Fórum Defesa Brasil

Nao sei por que tanto alarde..... a Ucrania mandou um ontem pra encontrar com a enterpraise via naval ...quase em frente a base usurpadora russa em sevastopol

Bolovo escreveu:

LeandroGCard escreveu:Incrível porque exatamente, amigo Bolovo?

Leandro G. Card

Uma empresa privada levando coisa pro espaço, olhem todo o programa dos caras, eles querem até levar gente num futuro... olhe o vídeo, olhe o vídeo, só isso é de se tirar o chapéu

O Falcon 1 é um foguete de desenho relativamente simples e bem pequeno, menor que o VLS. Usa algumas soluções de engenharia interessantes, como um processo de soldagem avançado para a estrutura do tanque de combustível e carcaça do motor em fibra de carbono, mas não representa nenhuma revolução em termos de projeto de foguetes. Pelo contrário, seu projeto tem como prioridade a simplicidade e o baixo custo. O resultado é um foguete bem barato pelos padrões americanos, aproximadamente na mesma faixa de capacidade de carga do VLS, porém mais simples de desenvolver por ser de combustível líquido.

A empresa é gerenciada por um ex-diretor da NASA e tem vários ex-engenheiros de lá trabalhando no desenvolvimento do foguete. O dinheiro para este desenvolvimento veio de um milionário entusiasta da pesquisa espacial, mas os primeiros lançamentos foram pagos pelo governo americano.

Como é comum acontecer, ocorreram várias falhas nos primeiros lançamentos, e este primeiro satélite (na verdade não é um satélite operacional, apenas uma carga inerte para teste) foi colocado em órbita somente na quarta tentativa, dois anos e meio após a primeira. Existem mais três lançamentos planejados.

O incrível não é uma empresa como a Space-X estar lançando este foguete, e sim um certo país que conhecemos não ter um foguete assim mesmo após 3 décadas de programa espacial e várias centenas de milhões gastos. E ainda agora estar com o programa parado por questões legais relativas à licitação para a reconstrução de uma torre de lançamento, enquanto os engenheiros e técnicos ficam brincando com motorzinhos de combustível líquido de brinquedo (o maior motor programado para o programa de pesquisas do IAE é 10 vezes menor que o motor do primeiro estágio deste foguete da Space-X), ao invés de partir logo para o desenvolvimento de algo pelo menos próximo ao Falcon-1.

Um abraço,

Leandro G. Card

Leandro, me mata uma duvida, se o foguete em questão é simples e leva o mesmo tanto que nós planejamos levar,porque a Aeronautica não faz um simples e vai "invocando" ele aos poucos(pode até ser com o lucro gerado por ele proprio)

bruno mt escreveu:Leandro, me mata uma duvida, se o foguete em questão é simples e leva o mesmo tanto que nós planejamos levar,porque a Aeronautica não faz um simples e vai "invocando" ele aos poucos(pode até ser com o lucro gerado por ele proprio)

Excelente pergunta,... qual é a próxima?

A questão é que o programa espacial brasileiro segue uma lógica meio maluca. Como ao longo do processo houve diluição dos objetivos e grandes mudanças na direção do programa (por exemplo, fazem muitos anos que a Aeronáutica não é mais a responsável pelas decisões), ele acabou perdido, e algumas coisas foram atropeladas.

Por exemplo, existe o projeto de um foguete menor e mais simples que o VLS, chamado VLM (veículo lançador de microsatélites). Ele equivale grosso modo ao VLS sem os quatro boosters laterais que compõem o primeiro estágio, e ao qual se acrescenta um quarto estágio menor e mais simples. Seria capaz de lançar satélites até 80/100 Kg. Em qualquer lugar do planeta o caminho seria lançar este foguete mais simples e barato primeiro, e só depois partir para o bem mais complexo e caro VLS. Mas isto não aconteceu, o VLM não está pronto até hoje porque o quarto estágio não foi desenvolvido (e ele é o menor dos estágios do foguete, não tendo sequer sistema ativo de controle de atitude).

Porque isto aconteceu? Pelo que pude descobrir, o problema foi justamente o fato da Aeronáutica ter abandonado o programa. A responsabilidade pelo desenvolvimento das plataformas inerciais era dela, e ao sair do programa este desenvolvimento foi interrompido, fazendo com que o pessoal do IAE tivesse que comprar estas plataformas fora do país. Como só foi adquirido um número pequeno, não se quis "desperdiçá-las" com um foguete pequeno como o VLM para guardá-las para o programa do VLS.

