guerra Fria, estava a exercer sua soberania. Agora, se Álvaro Uribe reforça uma parceria respaldada no voto, lá vai o Celso Amorim cobrar explicações de Obama. Então tá.

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:02 pm
por alex
Para os colombianos é a confirmação de sua aliança com os EUA. bem expressa na seguinte frase:
"A Colômbia tem recebido dois tipos de ajuda: uma retórica, de tapinhas no ombro, de expressão de pêsames nos momentos em que temos sofrido tanto; e uma prática, que temos recebido dos EUA, em nome da corresponsabilidade."

Na hora do vamos ver quem manteve o seu apoio foram os EUA. Os outros paises falaram que era um problema interno da Colombia mesmo quando aviões com drogas sobrevoavam esses paises e o dinheiro destas drogas financiavam mortes de seus cidadãos.

Agora os EUA exigem uma contrapartida como as bases e esta diplomacia de chupadores de pinto do Itamarati falam da ameaça ianque. Tá bom.
Chupa, Lula.
Chupa, Celso Amorim.

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:03 pm
por Marino
O acordo da discórdia

Brasil pede explicações aos EUA sobre bases colombianas; Uribe boicotará Cúpula da Unasul

Gilberto Scofield Jr. e Janaína Figueiredo



Diplomatas e adidos militares brasileiros fizeram ontem consultas ao governo americano para buscar detalhes do acordo de cooperação militar que está sendo negociado entre Colômbia e EUA. Na próxima segunda-feira, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, o general James Jones, viajará para Brasília para conversar pessoalmente com representantes do governo brasileiro sobre o assunto.

O governo americano não revela o conteúdo da conversa que será travada entre o general e os ministros brasileiros, mas estima-se que sua tarefa seja deixar claro que o governo Barack Obama não mudou sua orientação militar com relação à América Latina. E que todos os acordos negociados com a Colômbia estão dentro da parceria antiterror e de combate ao narcotráfico já acertada entre os dois países. Em entrevista publicada ontem pela revista "Ahora", o presidente colombiano, Álvaro Uribe, assegurou que seu país nunca agrediu vizinhos e que o objetivo do entendimento com os EUA é obter uma colaboração prática no combate à violência interna.

Em meio à nova crise diplomática entre os governos de Colômbia, Venezuela e Equador, representantes do Executivo colombiano confirmaram que Uribe e o ministro das Relações Exteriores de seu país, Jaime Bermúdez, não participarão da Cúpula de Presidentes da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), marcada para o dia 10 de agosto, em Quito. Anteontem, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michelle Bachelet, do Chile, pediram que o acordo entre a Colômbia e os Estados Unidos para o uso de bases militares colombianas fosse discutido na Cúpula da Unasul.

A ausência de Uribe era esperada, já que Colômbia e Equador romperam relações em março do ano passado, após o ataque, por parte do Exército colombiano, a um acampamento das Farc em território equatoriano. O governo Uribe enviará um representante ao encontro, mas será um funcionário de segundo escalão.

- Virão todos os presidentes da Unasul, com exceção do presidente da Colômbia - confirmou o chanceler equatoriano, Fander Falconí, que defendeu a resolução de conflitos regionais no âmbito da Unasul.

O comércio na região de fronteira entre Venezuela e Colômbia está praticamente parado devido ao aumento do controle da passagem de pessoas e mercadorias, desde a decisão do governo venezuelano de congelar relações com Bogotá.



OEA recebe comitiva de venezuelanos

Ontem, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, recebeu um grupo de parlamentares venezuelanos da oposição, que solicitou uma audiência para denunciar "a grave situação democrática" e a "falta de respeito à Constituição" no país. A delegação foi formada pelos deputados Ismael García, Juan José Molina e Wilmer Azuaje, além do embaixador Milos Alcalay, que foi representante permanente da Venezuela nas Nações Unidas entre 2001 e 2004.

Num comunicado da OEA, Insulza teria lembrado aos deputados que ele sugeriu que não apenas representantes do Poder Executivo, mas também membros do Legislativo e do Judiciário possam recorrer formalmente à OEA, numa sugestão de que as viagens de parlamentares, apesar da significação política, têm pouco poder de influência na organização.

Ainda ontem, os embaixadores dos 33 países americanos se reuniram de manhã com Insulza num encontro privado na OEA no qual a situação em Honduras pós-golpe de Estado foi discutida. O conselho permanente da instituição se reuniria à tarde, mas um comunicado avisou que o encontro foi adiado, sem explicar as razões. Diplomatas presentes ao encontro matinal afirmaram que os países americanos continuam divididos sobre a adoção de sanções adicionais ao governo de fato de Honduras, medida que seria discutida ontem à tarde.

