Com relação a maconha!
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- Skyway
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Re: Com relação a maconha!
Vixe soultrain, mas tambem não é ao extremo o que eu disse. Não acho que seja uma visão de mundo perfeito, acho que é um caminho longuíssimo para um país, mas que seria muito melhor para todos.
Na verdade essa é a "intenção" de hoje no Brasil...só torco pra que não abandonem, pelo contrário, que apertem mais...muito mais.
Na verdade essa é a "intenção" de hoje no Brasil...só torco pra que não abandonem, pelo contrário, que apertem mais...muito mais.
AD ASTRA PER ASPERA
- soultrain
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Re: Com relação a maconha!
Não não é. o Brasil descriminou as drogas há um ano e tal e isso eu concordo. Atenção descriminalizar, não quer dizer que legalizou, apenas deixou de ser crime.
Um dos motivos que impede alguem de deixar essa porcaria é ser condenado por crimes de consumo, tempo dentro não muda nada a um dependente, pelo contrário.
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Um dos motivos que impede alguem de deixar essa porcaria é ser condenado por crimes de consumo, tempo dentro não muda nada a um dependente, pelo contrário.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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- Carlos Lima
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Re: Com relação a maconha!
Sei lá,
Já tive namorada viciada em vários tipos de drogas e na minha vida conheci (conheço) muitos viciados, ou por conhecer mesmo no dia-a-dia ou por força de trabalhos voluntários.
Eu me considero meio radical em função do que presenciei inclusive tendo que resgatar namorada com overdose quando morava no Rio de Janeiro e tendo que ficar vendo a pobre moça arrasar com a vida dela porque foi 'fraca' o suficiente para ceder a influência de outros "amigos(as)".
Eu acho lamentável o uso de qualquer droga e acho que honestamente não acho que podem ser legalizadas. Acho álcool algo díficil de se lidar e "proibir", mas acho que qualquer inconsequência ou ato ílicito sob influência do alcool tem mais é que ser punido mesmo e com rigor.
Quanto a situação em questão... realmente conversa e acompanhamento psicológico se possível seriam bastante indicados... os motivos pela adesão a um vício podem ser tantos que vão desde a busca por euforia e excitação, ou mesmo depressão (que pode se apresentar em diversos níveis), ou mesmo a influência ou o desejo de inclusão social.
É aquela história de estar em uma festa cheia de gente e se sentir sozinho... de uma maneira ou de outra vários de nós já passaram por isso (eu passei sim), e em momentos assim não é díficil recorrer à drogas como maneira de aliviar "a barra", ou mesmo para poder ser aceito em um grupo.
Eu mesmo passei por diversas situações assim quando me mudei do Brasil (me sentia sozinho demais) e acho que o fato de quando morava no Brasil ter lidado com uma namorada viciada e um tio que adorava de paixão, mas que era alcólatra e morreu em um acidente por conta disso criaram uma certa 'barreira' que me impediram ceder a "pressão" para usar drogas.
No fim é utilizar amor, bom-senso e acompanhamento psicológico contra uma necessidade química que se estabeleceu nessa pessoa... é lamentável e não é fácil, pois abre muitas feridas e nenhum "motivo" pode ser considerado "bobo", pois para o viciado "tudo" importa.
Boa sorte e espero muito mesmo que consigam superar essa situação.
[]s
CB_Lima
Já tive namorada viciada em vários tipos de drogas e na minha vida conheci (conheço) muitos viciados, ou por conhecer mesmo no dia-a-dia ou por força de trabalhos voluntários.
Eu me considero meio radical em função do que presenciei inclusive tendo que resgatar namorada com overdose quando morava no Rio de Janeiro e tendo que ficar vendo a pobre moça arrasar com a vida dela porque foi 'fraca' o suficiente para ceder a influência de outros "amigos(as)".
Eu acho lamentável o uso de qualquer droga e acho que honestamente não acho que podem ser legalizadas. Acho álcool algo díficil de se lidar e "proibir", mas acho que qualquer inconsequência ou ato ílicito sob influência do alcool tem mais é que ser punido mesmo e com rigor.
