Star Trek + Ficção Científica

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Alcantara
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Re: Star Trek

#46 Mensagem por Alcantara » Qua Out 22, 2008 11:35 am

Melhor renomear o tópico para "Ficção Científica", de tão variado que está agora, rsrsrrss... :lol:


Abraços!!! 8-]




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Re: Star Trek

#47 Mensagem por Paisano » Qua Out 22, 2008 12:42 pm

Alcantara escreveu:Melhor renomear o tópico para "Ficção Científica", de tão variado que está agora, rsrsrrss... :lol:


Abraços!!! 8-]
:wink:




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Re: Ficção Científica

#48 Mensagem por P44 » Qua Out 22, 2008 1:10 pm

podias ter deixado "Star Trek+Ficção cientifica" , em homenagem á tua série favorita, grande madeirense 8-]




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Re: Ficção Científica

#49 Mensagem por Paisano » Qua Out 22, 2008 1:31 pm

P44 escreveu:podias ter deixado "Star Trek+Ficção cientifica" , em homenagem á tua série favorita, grande madeirense 8-]
Gostei. :D




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#50 Mensagem por LeandroGCard » Qua Out 22, 2008 2:06 pm

Segue mais um conto.

Já aviso que este é extremamente alucinado, mas vamos ver se alguém entende.
GUARDIÃO


O silêncio continuava como sempre o fôra desde o princípio, tranquilo, monótono e desapercebido, pois ele não estava ali. Embora pudesse estar, em um instante qualquer, no próximo não haveria como medir sua distância ao Viajante, de forma que ele jamais precisaria entediar-se com o constante e eterno vazio.

Havia, há dois decaimentos do isótopo de tório, retornado ao Viajante, e experimentado novamente a sensação de ser matéria, evocando reminiscências de uma era agora longínqua, quando do início da exploração das estrelas mais próximas ao seu mundo natal. Tais estrelas já há muito haviam deixado de existir, mas ele ainda existia e continuaria existindo até conhecer a eternidade.

No Viajante ele verificara controles e acionara comandos, alterando o rumo de sua cela, diminuta quando comparada à vastidão do nada que a cercava. E embora houvesse utilizado meios físicos para isto, ele também poderia tê-lo feito através do pensamento, penetrando nos controles, e então ele não mais comandaria e sim faria, pois ele seria o Viajante.

Nesta ocasião ele havia observado o vácuo, e verificado que este se achava inundado de luz. Um dantesco olho incandescente tingia de branco o negro aveludado do espaço, maravilhando olhos que o observavam a milhões de pasercs dali. Um quasar em plena atividade, expelindo do incompreensível matéria e energia num turbilhão gigantesco que ofuscava até mesmo o brilho das galáxias. O nascimento de miríades de futuros sistemas estelares, no maior dos espetáculos da gênese cósmica.

Mas ele desviara o Viajante. Embora algum dia aqueles conjuntos de gases e partículas aquecidos pudessem vir a ter condições de justificar a sua própria existência como guardião cósmico, no momento apenas matéria inerte era expelida dali, e nada havia que pudesse interessá-lo. Na verdade ele queria que aquilo continuasse acontecendo, pois era parte da harmonia da criação e contribuía para a própria perfeição universal, mas naquele momento nada o retinha ali, e por isto ele partiu.

O Viajante começou a afastar-se daquele ponto da imensidão e sua presença a bordo deixou de ser necessária. Assim sendo ele o abandonou, retornando ao seu lar real, o nada. E voltou então à sua eterna tarefa de observar o imperscrutável. Embora não pudesse enxergar, ele podia ver, e mesmo sem poder escutar, ele podia ouvir, pois possuía um único sentido que era muito mais completo que todos os sentidos das diversas raças materiais que habitam as galáxias. Ele podia sentir, através do tudo e do nada, livre da incômoda interferência da distância, o que quer que fosse e em qualquer lugar onde sua vontade o desejasse. Esta percepção dava-lhe o conhecimento imediato de tudo aquilo que o interessasse, e era uma característica somente reservada aos que, como ele, aproximavam-se dos deuses.