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:05 pm
por Marino
Uribe se defende de acusações vizinhas

Em meio a acusações e ressalvas de países da região, como Brasil e Chile, sobre tropas americanas em bases colombianas, o presidente Álvaro Uribe disse que a Colômbia nunca foi um país agressor de seus vizinhos e o que busca com um novo acordo militar com os EUA é uma colaboração "prática" contra a violência interna do país. De acordo com a Chancelaria de Bogotá, o chefe de Estado colombiano não participará da cúpula de chefes de Estado da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), marcada para o dia 10 em Quito.

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:06 pm
por Marino
Enviado de Obama vai explicar a Lula acordo militar com Colômbia

Missão do general Jim Jones é mostrar ao Brasil que uso de bases militares não representa ameaça aos países da região

Denise Chrispim Marin



O assessor de Segurança Nacional do presidente Barack Obama, general da reserva Jim Jones, desembarca segunda-feira em Brasília com a missão de mostrar que o acordo dos EUA-Colômbia não significará elevação substantiva do atual contingente militar americano no país e nem representará ameaça aos países da região. A viagem havia sido agendada bem antes da polêmica das bases, envolvendo os governos Álvaro Uribe e Hugo Chávez (Venezuela), mas a visita servirá para dar a versão dos EUA sobre a presença de soldados americanos em três bases na Colômbia até 2019.

Na semana passada, o Itamaraty já havia recebido a informação oficial de Bogotá de que o acordo com os EUA é uma espécie de segunda etapa do Plano Colômbia, orientado para o combate à guerrilha e ao narcotráfico, e envolveria o investimento de US$ 5 bilhões no país.

A manutenção do plano de apoio dos EUA foi concebida após a decisão do Equador de não renovar o acordo que permitiu o uso, por dez anos, da Base de Manta por tropas americanas, que terão de se retirar dali em setembro.

Válido até 2019, o acordo EUA-Colômbia prevê a presença militar americana em três bases - Malambo, Palanquero e Apiay - e a possível extensão para outras duas, de Larandia e de Tolemaida. Em princípio, o acordo proíbe o trânsito das tropas americanas pelo território colombiano.

O governo brasileiro, entretanto, deixará claro a Washington que não quer presença militar estrangeira na América do Sul. A posição brasileira reflete o interesse do governo Lula em reforçar sua liderança regional e o seu temor de que a presença de tropas americanas contamine o processo de integração da região, cujo braço militar é o recém-criado Conselho Sul-americano de Defesa (mais informações nesta página). A presença americana poderia, a rigor, motivar a parceria de países da região com outras nações.

Com amplo poder de orientação da política exterior de Barack Obama, Jones visitará Brasília entre os dias 3 e 5 de agosto com a missão de estreitar as relações bilaterais e de tratar dos imbróglios regionais.

Mas enfrentará a preocupação expressa publicamente pelo próprio presidente Lula e pelo chanceler Celso Amorim, anteontem, com a polêmica retomada da presença militar americana na Colômbia - o último país da região a aderir ao Conselho Sul-americano de Defesa.



INSATISFAÇÃO

O campo política e diplomaticamente minado em que o general Jones pisará na próxima semana foi aplainado nos últimos dois dias pelo general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, em sua visita a Brasília. Fraser foi recebido, ontem e anteontem, pelos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, e do Exército, general Enzo Martins Peri, e manteve contatos informais com o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Força Aérea Brasileira e ministro-interino da Defesa, e com diplomatas. Nas conversas, a insatisfação do governo brasileiro foi expressa diplomaticamente, de forma a não comprometer as áreas de cooperação militar entre os dois países.

Com Jones, o diálogo será mais aberto e direto: a América do Sul quer resolver seus próprios dilemas, sem a interferência direta de terceiros países - especificamente, dos Estados Unidos. As explicações obtidas de Bogotá não amenizaram a preocupação do governo Lula de ver desmontada sua estratégia de consolidar na América do Sul uma zona integrada e de paz, sob a discreta batuta de Brasília.

Ainda na administração de George W. Bush (2001-2009), quando o Plano Colômbia estava em curso, Lula conseguira o reconhecimento da Casa Branca de seu peso e eficácia na solução dos problemas regionais.