Quanto a situação em questão... realmente conversa e acompanhamento psicológico se possível seriam bastante indicados... os motivos pela adesão a um vício podem ser tantos que vão desde a busca por euforia e excitação, ou mesmo depressão (que pode se apresentar em diversos níveis), ou mesmo a influência ou o desejo de inclusão social.
É aquela história de estar em uma festa cheia de gente e se sentir sozinho... de uma maneira ou de outra vários de nós já passaram por isso (eu passei sim), e em momentos assim não é díficil recorrer à drogas como maneira de aliviar "a barra", ou mesmo para poder ser aceito em um grupo.
Eu mesmo passei por diversas situações assim quando me mudei do Brasil (me sentia sozinho demais) e acho que o fato de quando morava no Brasil ter lidado com uma namorada viciada e um tio que adorava de paixão, mas que era alcólatra e morreu em um acidente por conta disso criaram uma certa 'barreira' que me impediram ceder a "pressão" para usar drogas.
No fim é utilizar amor, bom-senso e acompanhamento psicológico contra uma necessidade química que se estabeleceu nessa pessoa... é lamentável e não é fácil, pois abre muitas feridas e nenhum "motivo" pode ser considerado "bobo", pois para o viciado "tudo" importa.
Boa sorte e espero muito mesmo que consigam superar essa situação.
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CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
- Skyway
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Re: Com relação a maconha!
Tinha esquecido disso...bom, não concordo com isso.
É uma pena que isso tenha acontecido.
Mas soultrain, não precisa encher prisões com usuários, mas incrimina-los e impor penas para eles, que podem ser desde serviços comunitários, até multas pesadas. São coisas que bem aplicadas causam o choque da lei e não ocupa prisões.
Mas isso é só uma idéia minha.
É uma pena que isso tenha acontecido.
Mas soultrain, não precisa encher prisões com usuários, mas incrimina-los e impor penas para eles, que podem ser desde serviços comunitários, até multas pesadas. São coisas que bem aplicadas causam o choque da lei e não ocupa prisões.
Mas isso é só uma idéia minha.
AD ASTRA PER ASPERA
- Brigadeiro
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Re: Com relação a maconha!
Bem, já trabalhei em casa de recuperação e o que vi lá não é nada bonito. Já vi gente condenado à morte e fugiu, que destruiu o seu patrimônio e de terceiros por conta do vício e até uma criança que vivia pra cima e pra baixo carregando papelotes para ganhar um pouquinho no final do dia. E basicamente, o viciado sempre inicia sua "vereda" usando um meio de "fuga" de seus problemas e dores (influenciado ou não), mas que no final acaba se tornando dependente do produto. Não os vejo como os "prêibóizin", mas de pessoas que sentiram falta de alguma coisa e buscou um "refúgio" nos entorpecentes (uns bebem, outros fumam, outros "pitam uma erva", outros buscam algo mais forte para sumir da realidade). Da mesma maneira o traficante... Pra ele, melhor é ganhar uma grana carregando um fuzil do que ganhar uma "merreca" carregando uma caixa de verdura ou rebocando uma parede (e lá se vai a dignidade embora).
Ao meu ver, a solução não é combater o usuário, mas sim a entrada da droga no Brasil. Policiamento mais ostensivo nas fronteiras, punição mais severa pra quem tenta cortar o país transportando substância entorpecente e quem os produz e o principal: investimento mais pesado em educação, assistência e inclusão social de famílias que moram em regiões de alta vulnerabilidade social. O estado precisa chegar onde a ela não interessa estar, precisa investir, senão o tráfico será o estado de direito deles e a polícia o assassino cruel que sempre chega atirando.
Não adianta prender o playboyzinho de mer#$% ou matar o traficante. Tem que cortar o mal lá na ponta e tomar enfiar a mão no bolso e investir em melhores condições de vida para quem possui pouca oportunidade, fora isso é "chover no molhado". Condições há, o que falta é vontade ou coragem pra peitar os resultados iniciais e plantar a semente para um futuro que será colhido daqui há 20 ou 30 anos...
