GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Suntzu
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#46 Mensagem por Suntzu » Qui Jan 31, 2008 2:49 pm

Lula oferece ajuda militar ao Timor
Ele diz ao presidente do país que governo brasileiro quer auxiliar a resolver problemas de segurança e defesa

Tania Monteiro



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em almoço no Itamaraty oferecido ao presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, que o governo brasileiro quer ajudar o país a resolver problemas de segurança e defesa, oferecendo até mesmo apoio no treinamento militar. Em discurso, Lula ressaltou que o Brasil pode ajudar o Timor Leste no estabelecimento de estrutura de Justiça Militar e na ampliação de um programa bilateral de cooperação militar.

“Sei que a grande prioridade do governo do Timor Leste é a consolidação da segurança. É por isso que esperamos aprofundar o programa bilateral de cooperação militar, para o treinamento das forças timorenses de segurança. Vamos cooperar para o estabelecimento de estrutura da Justiça Militar em Timor Leste”, afirmou Lula. Ele anunciou que pretende visitar o país em junho, estendendo a viagem à Indonésia e ao Vietnã.

Em seu discurso, o presidente do Timor Leste ressaltou que seu objetivo é romper o “ciclo de vingança” - numa referência ao período em que o país foi dependente da Indonésia. “Não queremos alimentar novos ciclos de violência”, disse. Ramos-Horta lembrou ainda o governo do ditador Suharto, na Indonésia, acusado de reprimir e dizimar líderes timorenses. Suharto morreu no domingo, aos 86 anos. “O povo timorense sabe perdoar quem muito o feriu. Hoje buscamos o desenvolvimento econômico e a redução da pobreza.”

Durante o almoço, Lula lembrou ainda do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto no Iraque, que teve participação nas negociações para o processo de independência do Timor. Ele avaliou que o país está em pleno processo de consolidação democrática. No ano passado, o Timor Leste realizou as primeiras eleições parlamentares e presidenciais desde que se tornou independente. O presidente também ressaltou que o governo brasileiro pretende renovar até 2010 o programa de cooperação educacional no Timor. Atualmente, 50 professores brasileiros auxiliam docentes do país no ensino da língua portuguesa.

Ao fim do encontro, em entrevista, Ramos-Horta afirmou que o Timor Leste quer iniciar uma cooperação trilateral com o Brasil e a Indonésia, países com as duas maiores florestas do mundo. Ele contou que, em setembro, em Nova York, já havia conversado com os presidentes do Brasil e da Indonésia, para fazer um programa de reflorestamento em seu país.




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#47 Mensagem por douglas » Sex Fev 01, 2008 1:12 am

Vale tenta convencer Lula a dar aval para a compra da Xstrata
Em conversa com o presidente, Roger Agnelli afirma que comando continuaria nas mãos de brasileiros e que operação fortaleceria empresa contra rivais

KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em conversa ontem por telefone, o presidente da Vale, Roger Agnelli, passou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva dados a respeito da negociações da empresa brasileira para comprar a mineradora anglo-suíça Xstrata.
Segundo a Folha apurou, Lula ficou de analisar os dados com seus auxiliares e dar uma resposta a Agnelli, que deseja aval político do governo para realizar a compra. Agnelli argumentou que o controle acionário da Vale continuaria em mãos de brasileiros e que a compra é uma forma de a Vale se fortalecer na competição global com outros gigantes.
Agnelli tentar vencer resistências de Lula e de ministros como Dilma Rousseff (Casa Civil) ao negócio. No Palácio do Planalto, há temor de que a operação Vale-Xstrata seja o primeiro passo de uma etapa para que o controle da maior empresa privada brasileira venha no futuro a ficar em poder de estrangeiros. A empresa foi privatizada em 1997 e, desde então, só fez crescer.
Para viabilizar a compra, Agnelli precisa do aval político de Lula porque o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e fundos de pensão têm participação na companhia. Mais: Lula tem se queixado publicamente de que a Vale investe pouco no país. Ele teme que a compra da Xstrata enfraqueça investimentos da Vale no Brasil.
Desde o início das negociações, um auxiliar do presidente disse que ele pode ser convencido de que o negócio traria benefícios ao país. Na semana passada, Lula jantou com Agnelli no Rio. Como foi um encontro informal, combinaram de voltar ao assunto, o que fizeram ontem por telefone.
A Vale já confirmou publicamente interesse na compra da Xstrata e o início de tratativas nesse sentido. O valor do negócio seria de US$ 90 bilhões -US$ 30 bilhões dos quais a serem quitados com a oferta de ações preferenciais da Vale. No mercado, estima-se o valor da companhia brasileira em US$ 120 bilhões.
Segundo integrantes do governo, o Palácio do Planalto poderia tentar inviabilizar a compra da Xstrata por meio do BNDESPar, subsidiária do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que tem participações em empresas, e pela Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil). BNDESPar e Previ têm participação na Vale e representantes no Conselho de Administração.
Ainda que a Vale consiga realizar o negócio contrariando o governo, essa hipótese não é de interesse de Agnelli, um dos grandes executivos brasileiros que têm excelente trânsito na cúpula do governo petista. O aval de Lula fortaleceria as negociações que a Vale tem de fazer com bancos estrangeiros para viabilizar a compra.
A Vale é controlada por Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Bradesco, BNDES e pela japonesa Mitsui. Analistas afirmam que o negócio pode ser bom para a Vale, em razão da diversificação de ativos. A Xstrata opera com cobre, carvão, níquel e zinco, por exemplo. A empresa atua em países como Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, República Dominicana, Nova Caledônia, Peru, Filipinas, África do Sul, Tanzânia e EUA. De acordo com dados da Xstrata, a companhia emprega 50 mil pessoas no mundo.




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Suntzu
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#48 Mensagem por Suntzu » Sex Fev 01, 2008 2:23 pm

Defesa aeroespacial da nação brasileira




O Brasil, por índole, é um país guiado por um sentimento de paz. Não abriga nenhuma ambição de expansão territorial, não possui litígios em suas fronteiras e, tampouco, inimigos declarados. Toda ação por ele empreendida, nas esferas diplomática e militar, busca, sistematicamente, a manutenção da paz.

