Notícias Espaciais (mundo afora)

[LeandroGCard]

Essa "família" Ares, é parecida com a "família" Ariane, os lançadores quase não tem semelhança, um com o outro.
O Ares I, só tem de parecido com os outros o 1° estágio sólido, que são os Boostes do IV e V.

Visualmente você até tem razão, mas isto é só aparência.

É verdade que os Arianes de 1 a 4 eram uma coisa, e o Ariane 5 outra completamente diferente em termos de concepção e detalhes tecnológicos, e não tinham realmente nada a ver os primeiros com o último. Já no caso da familia Ares ambos os foguetes tem primeiros estágios que são derivações de componentes do Space Shuttle (o booster de combustível sólido e o tanque de combustível), e estágios superiores que são versões aperfeiçoadas do segundo estágio do Saturno-V. Até mesmo os motores do primeiro estágio do Ares-5 seriam os mesmo do Shuttle no início do projeto (e talvez ainda acabem vindo a sê-lo).

Resumindo bastante a família Ares é composta por Space Shuttles "sem os Shuttles" e com o segundo estágio do Saturno-V em cima. É realmente um conceito de "família".

Leandro G. Card

[thicogo]

19/08/2009 - 05h35
Coreia do Sul adia lançamento de seu 1º foguete espacial

Seul, 19 ago (EFE).- A Coreia do Sul adiou hoje o lançamento de seu primeiro foguete espacial, que levará um satélite científico, poucos minutos antes das 17h (5h, Brasília), horário previsto para o início da missão.

Tudo estava pronto para o lançamento do centro espacial de Naro, no sul do país, mas a menos de oito minutos do fim da contagem regressiva problemas com a carga de combustível forçaram um adiamento, como relata a agência de notícias local "Yonhap".

Não é a primeira vez que o lançamento do primeiro foguete espacial sul-coreano atrasa, porém foi a primeira ocasião em que Seul decidiu protelar a tarefa já com o foguete na plataforma e com a contagem regressiva iniciada.

A imprensa sul-coreana aponta como pouco provável que o lançamento do foguete aconteça ainda hoje.

Quando eu olho um lançador assim, com um grande propulsor sólido, mesmo tendo um custo-benefício sofrivel.
Eu me pergunto todos os dias, será que é difício para o Brasil construir alguma coisa assim?

Isso me deixa com uma raíva, que não dá pra descrever com palavra.
Nós vivemos em um país riquissimo em oportunidades e possibilidades que não são postas em prática em modo geral não só nas áreas que nos discutimos aqui com muita frequência, mas em tudo.Nos somos um povo extramamente criativo, demos um "jeitinho" em quase tudo, esse "jeitinho" que as vezes é muito bom e as vezes é desastroso.
Tomara que essa geração de foristas que aqui estão, tenha o privelégio de ver, sentir, tocar, cheirar e ouvir, esses defeitos históricos resolvidos.

Abraços e Bom dia.

[Bolovo]

Una perguntita: quando que os sulcoreanos começaram a projetar esse VLS desses?

Acredito que o nosso VLS deveria ter a mesma cara.

[LeandroGCard]

Calma minha gente, muita calma nesta hora.

Vejam abaixo um comentário que eu já havia postado anteriormente neste mesmo tópico a respeito deste foguete coreano:

Olá Thicogo,

Minha idéia com o uso de um motor de combustível sólido maior para o programa espacial brasileiro é aproveitar o expertise e a infra-estrutura que já temos pronta para desenvolver uma versão mais racional de um foguete da classe do VLS, já que ele próprio é muito mais um desenvolvimento acadêmico que uma proposta de lançador realmente prático. Além disso, a tecnologia e infra-estrutura criada para este motor colocaria o Brasil em um outro patamar em termos estratégicos, pois poderia facilmente ser utilizada para o desenvolvimento de mísseis de longo alcance modernos se um dia isso viesse a ser necessário.

Mas do ponto de vista exclusivamente técnico, é mais interessante para o desenvolvimento futuro de lançadores espaciais de maior porte o domínio da tecnologia de motores-foguete de combustível líquido, principalmente utilizando misturas à base de oxigênio. E um caminho para encurtar os prazos e reduzir os custos de obtenção desta tecnologia seria simplesmente adquirir um projeto pronto para ser produzido aqui, e colocar os engenheiros para trabalhar no aperfeiçoamento deste projeto ao invés de começar do zero.