E ele observava, pois isto era parte de sua função. Durante uma pequena eternidade ele sentiu o cosmo, em sua lenta caminhada rumo ao desconhecido. Neste lapso de tempo ele pode contar inúmeros decaimentos do isótopo de rádio, assim como o nascimento de miríades de átomos de hélio em seu berço, no âmago das estrelas. Assistiu à queda de uma fantástica flor negra sobre o lodo que cobria suas raízes, e viu os vermes que sofregamente a devoraram, rejubilando-se com sua sorte. Admirou o céu violáceo de um mundo de carbono riscado por velocíssimos bólidos que produziam brilhantes esteiras esverdeadas. Participou do suspiro de multidões que absorviam seu primeiro, mais um ou seu último trago de oxigênio, amônia, metano ou qualquer outra substância vital. Em toda sua plenitude o universo seguia seu curso, e ele o observava.

Repentinamente, porém, algo chamou sua atenção. Em algum lugar do ilimitado o equilíbrio do cosmo estava sendo ameaçado por uma força transformadora, e a própria harmonia universal encontrava-se ameaçada. A presença do guardião cósmico era, mais uma vez, necessária.

E isto o despertou de seu leito de estrelas, lançando-o novamente na pista de um objetivo. Ele retornou ao Viajante, fundindo-se com ele, e tomou então o rumo que o levaria ao ponto do espaço onde deveria agir, desenvolvendo uma velocidade espantosa e em uma trajetória aparentemente inconsequente, atravessando planetas, estrelas e núcleos galácticos paradoxalmente sem interagir com eles. Pois embora fosse matéria, o Viajante era o fruto máximo de uma tecnologia que já atingira o último estágio de desenvolvimento, impulsionada por uma inteligência para quem, agora, os milagres eram a maneira natural de fazer. Sob o signo de tal avanço a nave zombava das restrições ordinárias da física, e dirigia-se ao seu objetivo milhões de vezes mais veloz do que a luz.

Apesar disto, entretanto, a travessia da incomensurável distância que o separava do fim de sua busca demandaria algum tempo, um bilionésimo de segundo ou um milhão de anos, não importa, mas tempo. E ele decidiu não esperar. Novamente abandonou sua cela, e imediatamente atingiu seu objetivo. Agora o viajante estava a caminho, e chegaria após algum intervalo, mas ele já estava lá, e embora não pudesse agir, observava. E em um período orbital do elétron de hidrogênio descobriu a causa do desequilíbrio.

Seu objetivo era um pequeno sistema solar imerso em uma minúscula galáxia esférica. Um sol da classe F iluminava e aquecia cinco planetas dos quais o quarto era o mais importante, pois neste vibrava uma estranha combinação de matéria e energia que é muito mais do que a soma de suas partes. Uma pulsação complexa e magnífica, em uma infinidade de formas, todas iguais em sua essência. A vida manifestava-se ali.

Mas a vida em si não podia ser a causa da desarmonia que ameaçava aquele átomo da eternidade, pois ela própria é uma parte constituinte da ordem universal e por isto incapaz de desafiar o todo. Tinha que haver algo mais. Algo que está acima da própria estrutura do espaço, embora irremediavelmente ligado a ela. Uma entidade diferenciada e rebelde, capaz de romper com todas as barreiras e desafiar todas as leis, em uma eterna busca do inatingível, irrequieta, atuando de forma tão intensa que põem em risco sua própria estabilidade. A razão de ser de todo o universo, o objetivo final da criação, para quem as estrelas brilham maternalmente e o próprio espaço abranda-se respeitoso. Ali existia a inteligência!