Porém, tem interesses a defender, responsabilidades a assumir, e um papel a desempenhar, no tocante a segurança e defesa, em níveis hemisférico e mundial, em face de sua estatura político-estratégica no concerto das nações.

O primeiro objetivo de nossa política de defesa, portanto, deve ser a de assegurar a defesa dos interesses vitais da Nação contra qualquer ameaça forânea. Não se pode precisar, a priori, a fronteira entre os interesses vitais e os interesses estratégicos. Os dois devem ser defendidos com ênfase e determinação.

Essencialmente, os interesses estratégicos residem na manutenção da paz no continente sul-americano e nas regiões que o conformam e o rodeiam, bem como os espaços essenciais para a atividade econômica e para o livre comércio (Setentrião Oriental, Costão Andino, Cone Sul e Atlântico Sul).

Fora deste âmbito, o Brasil tem interesses que correspondem às responsabilidades assumidas nos fóruns internacionais e organismos multilaterais e ao seu status na ordem mundial. Este é conformado por uma combinação de fatores históricos, políticos, estratégicos, militares, econômicos, científico-tecnológicos e culturais.

Sem uma defesa adequada, a segurança nacional e a perenidade desses interesses estarão seriamente comprometidos e, consequentemente, não poderão ser assegurados. Daí ressalta-se a imperiosa necessidade de contarmos com Forças Armadas altamente preparadas, suficientemente poderosas e aptas ao emprego imediato, capazes de desencorajar qualquer intenção de agressão militar ao país, pela capacidade de revide que representam.

Esta estratégia é enfatizada para evitar a guerra e exige, como corolário, o fortalecimento da expressão militar do poder nacional, além de impor um excelente grau de aprestamento e prontificação das Forças Armadas, desde o tempo de paz, através da realização de treinamentos, exercícios operacionais dentro de cada força singular, não sendo excluída a necessidade de planejamento e do treinamento de operações conjuntas e combinadas no âmbito das FFAA.

Faz-se mister destacar a imperiosa necessidade de o governo definir quais as ações que deverão ser implementadas, primacialmente, no sentido de adequar a expressão militar do poder nacional à estatura político-estratégica da Nação brasileira, em particular às suas necessidades básicas de segurança e defesa.

Ademais, definir, com clareza e objetividade, como prover os recursos financeiros necessários para atingir as metas traçadas pelo Ministério da Defesa e que objetivam a criação de um escudo protetor de nossa base territorial e do espaço aéreo sobrejacente.

Conciliar os interesses nacionais em termos de segurança e desenvolvimento é uma tarefa que exige criatividade e não pode estar relegada a segundo plano, sob pena de, no futuro, nos arrependermos amargamente por este descuido histórico.

Com a implementação do Projeto Sivam, a Nação passou a contar com um eficaz e portentoso sistema de detecção e alarme aéreo antecipado. Porém, de nada servirá esse escudo protetor e a recente implementação da Lei do Abate, se a Força Aérea não dispuser de aeronaves interceptadoras de alta performance e plenamente confiáveis para o cumprimento de sua tarefa operacional de defesa aérea.

Ademais, impõe-se que tenhamos equipagens de combate proficientes e altamente adestradas em missões de interceptação, de modo a prover total confiabilidade ao sistema de defesa aeroespacial.

O governo brasileiro não pode continuar postergando, infinitamente, a aquisição de aviões de combate de primeira linha para a Força Aérea, sob pena de comprometer seriamente o seu trabalho primacial: o de manter incólume e inviolável o nosso espaço aéreo, notadamente a Amazônia brasileira, alvo permanente de ilícitos de toda ordem e da cobiça internacional.

Lembremo-nos das sábias palavras do ilustre Barão do Rio Branco - o Chanceler da Paz - que, sistematicamente, enfatizava a imperiosa necessidade de possuirmos um bom sistema de armas para respaldar as nossas proposições no concerto das nações.

Manuel Cambeses Júnior

Coronel-aviador da Reserva, conferencista especial da Escola Superior de Guerra e membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.




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#49 Mensagem por Marino » Seg Fev 04, 2008 2:19 pm

Lula tenta reduzir tensão entre Chávez e Uribe

Apesar das ameaças, governo brasileiro não acredita que países vizinhos entrem em guerra

Tânia Monteiro



Preocupado com as tensas relações entre Colômbia e Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou na semana passada com seu colega venezuelano, Hugo Chávez, e com o colombiano, Álvaro Uribe. Mesmo não querendo ser apontado como “mediador formal”, Lula, discretamente, vem conversando com os dois lados.

Mais que isso, orientou o Itamaraty a fazer o mesmo. O Brasil considera que o tom da disputa entre os dois tem subido além do necessário nos últimos dias.

A última coisa que Lula e sua equipe querem ver é um conflito na região e, muito menos, entre dois vizinhos. “Seria péssimo para a região. Todos saem perdendo”, comentou um interlocutor do presidente. No entanto, ele observou que, apesar das ameaças trocadas e agora ampliadas por Chávez, o governo brasileiro não acredita em um conflito entre os dois países.

Anteontem, em pronunciamento em rede de rádio e TV, Chávez disse ter informações sobre a possibilidade de a Colômbia agredir a Venezuela e que está “pronto para fazer os primeiros disparos com os mísseis dos Sukhois” (aviões russos recentemente adquiridos por ele), caso as ameaças se concretizem.

