Fórum Defesa Brasil

Penguin escreveu:
A FAB e a Indústria sabem muito bem o que querem em termos de ToT. Não deveria haver dúvidas quanto a isso:
1) Integração de radares
2) Integração do programa de operações de vôo (flight operations program)
3) Integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas
4) Design de asas supercríticas
5) Projeto de estruturas complexas

São essas as tecnologias que constarão no contrato como contrapartida tecnológica da aquisição de 36 caças.
O que não estiver no contrato, não existe.
Nenhuma empresa transferirá algo que não conste em um contrato.

Imagino a situação. Daqui a um tempo, o Brasil solicita que a Thales transfira a tecnologia do Spectra e do RBE2 ou que a Snecma transfira a tecnologia da M88...vão transferir é uma (banana)

[]s

Penguin, boa noite.

De onde saiu essa lista fechada?
Abraço,

Justin

Santiago... isso pode ocorrer com qualquer concorrente...

Os EUA podem fazer o mesmo, assim como a França sem dúvida... e o mesmo se aplica a Suécia aonde nesse caso em particular a banana pode vir por meio deles ou ainda de terceiros... Ou seja... a Suécia diz... sim para as partes que domina e os EUA ou seja lá quem for diz não... e aí?

TP2000 2.0

Mas vamos ter paciência... acho que todas essas propostas tem "riscos"... umas mais e outras menos.

Mas sei lá, o que sempre acho que pega com a idéia de restrições ou não é que se não está explícito o que se quer é sinônimo que aquele ítem tem uma chance maior de não resultar em nada.

[]s
CB_Lima

Justin Case escreveu:

Penguin escreveu:
A FAB e a Indústria sabem muito bem o que querem em termos de ToT. Não deveria haver dúvidas quanto a isso:
1) Integração de radares
2) Integração do programa de operações de vôo (flight operations program)
3) Integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas
4) Design de asas supercríticas
5) Projeto de estruturas complexas

São essas as tecnologias que constarão no contrato como contrapartida tecnológica da aquisição de 36 caças.
O que não estiver no contrato, não existe.
Nenhuma empresa transferirá algo que não conste em um contrato.

Imagino a situação. Daqui a um tempo, o Brasil solicita que a Thales transfira a tecnologia do Spectra e do RBE2 ou que a Snecma transfira a tecnologia da M88...vão transferir é uma (banana)

[]s

Penguin, boa noite.

De onde saiu essa lista fechada?
Abraço,

Justin

Embraer. Página anterior.

[]s

Penguin escreveu:

Justin Case escreveu: Penguin, boa noite.

De onde saiu essa lista fechada?
Abraço,

Justin

Embraer. Página anterior.

[]s

Então é lista proveniente de entrevista de um diretor da Embraer.

Lembre que há também a lista do RFP, as necessidades de outros projetos, de outras empresas, eventuais novas necessidades da FAB, outras tecnologias que foram listadas mas já caducaram.

Aí é que está a vantagem do compromisso de alto nível, firme mas abrangente, tipo IRRESTRITO.

Abraço,

Justin

Justin Case escreveu:

Penguin escreveu:[ quote="Justin Case"] Penguin, boa noite.

De onde saiu essa lista fechada?
Abraço,

Justin

Embraer. Página anterior.

[]s

Então é lista proveniente de entrevista de um diretor da Embraer.

Lembre que há também a lista do RFP, as necessidades de outros projetos, de outras empresas, eventuais novas necessidades da FAB, outras tecnologias que foram listadas mas já caducaram.

Aí é que está a vantagem do compromisso de alto nível, firme mas abrangente, tipo IRRESTRITO.

Abraço,

Justin[/quote]

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Vice Presidente para o Mercado de Defesa.
A lista é única.

Orlando contou ainda que as tecnologias sensíveis desejadas pela FAB e pela Embraer passam pelo conceito de autonomia industrial, envolvendo, entre outras, a capacidade de integração de radares e do programa de operações de vôo (flight operations program) para podermos dominar a integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas. No plano de estruturas, o design de asas supercríticas e o projeto de estruturas complexas.

As tecnologias que fazem parte do RFP foram especificadas pela FAB/CTA e a indústria foi consultada.
Até pq o maior receptor das ToT será a indústria.

[]s

Penguin,

"As tecnologias críticas ... passam pelo conceito ..., envolvendo, entre outras...
No plano de estruturas,..." - Orlando Neto - Embraer

Para mim, está longe de ser uma lista definitiva.

Abraço,

Justin

Justin Case escreveu:Penguin,

"As tecnologias críticas ... passam pelo conceito ..., envolvendo, entre outras...
No plano de estruturas,..." - Orlando Neto - Embraer

Para mim, está longe de ser uma lista definitiva.

Abraço,

Justin

Não é a lista completa, mas são as tecnologias sensíveis desejadas pela FAB e pela Embraer. Esses dois formam o núcleo da absorção de tecnologias no F-X2.
Vc deveria ler a entrevista completa.