Este tipo de coisa (e outros "casos" que fiquei sabendo) mostram claramente a falta de coerência interna do programa, que já desde muitos anos não tem uma direção específica de desenvolvimento, e vaga ao sabor das ocorrências técnicas, políticas e financeiras, sem que ninguém saiba sequer onde exatamente se quer chegar.

O resultado é o que vemos, enquanto países com muito menos recursos financeiros e tecnológicos que nós como o Irã, e empresas privadas como a Space-X lançam satélites com sucesso, nosso programa que envolve muito mais gente, recursos e tempo está parado por questões meramente administrativas, e mesmo quando voltar a funcionar ainda estará perseguindo o mesmo objetivo que foi definido lá atrás na década de 80 do século passado! E enquanto isso a melhor esperança que temos de vir um dia a lançar satélites de nossa base espacial é com foguetes da Ucrânia!

Um abraço,

Leandro G. Card

Bom, fica claro que, mais que recursos, o maior problema do PEB é de gestão. Não há uma gerência adequada dos recursos, metas, objetivos, prazos, etc. Está se desperdiçando recursos sem a obtenção de resultados. O programa espacial não é prioridade deste governo e provavelmente não o será. A tendência é que continue assim.

E o tal teste passou pra amanha, 16:

O Instituto de Aeronáutica e Espaço realizará o ensaio de queima em banco do motor S-43 , segundo estágio do Veículo Lançador de Satélite (VLS) no dia 16 de outubro, às 11 horas, na Usina Coronel Abner. O motor S43 faz parte de um dos quatro motores do primeiro estágio do VLS e o teste, inicialmente agendado para o dia 6 de agosto, teve que ser adiado porque foi encontrada uma não conformidade durante uma inspeção de segurança, no sistema de proteção contra descargas atmosféricas (raios). Esse sistema que constitui um conjunto de pára-raios com malhas de cabo de aço e sistemas de aterramentos é importante para garantir totalmente a segurança no teste.

ealvim escreveu:E o tal teste passou pra amanha, 16:

O Instituto de Aeronáutica e Espaço realizará o ensaio de queima em banco do motor S-43 , segundo estágio do Veículo Lançador de Satélite (VLS) no dia 16 de outubro, às 11 horas, na Usina Coronel Abner. O motor S43 faz parte de um dos quatro motores do primeiro estágio do VLS e o teste, inicialmente agendado para o dia 6 de agosto, teve que ser adiado porque foi encontrada uma não conformidade durante uma inspeção de segurança, no sistema de proteção contra descargas atmosféricas (raios). Esse sistema que constitui um conjunto de pára-raios com malhas de cabo de aço e sistemas de aterramentos é importante para garantir totalmente a segurança no teste.

Afinal de contas, é o do primeiro estágio ou o do segundo?

Aliais, essa é uma questão importante mesmo...já que um lançamento não subiu por que um dos 4 do primeiro estágio não ligou, e outro VLS não subiu todo por que o motor do 2º estágio não ligou tambem...

Mas infelizmente no acidente ocorrido parece que o motor funcionou direitinho...

Skyway escreveu: Afinal de contas, é o do primeiro estágio ou o do segundo?

Aliais, essa é uma questão importante mesmo...já que um lançamento não subiu por que um dos 4 do primeiro estágio não ligou, e outro VLS não subiu todo por que o motor do 2º estágio não ligou tambem...

Mas infelizmente no acidente ocorrido parece que o motor funcionou direitinho...

Dos dois caro Skyway.

Os motores do primeiro tem empuxo vetorado pelas tubeiras, já no segundo há uma tubeira com uma diferença em suas dimensões (maior) em virtude deste estágio operar em maior altitude. Mas o motor é o mesmo S43.

[]'s

Opa, valeu!

Boa Noite

Venho para lhes informar que o disparo em bancada de teste do S43 será amanhã, dia 20 de Outubro de 2008.

O disparo deveria ter ocorrido dia 16 de outubro mas por problema de agenda das autoridades que iriam assistir o teste esse foi adiado para amanhã.

Sorte ao pessoal do IAE/CTA!!!

[]'s a todos.

Ué... retiraram a notícia do teste de hoje (20/10) do site do IAE. O que será? Novo adiamento?




abraços]

Engano meu, a operação foi um sucesso!!!

A notícia do teste saiu do ar para dar lugar alguns minutos mais tarde para a notícia do sucesso.