O assessor especial do presidente, Marco Aurélio Garcia, que foi à França acompanhando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em busca de parcerias estratégicas com países europeus, confirmou que Lula tem dialogado com os dois presidentes. “Estamos conversando com as duas partes da forma mais discreta possível”, disse Marco Aurélio ao Estado, antes de embarcar de volta ao Brasil. “Há tensões, mas não acredito que se chegue a um conflito”, prosseguiu. Marco Aurélio participou das negociações entre Colômbia e Venezuela, no final do ano, para tentar obter a libertação de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A grande preocupação de interlocutores do presidente Lula é que, no calor das declarações de Chávez e Uribe, ocorra um impasse diplomático e alguém, principalmente Chávez, tenha um rompante e tome uma atitude extrema. Por outro lado, nenhum dos dois países tem intenção de fazer uma guerra, pois há muitos interesses comerciais envolvidos .

Embora sempre ataque os EUA, os americanos continuam sendo um grande parceiro comercial da Venezuela. Da mesma forma, apesar do tom belicoso, Chávez importa todo tipo de produto da Colômbia, principalmente gêneros de primeira necessidade. Chávez sabe que não pode suspender as importações de produtos colombianos, pois haveria um desabastecimento no seu país, o que não seria bom para sua imagem. Sua popularidade já foi abalada justamente por falta de produtos de primeira necessidade. Para tentar reduzir esta dependência, a Venezuela já fez novos contratos comerciais com o Brasil para substituir muitos gêneros colombianos por brasileiros.




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#50 Mensagem por Marino » Seg Fev 04, 2008 2:44 pm

Exército venezuelano está em alerta, diz Chávez

REDAÇÃO



O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse em discurso na noite de sábado que o Exército de seu país está em "alerta" diante da possibilidade de um conflito armado com a Colômbia. O venezuelano disse ainda ter recebido um telefonema de Luiz Inácio Lula da Silva em que, segundo ele, o presidente brasileiro manifestou preocupação com o tema.

"As Forças Armadas Bolivarianas estão em alerta. Não sabemos até onde isso vai, porque lamentavelmente, na Colômbia, a oligarquia iniciou uma investida contra a Venezuela por instruções do império [EUA]", afirmou Chávez em discurso que marcou seus nove anos no poder.

"Há alguns dias me ligaram Lula e também Cristina Fernández [presidente da Argentina], preocupados. Eles sabem o que está acontecendo", disse.



Manifesto pela paz

Ontem, um grupo de intelectuais liderados pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez e pelo ex-presidente venezuelano Ramón J. Velásquez publicou um manifesto que pede o fim das hostilidades entre os dois países.

"Consideramos necessário nestes momentos recordar os vínculos fraternais históricos que unem nossas nações a fim de impedir que sobre elas se imponha uma discórdia emanada de interesses contrapostos nos altos níveis do poder", diz o texto, divulgado pelo jornal "El Tiempo", de Bogotá.

"Pela mesma razão, não podemos admitir que o nome do libertador Simón Bolívar seja invocado para nos dividir e não para ratificar uma união estabelecida desde sempre graças a uma identidade comum."

"As inquietações que expressamos são profundamente compartilhadas nos dois lados da fronteira por uma opinião pública que não aceita falsos litígios e divisões e que se reconhece em um respeito comum pelas instituições democráticas", conclui. O documento é assinado por mais de 60 artistas e intelectuais, entre eles a escritora colombiana Laura Restrepo e o jornalista venezuelano Teodoro Petkoff.




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#51 Mensagem por jauro » Qui Fev 07, 2008 11:59 am

Para economista, Rússia não leva a sério negociação

DO ENVIADO A MOSCOU

O resultado da viagem a Moscou dos ministros Nelson Jobim e Mangabeira Unger não surpreendeu observadores das negociações entre os dois países na área militar. "Essas indefinições levam à situação de que nenhum político russo encara a sério as relações com o Brasil", disse o economista Sergey Vasilyev, 50, executivo do banco estatal Vnesheconombank, uma versão russa do BNDES. (RV)

FOLHA - Hoje o Brasil basicamente vende carne e compra fertilizantes da Rússia. Agora fala-se em produtos na área bélica.

SERGEY VASILYEV - As conversas sobre eventual cooperação na área militar começaram há bastante tempo, mas até agora, como resultado prático, quase não existe.

FOLHA - A falta de definição compromete a imagem do Brasil?

VASILYEV - Tem um impacto negativo. Há um problema mais fundamental nas relações. A primeira causa é a enorme distância que nos separa, a segunda é o idioma. Nos últimos cinco ou seis anos que fui ao Brasil, vi muitos projetos prestes a nascer, mas não se concretizaram.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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#52 Mensagem por Túlio » Qui Fev 07, 2008 12:17 pm

Que seja, o Rafale F3 também tá muito que bão... :wink:

Só não vindo F16 caco-véio já é um alívio... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

!!!VIVE LA FRANCE!!! (vou beber estrelas com o PRick, então...heheheheheh)




"The two most powerful warriors are patience and time." - Leon Tolstoy
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#53 Mensagem por Suntzu » Qui Fev 07, 2008 8:25 pm

DEFESA@NET 06 fevereiro 2008


As Forças Terrestres Francesas na Guiana



Abaixo um texto do próprio Armée de Terre francês que detalha a preença de forças francesas na Guiana. A simples leitura explicita a razão da asinatura do SOFA.

As forças terrestres na Guiana são responsáveis pela segurança de um território, que representa 1/6 da metrópole, e quase inteiramente coberto pela floresta equatorial. São formadas por dois regimentos, ou seja 1.300 homens, dos quais perto da metade em missão de curta duração.

Efetuam no terreno uma séria de missões para impor a soberania sobre a área. Devido às condições específicas da região, as forças terrestres na Guiana são solicitadas diariamente para missões operacionais. Articuladas em redor do 3e Régiment Étranger d’Infanterie (3e REI), Kourou, e do 9e Régiment d’Infanterie de Marine (9e RIMa), de Caiena (Cayenne), as forças terrestres na Guiana são formadas :

- por três unidades de infantaria;

- duas companhias Proterre;

- uma companhia de apoio com meios de inteligência e de engenharia;

- uma companhia de manutenção,

- duas companhias de comando e de apoio.