É isso exatamente o que este foguete sul-coreano representa. O primeiro estágio é derivado dos componentes do foguete Angara russo (e pelo que sei este estágio foi construído na própria Rússia), e queima oxigênio líquido e querosene. O segundo estágio sim, é um motor de combustível sólido de desenvolvimento coreano, aproximadamente 6 vezes maior que o motor S-43 do VLS. Assim os coreanos obtiveram em um prazo curto e por custos relativamente baixos o melhor de dois mundos, um lançador com boa capacidade de crescimento e a infra-estrutura /tecnologia para construir mísseis muito melhores que os da Coréia do Norte, se desejarem.

Mas veja que este foguete KSLV-1 em si, enquanto solução de engenharia, não é um produto muito eficiente. Ele pesa umas 140 toneladas no lançamento, para colocar apenas satélites pequenos em órbita, na faixa dos 100 Kg. Para comparar, o VLS tem cerca de 50 ton mas pode lançar satélites de mais de 300 Kg na mesma faixa de órbita. Isto acontece porque o foguete coreano tem a metade do número de estágios do brasileiro e uma distribuição ruim dos impulsos específicos. Muito provavelmente o projeto é assim porque o objetivo da Coréia era realmente desenvolver a tecnologia para mísseis, e este primeiro lançador com o primeiro estágio russo é basicamente para propaganda e aprendizado inicial na área dos combustíveis líquidos.

Um abraço,

Leandro G. Card

Só uma correção ao texto acima, com dados mais precisos que encontrei de lá para cá: O segundo estágio deste primeiro lançador coreano é menor e não maior que o motor S-43 (base do VLS), pesando apenas 1 tonelada contra mais de 7 do motor brasileiro. Então, em termos teóricos o Brasil ainda está a frente da Coréia do Sul nesta área.

Inicialmente os coreanos planejavam em seguida a este foguete (que realmente é extremamente ineficiente) desenvolver outros maiores, ainda tendo como primeiro estágio o Angara e adicionando outros estágios de produção local, utilizando inclusive combustíveis líquidos. Mas parece que já desistiram desta idéia e irão simplesmente comprar foguetes Angara completos da Rússia para lançar seus satélites.

Leandro G. Card

[Bolovo]

O NARO-1 decolando. Fez tudo certinho, mas errou na hora de colocar o satélite em orbita, ao menos, é isso o que li. E esse vídeo assusta um pouco, pois o foguete cambaleia de um lado para o outro no começo. Um pouco medonho.

[P44]

Europe looks to buy Soyuz craft
By Jonathan Amos
Science reporter, BBC News


A Soyuz craft has three seats versus the shuttle's seven

Europe is seeking to maintain flight opportunities for its astronauts by buying Soyuz spacecraft from Russia.

The European Space Agency (Esa) has asked Moscow if it is possible to increase the production of the craft from four to five a year.

Esa could then buy its own vehicle, perhaps with the Canadians who are also looking for more seat opportunities.

The expected retirement of US shuttles in 2010/11 means fewer humans will be going into space in the coming years.

The venerable Soyuz craft will be the only way of getting to the International Space Station (ISS), certainly in the short term.

Simonetta Di Pippo, the director of human spaceflight at Esa, told BBC News she was hopeful a deal on Soyuz could be put in place for 2013.

"From '13 on, we would like to have at least one European astronaut per year flying and this can be done in various ways. One of the proposals we are putting on the table is to buy a full Soyuz," she said.

Discussions with the Russians on the subject took place at the recent International Aviation and Space Salon, MAKS 2009.

Various technical aspects would need to be studied, including the feasibility of ramping up production at manufacturer Energia and how the additional flight would be accommodated at the station's docking ports.

"The feeling with the Russians was really good," Mrs Di Pippo said. "We had a great meeting and I think in two or three months, we will be able to come out with a firm proposal."

Europe's astronauts are in the middle of an excellent run of opportunity at the moment.

Leopold Eyharts and Hans Schlegel flew to the station with the European Columbus science module in 2008. Christer Fuglesang and Frank De Winne are flying this year, with De Winne set to take command of the ISS in October.

Paolo Nespoli and Roberto Vittori will both launch next year. Vittori is set to fly on what presently looks to be the very last shuttle mission.

And Andre Kuipers has been selected for a six-month tour of the ISS which he will take up at the end of 2011. Beyond Kuipers, the European schedule is empty.

But Europe has just appointed six new candidates to its astronaut corps. Although the rookies must complete at least three years' basic training before even being considered for a mission, Esa has to plan ahead now to find them rides.

Additional 'room'

Mrs Di Pippo also said Esa was close to an agreement with the Americans on adding an extra European "room" to the International Space Station.

The intention is to leave one of the Multi-Purpose Logistics Modules (MPLMs) at the ISS.

The Italian-built MPLMs are the large cylindrical "packing boxes" put in a shuttle's payload bay when the orbiter flies logistics missions to the orbiting platform. They hold about 7-10 tonnes of supplies.