Até mais!
Ao meu ver, a solução não é combater o usuário, mas sim a entrada da droga no Brasil. Policiamento mais ostensivo nas fronteiras, punição mais severa pra quem tenta cortar o país transportando substância entorpecente e quem os produz e o principal: investimento mais pesado em educação, assistência e inclusão social de famílias que moram em regiões de alta vulnerabilidade social. O estado precisa chegar onde a ela não interessa estar, precisa investir, senão o tráfico será o estado de direito deles e a polícia o assassino cruel que sempre chega atirando.
Não adianta prender o playboyzinho de mer#$% ou matar o traficante. Tem que cortar o mal lá na ponta e tomar enfiar a mão no bolso e investir em melhores condições de vida para quem possui pouca oportunidade, fora isso é "chover no molhado". Condições há, o que falta é vontade ou coragem pra peitar os resultados iniciais e plantar a semente para um futuro que será colhido daqui há 20 ou 30 anos...
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Thiago
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"O respeito e a educação são garantia de uma boa discussão. Só depende de você!"
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- soultrain
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Re: Com relação a maconha!
Skyway,
Um dependente não vai fazer trabalho comunitário, a não ser que ganhe bom dinheiro para fazer a dose, não tem dinheiro para pagar multas etc.
Fui voluntário num centro de recuperação de toxicodependentes durante uns anos, a minha experiência é a minha experiência, não quer dizer que eu tenha a verdade, mas pelo que vi não dá e vi muita coisa má, mas também vi muita coisa boa, vi muitos milagres, muitas transformações, muitos re-começos de vida, que entretanto deram muitas outras vidas.
Embora haja muita polémica e muita mentira e deturpação nos media do programa Holandês, eu acho que tem méritos. Se fosse seguido por todos os países do mundo, eu acredito que acabava o flagelo, infelizmente o mundo não é perfeito.
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Um dependente não vai fazer trabalho comunitário, a não ser que ganhe bom dinheiro para fazer a dose, não tem dinheiro para pagar multas etc.
Fui voluntário num centro de recuperação de toxicodependentes durante uns anos, a minha experiência é a minha experiência, não quer dizer que eu tenha a verdade, mas pelo que vi não dá e vi muita coisa má, mas também vi muita coisa boa, vi muitos milagres, muitas transformações, muitos re-começos de vida, que entretanto deram muitas outras vidas.
Embora haja muita polémica e muita mentira e deturpação nos media do programa Holandês, eu acho que tem méritos. Se fosse seguido por todos os países do mundo, eu acredito que acabava o flagelo, infelizmente o mundo não é perfeito.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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- soultrain
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Re: Com relação a maconha!
Concordo.Brigadeiro escreveu:Bem, já trabalhei em casa de recuperação e o que vi lá não é nada bonito. Já vi gente condenado à morte e fugiu, que destruiu o seu patrimônio e de terceiros por conta do vício e até uma criança que vivia pra cima e pra baixo carregando papelotes para ganhar um pouquinho no final do dia. E basicamente, o viciado sempre inicia sua "vereda" usando um meio de "fuga" de seus problemas e dores (influenciado ou não), mas que no final acaba se tornando dependente do produto. Não os vejo como os "prêibóizin", mas de pessoas que sentiram falta de alguma coisa e buscou um "refúgio" nos entorpecentes (uns bebem, outros fumam, outros "pitam uma erva", outros buscam algo mais forte para sumir da realidade). Da mesma maneira o traficante... Pra ele, melhor é ganhar uma grana carregando um fuzil do que ganhar uma "merreca" carregando uma caixa de verdura ou rebocando uma parede (e lá se vai a dignidade embora).
Ao meu ver, a solução não é combater o usuário, mas sim a entrada da droga no Brasil. Policiamento mais ostensivo nas fronteiras, punição mais severa pra quem tenta cortar o país transportando substância entorpecente e quem os produz e o principal: investimento mais pesado em educação, assistência e inclusão social de famílias que moram em regiões de alta vulnerabilidade social. O estado precisa chegar onde a ela não interessa estar, precisa investir, senão o tráfico será o estado de direito deles e a polícia o assassino cruel que sempre chega atirando.