O 3º REI é voltado inteiramente para emprego operacional e de formação com o Centro de Treinamento na Floresta Equatorial (Centre d’Entraînement à la Forêt Équatoriale - CEFE). O 9º RIMa tem uma dupla missão, operacional e de apoio em proveito das forças terrestres (manutenção) e o comando conjunto..

Estes dois regimentos distinguem-se de outras unidades de forças de soberania pelas suas missões operacionais: vários acordos os vinculam ao Centro Espacial da Guiana (Centre Spatial Guyanais - CSG) e à administração da Guiana. Porta para o espaço dos projetos europeus, o CSG efetua acada ano mais de uma dúzia de lançamentos do foguete Ariane, para pôr em órbita satélites de todo o mundo .

O 3º REI assegura a segurança externa do CSG durante cada operação de lançamento. Esta missão de controle de zona numa região muito específica (floresta equatorial, savana e mangrove) requer todo o "know-how" do regimento. De acordo com a sua divisa, “vai onde os outros não vão" (va là où les autres ne vont pás).

Os dois regimentos têm também uma importante missão na formação e treinamento de membros da Força Terrestre. Esta formação apóia-se sobre o CEFE e dos especialistas nos regimentos, os Grupos de Instrução da Floresta (GRIF) ou o Comando de Busca e Ação na Selva (CRAJ) do 9º RIMa.

Na Guiana face à permeabilidade das suas fronteiras, importantes fluxos migratórios são atraídos "pelo eldorado" guianês e sobretudo as numerosas atividades ilegais, em particular a exploração ilegal de ouro. As forças terrestres na Guiana são regularmente empregadas no apoio das autoridades civis e da Gendarmeria: vigilância das fronteiras desde os quatro postos implantados sobre o Oiapoque em frente do Brasil e sobre o Maroni em frente do Suriname, patrulhas de longa duração dentro da selva para localizar as zonas de atividades ilícitas e mesmo, atender às solicitações da Prefeitura (Governo local) para atuar junto com a Gendarmeria, verdadeiras operações de destruição de mineradoras ilegais (Operação Toucan).

Perfeitamente adaptadas ao meio no qual operam, as Forças Terrestres na Guiana executam as missões operacionais extremamente delicadas. O 3º REI e o 9º RIMa permitem à República francesa assumir as suas responsabilidades sobre este departamento francês na América do Sul.


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#54 Mensagem por Junker » Sex Fev 08, 2008 3:08 pm

On-The-Air (08/02/2008)
By: Terence Creamer
Published: 8 Feb 08 - 8:00

Maggs: You report this week of some ‘heavenly intrigue’ with a Russian official having seemingly ‘outed’ a secret South African space programme. Perhaps even the purchase of a spy satellite?

Terence Creamer: That’s correct. We believe that the head of Roskosmos, Russia’s civilian space agency, may have accidentally exposed a hitherto unknown South African military space project.

Responding to a question regarding Russia’s failure to launch South Africa’s civilian Sumbandila satellite – which was meant to have been launched from a Russian submarine late last year – the official stated that “unfortunately, the Russian Defence Ministry refused to launch the satellite, as the South African Defence Ministry had refused to use “our” satellite, in inverted commas.

This signals that there might well have been a serious plan to buy a military satellite from Russia, but that the talks have subsequently been terminated.

Now, given military involvement, the nature of the acquisition was likely to be for one of two types of systems: a communications satellite, or a reconnaissance, or ‘spy satellite’.

The strength of the Russian Defence Ministry’s reaction to the South Africa’s withdrawal suggests that Pretoria was indeed seeking to acquire a spy satellite and that it may now have chosen to make its purchase elsewhere.

Perhaps the only way we will know for certain, is if there were to be another unintentional slip.


Space & Defence
Has a Russian official unintentionally exposed a secret SA space programme?

By: Keith Campbell
Published: 8 Feb 08 - 0:00

The head of Roskosmos, Russia’s civilian space agency, seems to have accidentally exposed a hitherto unknown South African military space project.

Responding to a question from a correspondent for Russia’s ITAR-TASS news agency regarding Russia’s failure to launch South Africa’s civilian Sumbandila satellite, Anatoly Perminov stated that “unfortunately, the Russian Defence Ministry refused to launch this satellite, as the South African Defence Ministry for its turn refused to use our satellite.

The two countries’ defence ministries decided to go their own way, and we did not interfere in these affairs.

Today there is no opportunity for the launch.” – Sumbandila was meant to have been launched late last year from a Russian submarine; it would have been sent in a special capsule to an integration facility at the Russian Naval Base at Murmansk in northern Russia; the Russian Navy would then have fitted the capsule and the satellite to a Shtil 2.1 rocket, taken the submarine to sea, and launched the rocket.

The key phrase is “the South African Defence Ministry ... refused to use our satellite.” What could this mean?

Firstly, it must be pointed out that the South African civilian satellite programme is run by the Department of Science and Technology (DST), not the Department of Defence. So it must be a reference to a specifically military space or space-related programme on the part of South Africa, separate from that of the DST.

Secondly, refusing to launch the South African satellite is a major decision that could only be made at high-level in the ministry; it breaks a Russian obligation to South Africa, and deeply embarrasses Roskosmos. It could even damage Russia’s reputation in the increasingly competitive international space launch market.

So the Russian Ministry of Defence must have been very annoyed with its South African counterpart. That, in turn, signals that the proposed programme, whatever it was, was a major one. This, further, suggests that it was not a mere matter of South Africa using an existing Russian military satellite, leasing capacity or buying imagery.

Rather, these scanty clues point to something on the scale of actually acquiring a military satellite from Russia – or, more precisely, seriously considering such an acquisition, including negotiations with the Russians (how else would Moscow know about project?), only to terminate the talks or cancel any agreement or deal, and doing so in a manner, or for a reason, which angered the Russian Defence Ministry.

Perminov’s phrase “the two countries’ defence ministries decided to go their own way,” signals that the South African programme was not cancelled, but rather that this country has chosen to order the space vehicle from a third country, rejecting, for whatever reason, the Russian technology.