O quarto planeta daquele sistema solar, uma ínfima esfera rochosa coberta por delgada camada de voláteis, aproveitara a energia doada por sua estrela mãe para alimentar a vida em seu seio, e esta vida gerara uma raça pensante! Porém, embora esta raça possuísse uma inteligência real, ela ainda dava seus primeiros passos sobre aquele mundo, acabada apenas de despertar, e não descobrira sequer a si própria, não interferindo portanto sobre o meio que a cercava. Ela não poderia ser a causa do desequilíbrio que atraíra para ali o guardião cósmico. Existia ainda algo mais.

A inteligência nativa não era a única que estava presente. Dezenas de invólucros metálicos, impulsionados por feixes de luz, transportavam em suas entranhas seres oriundos de outras paragens que embora muito próximas não eram ali. Astronaves, similares às que singravam o nada há bilhões de anos atrás e que se tornaram as ancestrais longínquas do Viajante, traziam para aquele conjunto de esferas criaturas que não deviam sua existência à luz emanada do pequeno sol que agora visitavam. Exploradores do universo, iniciando o longo caminho que os levaria ao mundo dos superiores e dos guardiões. Inteligências capazes de desafiar o criador, buscando seu próprio caminho entre a infinidade de lumes que clareiam o negrume eterno do firmamento.

Eram estes os causadores da desarmonia, as entidades que punham em xeque a perfeição do todo cósmico, atrevendo-se a alterar o que fora determinado pelo próprio senhor do universo! E era para anular o mal que causavam que o guardião deveria agir.

Penetrando em seus corpos, o imortal tocou as mentes daqueles seres e absorveu delas o conhecimento do que desejavam ali. E o que eles queriam não era bom.

Não era a primeira vez que uma parte daquela inteligência, um indivíduo daquela raça, aproximava-se daqueles mundos. Outros já o haviam feito antes, e regressaram ao seu próprio planeta com idéias de expansão e domínio. Eles conheceram a quarta esfera, os gases que a envolviam e o pó que a cobria, e gostaram dela. Sonharam em fazer de sua superfície um novo lar para os que no futuro levariam seus genes, e estender sua inteligência também àquele sistema, como já o haviam feito a outros anteriormente. Mas havia um obstáculo à sua sede de expansão. A vida daquele mundo lhes era hostil, por não querer dividir seu ninho com estranhos vindos de fora. Os seres que possuíam olhos haviam olhado para os visitantes com sentimentos mesclados de medo e ódio, impotentes para expulsá-los de volta para o firmamento. Os conquistadores por sua vez perceberam a animosidade, e desprezaram os que os odiavam. O conflito começou ali. A inteligência nativa não mais teria a chance de utilizar a si própria, e quedaria muda até que os invasores partissem de volta para o ilimitado, impulsionados por sua própria evolução técnica e espiritual.

Só então o desenvolvimento da mente ainda primitiva dos seres daquele planeta seria retomado, e tudo seguiria seu curso normal... por algum tempo!

Aquela esfera não fôra sempre o que era agora, e isto perderia a inteligência que ela criara. Ao nascer aquele sistema a luz central, que iluminava e aquecia as demais massas ordenadas, havia-se preparado para arder por três bilhões de anos, e este era o prazo dado aos planetas para completarem o seu destino. Para estes entretanto o criador havia reservado uma estranha peculiaridade.

A nuvem inicial, mãe de estrela e planetas que gerara aquela dança de esferas, nascera por sua vez rica em átomos radioativos, que foram alimentar os mundos em formação dando-lhes características inóspitas. Durante muitas eras as forças da natureza seguiram seu curso, e a radiação excessiva daquele ambiente destruía ainda no nascedouro as obras da química planetária pré-biótica. Até que um dia o nível da nefanda radiação baixou a valores toleráveis e um dos pequenos mundos reuniu então condições para iniciar o desfile da vida.

E dois bilhões de anos haviam-se passado!