Washington acabou delegando ao presidente brasileiro tal incumbência, no plano diplomático. No final do governo Bush, com a decisão do Equador sobre a Base de Manta já tomada, o governo Lula deu um contorno mais ambicioso à União de Nações Sul-americanas (Unasul) ao articular a criação do Conselho de Defesa. A iniciativa disparava o claro recado de que, mesmo no âmbito militar, a América do Sul buscava uma posição integracionalista para se consolidar como zona de paz.

O caso das bases ganhou maior relevância porque o governo venezuelano de Hugo Chávez transformou a discussão sobre o assunto em uma espécie de contraponto à denúncia colombiana de que a Venezuela está armando a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com equipamentos importados oficial e legalmente por Caracas

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:11 pm
por Marino
Conexão diplomática :: Silvio Queiroz

Qual é a do Barack na América Latina? O questionamento não se limita ao tema das bases na Colômbia: a cada dia parece mais dúbia a atitude dos EUA em relação ao golpe em Honduras




Em termos algo mais diplomáticos, é isso que se têm perguntado vários governos latino-americanos, um tanto desacorçoados, intrigados e até decepcionados com o que percebem como hesitação, ambiguidade ou mesmo dissimulação do governo americano diante de temas e acontecimentos críticos para a região. O mais recente é o acordo entre Colômbia e Estados Unidos, em fase final de negociações, para que militares americanos tenham acesso operacional a três bases — que poderão ser quatro ou cinco — em território colombiano. Washington e Bogotá apresentam a iniciativa como um desdobramento do Plano Colômbia, de combate ao narcotráfico. Mas está difícil convencer os vizinhos.

Venezuela e Equador, com a habitual estridência, e o Brasil, em tom mais duro que o de costume, expressam desconforto com a presença de 1.400 militares dos EUA — parte sob a condição duvidosa de “terceirizados” — na antessala da Amazônia. Mas o questionamento não se limita ao tema das bases: a cada dia parece mais dúbia a atitude do governo Obama em relação ao golpe em Honduras. O chanceler Celso Amorim já fez saber à colega Hillary Clinton, por telefone, que o bloco latino-americano espera por gestos concretos. E por sinais claros de que não está sobre a mesa nenhuma concessão ao governo de fato instalado após a quartelada contra Manuel Zelaya, já há mais de um mês.

As inquietações não escaparam à atenção da Espanha, que mantém relação histórica com a Iberoamérica e, sob o socialista José Luis Zapatero, coleciona afinidades políticas com os governantes esquerdistas da região. Nesta semana, durante a breve mas substancial visita do chanceler Miguel Ángel Moratinos a Brasília, um interlocutor espanhol de alto escalão, muito familiarizado com os labirintos e armadilhas da política latino-americana, foi direto ao ponto. Em conversa reservada, esse experiente funcionário sugeriu que o governo Obama não tem voz única: “Temos o presidente, o Jones (conselheiro de Segurança Nacional), a Hillary (Clinton, secretária de Estado), o (Robert) Gates no Pentágono…”

Chávez x Uribe

Sintomático que essa fonte, cujos comentários traduzem a visão do governo de Madri, tenha dado pouca importância ao episódio que serviu como gota d’água para mais uma crise entre dois vizinhos que vivem às turras: a denúncia do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de que suas tropas apreenderam com a guerrilha das Farc um lote de bazucas vendidas pela Suécia à Venezuela de Hugo Chávez. “Isso foi há 20 anos”, comentou o espanhol, mais preocupado com o risco de militarização do continente, em decorrência da presença americana em solo colombiano. Isso, somado à recente reativação da Quarta Frota da Marinha americana e ao flerte de Chávez com os militares russos, soa a Madri como “um anacronismo, em pleno século 21”.

Três apitos

Nos gabinetes do Itamaraty onde a questão é examinada, a abordagem é parecida. Um diplomata graduado resumiu as preocupações do Brasil em três pontos: o risco de o continente entrar em “uma espiral de militarização”; a contaminação das relações de boa vizinhança, no terreno militar, “de uma lógica de cooperação para uma de confrontação”; e, mais que tudo, a “ingerência de atores extrarregionais”. Nessa última categoria cabem não apenas os americanos, mas também os russos, que Chávez já convidou a estacionarem seus bombardeiros estratégicos em solo venezuelano. “Esse é o problema”, comentou o diplomata. “Só vai servir para bagunçar o coreto.”

Como notaram também os espanhóis, todo o imbróglio soa tanto mais suspeito justamente quando o Conselho de Defesa Sul-Americano dava sinais de se consolidar.