Assuming these deductions are correct, what kind of satellite could the South African Department of Defence be seeking? Military forces employ two types of satellite – communications, and reconaissance (popularly called spy satellites), with the latter subdivided into a number of categories, notably imagery, radar, and electronics.

The South African National Defence Force (SANDF) can certainly justify either a communciations satellite or an imagery satellite. This is because of its increasingly extensive peacekeeping deployments in decidedly dangerous and remote areas of Africa.

The communications systems for UN forces can be very rudimentary and inadequate, and a national military communications satellite would give South Africa an independent and very secure communications link with troops deployed in places like Darfur. Similarly, possession of an imagery reconaissance satellite would give this country an independent source of very high resolution pictures of crisis areas and situations.

This would allow Pretoria to make critically important decisions (such as whether to join or withdraw from a UN force, or reinforce troops already deployed, or what way to vote in an UN debate) on the basis of some knowledge of what was really happening, instead of being dependent on the assertions and arguments of other countries.

It should be noted that reconaissance satellite technology is jealously guarded. It would have been a great concession to South Africa if Russia had been willing to grant this country access to even part of the latter’s capabilities in this sphere. To turn down such an offer would be a rebuff indeed.

The strength of the Russian Defence Ministry’s reaction to South Africa’s decision not to use a Russian satellite thus suggests that Pretoria is seeking to acquire a reconaissance satellite. And there are less than a handful of countries with the capability to build such a craft. Apart from Russia and the US – which would not sell a reconaissance satellite to anyone – it is basically just France and Israel.

All this, by the way, does not mean that Russia, the country, will not launch Sumbandila. Roskosmos has its own rockets and launch facilities, and is a civilian agency. Scheduling and planned orbit permitting, it could still put the South African satellite in space.
Edited by: Martin Zhuwakinyu


"infelizmente o Ministério da Defesa russo se recusou a lançar este satélite, porque que o Ministério da Defesa da África do Sul havia se recusado a usar "nosso" satélite.”

:evil: :evil: :evil:




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#55 Mensagem por Marino » Sex Fev 08, 2008 3:38 pm

Do defesanet:

Ministério da Defesa

Entrevista – General-de-Exército
José Benedito de Barros Moreira

“Prioridade número 1 do Brasil é submarino a propulsão nuclear”


José Romildo


Se árabes e judeus convivem de forma harmoniosa nas ruas brasileiras, isso se deve à tradição pacífica que caracteriza as relações do Brasil com outros países, herdada dos portugueses, afirma o secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais (SPEAI), do Ministério da Defesa, General-de-Exército José Benedito de Barros Moreira.

Essa tradição pacífica coloca o Brasil hoje em posição de destaque internacional, a ponto de se transformar eventualmente em árbitro de conflitos entre países. Isso não elimina, porém, a necessidade de o Estado brasileiro possuir forças armadas compatíveis com o seu tamanho territorial, econômico e populacional. Para o General, a prioridade número 1 do Brasil é a construção do submarino a propulsão nuclear, seguida de outra meta prioritária, que é a produção do veículo lançador de satélites.

O General Barros Moreira assumirá, até o final deste mês, a função de Conselheiro Militar junto à Missão Permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, Suíça. A cerimônia de transmissão do cargo ocorrerá nesta sexta-feira, 8. O General será substituído interinamente pelo Vice-Almirante Arnon Lima Barbosa, diretor do Departamento de Política e Estratégia.

Barros Moreira foi comandante da 6ª Região Militar em Salvador (BA), comandante da Escola Superior de Guerra (ESG), chefe da comissão do Exército brasileiro em Washington (USA) e assessor militar do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O posto que ocupará em Genebra é o segundo da ONU em importância, depois do de Nova Iorque. Ele representará o setor militar brasileiro nas discussões sobre desarmamento, que tem, entre seus pontos polêmicos, a proibição ou não das munições cluster.

A munição cluster é uma bomba grande, recheada de pequenas bombas, que quando lançadas se espalham sobre o alvo. Hoje existe uma pressão mundial para a proibição desse tipo de munição. Mas a posição brasileira é contrária a essa medida, já que ela representa um instrumento de dissuasão poderoso para países com menor poder aquisitivo. “O Brasil tem uma grande parcela de sua defesa aeronáutica baseada nesse tipo de armamento”, acrescentou o General Barros Moreira.

Ao explicar os motivos por que o Brasil é contra a proibição, ele acrescentou: “Não é só essa munição que faz danos colaterais. Mesmo munições inteligentes provocam danos”, disse. Uma das preocupações com as bombas cluster é que, quando não explodem na queda, ficam no solo e podem ferir civis após o conflito. Mas hoje já há detonadores por tempo que garantem a destruição da munição mesmo que ela sobreviva à queda.

Antes de assumir o novo cargo, o General fez, em entrevista ao site do Ministério da Defesa, um balanço do trabalho que conduziu na SPEAI e analisa a estratégia militar brasileira, especialmente em relação à questão da Amazônia e à relação do Brasil com os países vizinhos.

DEFESA - Qual é a prioridade militar do Brasil hoje?
GENERAL BARROS MOREIRA - Não é defender só a Amazônia. Temos de defender o país como um todo. Por isso eu digo: hoje a prioridade militar é o submarino a propulsão nuclear. O submarino nuclear tem grande capacidade de permanecer submerso e, assim, escapar à detecção que pode ser feita por instrumentos na superfície. Ele praticamente desaparece no fundo do mar. É muito silencioso e tem velocidade maior do que os outros. É elemento dissuasório porque é capaz de atacar de surpresa, em qualquer ponto. Teremos esse projeto concluído entre oito e dez anos, graças à garantia do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que teremos R$ 130 milhões anualmente para essa finalidade. Segunda prioridade: o veículo lançador de satélites. Temos de ter a capacidade de desenvolver essa área, importantíssima não somente para a área civil quanto para a área militar. O Exército é a última barreira. No momento em que o inimigo chegar ao nosso território, é porque já venceu a Marinha e a Aeronáutica. Temos de impedir que isso aconteça. É claro, temos problemas na fronteira e estamos acompanhando.

