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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qua Jul 30, 2008 7:37 pm
por Dieneces
Bolovo escreveu:
Dieneces escreveu:Penso que muitos estão enganados quando reverberam as vicissitudes e obstáculos tradicionalmente encontrados no passado e presente próximos , no tocante a reequipamento futuro de nossas FFAA . A lamúria coletiva me parece estar com os dias contados....Isso é o que muita gente não percebe quando o professor Orestes destaca as entrelinhas dos pronunciamentos recentes advindos de NJ et caterva . Nitidamente , nesses arrastados arrazoados explicativos do governo , o que mais me chama a atenção é A INICIATIVA DE ENVOLVER TODA A SOCIEDADE BRASILEIRA NA TEMÁTICA DA DEFESA , reequipamento militar incluso...o que , por dedução acadêmica , traduzo e concluo como sendo uma forma de JUSTIFICAR OS ENORMES GASTOS QUE O SETOR EXIGE E RECEBERÁ DORAVANTE . Entrelinhas , entrelinhas...
Po, veio! Voltou das cinzas?! :mrgreen: :mrgreen:
Tronco grosso demora a transformar-se-se em cinzas . Tô em brasas ainda...

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qua Jul 30, 2008 8:14 pm
por orestespf
Amigos e colegas, a PEND já está pronta, acreditem. Ou alguém imagina que um projeto deste porte e tamanho ainda estaria engatinhando nas vésperas de sua divulgação (pouco mais de um mês)????

O que o NJ disse é o resumo do resumo do que vamos ver, e as tais "entrelinhas" que eu disse é justamente isso.

Claro, ele colocou "dúvidas" em alguns pontos, isto significa que a PEND vai tratar estes pontos de forma genérica, carecendo de mais detalhamentos a posteriori. A coisa é assim mesmo, não se surpreendam.

Não dá para imaginar que uma Estratégia Nacional de Defesa possa contemplar detalhamentos sobre modelos de caças, navios, blindados, etc. Isto não é estratégia, isto é conseqüência de um planejamento estratégico. Portanto em setembro teremos as diretrizes fundamentais e que implicarão nas questões doutrinárias e logísticas do sistema de defesa. Só aí é que surge a pergunta natural: e que tipo de equipamento cumpre o desejado?

A resposta pode ser muito mais complexas do que se imagina. Por exemplo, pode ser que a Estratégia que será apresentada em breve (e por conseguinte, doutrinas e logísticas) implique na aquisição de um dado equipamento. Aí o procedimento é o seguinte:

1) temos este equipamento no País?

2) se não, podemos fabricá-los sem ajuda externa?

3) se não for possível sem ajuda externa, é possível fabricá-lo com ajuda (e mais grana, claro)?

4) se não tiver jeito, devemos fazer compra de prateleira?

5) se não houver disponibilidade de venda de prateleira pra nós, vamos criar coragem, botar grana e desenvolver de qualquer jeito?

Estratégia de um país é diferente de equipamento estratégico. A primeira dita as regras, já o segundo é considerado estratégico justamente porque foi conseqüência de um planejamento maior, de Estado.

Foi isso que o Jobim disse o tempo todo, mas na sua forma de falar.


Saudações,


Orestes

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qua Jul 30, 2008 8:16 pm
por deschamps
concordo Oreste...já tá pronto...só falta liberar no dia 07/09.
até lá ficamos nós com a curiosidade de saber o que vai ser .

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qua Jul 30, 2008 11:02 pm
por alcmartin
[009]

Bem vindo novamente a bordo, Dieneces!

Quanto ao plano...hehe...como são as coisas da política [101] ...voce vislumbra um possível adversário, em um dos cenarios, mas a "amizade" (leia interesses) com este aumentam cada dia mais, incluindo discutindo-se compra de próprio equipamento militar... :shock:
Fala-se, nas entrelinhas, sobre guerra não convencional, mas dois candidatos, FARC e MST, já foram amigos de carteirinha do atual governo... :twisted: O MST, então seria inimigo, mesmo recebendo $$ do governo [101]...