Cachimbo sem paz

Se por aqui o novo governo americano decepciona, as palavras são ainda mais duras em Cuba, que desde o começo tratou de não alimentar grandes expectativas. Mas, até pela coincidência na troca de comando de ambos os lados do Estreito da Flórida, com sinais de fumaça indicando disposição recíproca ao diálogo, a diplomacia cubana considerava possível ao menos quebrar o gelo, abordando temas como imigração e combate ao narcotráfico. O golpe em Honduras convenceu Havana de que a Casa Branca continua de boca torta, depois de meio século usando o mesmo cachimbo.

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:14 pm
por Marino
XÔ F-18 :evil: :twisted: :twisted: :twisted:

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:31 pm
por PRick
alex escreveu:Para os colombianos é a confirmação de sua aliança com os EUA. bem expressa na seguinte frase:
"A Colômbia tem recebido dois tipos de ajuda: uma retórica, de tapinhas no ombro, de expressão de pêsames nos momentos em que temos sofrido tanto; e uma prática, que temos recebido dos EUA, em nome da corresponsabilidade."

Na hora do vamos ver quem manteve o seu apoio foram os EUA. Os outros paises falaram que era um problema interno da Colombia mesmo quando aviões com drogas sobrevoavam esses paises e o dinheiro destas drogas financiavam mortes de seus cidadãos.

Agora os EUA exigem uma contrapartida como as bases e esta diplomacia de chupadores de pinto do Itamarati falam da ameaça ianque. Tá bom.
Chupa, Lula.
Chupa, Celso Amorim.
Não existe problema em apoiar ou em fechar acordos de aliança ou ajudar militar, afinal, nós fizemos um Tratado com a França, porém, o que se trata aqui é de um acordo que permite a instalação de bases militares de um terceiro país, isso não ajuda em nada o combate a guerrilha, essas bases nada tem haver com isso, elas servem para outra coisa.

Vamos parar de justificar uma coisa, que não tem justificativa. Afinal, essas bases, operam aviões AEW e outros semelhantes, que nada podem fazer de útil contra a guerrilha. Servem para espionar e monitorar o tráfico de drogas.

Aviões do tráfigo de drogas sobrevoam todos os países, principalmente, os EUA, o combate as drogas é um problema mundial. A mortandade provocado por ela é enorme no Brasil, nem por isso deixamos instalar bases dos EUA por aqui, ou ficamos culpando os outros países.

Agora, estamos correndo o risco real da Venzuela deixar a Rússia instalar bases militares, a aí? O que dirão os EUA e a Colombia? Ou se a Venezuela passar dar apoio aberto as FARC como medida retaliatória, como vamos ficar?

Eu diria que a democracia na Colômbia não é melhor que a da Venzuela.

[]´s

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 1:50 pm
por P44
engraçado que quando se falava da instalação de base russas na venezuela era um coro de indignação :roll: :roll: vá lá a gente compreender

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 2:20 pm
por Kratos
Governo de merda esse nosso, quando é pra criticar as bases americanas na Colômbia somos os primeiros, mas ficamos completamente silenciosos acercas das arbitrariedades ditatoriais do Chavez na Venezuela, sua constante interferência e ingerência em governos soberanos da America Latina, além de seu apoio financeiro e ideológico à vários movimentos subversivos anti-democráticos de esquerda por toda a AL.

Temos perigos mais imediatos para nos preocuparmos do que algumas dezenas de forças especiais americanas auxiliando a Colômbia à combater uma guerrilha em vias de derrota.

Vale lembrar que as boas relações entre a Colômbia e os EUA vão desde antes da Guerra da Coréia, onde a Colombia lutou junto das tropas americanas contra a escória comunista norte coreana, russa e chinesa, e vale também lembrar que a Colômbia é a democracia mais duradoura na America doSul.

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 2:31 pm
por DELTA22
Por que ao invés do governo Brasileiro ficar "chorando" por causa das bases colombianas cedidas aos EU, não seria melhor (em todos os sentidos) fazer o 'dever de casa' do lado de cá da fronteira??? :roll:

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 2:39 pm
por Penguin
Marino escreveu:XÔ F-18 :evil: :twisted: :twisted: :twisted:
Para manter a coerência, essa campanha está incompleta...