Não adianta prender o playboyzinho de mer#$% ou matar o traficante. Tem que cortar o mal lá na ponta e tomar enfiar a mão no bolso e investir em melhores condições de vida para quem possui pouca oportunidade, fora isso é "chover no molhado". Condições há, o que falta é vontade ou coragem pra peitar os resultados iniciais e plantar a semente para um futuro que será colhido daqui há 20 ou 30 anos...
Até mais!
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Re: Com relação a maconha!
Muito bem, muito bons os argumentos dos meus amigos, corretíssimos. Mas e os resultados????
Eu conheço um lugar em que impera a lei do cão. Qualquer um com qualquer tipo de envolvimento está pedindo para morrer, só isso.
É cruel, é a barbárie, é isso e aquilo, mas num Rio de Janeiro tomado pelo tumor maligno das drogas, essa política criou algumas ilhas de tranquilidade.
Onde não há consumidor de qualquer tipo não há traficante. Não havendo traficante não há armas, não são necessários os roubos de carro e motos para formar "bondes" e operacionalizar a venda das drogas. A polícia perde uma fonte de atração corruptora muito forte ( e fácil), pois no Rio só alienado não sabe que a polícia leva arrego, e muito.
Mais uma vez, é triste, é cruel, mas funciona.
Eu conheço um lugar em que impera a lei do cão. Qualquer um com qualquer tipo de envolvimento está pedindo para morrer, só isso.
É cruel, é a barbárie, é isso e aquilo, mas num Rio de Janeiro tomado pelo tumor maligno das drogas, essa política criou algumas ilhas de tranquilidade.
Onde não há consumidor de qualquer tipo não há traficante. Não havendo traficante não há armas, não são necessários os roubos de carro e motos para formar "bondes" e operacionalizar a venda das drogas. A polícia perde uma fonte de atração corruptora muito forte ( e fácil), pois no Rio só alienado não sabe que a polícia leva arrego, e muito.
Mais uma vez, é triste, é cruel, mas funciona.
- soultrain
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Re: Com relação a maconha!
Segundo o seu argumento CM, é liberalizar tudo e "nacionalizar" o trafego. Acaba com tiros roubos, traficantes, corrupção... tudo.
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Re: Com relação a maconha!
Muito pelo contrário, é radicalizar em cima de tudo o que se relacione a drogas. A droga deveria ter o espectro da morte nela, mas de maneira imediata e palpável, não alguma coisa para o futuro.
Estou falando das milícias. Onde tiraram as milícias, o local virou um inferno, sabe porquê? O Tráfico voltou, com tudo o mais que vem junto.
Estou falando das milícias. Onde tiraram as milícias, o local virou um inferno, sabe porquê? O Tráfico voltou, com tudo o mais que vem junto.
- Skyway
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Re: Com relação a maconha!
Concordo.
É lenha em tudo relacionado a drogas. Tem que colocar ela com a pior imagem possível.
É lenha em tudo relacionado a drogas. Tem que colocar ela com a pior imagem possível.
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: Com relação a maconha!
Texto interessante de um blog.
A legalização das drogas: só a ponta de um problema
Insano Alemos
21/08/2007
Qualquer um de nós com um mínimo de convivência social já deve ter participado de uma discussão sobre a legalização das drogas. A última que participei aconteceu no mais representativo reduto intelectual no Brasil: a mesa de um bar. Lá pelas tantas, um dos indivíduos com quem eu debatia soltou a seguinte frase: “Isso não importa! Eu ACHO que tem que legalizar.” Para mim, o debate acabou ali. Na faculdade, meu professor de Direito Privado I já dizia: “Achar, você acha sentado num buteco, aqui você tem que argumentar com fundamentos”. Pronto. Ali onde eu estava era livre o exercício do Achismo.
Mas não o culpo por essa “opinião”. Defender a legalização das drogas com raciocínio sólido é tarefa árdua.