Coisa de doido...como dizia um antigo instrutor meu, mais dificil que ser militar é ser diplomata:sabe das trairagens antes, mas tem que continuar sorrindo... :twisted:

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 12:04 am
por bsl
A verdade que nos ultimos anos, a unica coisa que nos restou foi a esperança de algum governo fazer algo para dar um jeito nas nossas FAs. Esperar algo dos politicos é dificil nesse pais, principalmente com a politica de pão e circo... quero estar presente no dia em que voto não seja mais obrigatório, a partir dai os politicos realmente começariam a mostrar serviço.
Na minha opinião, a unica maneira desse pais acordar que está na hora de investir em sua defesa e tudo mais, será quando estourar uma guerra, acontecer alguma tragédia no pais, algo do tipo.

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 12:19 am
por brisa
O NJ apesar de ser Gaucho, esta parecendo que fez um estagio aqui em Minas com o Tancredo Neves :shock:

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 11:43 am
por Lucius Clay
Barao Vermelho escreveu:Caros Amigos,
Desde que faço parte desse fórum ficamos debatendo armamentos etc.., e o mais comum e falarmos em custo, que tal armamento e muito caro para nossas forças e coisa e tal, na verdade podemos ter qualquer armamento que quisermos, o Brasil tem sim, capacidade de ter três PA, modernos com esquadrilhas de caças de ultima geração, Navios modernos como Fragatas tipo Freem etc.. podemos sim ter na FAB uma força de 300 caças de ultima geração, seja Raphaeles, Su-35, F-35 etc... o EB pode sim ter MBTS de ponta, uma defesa antiaérea baseada em mísseis, Canhões de 155mm de ultima geração etc... O que falta e seriedade de nossos governantes que arrecadam Bilhões e desviam tudo ou então investem em obras superfaturadas, em gastos partidários, aposentadorias de um unico mandato oque e uma vergonha etc...
Caros amigos se o Brasil gastar 10 bilhões por ano com as forças armadas é troco perto do que roubam ou botam fora em gastos desnecessários, todos os anos.

Pergunta cade as verbas contigenciadas da PetroBras? Vergonha!
Alguem tem idéia de quanto o pais ja gastou, desde que começou essa ladainha do FX? Tenho certeza que se somar-mos todos os gastos, dava pra modernizar toda a FAB. Vergonha!


Abraços, Brasil acima de tudo.

Concordo contigo Barão Vermelho!

Só de custos com administração da dívida interna e externa gastamos cerca de 100 bilhões de reais, ano passado, nesse ano de novo. Perceba que isso são os ditos serviços da dívida, ou seja, juros, taxas, tarifas diversas, seguro, não se trata de pagar o capital para amortizar a dívida, mas de mantê-la nos patamares em que está, ou seja, eles administram um problema, alimentam-no, mas não têm coragem de liberar dinheiro para a produção e o desenvolvimentos, são uma corja e tanto.

Desculpe pelo desabafo,

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 6:15 pm
por Marino
Jornal do Brasil Mangabeira diz que sem estruturas será difícil defender a Amazônia
Agência Brasil

BRASÍLIA - O ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e coordenador do Plano Amazônia Sustentável (PAS), Mangabeira Unger, afirmou nesta quarta que sem estruturas produtivas e sociais organizadas, a Amazônia será um imenso vazio difícil de ser defendido.

- Toda a Amazônia brasileira hoje é um caldeirão de insegurança jurídica. Ninguém sabe quem tem o quê. Para tirar a Amazônia dessa situação, precisamos equipar as organizações que fazem a regularização fundiária na região, simplificar as leis sobre a propriedade da terra e organizar o que diz respeito às propriedades da União. Se os 25 milhões de brasileiros que moram na Amazônia legal não tiverem oportunidades econômicas legítimas, eles passarão a atuar em atividades que devastarão a floresta e a questão ambiental passará a ser um caso de polícia, disse.