Once in orbit, the pressurised module is picked up by the shuttle's robotic arm and attached to a station docking port. The astronauts then unload its contents.

Normally, the MPLMs return home immediately with the shuttle, but with the orbiter fleet's retirement, the intention now is to leave the module known as Raffaello in space to provide extra volume.

"It's a great idea," said Mrs Di Pippo. "The issue though is that an MPLM was designed to stay in orbit for 15 days, so we would need to reinforce the protection from meteorites and debris. Nasa wants to consider it mainly as a storage compartment."

This role would allow volume to be freed up elsewhere on the station for science activity, principally in Columbus.

Mrs Di Pippo said she expected European engineers to arrive at Nasa's human spaceflight HQ in Houston, Texas, next month to begin the design work on upgrading Raffaello.

The MPLMs were manufactured by Thales Alenia Space (TAS). Its contribution to the orbiting project has been remarkable: more than half of the pressurised volume on the ISS has come from TAS.

Raffaello, however, will not need to return to Italy for the upgrade; the strengthening work can be done in the US.

Mrs Di Pippo said she hoped the idea could proceed under a barter arrangement with the US, whereby the European work would represent an "in kind payment" to replace equivalent cash purchases Esa currently makes for ISS services provided by the Americans.

"The launch is scheduled for September next year so we need to start work right now," said Mrs Di Pippo.

Jonathan.Amos-INTERNET@bbc.co.uk

http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8226309.stm

[LeandroGCard]

Notícia do Estado de São paulo:

Cientista diz que ISS é necessária para viagem a Marte

Governo dos EUA e cientistas debatem o futuro do programa espacial tripulado do país

Reuters

WASHINGTON - Levar seres humanos a Marte vai exigir pesquisas médicas que só podem ser feitas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) até 2020, disse a principal cientista do programa, apresentando uma perspectiva que Avi cinco anos além do previsto pelo orçamento da Nasa.

Prolongar a vida da ISS, um projeto de US$ 100 bilhões que está quase completo, mais de dez anos depois de ter sido iniciado, foi uma sugestão surpreendente do comitê presidencial formado para revisar o programa de voos espaciais tripulados dos Estados Unidos.

O relatório final do grupo deve ser entregue nesta semana ao presidente Barack Obama, mas o conteúdo exato do trabalho provavelmente só será liberado para o público em meados de setembro.

O comitê concluiu que orçamento anual da Nasa, de US$ 18 bilhões, fica US$ 3 bilhões anuais abaixo do necessário para efetivar o programa Constellation, a alternativa da Nasa para levar astronautas ao espaço depois da aposentadoria dos ônibus espaciais.

"A Nasa precisa da ISS", disse a cientista Julie Robinson. "Uma temporada de seis meses na estação será a melhor analogia que teremos para o voo de seis meses até Marte, no futuro".

A Nasa pretende gastar US$ 2,5 bilhões ao ano em manutenção da ISS até 2015. Mas a previsão de encerramento das atividades da estação apenas cinco anos após a conclusão das obras poderá irritar os parceiros internacionais do projeto.

A ex-astronauta Sally Ride, que faz parte do comitê que analisou o programa espacial, disse o grupo encontrou amplo apoio à ideia de sustentar a ISS para além de 2015. "Não partimos desse ponto", disse ela. "Não achamos que tirar a ISS de órbita em 2016 faça sentido".

A verdade é que a própria ISS, como foi concebida e construída, tinha como objetivo justificar a manutenção dos vôos dos ônibus espaciais, que já se haviam mostrado anti-econômicos para algumas aplicações (lançamento de satélites comerciais) e inviável para outras (exploração da lua e envio de sondas interplanetárias).

Se o objetivo fosse apenas realizar pesquisas médicas ou outras em ambiente de microgravidade o uso de estações menores como as Salyut ou no máximo a Mir já atenderiam, bem como naves menores como a própria Soyuz (que tem um módulo de serviço que permite a instalação de pequenos laboratórios para experiências) e plataformas orbitais automáticas como a SARA (que está sendo desenvolvida pelo INPE). O custo de construção, lançamento e manutenção de facilidades deste tipo seria muito menor que o de montar a ISS.

Mas agora ela já está lá, e o dilema é se vale à pena mantê-la pelo custo estimado de US$ 2,5 bilhões ao ano, ou se este dinheiro poderia ser melhor gasto em naves menores e mais simples (da mesma forma que os foguetes da família Ares valem mais à pena que os ônibus espaciais, mesmo usando um conceito em princípio “menos avançado”). Esta questão ainda está em aberto, e é realmente provável que se mostre mais vantajoso retirá-la de órbita apenas poucos anos após ter sido completada.

Parece que a exploração espacial não é um ramo onde o bom senso seja uma ferramenta de trabalho do dia-à-dia.