XÔ SH-70
XÔ MK-48
XÔ MK-46
XÔ MK39 ring-laser gyro
XÔ LM2500
XÔ Lockheed Martin Maritime Systems and Sensors
XÔ A-4
XÔ AIM-9J
XÔ P-3
XÔ Harpoon


:twisted: :twisted: :twisted:

Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Enviado: Sáb Ago 01, 2009 2:41 pm
por Penguin
Enviado de Obama vai explicar a Lula acordo militar com Colômbia
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol

Missão do general Jim Jones é mostrar ao Brasil que uso de bases militares não representa ameaça aos países da região

Denise Chrispim Marin

O assessor de Segurança Nacional do presidente Barack Obama, general da reserva Jim Jones, desembarca segunda-feira em Brasília com a missão de mostrar que o acordo dos EUA-Colômbia não significará elevação substantiva do atual contingente militar americano no país e nem representará ameaça aos países da região. A viagem havia sido agendada bem antes da polêmica das bases, envolvendo os governos Álvaro Uribe e Hugo Chávez (Venezuela), mas a visita servirá para dar a versão dos EUA sobre a presença de soldados americanos em três bases na Colômbia até 2019.

Na semana passada, o Itamaraty já havia recebido a informação oficial de Bogotá de que o acordo com os EUA é uma espécie de segunda etapa do Plano Colômbia, orientado para o combate à guerrilha e ao narcotráfico, e envolveria o investimento de US$ 5 bilhões no país.

A manutenção do plano de apoio dos EUA foi concebida após a decisão do Equador de não renovar o acordo que permitiu o uso, por dez anos, da Base de Manta por tropas americanas, que terão de se retirar dali em setembro.

Válido até 2019, o acordo EUA-Colômbia prevê a presença militar americana em três bases - Malambo, Palanquero e Apiay - e a possível extensão para outras duas, de Larandia e de Tolemaida. Em princípio, o acordo proíbe o trânsito das tropas americanas pelo território colombiano.

O governo brasileiro, entretanto, deixará claro a Washington que não quer presença militar estrangeira na América do Sul. A posição brasileira reflete o interesse do governo Lula em reforçar sua liderança regional e o seu temor de que a presença de tropas americanas contamine o processo de integração da região, cujo braço militar é o recém-criado Conselho Sul-americano de Defesa (mais informações nesta página). A presença americana poderia, a rigor, motivar a parceria de países da região com outras nações.

Com amplo poder de orientação da política exterior de Barack Obama, Jones visitará Brasília entre os dias 3 e 5 de agosto com a missão de estreitar as relações bilaterais e de tratar dos imbróglios regionais.

Mas enfrentará a preocupação expressa publicamente pelo próprio presidente Lula e pelo chanceler Celso Amorim, anteontem, com a polêmica retomada da presença militar americana na Colômbia - o último país da região a aderir ao Conselho Sul-americano de Defesa.

INSATISFAÇÃO

O campo política e diplomaticamente minado em que o general Jones pisará na próxima semana foi aplainado nos últimos dois dias pelo general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, em sua visita a Brasília. Fraser foi recebido, ontem e anteontem, pelos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, e do Exército, general Enzo Martins Peri, e manteve contatos informais com o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Força aérea Brasileira e ministro-interino da Defesa, e com diplomatas. Nas conversas, a insatisfação do governo brasileiro foi expressa diplomaticamente, de forma a não comprometer as áreas de cooperação militar entre os dois países.

Com Jones, o diálogo será mais aberto e direto: a América do Sul quer resolver seus próprios dilemas, sem a interferência direta de terceiros países - especificamente, dos Estados Unidos. As explicações obtidas de Bogotá não amenizaram a preocupação do governo Lula de ver desmontada sua estratégia de consolidar na América do Sul uma zona integrada e de paz, sob a discreta batuta de Brasília.

Ainda na administração de George W. Bush (2001-2009), quando o Plano Colômbia estava em curso, Lula conseguira o reconhecimento da Casa Branca de seu peso e eficácia na solução dos problemas regionais.

Washington acabou delegando ao presidente brasileiro tal incumbência, no plano diplomático. No final do governo Bush, com a decisão do Equador sobre a Base de Manta já tomada, o governo Lula deu um contorno mais ambicioso à União de Nações Sul-americanas (Unasul) ao articular a criação do Conselho de Defesa. A iniciativa disparava o claro recado de que, mesmo no âmbito militar, a América do Sul buscava uma posição integracionalista para se consolidar como zona de paz.

O caso das bases ganhou maior relevância porque o governo venezuelano de Hugo Chávez transformou a discussão sobre o assunto em uma espécie de contraponto à denúncia colombiana de que a Venezuela está armando a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com equipamentos importados oficial e legalmente por Caracas