O ministro conheceu hoje as atividades desenvolvidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e se reuniu com oficiais generais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que atuam na região. Mangaberia Unger ressaltou a relação existente entre a preservação, o desenvolvimento e a defesa da região, e defendeu a necessidade de assegurar aos produtores locais alternativas satisfatórias de trabalho, em conformidade com o bem-estar ambiental. Na reunião com os oficiais das três Forças Armadas, no Comando Militar da Amazônia (CMA), o ministro revelou que foram debatidos o monitoramento, a mobilidade para circulação na região (terrestre, aérea e fluvial) e o potencial de combate para defesa da Amazônia.

- O monitoramento da Amazônia não é um comércio, é uma necessidade. Não podemos ficar na dependência da tecnologia estrangeira. Temos que ter nossos próprios equipamentos e satélites e integrar os diferentes sistemas de monitoramento existentes no país, disse o ministro.

De acordo com Mangabeira Unger, até o dia 7 de setembro, ele e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, irão apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um conjunto de propostas relacionadas à defesa da Amazônia. O ministro Nelson Jobim é presidente do Comitê Interministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa e Mangabeira Unger é o coordenador do comitê.

- Certamente, esse trabalho terá que se desdobrar em iniciativas subseqüentes. É a primeira vez na história de nosso país que a Amazônia ocupa o foco da atenção brasileira e não está sendo vista como retaguarda e sim como vanguarda. A Amazônia não é um problema e sim uma oportunidade e um desafio para repensarmos a nossa estratégia de defesa. Significa estar pronto para desempenhar as responsabilidades de defesa numa série de hipóteses de emprego da força armada e, num caso extremo, se necessário, ter o potencial de conduzir uma guerra de resistência nacional, afirmou.

O comandante do militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, disse que o encontro do ministro Mangabeira Unger com os oficiais generais representou uma reunião histórica. Ele disse que o Brasil precisa "acordar" para o problema da soberania da Amazônia. O general defendeu a participação de instituições de ensino e pesquisa para conscientizar que a Amazônia precisa de cuidados especiais no que diz respeito à sua preservação.

- As possibilidades de defesa da região amazônica devem ser trazidas para uma discussão nacional ampla e com a participação da sociedade. É uma aspiração nossa que o assunto defesa seja tratado não só pelos militares, mas pela sociedade brasileira. Precisamos que essa discussão saia do âmbito militar e seja tratado no âmbito acadêmico e entre os formadores de opinião, por exemplo. Esse não é um problema que interessa só aos militares, mas à sociedade brasileira, destacou o general Heleno.

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 6:17 pm
por Marino
Mangabeira diz que Sivam foi um "equívoco"

AMAZÔNIA

DA AGÊNCIA FOLHA
EM MANAUS

O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, disse ontem, em Manaus, que o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) foi um "equívoco do passado". O ministro defendeu que o Brasil tenha seu próprio satélite para monitorar a região.

O Sivam é formado por um sistema de software, radares transportados, aviões e bases fixas e móveis. Mas, para realizar o monitoramento de desmatamentos e queimadas, o sistema usa imagens de satélites estrangeiros, como o americano Land-sat.

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 7:40 pm
por LeandroGCard
Marino escreveu:Mangabeira diz que Sivam foi um "equívoco"

AMAZÔNIA

DA AGÊNCIA FOLHA
EM MANAUS

O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, disse ontem, em Manaus, que o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) foi um "equívoco do passado". O ministro defendeu que o Brasil tenha seu próprio satélite para monitorar a região.

O Sivam é formado por um sistema de software, radares transportados, aviões e bases fixas e móveis. Mas, para realizar o monitoramento de desmatamentos e queimadas, o sistema usa imagens de satélites estrangeiros, como o americano Land-sat.
Eu queria entender qual a idéia dele. O que foi um equívoco, o conceito do SIVAM inteiro? Ou algum componente específico (um equipamento, um software, a localização das bases, etc...)? Se foi o conceito do sistema, o que ele propõem então? E se foi um ítem específico, então quando ele será trocado?