A vida então apressara sua evolução, como se soubesse do atraso que a ela fôra imposto pela natureza, e no tempo que lhe restava alcançou a inteligência. Mas o ciclo não tinha aí o seu fim. Era necessário que a inteligência florescesse, reinasse sobre o seu mundo e sobre outros mundos, até atingir a maturidade e prescindir da matéria, nascendo para o universo dos superiores e dos guardiões. E não haveria tempo para que isto ocorresse, pois embora o espírito dotado de pensamentos aperfeiçoe-se velozmente, tornando seu trajeto mensurável na ínfima escala dos milhares de anos, mesmo este lapso é longo demais para um sol impaciente, que anseia por passar a uma nova e derradeira fase de esplendor. Com a invasão daquela esfera por alienígenas, o intervalo necessário para que o ciclo se completasse teria que alcançar o tempo de vida de uma estrela supergigante azul, e muito antes disto aquele sol começaria a morrer, crescendo inexoravelmente até engolir seu precioso companheiro vivo, revertendo-o à matéria original.

E era por isto que o guardião cósmico tinha que agir. A inteligência já nascida não poderia perecer, a menos que toda a harmonia universal pudesse ser desafiada e vencida. Para defendê-la o guardião cósmico existia, pois ele havia escolhido assim, e cumpriria agora a sua função. Ele já sabia que sua tarefa seria complexa, pois conhecia os limites até onde poderia utilizar o seu poder. Embora fossem a causa do desequilíbrio que atraíra o imortal para aquele átomo da eternidade, os entes que haviam-se lançado às estrelas há pouco tempo não poderiam sofrer nenhuma interferência nos seus desígnios, pois eles mesmos tinham uma evolução à completar, e a ação do guardião não deveria retardá-los sob pena de criar uma nova desarmonia. O planeta ameaçado não seria tocado. O imortal agiria sobre o próprio sol!

Estava tudo já decidido, mas o guardião ainda esperava, pois ele precisava do viajante. Perscrutou então o ilimitado, em busca de sua cela, e antes mesmo que um isótopo de urânio tivesse tempo de decair sentiu a presença de sua metade material, da máquina fantástica que o ligava à estrutura espaço-temporal do universo. O viajante aproximava-se velozmente.

O guardião partiu então ao seu encontro, e penetrou em seu interior sem no entanto tornar-se um só com ele. Em três decaimentos do isótopo de plutônio ele acionou os comandos necessários, parando sua cela instantaneamente no nada, às portas do seu sistema de destino. Dali ele já poderia atuar, através de sua cela, e foi isto que ele fez.

Obedecendo a forças somente conhecidas dos que já não possuem um corpo físico, núcleos de hélio já formados no interior da esfera flamejante começaram a fundir-se, gerando partículas mais e mais pesadas. A energia irradiada foi convencida a jorrar para o interior da massa de plasma auxiliando o processo de fusão, formando núcleos ainda mais pesados, para além do limite do ferro. Desta forma a energia foi absorvida sem espalhar-se para o espaço, não tornando aquela estrela mais brilhante e mortífera.

E aquele sol foi assim transformado, pois já não encontrava mais o alimento que outrora existia em seu corpo na mesma abundância de antes. Sua fome de brilhar abrandava-se com isto e, antes prestes a sair da estabilidade, ele agora retornava à paz turbilhonante em que sempre estivera mergulhado. A alteração na verdade fora ínfima. Aos olhos de todos os que o observavam ele não havia mudado e a luz que dele emanava ainda era única e constante, como desde sempre o fora desde o princípio. Espectrógrafos muito sensíveis porém veriam um astro novo, mais rico em elementos pesados e com uma vida meio bilhão de anos maior!

Era agora uma estrela que veria a inteligência nascida de sua luz crescer e tornar-se adulta, para só então extinguir seu brilho, morrendo em harmonia com o cosmo. A missão do guardião estava cumprida. Então, embora pudesse ficar para observar os frutos de seu ato e alegrar-se com o seu sucesso, o imortal partiu, pois nada mais ali exigia sua presença e ele sentia, como nunca deixara de sentir desde que se tornara um só, nascendo, o chamado do interminável. Ele precisava continuar a percorrer o universo em busca do seu destino.