Leandro G. Card

[cabeça de martelo]

ares DM1 5-segment booster test

[P44]

India launches seven satellites


India has successfully launched seven satellites in a single mission, nearly a month after the country's inaugural Moon mission was aborted.

The rocket was carrying an Indian remote-sensing satellite and six smaller ones, all of them foreign.
The Indian satellite will help spot fishing zones in the sea by monitoring ocean temperatures.
Observers say India is emerging as a major player in the multi-billion dollar space market.
Wednesday's launch, from the Sriharikota space centre off India's east coast, is being described as another milestone for the country's 46-year-old space programme.
This is the 16th mission for India's Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV) - a seven-storey-high, 230 tonne rocket.
A spokesman for state-run Indian Space Research Organisation (Isro) S Satish told the BBC that the Indian satellite Oceansat-2 is carrying a new instrument which can measure wind speed over the surface of the ocean. He said the device will help track monsoons and cyclones.
The rocket is also carrying six smaller satellites from Germany, Switzerland and Turkey.
Wednesday's launch came as a boost to India's space scientists after the country terminated its inaugural Moon mission last month.
Despite the termination of the mission, Isro chief G Madhavan Nair said that the project was a great success and 95% of its objectives had been completed.
Last year India successfully launched 10 satellites in a single mission, boosting its capabilities in space.
The country started its space programme in 1963, and has since designed, built and launched its own satellites into space.
In 2007, India put an Italian satellite into orbit for a fee of $11m. In January 2008, India successfully launched an Israeli spy satellite into orbit.
Correspondents say that the country is developing its rocket-launching capabilities to reduce its dependence on foreign space agencies, as well as to corner a share of the world's lucrative satellite-launching market.

http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/8270200.stm

[cabeça de martelo]

Lançamento do Soyuz TMA-16

[cabeça de martelo]

Ares I-X

[Grifon]

Nasa lança foguete Ares 1-X com dois dias de atraso
da Folha Online



A Nasa lançou o foguete Ares 1-X nesta quarta-feira (28), depois de múltiplas tentativas e adiamentos no lançamento devido ao mau tempo, nos últimos dois dias.

O foguete decolou às 11h30 --30 minutos antes do prazo final de lançamento, de acordo com a rede de notícias "CNN".

O foguete, de 100 m de altura e pronto para um teste que custará US$ 445 milhões, consiste em dois segmentos, um real e com combustível sólido e outro oco para configurar o tamanho e peso do Ares I real, no qual a Nasa coloca suas esperanças para o transporte de astronautas em baixas órbitas depois da era das naves.

Este experimento é crucial para os planos da Nasa, já que o foguete Ares --que, nesta ocasião, leva uma cabine sem tripulantes-- será utilizado para transportar os astronautas depois que os Estados Unidos derem por terminada a utilização de suas naves espaciais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cien ... 4472.shtml

[Grifon]

Rússia desenvolverá naves espaciais movidas a energia nuclear
da Efe, em Moscou

A Roscosmos, agência espacial russa, anunciou que planeja desenvolver naves espaciais movidas a energia nuclear, a fim de tentar liderar a conquista do Espaço.

"O projeto ajudará a impulsionar a indústria astronáutica nacional e a tecnologia espacial a um nível completamente novo, ultrapassando as descobertas de outros países", afirmou Anatoli Perminov, chefe da Roscosmos, segundo a agência Interfax.

Perminov explicou que as novas naves tripuladas permitirão pôr em prática ambiciosos programas espaciais, agora considerados inalcançáveis, como a prospecção da Lua e de Marte.

O desenho do novo foguete equipado com reatores de geração de energia atômica ficará pronto em 2012, previu Perminov, ao estimar em US$ 580 milhões o investimento necessário para o financiamento do projeto durante os próximos nove anos.

"É um projeto único", ressaltou Perminov, explicando que os reatores utilizados serão muito mais potentes do que os dos satélites soviéticos, que tinham autonomia de um ano.

Especialistas russos em cosmonáutica sustentam que a prospecção de Marte e a instalação de uma base permanente na Lua não será possível para a indústria espacial russa até que esta desenvolva um novo sistema de propulsão e de fornecimento de energia.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, disse hoje que "o projeto é muito sério" e pediu para que o governo "encontre fundos" para financiá-lo.

A partir do momento em que os Estados Unidos aposentarem sua última nave espacial, o que está previsto para 2010, as naves russas Soyuz serão as únicas nas quais será possível viajar para a Estação Espacial Internacional.

Em princípio, a Nasa, agência espacial americana, deve concluir o desenvolvimento de sua nova nave para o final da próxima década.

[Bolovo]

[cabeça de martelo]