Com relação especificamente aos satélites, porque o país deveria gastar dinheiro e esforço para lançar um satélite destinado a monitorar o desmatamento se já existem outros em órbita fornecendo o serviço a preço barato? Aliás, grande parte deste monitoramento é feito pelos CERBS, que tem participação brasileira (junto com a China).

Se ele estivesse falando de satélites de uso eminentemente militar, ou se a disponibilidade de acompanhamento por satélites existentes fosse baixa, aí daria para entender a necessidade de um satélite próprio, mas para combater o desmatamento é flagrante exagero.

As vezes este Mangabeira parece ter a cabeça na lua, e eu já estou começando a pegar ódio destas declarações genéricas (que justiça seja feita, podem ter origem também nos jornalistas que escrevem as matérias resumindo demais assuntos que não entendem, e não nas autoridades citadas).


Leandro G. Card

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 7:46 pm
por Marino
Para ele o satélite é o Santo Graal, a pedra filosofal, a solução para todos os seus problemas.
Se esquece que satélites podem acompanhar aeronaves que transmitam sua posição, não detectar caças atacantes.

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 7:50 pm
por Wolfgang
Mangabeira e Patrushev definem acordo Brasil-Rússia PDF Imprimir E-mail

Brasília, 28-07-08 - Brasil e Rússia continuam avançando nas negociações para um acordo estratégico nas áreas civil e de defesa. Em reunião realizada hoje, em Brasília, o ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger, e o Secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev, definiram áreas específicas para a colaboração entre os dois países.


As quatro áreas definidas na reunião foram a espacial; a de energia, especialmente no que diz respeito ao uso pacífico da energia nuclear; o intercâmbio de experiências em educação, principalmente no ensino médio; e o debate programático entre os dois países sobre iniciativas de crescimento econômico inclusivo.



Patrushev veio ao Brasil acompanhado por uma delegação de 5 pessoas. Também participaram da reunião o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, oficiais brasileiros do Exército, Marinha e Força Aérea e representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear, da Agência Espacial Brasileira e do Ministério da Defesa, além de integrantes da SAE.

Esta foi a segunda vez que integrantes do Conselho de Segurança da Federação Russa vieram ao Brasil para reuniões com o ministro Roberto Mangabeira Unger. Em abril deste ano, o então presidente do conselho, Valentin Sobolev, assinou com o ministro memorando de entendimento entre Brasil e Rússia para a elaboração de projetos de colaboração civil e de defesa.

Antes, em fevereiro, Mangabeira esteve na Rússia com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para dar início às conversações com o governo russo sobre projetos de desenvolvimento comuns a Brasil e Rússia. A próxima rodada de discussões está prevista para a segunda quinzena de setembro.
http://www.nae.gov.br/site/index.php?op ... 5&Itemid=2

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 9:09 pm
por G-LOC
orestespf escreveu: Fábio, os tempos são outros, por que não aproveitamos o "ensejo" e não voltamos com esta discussão que é pra lá de produtiva e inteligente? Topa? Acho que é um bom momento para tratarmos deste assunto de forma civilizada e inteligente, como é o seu caso. Topa abrir um tópico lá nas Navais? Vamos adiante com a idéia?
Vou dar uma olhada nesse assunto no fim de semana.

G-LOC

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 9:19 pm
por deschamps
Wolfgang escreveu:
Mangabeira e Patrushev definem acordo Brasil-Rússia PDF Imprimir E-mail

Brasília, 28-07-08 - Brasil e Rússia continuam avançando nas negociações para um acordo estratégico nas áreas civil e de defesa. Em reunião realizada hoje, em Brasília, o ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger, e o Secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev, definiram áreas específicas para a colaboração entre os dois países.


As quatro áreas definidas na reunião foram a espacial; a de energia, especialmente no que diz respeito ao uso pacífico da energia nuclear; o intercâmbio de experiências em educação, principalmente no ensino médio; e o debate programático entre os dois países sobre iniciativas de crescimento econômico inclusivo.