Antes de iniciar a minha argumentação contra a descriminalização das drogas, quero avisar que nem sequer considero qualquer argumento pró-legalização da cocaína, heroína e crack. Nesse tipo de debate eu não meto o nariz, me “cheira” a pura apologia ao vicio.
Um dos principais argumentos dos defensores da legalização é que ela reduziria a violência e os crimes hoje relacionados ao tráfico. Tá bom! Vou fingir que acredito nisso só para que o texto não acabe aqui. Primeiro, o grande problema desencadeador de toda a violência e de toda onda de crimes relacionados com as drogas concerne, fundamentalmente, a sua obtenção. Ou melhor, à obtenção de recursos que proporcionarão o acesso às drogas. As drogas têm um custo. Um custo imediato que é traduzido em pecúnia, e outro mediato, que é a vida do usuário e a degradação de sua família. Desta forma, mesmo com a legalização, as pessoas continuarão a matar, a roubar, a furtar e a praticar toda a espécie de crimes para poder obter o objeto estupefaciente de seu agrado - não importa se na boca de fumo da favela ou na Drogaria Araújo.
Segundo, se uma lei transforma a venda e o uso de determinada droga, atualmente ilícita, em uma mera questão administrativa (Onde usar? Quem pode vender?), essa atividade deixa de ser um delito abrangido pelo Código Penal. Portanto, todo sujeito condenado por crimes relacionados ao tráfico de drogas teria que ser anistiado. É o abolitio criminis. A lei posterior mais benéfica retroage beneficiando o réu. Essa é uma idéia excelente! Não sei porque nunca pensei nisso antes! Vamos, de uma só vez, reduzir consideravelmente a população carcerária e de quebra, colocar na rua um batalhão de elementos da mais alta periculosidade, com um know-how invejável na arte de produzir e vender tóxicos. Garanto que vão abrir até um curso profissionalizante no SENAI.
Outra concepção genial da turminha da legalização “consciente” (sic) é a idéia de que proibição gera máfia. Para perceber que se trata de uma mentira, não é difícil. Basta pegar como exemplo o cigarro. O mercado ilegal de cigarros representa cerca de um terço dos maços que circulam anualmente no Brasil. Causa um prejuízo de R$ 1,3 bilhões aos cofres públicos, de acordo com a Receita Federal. Essas informações não surgiram do nada, estão no site do Ministério da Justiça. Mas pôxa, cigarro é legalizado, porque um sujeito atravessaria a ponte da amizade com caixotes de Carlton com gosto de pólvora se ele pode abrir uma empresa aqui no Brasil e revender os originais licitamente? Porque ninguém quer pagar esses impostos abusivos! Ou porque malandro é malandro, e ponto! Afinal, o importante é levar vantagem em tudo, como já diria Gérson numa famosa propaganda de… cigarros!
Chegamos então num estágio que o defensor da legalização, quase que numa crise de abstinência argumentativa, parte para o desespero e começa a comparar as drogas lícitas com as ilícitas. Comparar a nicotina de um cigarro com qualquer substância ativa de outra droga é atestado de burrice. O cigarro não provoca alteração de consciência, não reduz sua capacidade de reflexo, não impossibilita de exercer suas atividades rotineiras normalmente e não faz ninguém matar, roubar ou se prostituir durante uma crise de abstinência. Apesar disso, a campanha anti-tabagista é de fazer inveja até em Joseph Goebbels.
É ai então que o leitor que se deu o trabalho de chegar até essa linha vai me perguntar: mas o consumo de álcool não produz alteração de consciência e diminuição do reflexo? Eu digo sim. Então o álcool poderia ser comparado à outra droga ilícita, como por exemplo, a maconha? Sim. Pronto. Basta isso, e o sujeito já abriu o champanhe e colocou o “Tema da Vitória” pra tocar na vitrola! Essa linha de argumento é a preferida por aqueles que defendem o uso legalizado da maconha.