20/10/2008
Ensaio do Motor S43 ocorre com sucesso
A queima do motor S43 ocorreu com sucesso, em torno das 16 horas deste dia (20/10), com duração da queima de propelente de 57 segundos, dentro da estimativa esperada para o ensaio, em 62 segundos.

O ensaio ocorreu no Banco de Provas Horizontal da Usina Coronel Abner (UCA), de capacidade de 1000kN. Estiveram envolvidos neste trabalho 24 equipes e um total de 93 pessoas, para os 55 dias de atividades de preparação.

O objetivo do ensaio foi avaliar as modificações realizadas na tampa dianteira do motor, denominada domo, região de fechamento perto do ignitor. As alterações realizadas na proteção térmica flexível do domo causa, por conseqüência natural, alterações no bloco de propelente, tornando o espaço entre propelente e ignitor maior e, por isso, a necessidade em avaliar também a geometria desse bloco.

O ensaio também buscou avaliar as características propulsivas, tais como: impulso específico, velocidade característica do propelente e coeficiente de empuxo, completando um total de 102 medidas. Esteve presente próximo ao banco de provas uma coifa do VLS responsável por medidas de vibração mecânica e acústica, oportunidade única oferecida para um ensaio como este.

Informações técnicas

O Propulsor S43 é empregado no 2º estágio do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), que utiliza propelente sólido em seus 4 estágios, possui 19 metros de comprimento e massa total de 50 toneladas. A missão do VLS-1 é a de satelitizar uma carga útil de aproximadamente 115 kg, em uma órbita circular equatorial de 750 km.

Características do propulsor:

Massa de propelente = 7100 kg
Tipo de propelente = compósito (resina polibutadiênica, perclorato de amônio e alumínio)
Valores estimados do ensaio:

Tempo de queima = 62 s
Pressão nominal na câmara do motor = 6 MPa
Empuxo nominal = 280 kN
Medições a serem realizadas (total 102 medições)

Pressão (05)
Força/Empuxo (05)
Temperatura (11)
Fluxo Térmico (30)
Acústica (09)
Vibro Acústica (09)
Vibração (10)
Deformação (06)
Monitoramento No Transporte (17)
Esta Operação denominada “FLAMINGO” atende primordialmente às recomendações sugeridas pela empresa SRC Makeyev, dentro do programa de cooperação Brasil-Rússia.

abraços]

Tá rapido Brasileiro!!!
Eu estava vindo aqui publicar a mesma noticia...

Enfim, muito bom. Esperamos que o cronograma e os recursos sejam mantidos.

Esta noticia foi publicada num primeiro momento chamando o S43 de S43TM. Depois mudaram. Acho que pensaram estar "russo" demais chamá-lo assim.

Interessante observar também a presença da coifa proximo ao motor, parece-me que já estão testando a mesma.

Agora, o IAE errar e não dizer que o S43 faz parte do primeiro e do segundo estágios do VLS-1, tá "loco"!!!!!!

P.S.:Tomara que divulguem o video do teste.

[]'s a todos.

P.S.: Tomara que testem logo o novo motor do VLS-1B.

o que aliás, poderia ser assunto de um e-mail, já que eles andaram respondendo.




abraços]

Outra coisa DELTA, sobre o tal do S-43TM, olhe o que eu achei

Engine Model: S-43. Designer: IAE. Gross Mass: 8,425 kg (18,573 lb). Empty Mass: 1,245 kg (2,744 lb). Propellants: Solid. Thrust(vac): 303.000 kN (68,117 lbf). Thrust(sl): 262.000 kN (58,899 lbf). Isp: 265 sec. Isp (sea level): 225 sec. Burn time: 59 sec. Diameter: 1.00 m (3.20 ft). Length: 9.00 m (29.50 ft). Chambers: 1. Chamber Pressure: 56.20 bar. Area Ratio: 12.82. Country: Brazil. First Flight: 1985. Last Flight: 2003. Flown: 20.


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Engine Model: S-43TM. Designer: IAE. Gross Mass: 8,404 kg (18,527 lb). Empty Mass: 1,224 kg (2,698 lb). Propellants: Solid. Thrust(vac): 321.700 kN (72,321 lbf). Thrust(sl): 197.000 kN (44,287 lbf). Isp: 276 sec. Isp (sea level): 170 sec. Burn time: 58 sec. Diameter: 1.00 m (3.20 ft). Length: 8.10 m (26.50 ft). Chambers: 1. Chamber Pressure: 55.30 bar. Area Ratio: 37.68. Country: Brazil. First Flight: 1985. Last Flight: 2003. Flown: 5.00.

abraços]