Patrushev veio ao Brasil acompanhado por uma delegação de 5 pessoas. Também participaram da reunião o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, oficiais brasileiros do Exército, Marinha e Força Aérea e representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear, da Agência Espacial Brasileira e do Ministério da Defesa, além de integrantes da SAE.

Esta foi a segunda vez que integrantes do Conselho de Segurança da Federação Russa vieram ao Brasil para reuniões com o ministro Roberto Mangabeira Unger. Em abril deste ano, o então presidente do conselho, Valentin Sobolev, assinou com o ministro memorando de entendimento entre Brasil e Rússia para a elaboração de projetos de colaboração civil e de defesa.

Antes, em fevereiro, Mangabeira esteve na Rússia com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para dar início às conversações com o governo russo sobre projetos de desenvolvimento comuns a Brasil e Rússia. A próxima rodada de discussões está prevista para a segunda quinzena de setembro.
http://www.nae.gov.br/site/index.php?op ... 5&Itemid=2

o que sairá de tantas reuniões?

Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA

Enviado: Qui Jul 31, 2008 10:07 pm
por Booz
LeandroGCard escreveu:
Marino escreveu:Mangabeira diz que Sivam foi um "equívoco"

AMAZÔNIA

DA AGÊNCIA FOLHA
EM MANAUS

O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, disse ontem, em Manaus, que o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) foi um "equívoco do passado". O ministro defendeu que o Brasil tenha seu próprio satélite para monitorar a região.

O Sivam é formado por um sistema de software, radares transportados, aviões e bases fixas e móveis. Mas, para realizar o monitoramento de desmatamentos e queimadas, o sistema usa imagens de satélites estrangeiros, como o americano Land-sat.
Eu queria entender qual a idéia dele. O que foi um equívoco, o conceito do SIVAM inteiro? Ou algum componente específico (um equipamento, um software, a localização das bases, etc...)? Se foi o conceito do sistema, o que ele propõem então? E se foi um ítem específico, então quando ele será trocado?

Com relação especificamente aos satélites, porque o país deveria gastar dinheiro e esforço para lançar um satélite destinado a monitorar o desmatamento se já existem outros em órbita fornecendo o serviço a preço barato? Aliás, grande parte deste monitoramento é feito pelos CERBS, que tem participação brasileira (junto com a China).

Se ele estivesse falando de satélites de uso eminentemente militar, ou se a disponibilidade de acompanhamento por satélites existentes fosse baixa, aí daria para entender a necessidade de um satélite próprio, mas para combater o desmatamento é flagrante exagero.

As vezes este Mangabeira parece ter a cabeça na lua, e eu já estou começando a pegar ódio destas declarações genéricas (que justiça seja feita, podem ter origem também nos jornalistas que escrevem as matérias resumindo demais assuntos que não entendem, e não nas autoridades citadas).


Leandro G. Card

Grande Leandro.
Penso, com um certo otimismo (eu acho), que herr Unger disparou contra a "dependência" sobre o softs empregados nos hardwares do sistema. É sabido que este componente pode, uterinamente, alojar frações de códigos só decifrados por seus fornecedores. E isto não é teoria da conspiraçã, isto pode fazer parte da coleta de inteligência sobre uma área tão rica. Em suma, vai além da discussão de transferência de tecnologia. Vai mesmo ao encontro do receio na aquisição de outras equipagens (no caso material bélico), cujos fornecedores cerram as portas de códigos fontes não por simples temor de manipulação, e cópia de suas criações, mas por imposição dos governso dos seus países.

Herr Unger pode ser caricato com sua fala neo-harwardiana, porém castiça, e a expressão apocalíptica. Mas, se ouvirmos os ecos que vem sendo reverberados dos quartéis, podemos traduzir o quanto a primeira impressão que tinham dele foi mandada ao mundo dos abrôlhos. Ele agora chega até a ser querido, e tem sido quase o mesmo para o NJ. Que, aliás, com todos os defeitos congênitos da raça política, tem sido o melhor MD desde a criação da pasta.

Grande abraço.