O mais estranho é que a maioria dos indivíduos que alardeiam o caráter prejudicial do álcool, sua influência rotineira em acidentes de carro, em brigas de família e em confusões nos estádios fazem disso argumento para promover a legalização da maconha. Ou seja, em vez de pensar que essas condutas são reflexos de um uso exagerado de bebida, de uma predisposição genética e da falta de perspectivas e valores na sociedade atual, o sujeito acredita ser isso uma justificativa hipócrita da sociedade para reprimir o uso do “cigarrinho do capeta”. É a famosa filosofia “O que é um peido para quem já está cagado?”.
Mas como eu disse, isso é só a ponta de um problema maior. E esse problema é a inversão dos valores e a manipulação da consciência. O mundo agora é dividido em dois blocos: os progressistas, que se julgam donos das idéias libertadoras e defensores da autonomia humana, e os conservadores/reacionários que, com as suas mentes “quadradas”, querem a redução da humanidade a um rebanho guiado pelos princípios morais de 2.000 anos atrás.
Essa idéia é o supra-sumo do maniqueísmo. Basta ver qual grupo defende a adoção da toxicomania como filosofia de vida. É só ver qual dos dois quadros do debate sobre as drogas representa a supressão da autonomia do individuo e a sua completa alienação. Seriam os que enaltecem as drogas ou os que tentam reprimi-las?
*****
NOTA: Já cansei de ouvir falar do exemplo que a Holanda dá em termos de legalização de drogas. Mau exemplo, eu quero dizer. Não satisfeita em já estar situada abaixo do nível do mar, a Holanda faz questão de “afundar” mais ainda em outros aspectos. Li, recentemente, no site Yahoo!, a noticia com o seguinte titulo: Polícia Holandesa detêm homem por estuprar ovelha. A notícia não possui apenas uma manchete bizarra. Juridicamente é impossível você estuprar uma ovelha. Estupro é conjunção carnal obtida por meios violentos entre um homem e uma mulher, apenas. Mas o melhor estava no texto: “A Polícia tenta agora determinar se a ovelha sentiu dores durante o ato, já que na Holanda o bestialismo só é punido quando se pode comprovar que o animal sofreu, informou a agência holandesa “ANP”.” Hahaha! Quem vai determinar isso, um veterinário ou eles têm um psicólogo para bovídeos lá?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- soultrain
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Re: Com relação a maconha!
Tulio,
O tipo que escreveu esse texto, comete vários erros para defender a sua tese.
1º Quando as drogas são liberalizadas, as drogas duras são receitadas pelo médico e portanto não têm o tal "custo", ou seja é uma prescrição para uma doença. Isso só é conseguido com uma repressão muito forte do consumo e tráfico e um bom sistema de saúde. O argumento da continuação do crime e do cigarro acabou.
2º Quando se legaliza, a lei é retroactiva para traficantes???? De onde é que ele tirou esta pérola? O tráfico continua a ser um crime punido severamente.
3º "O mais estranho é que a maioria dos indivíduos que alardeiam o caráter prejudicial do álcool, sua influência rotineira em acidentes de carro, em brigas de família e em confusões nos estádios" esta para mim foi a mais engraçada ao tentar passar um pano à droga mais acessivel e que mais mata e destroi seres humanos no mundo.
4º Chegamos então num estágio que o defensor da legalização, quase que numa crise de abstinência argumentativa, parte para o desespero e começa a comparar as drogas lícitas com as ilícitas. Comparar a nicotina de um cigarro com qualquer substância ativa de outra droga é atestado de burrice. O cigarro não provoca alteração de consciência, não reduz sua capacidade de reflexo, não impossibilita de exercer suas atividades rotineiras normalmente e não faz ninguém matar, roubar ou se prostituir durante uma crise de abstinência. Apesar disso, a campanha anti-tabagista é de fazer inveja até em Joseph Goebbels.
Este senhor, talvez por ignorância, não sabe que a nicotina vicia mais que a heroina, a abstinência altera imensamente mais que a macanhona, que a nicotina mata mais que muitas drogas, a diferença é que mata devagar, demora anos a fazer o seu trabalho.
5º O ultimo argumento, é surreal, talvez seja melhor procurar a noticia original e não o que esse belo reporter traduziu e alterou a noticia.