DEFESA - E como está a proteção à Amazônia dentro dessas prioridades?
GENERAL BARROS MOREIRA - Temos muitas vezes uma incompreensão. Às vezes me perguntam: se a prioridade do Exército é a Amazônia, por que estamos comprando carros de combate para colocar no Sul do País? A resposta é muito simples: a Amazônia é prioridade, mas não é exclusividade. Temos de ter um Exército homogêneo, organizado, que esteja preparado para defender o país em qualquer área, na Amazônia, no cerrado, no Nordeste, Sul do Brasil, todas essas áreas diferentes. Como não temos um Exército superarmado, porque não precisa, temos de ter a capacidade de dissuasão. Por isso, na área militar, do Exército em si, mas também ligado aos outros, temos a área de defesa antiaérea como base. Mas uma defesa antiaérea completa. Não é só aquela defesa aproximada, local. Que se faz com canhões antiaéreos. Mas a defesa integral de todo o espaço, que se faz junto com a Aeronáutica. Para isso, temos um comando combinado, que é Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro – Comdabra - para isso tudo. Principalmente em cima de mísseis, que possam alcançar o terceiro andar do espaço, onde andam os aviões modernos hoje.

DEFESA - Como a diplomacia militar atua para facilitar o diálogo entre os países?
GENERAL BARROS MOREIRA - Temos de explicar a proposta do ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre a diplomacia militar. Quando se cria na América do Sul esse entendimento constante, a conversa constante, por diversos canais, mostram-se as intenções com clareza. A diplomacia militar que o ministro já iniciou e que continua esse ano é fundamental. A SPEAI (Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais) é parte do processo, alimentando o ministro com informações e muitas vezes dando seqüência a convênios que fazemos. O conhecimento é fundamental. É o país vizinho sabendo de nossas intenções. Temos sempre de trabalhar nessa área para reforçar os laços de amizade e compreensão. Temos oficiais estrangeiros que vão, ou chegam, para cá e para lá. As portas são abertas. Eles visitam. Sabem o que fazemos. Acompanham a área militar. Eles também informam seus países sobre o que está acontecendo aqui.

DEFESA - Qual é a conclusão que os países vizinhos tiram?
GENERAL BARROS MOREIRA - Eles sabem que o Brasil, para qualquer tipo de comparação que se possa fazer, em relação ao tamanho, população, riqueza, é um país que não se pode considerar armado além da conta. Pelo contrário. Poderíamos ter forças armadas mais equipadas. E devemos ter. Não somos um país com intenção de conquista. Isso é até inconstitucional. Nossa visão de defesa é baseada na estratégia da dissuasão. Ou seja: temos de ser identificados como um país que tem capacidade de retaliação, caso seja agredido. Ou seja: não quero agredir ninguém. Mas estou preparado para responder. Isso é que tem de ser entendido.

DEFESA - Que é necessário para isso?
GENERAL BARROS MOREIRA - Ter forças armadas compatíveis. Se eu não quero agredir ninguém, se todo mundo sabe de nossas intenções pacíficas, isso está fundamentado em um fenômeno histórico tanto na área militar quanto na diplomacia. A América do Sul é na verdade a única zona do mundo hoje livre de armas nucleares. É área em que, embora ocorram alguns atritos, pode-se olhar para o continente sul-americano como uma região pacífica. Há pontos de atritos. Mas isso é parte da política do dia-a-dia.

DEFESA - Qual é o papel do Brasil nesses contenciosos?
GENERAL BARROS MOREIRA - O Brasil poderia ajudar a resolver. Como em um conflito recente, que não degenerou em guerra, relembrando o século passado, que foi na Cordilheira do Condor, entre Peru e Equador. O Brasil é um dos países garantidores da paz. Não só pelo seu tamanho, pelo reconhecimento de nossa capacidade diplomática, pelo fato de sermos um país reconhecido por não pender nem para um lado nem para outro. Aqui o árabe convive bem com o judeu nas ruas. Por isso, eu digo que nossa diplomacia tem de ter o cuidado de não se engajar em disputas extra-territoriais, particularmente no Oriente Médio, na África etc., que venham a prejudicar esse relacionamento perfeito que existe entre essas comunidades dentro do território nacional.




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#56 Mensagem por Suntzu » Sex Fev 08, 2008 4:11 pm

A munição cluster é uma bomba grande, recheada de pequenas bombas, que quando lançadas se espalham sobre o alvo. Hoje existe uma pressão mundial para a proibição desse tipo de munição. Mas a posição brasileira é contrária a essa medida, já que ela representa um instrumento de dissuasão poderoso para países com menor poder aquisitivo. “O Brasil tem uma grande parcela de sua defesa aeronáutica baseada nesse tipo de armamento”, acrescentou o General Barros Moreira.


Bem colocado, isso é interesse de quem tem armamentos mais sofisticados

Não é defender só a Amazônia. Temos de defender o país como um todo. Por isso eu digo: hoje a prioridade militar é o submarino a propulsão nuclear. Segunda prioridade: o veículo lançador de satélites. Temos de ter a capacidade de desenvolver essa área, importantíssima não somente para a área civil quanto para a área militar. O Exército é a última barreira. No momento em que o inimigo chegar ao nosso território, é porque já venceu a Marinha e a Aeronáutica. Temos de impedir que isso aconteça.


Que sejam prioridades e não programas eternos.

Temos muitas vezes uma incompreensão. Às vezes me perguntam: se a prioridade do Exército é a Amazônia, por que estamos comprando carros de combate para colocar no Sul do País? A resposta é muito simples: a Amazônia é prioridade, mas não é exclusividade.


Já imaginou as FA seriam mais dilapidadas (vendidos ou queimados) junto com a floresta e os aborígenes.