Novamente o viajante lançou-se às vertiginosas velocidades que eram seu habitat, e novamente foi abandonado por seu condutor. O guardião voltara a penetrar no vazio. O espaço e sua percepção mais uma vez se encontraram, e ele sentia de novo a vibração cósmica, acompanhando o correr dos tempos e observando o bailar da matéria e da energia em sua ordem eterna.

Planetas, estrelas e galáxias nasceram e morreram, enquanto o universo continuava sua expansão. Quasares inundaram-no de matéria e buracos negros mantiveram o equilíbrio drenando-a, tudo de acordo com o harmonioso e belo plano do criador. O guardião continuava a cumprir sua tarefa, zelando pelo equilíbrio dos sóis e dos mundos giratórios, e assistindo ao nascimento de seus irmãos, muitos oriundos de embriões que ele próprio ajudara a sobreviver.

E ele descortinava o infinito.

Repentinamente porém, o inesperado aconteceu! Inicialmente sem forma definida, e depois com quase dolorosa intensidade, um pensamento inundou todo o seu ser. Algo totalmente novo e aparentemente inexplicável cuja razão ele, que tudo conhecia, demorava em descobrir, havia acontecido. O imortal chegara ao fim do universo!

Desde sua partida, há incontáveis eras, o guardião vagara entre as girândolas de fogos de artifício, tudo perscrutando e conhecendo, sem jamais olhar para trás em sua jornada. Ele nunca experimentara o retorno, e seguira sempre além do imaginável, avançando eternamente sem percorrer duas vezes o mesmo átomo. Mas agora ele encontrava-se novamente em regiões familiares, pois já conhecia aquele ponto do ilimitado. Ele jamais havia observado as galáxias que agora se lhe apresentavam, mas não desconhecia a menor das sub-partículas que as compunham. Em eras remotíssimas, muitos bilhões de anos antes de surgirem aqueles conglomerados de esferas, ele havia estado ali e, agora ele o sabia, jamais havia partido!

O guardião, fantástica entidade dotada de poderes inimagináveis, era um ser incorpóreo, um simples pensamento, e como tal não conhecia limites para a expansão de seu eu. A unidade espaço-temporal por ele alcançada tornava-se, era isto, parte dele mesmo, e sua mente a abrangia para toda a eternidade. Até que nada mais restasse para ser percorrido!

Pois muito antes do início, quando ainda se dividia em inúmeros corpos materiais distintos, ele havia conhecido a verdade. Ele ouvira nesta época, pela primeira vez, os ecos da grande explosão, e deduzira mais do que vira a realidade do princípio. O universo não existira sempre. Ele próprio havia, em um cataclismo único e indescritível, nascido. O ilimitado tivera um começo e crescera desde então não sendo portanto, na verdade, infinito. A matéria e a energia surgiam e desapareciam em combinações intermináveis, alterando a face da eternidade com variedades sem conta, proteiformes, jamais se repetindo. A estrutura do todo porém é única, e o imortal já a havia percorrido em sua totalidade!

A jornada havia terminado. Ele afinal encontrara-se com o seu destino, e não mais vagabundearia pelo universo, pois agora ele estava em todos os lugares. De um extremo ao outro do incomensurável nada havia que lhe restasse descobrir, pois ele alcançara o saber supremo.

Era o fim! O dia do juízo, após bilhões e bilhões de anos, havia chegado. Ele não mais seria chamado o guardião, pois guardar não era mais a sua tarefa. Ele podia sentir em toda a plenitude do cosmo a harmonia e o equilíbrio imperecíveis, e sabia que outros existiam para zelar por eles. Nada mais lhe restava fazer em todo o espaço da criação, e por isto ele tinha que abandoná-lo.