Nem sei porque perdi o meu tempo a ler isto, “Achar, você acha sentado num buteco, aqui você tem que argumentar com fundamentos”, foi exactamente o que ele fez, manipulando a informação. Não sabe não fala.
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O tipo que escreveu esse texto, comete vários erros para defender a sua tese.
1º Quando as drogas são liberalizadas, as drogas duras são receitadas pelo médico e portanto não têm o tal "custo", ou seja é uma prescrição para uma doença. Isso só é conseguido com uma repressão muito forte do consumo e tráfico e um bom sistema de saúde. O argumento da continuação do crime e do cigarro acabou.
2º Quando se legaliza, a lei é retroactiva para traficantes???? De onde é que ele tirou esta pérola? O tráfico continua a ser um crime punido severamente.
3º "O mais estranho é que a maioria dos indivíduos que alardeiam o caráter prejudicial do álcool, sua influência rotineira em acidentes de carro, em brigas de família e em confusões nos estádios" esta para mim foi a mais engraçada ao tentar passar um pano à droga mais acessivel e que mais mata e destroi seres humanos no mundo.
4º Chegamos então num estágio que o defensor da legalização, quase que numa crise de abstinência argumentativa, parte para o desespero e começa a comparar as drogas lícitas com as ilícitas. Comparar a nicotina de um cigarro com qualquer substância ativa de outra droga é atestado de burrice. O cigarro não provoca alteração de consciência, não reduz sua capacidade de reflexo, não impossibilita de exercer suas atividades rotineiras normalmente e não faz ninguém matar, roubar ou se prostituir durante uma crise de abstinência. Apesar disso, a campanha anti-tabagista é de fazer inveja até em Joseph Goebbels.
Este senhor, talvez por ignorância, não sabe que a nicotina vicia mais que a heroina, a abstinência altera imensamente mais que a macanhona, que a nicotina mata mais que muitas drogas, a diferença é que mata devagar, demora anos a fazer o seu trabalho.
5º O ultimo argumento, é surreal, talvez seja melhor procurar a noticia original e não o que esse belo reporter traduziu e alterou a noticia.
Nem sei porque perdi o meu tempo a ler isto, “Achar, você acha sentado num buteco, aqui você tem que argumentar com fundamentos”, foi exactamente o que ele fez, manipulando a informação. Não sabe não fala.
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- Rui Elias Maltez
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Re: Com relação a maconha!
Eu acredito que a legalização das drogas leves, como já o é o álcool, acabará com muito do tráfico clandestino, das redes de criminosos, de traficantes, e dos problemas daí decorrentes.
Lembram da "lei seca" americana nos anos 30, nos EUA:
Resultou em redes de contrabandistas e vendedores/traficantes de álcool, porque a toma de bebida alcoóloca está enraizada na nossa cultura.
Se formos ao Iemen, eles acharão bizarro nós bebernos cerveja, vinho e bebidas destiladas, mas passam o tempo todo, socialmente a mascar Cat, que é uma erva opiácea, e em Marrocos é tão vulgar encontrar um velhinho na aldeia a fumar um charrro como em Portugal num tasco de aldeia os velhotes e jovens beberem cerveja.
Ou seja, a lei tem que se adaptar à cultura dos povos.
Em Portugal e no Brasil não há redes de trafico de álcool, mas há de drogas, mesmo as leves, como as há em Portugal, com toda a criminalidade daí decorrente.
O único perigo está exactamente aí:
É que com a ilegalidade e condenação social de quem fuma erva ou haxixe, essas pessoas acabam por ser empurarradas para ambientes "alternativos", e potencialmente perigosos, vão ter com traficantes de rua para comprar ou nas discotecas, compram anda as drogas da moda como o Extasy, que literalmente frita o cérebro, e podem entrar facilmente em contactos com alguem que numa festa ou rave lhes proponha a venda de cocaína ou heroína, e aí, e a pessoa experimenta 1, 2, 3 vezes, e lhe sabe bem, depois não consegue largar mais o vício.