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#57 Mensagem por Marino » Sex Fev 08, 2008 4:52 pm

Do Correio Brasiliense:

Paz e guerra na Amazônia Setentrional
Argemiro Procópio - Professor titular de relações internacionais da UnB

Do total de 850 mil guianenses, quase 2% moram em Roraima e, entre os amazônidos, a cada dia cresce o número dos que vão para a Guiana. Fora das estatísticas oficiais, os que daqui rumam para a vizinhança setentrional garimpam ouro, diamantes, serram árvores e alguns, como mulas, transportam drogas.
No território guianense, quase 40 vezes menor que o nosso, as maiores cidades localizam-se no litoral, de costas para o Brasil, assim como as daqui estão para eles. Enquanto as embaixadas brasileiras na Europa e na América do Norte se apinham de funcionários, o Itamaraty, em Georgetown, designou um ministro de segunda classe como embaixador e um diplomata para auxiliá-lo. Isso apesar da importância estratégica e da cultura comum desfrutada pela progênie africana em ambas as nações. Esse legado sinaliza existir entre a Guiana, o Suriname e o Brasil identidade caribenha pouco prezada e fortemente marcada pela negritude.
Georgetown, abaixo do nível do mar e protegida por desgastados diques do tempo dos ingleses, agora é porta-voz dos caribenhos no Grupo do Rio. A Comunidade do Caribe, de cujos membros 11 são anglófonos insulares, um francófono (o Haiti) e três continentais, tem sede naquela capital. Parte ativa da Associação dos Pequenos Estados Insulares, esse vizinho vulnerável às mudanças climáticas sofre com o aquecimento global responsável pelo aumento do nível do mar. Apesar de ignorados pela diplomacia, pela academia, pela mídia e pelos empresários, através das portas do contrabando, guianenses e surinamenses muçulmanos, filhos da África e hindus mostram-se sobretudo na economia informal.
A diáspora, que hoje também expulsa brasileiros para esses vizinhos distantes, atormenta os guianenses há décadas. Acredita-se que numerosos deles, o equivalente à população de Georgetown, vivam no Reino Unido, nos Estados Unidos e no Canadá com frágeis laços com a pátria-mãe. A China, em seu pragmatismo, ocupa lugar de países contérminos ausentes. Além da forte presença na Guiana, mostra-se na Venezuela e garante às forças armadas bolivarianas tecnologias avançadas, inclusive radares móveis.
Nos anos de 1960, a revolução cubana deixou os EUA em maus lençóis. Em revanche, Washington exigia dos aliados na região ações que barrassem a influência de Fidel Castro. A Casa Amarilla (Ministério das Relações Exteriores da Venezuela), batalhando contra o Palácio da Revolução de Havana, recebeu explícito sim da Casa Branca às reivindicações territoriais a desfavor da Guiana.
A posterior inversão das alianças, ou seja, o distanciamento venezuelano dos EUA e a aproximação com Havana, assim como o esfriamento guianense com Cuba e aquecimento com Washington, mudou para deixar a indefinição no lugar em que estava. A política chavista sabe disso e encara Georgetown com realismo. Longe de subestimar o poder étnico guianense com raízes espraiadas no caribe anglófono, Caracas percebeu ser suicídio proceder na Amazônia Setentrional como Saddam no Kuweit.
Em geometrias variadas, a Guiana, buscando vantagens, reaproxima-se das ex-potências coloniais. Com o Reino Unido, por exemplo, comenta-se negociação de gigantesco plano de conservação florestal por prazo indefinido, em troca de verbas para saneamento, de novos diques, de obras educacionais. Com o Suriname, os Países Baixos ensaiam o mesmo. Hoje Haia antecipa-se para salvar a seu modo o muito que ainda resta de floresta tropical no Suriname.
Dando-se conta ser tão útil ter idéias como ter petróleo, Caracas desenhou nos mapas pregados nas escolas e nos ministérios uma quase metade da Guiana anexada à Venezuela com a frase “Zona en reclamación”. Sagaz, Chávez, com uma mão, treina a arte da convivência saciando com petróleo a sede do vizinho. Com a outra, trata de reequipar-se militarmente. Para o desgosto dos torcedores por conflitos na Amazônia Setentrional, forte como nunca esteve antes, a Venezuela tenta neutralizar desconfianças guianenses por meio de doações de ouro negro e do perdão das dívidas de Georgetown. Por quanto tempo será assim? Só Deus sabe.




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#58 Mensagem por Suntzu » Sex Fev 08, 2008 5:56 pm

Jobim conclama o Brasil a pensar grande

“O Brasil precisa voltar a pensar grande” disse hoje o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao defender a atualização tecnológica das Forças Armadas e o aumento da presença brasileira na América do Sul e no mundo. A declaração foi feita nesta terça-feira (8/2), durante a solenidade de posse do novo secretário de Ensino Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (Selom), General-de-Exército José Carlos de Nardi, e do secretário interino de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais (SPEAI), Vice-Almirante Arnon Lima Barbosa.

Em cerimônia realizada no Ministério da Defesa, Jobim afirmou que o governo está transformando a questão da defesa nacional em ponto relevante da agenda do país. Segundo ele, o desenvolvimento tecnológico das Forças Armadas depende da realização de uma política de capacitação nacional. “Temos medo de pensar grande. O que precisamos é pensar grande. E é exatamente isso que determina o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condução deste Ministério”, acrescentou.

Compareceram à cerimônia, entre outras autoridades, os comandantes do Exército, General de Exército, Enzo Martins Peri; da Marinha, Almirante-de-Esquadra, Júlio Soares de Moura Neto; e da Força Aérea, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito.

Jobim citou, como esforço para elevar essa capacitação, viagem que fez esta semana à Europa, em que discutiu com autoridades francesas e russas a compra de equipamentos e a transferência de tecnologia. O ministro disse que o respeito e a presença do Brasil, e de suas Forças Armadas, no mundo, foram os pontos relevantes da viagem.