Para isto, ele deveria destruir a única coisa que ainda o prendia à estrutura espaço temporal do incomensurável. O viajante, que havia acompanhado o guardião desde o instante do seu nascimento, há incontáveis milênios atrás, deixou de existir, obedecendo ao derradeiro e mais doloroso impulso mental do seu amo eterno. Uma ofuscante e efêmera esfera luminosa surgiu, clareando o espaço por milhões de anos luz, no instante em que o imortal livrou-se de sua cela.

E as estrelas se apagaram!

Em um tempo infinitesimal no qual a luz não teria percorrido sequer a extensão de um átomo o universo, para ele, deixou de existir. O ciclo havia-se completado, e a consciência do imortal agora era e seria tudo! Ele abandonara seu berço, entre as entidades que o haviam gerado e embalado, para cumprir um destino maior e participar de uma harmonia muito mais ampla do que aquela em que até então estivera mergulhado.

Deixara de ser criatura e tornar-se-ia agora, o Criador!




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#51 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Out 23, 2008 1:56 pm

Bom, e alguem daqui ainda se lembra do Espaço-1999, com o Martin Landau, em que a Lua sai da órbita terrestre e a base lunar fica isolada?




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#52 Mensagem por Paisano » Qui Out 23, 2008 2:03 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Bom, e alguem daqui ainda se lembra do Espaço-1999, com o Martin Landau, em que a Lua sai da órbita terrestre e a base lunar fica isolada?
http://www.space1999.net/~espaco1999/




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#53 Mensagem por Guerra » Qui Out 23, 2008 6:47 pm

Quem se lembra?

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PS: quem quiser baixar os episodios pelo rapidshare é só pedir por MP. São dois arquivos para cada episodio




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#54 Mensagem por Alcantara » Qui Out 23, 2008 11:29 pm

SGT GUERRA escreveu:Quem se lembra?

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PS: quem quiser baixar os episodios pelo rapidshare é só pedir por MP. São dois arquivos para cada episodio

V: A Batalha Final...

A cena da comandante alienígina engolindo a ratazana é deveras... interessante, rsrsrs... :roll: :D :lol:




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#55 Mensagem por P44 » Sex Out 24, 2008 5:27 am

Espaço 1999 e "V" , 2 belas séries da infância e juventude :wink:




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#56 Mensagem por brekut » Sex Out 24, 2008 1:20 pm

vei, passei a gostar de fic cientifica por causa de meu tio. ele me levou pra ver guerra nas estrelas uma nova esperança a 01 cena onde aparecde o destroyer estelar fiquei de boca aberta to nosaaaaaa do d+ vei a nave leva quase 40 50seg. pra mostrar a nave toda simplesmente d+ !!!!!!!!!!!

quanto a star trek minha serie favorita e a classica logico e deep space nine tem ate uma piada de trek
cap. cisco perguntou ao senhor worf "o klingon da nova geração"
senhor worf por que o senhor quer vir para a deep space nine
ae ele reponde :
e que eu fiquei sabendo que raramente vcs resolvem seus problemas sem uma briga antes !!!!!!!!
:twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#57 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Out 24, 2008 2:10 pm

E depois, sem ser série, mas um filme de culto, intemporal, e que ainda hoje poderia passar por um filme novo, o "2001 - Odisseia no Espaço", do Stanley Kubrick.




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Re: Star Trek + Ficção Científica

#58 Mensagem por Guerra » Sex Out 24, 2008 3:45 pm

A fireFly:

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Re: Star Trek + Ficção Científica

#59 Mensagem por Guerra » Sex Out 24, 2008 3:47 pm





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Re: Star Trek + Ficção Científica

#60 Mensagem por P44 » Ter Out 28, 2008 11:10 am

SGT GUERRA escreveu:Quem se lembra?



PS: quem quiser baixar os episodios pelo rapidshare é só pedir por MP. São dois arquivos para cada episodio
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