Daí, como na minha primeira intervenção, antes da barracada das suspensões, eu defendo que um jovem deve estar sempre muito enquadrado familiarmente, os pais devem compreender o que se passa, acompanhar o tipo de companhias que o jovem tem, como se divertem, mas sem ser opressor, poruqe isso pode dar um resultado inverso, e o jovem entrar para as chamadas tribos urbanas, onde as drogas podem existir.
Lembram da "lei seca" americana nos anos 30, nos EUA:
Resultou em redes de contrabandistas e vendedores/traficantes de álcool, porque a toma de bebida alcoóloca está enraizada na nossa cultura.
Se formos ao Iemen, eles acharão bizarro nós bebernos cerveja, vinho e bebidas destiladas, mas passam o tempo todo, socialmente a mascar Cat, que é uma erva opiácea, e em Marrocos é tão vulgar encontrar um velhinho na aldeia a fumar um charrro como em Portugal num tasco de aldeia os velhotes e jovens beberem cerveja.
Ou seja, a lei tem que se adaptar à cultura dos povos.
Em Portugal e no Brasil não há redes de trafico de álcool, mas há de drogas, mesmo as leves, como as há em Portugal, com toda a criminalidade daí decorrente.
O único perigo está exactamente aí:
É que com a ilegalidade e condenação social de quem fuma erva ou haxixe, essas pessoas acabam por ser empurarradas para ambientes "alternativos", e potencialmente perigosos, vão ter com traficantes de rua para comprar ou nas discotecas, compram anda as drogas da moda como o Extasy, que literalmente frita o cérebro, e podem entrar facilmente em contactos com alguem que numa festa ou rave lhes proponha a venda de cocaína ou heroína, e aí, e a pessoa experimenta 1, 2, 3 vezes, e lhe sabe bem, depois não consegue largar mais o vício.
Daí, como na minha primeira intervenção, antes da barracada das suspensões, eu defendo que um jovem deve estar sempre muito enquadrado familiarmente, os pais devem compreender o que se passa, acompanhar o tipo de companhias que o jovem tem, como se divertem, mas sem ser opressor, poruqe isso pode dar um resultado inverso, e o jovem entrar para as chamadas tribos urbanas, onde as drogas podem existir.
- Skyway
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Re: Com relação a maconha!
Vocês vivem em Portugal...Sem querer ser desrespeitoso ou algo do gênero, vocês deviam viver um pouco aqui no Rio par ver a merda generalizada que seria a legalização disso.
Já ter que conviver com isso onde você vai, nas festas que frequenta...me embrulha os estomago pensar em conviver com isso a luz do dia em qualquer lugar da cidade, até em restaurantes, agências bancárias...Deus me Livre!
Deus me livre de andar em um parque curtindo o dia e ter que sentir o cheiro nojento dessa merda.
O Alcool mata muita gente, mas por que é de facil acesso e é liberada, agora imaginem nós, pessoas sem vícios ter que andar nas ruas com atenção redobrada, por que alem do risco de um motorista bêbado aparecer, pode agora aparecer motoristas drogados...
Eu só acho que não somos tão incapazes assim de banir algum vício da sociedade, acho que não somos tão fracos como humanos a ponto de aceitar e legalizar todo vício que aparece por incapacidade de sumir com ele.
Já ter que conviver com isso onde você vai, nas festas que frequenta...me embrulha os estomago pensar em conviver com isso a luz do dia em qualquer lugar da cidade, até em restaurantes, agências bancárias...Deus me Livre!
Deus me livre de andar em um parque curtindo o dia e ter que sentir o cheiro nojento dessa merda.
O Alcool mata muita gente, mas por que é de facil acesso e é liberada, agora imaginem nós, pessoas sem vícios ter que andar nas ruas com atenção redobrada, por que alem do risco de um motorista bêbado aparecer, pode agora aparecer motoristas drogados...
Eu só acho que não somos tão incapazes assim de banir algum vício da sociedade, acho que não somos tão fracos como humanos a ponto de aceitar e legalizar todo vício que aparece por incapacidade de sumir com ele.
AD ASTRA PER ASPERA