O General-de-Exército José Benedito de Barros Moreira, que deixou o cargo de Secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais (SPEAI), assumirá a função de Conselheiro Militar junto à Missão Permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, Suiça.

Em seu discurso de despedida, Barros Moreira ressaltou a necessidade de o Brasil desenvolver sua indústria de defesa em tempos de paz. “É incômodo, mas necessário, indagar se de fatos estamos preparados para a ação dissuasória que buscamos alcançar”, observou.

E acrescentou: “o pretenso inimigo, que intentar nos agredir, lê nossa outrina e a estrutura militar que exibimos e percebe a vulnerabilidade de, no tempo de paz, não estarmos prontos para o tempo de guerra, e que o tempo que isso levaria para ocorrer pode ser um óbice fatal. Devemos, ao invés, estar preparados, desde já, para a guerra que não queremos, e que só poderá ser evitada se for eficaz o efeito dissuasório que almejamos alcançar”.

Mesmo com a posse do General José Carlos de Nardi, o Major-Brigadeiro-do-Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes, continuará exercendo interinamente, até 18 de fevereiro, a função de Secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia. Nessa data, o brigadeiro passará a chefiar exclusivamente o Departamento de Logística (Deplog), uma das unidades que integram a Selom.




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#59 Mensagem por Marino » Sex Fev 15, 2008 12:34 pm

Argentina, da DEF:


Ya en algunas charlas entre gente de la comunidad de la Defensa Nacional se toca tangencialmente y, siempre, con gran carga de escepticismo. Aun así, todo un avance. Pocos años atrás ni habría existido motivo para formular esa hipótesis «alocada» y contraria al «saber convencional» argentino. ¿De qué se trata? De la propuesta de impulsar una legislación que imponga ciertas retenciones (o que reoriente parte de las ya existentes, tanto sean las que vienen desde 2002 o las más recientes en el sector minero) sobre exportaciones de materias primas para destinarlas a presupuestos plurianuales para la adquisición de modestas cantidades de sistemas de armas, repuestos y modernización de elementos ya existentes en las FF.AA. argentinas.


Una conclusión comienza a ganar espacio en los que piensan la Defensa desde un punto de vista técnico y mirando el escenario regional e internacional de mediano y largo plazo (siempre imprevisible, si no me cree compare el «saber convencional» de los diarios del mundo el 10 de septiembre de 2001 y los del 12 del mismo mes y año…). Es muy difícil proceder a procesos de modernización del instrumento militar sin contar con fondos extra presupuestarios, dada la creciente complejidad y costo de los sistemas de armas básicos para lograr una disuasión creíble. Un argumento elemental pero por ello no menos real, sería reorientar una mínima parte de las ganancias que le brindan a nuestro país sus recursos naturales a los actores llamados a defenderlos a sangre y fuego, en el caso de que actores externos lo pretendan depredar o controlar. En un escenario donde se han multiplicado el precio internacional de diversos minerales, cereales, oleaginosas y ni qué decir el gas y más aun el petróleo y frente a la toma de conciencia internacional sobre el creciente valor estratégico del agua potable.
Las reacciones de los sectores neoliberales de la Argentina no deberían ser críticas hacia esta propuesta, dado que su admirado Chile tiene una Ley Secreta del Cobre desde 1958, ampliada durante el gobierno de Pinochet y mantenida por la progresista Concertación a lo largo de los últimos 17 años (aun después del colapso de la influencia del ex Dictador a fines de la década pasada y comienzos de este siglo). El Perú del pragmático y promercado segundo Alan García está implementando una legislación en este sentido con el gas de la zona de Camisea y el mismo Brasil, y su también admirado (aun por los mismos liberales argentinos) Lula, tiene legislación en este sentido en el área de explotación petrolera off shore y su Ministro de Defensa, Nelson Jobim, ha expresado recientemente el valor central de la defensa armada de los recursos naturales. Todo en interacción con un escenario donde las potencias centrales parecen lanzadas a una carrera geopolítica y económica sobre el Artico y, si bien de manera más lenta y cuidadosa, sobre la misma Antártida. Para no olvidar una Gran Bretaña que impulsa nuevas exploraciones petroleras, mineras y pesqueras en nuestro Atlántico Sur y reivindica soberanía sobre parte sustancial de la Antártida reclamada por nuestro país. Ni qué decir de los EEUU y el informe elaborado por 11 oficiales superiores de las FF.AA. para el Pentágono en abril 2007 en el que destacan el impacto central del cambio climático y el control de los recursos naturales en las décadas por venir.
A los sectores progresistas argentinos no les resultará seguramente ajeno lo realizado por su admirada Concertación chilena en materia de preservar (al menos hasta hora) la Ley del Cobre, la voluntad expresada por Evo Morales de hacer una movida legal semejante para financiar al sector militar y la existencia de claras referencias sobre la importancia de los recursos naturales en la reglamentación de la Ley de Defensa hecha por la Argentina en 2006.
Más allá de las dificultades que presenta la posibilidad de una legislación especial en la Argentina como la antes mencionada, es auspicioso que algunos sectores académicos y aun dentro de la gestión oficial comiencen al menos a analizar las cosas. A contrapelo de nuestra tradición de descartar cosas antes de saber de qué se tratan o hacerlo a partir de grandes y claras premisas ideológicas que, como todos sabemos, tienden a ser más que endebles y confusas por estas pampas.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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#60 Mensagem por jauro » Sex Fev 15, 2008 3:14 pm

y el mismo Brasil, y su también admirado (aun por los mismos liberales argentinos) Lula, tiene legislación en este sentido en el área de explotación petrolera off shore y su Ministro de Defensa, Nelson Jobim, ha expresado recientemente el valor central de la defensa armada de los recursos naturales.


Se saísse do papel seria ótimo. Poderia se criar uma lei parecida para os biocombustíveis.....
....mas, aí as tetas vão ficar mais áridas ......"mió deixa quieto"!




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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