O parágrafo em que ele aborda o F-X2:

A nossa conversa se iniciou com o programa F-X2, sempre com a preocupação de não comprometer as cláusulas de confidencialidade assinadas pela empresa com o Comando da Aeronáutica. Respondendo a nossa pergunta de abertura, Orlando Neto disse que a Embraer não se sentia “desconfortável” de ter que ficar participando desta concorrência “do banco”, e não no “campo”como costuma fazer normalmente. “Cada programa tem suas características próprias” disse ele. “Nós já fomos majoritários, minoritários... Pelo modelo adotado no F-X as decisões são todas da Força Aérea, nós entramos toda vez que ela quer nossa opinião. Não, a situação não é, nem um pouco desconfortável para nós.” Orlando contou ainda que as tecnologias sensíveis desejadas pela FAB e pela Embraer passam pelo conceito de autonomia industrial, envolvendo, entre outras, a capacidade de integração de radares e do programa de operações de vôo (flight operations program) para podermos dominar a integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas. No plano de estruturas, o design de asas supercríticas e o projeto de estruturas complexas.

http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... lando-neto


[]s

Justin Case escreveu:Penguin,

"As tecnologias críticas ... passam pelo conceito ..., envolvendo, entre outras...
No plano de estruturas,..." - Orlando Neto - Embraer

Para mim, está longe de ser uma lista definitiva.

Abraço,

Justin

Olá, Justin.

Entrevista com Vice Presidente da Boeing, Bob Gower:


Dentro do “Request for Information” havia um item que especificava cerca de 10 tecnologias-chaves que o Brasil deseja adquirir. Algumas destas teriam que ser absorvidas por órgãos de pesquisa do setor, como o CTA/ITA. Outras, naturalmente, seriam mais da alçada da Embraer, e outras, ainda, viriam a ser úteis para alguma das várias empresas médias de componentes para a indústria de defesa/aeroespacial que começam a se destacar no Brasil.


http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... wer-boeing

Foi noticiado também que a FAB encaminhou para as empresas nacionais de defesa as propostas de ToT dos concorrentes para elas serem avaliadas.
A END não dá importância a ToT? Pois bem, foi isso que a FAB fez: tracou um entendimento com as empresas de defesa e em parceria, formulou e avaliou com elas as Tranferências de Tecnologia.

A END dá importancia a tranferência de tecnologia, e a FAB seguiu isso no processo de avaliacão.

A FAB já entregou a avaliacão ao Ministério da Defesa há mais de 1 ano (protocolou no MD em 06 de janeiro 2010)!!!Será que o candidato que estava melhor posicionado pela avaliacão da FAB era o mesmo do Governo?

O GripenNG realmente não é dono de toda a tecnologia dele, e do Rafale, em grande parte é francesa. Mas desde quando isso é pressuposto que a oferta de transferência de tecnologia francesa é considerada melhor? Por que o Presidente Sarkosy escreveu, numa carta na madrugada de 7 de Setembro que a Indústria Francesa daria transferência irrestrita do caca? Não foi apenas o Governo francês que bancou os mais 40 Bilhões de Euros do desenvolvimento do Rafale. Só a Dassault e a Thales bancaram mais de 30%. Vão dar toda essa tecnologia GRÁTIS por uma concorrência do FX2?
Por fim, parece-me que vc tem um grande conhecimento sobre a área aeronáutica e vem contribuindo bastante com as discussões no Fórum. A tranferência de tecnologia depende de vários fatores para ocorrer e acho que vc sabe disso.


Atenciosamente,

Knight, bom dia.

Transferência de tecnologia grátis?
Tudo que tem custo deve ser pago. O CONHECIMENTO (aquilo que está na cabeça das pessoas) é valorizado (tem atribuído um valor financeiro, conforme os investimentos feitos em sua obtenção, sua importância) para fins de contabilidade no offset e É REPASSADO SEM CUSTO, dentro dos limites da oferta de offset.
O processo de transferência, que pode incluir: treinamento, ensino, homem-hora dos instrutores, investimentos em infraestrutura, hardware, software tools; tudo isto tem custo e tem que ser pago contratualmente. A capacitação dos recursos humanos até que atinjam a qualificação mínima prevista no projeto também é obrigação do beneficiário. Não é esperado que a empresa estrangeira venha prover ensino fundamental, básico, profissionalizante ou superior de graça para nosso pessoal.
Irrestrita não é grátis. Ninguém vai retirar dinheiro do caixa para ensinar os outros.
O conceito de offset, conforme prática internacional, não prevê transferência de dinheiro entre as partes. Tudo o que tem custo declarado tem que estar no contrato comercial.
Abraço,

Justin

Penguin escreveu:

cb_lima escreveu: Mas aí é que eu acho que mora o "problema" para ser honesto...

Eu acho que o Brasil quer justamente a garantia da parte que você não acredita. E é por isso (também) que acho que tal decisão não sai.

É só isso.

Eu acredito que contratos tem que ser seguidos, mas a artimanha nesse caso é deixar algumas coisas "nebulosas" e aí a coisa fica a critério do que estará ocorrendo quando tal tecnologia for "requisitada" e é aí que o bicho pega...

[]s
CB_Lima

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A FAB e a Indústria sabem muito bem o que querem em termos de ToT. Não deveria haver dúvidas quanto a isso:
1) Integração de radares
2) Integração do programa de operações de vôo (flight operations program)
3) Integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas
4) Design de asas supercríticas
5) Projeto de estruturas complexas

São essas as tecnologias que constarão no contrato como contrapartida tecnológica da aquisição de 36 caças.
O que não estiver no contrato, não existe.
Nenhuma empresa transferirá algo que não conste em um contrato.

Imagino a situação. Daqui a um tempo, o Brasil solicita que a Thales transfira a tecnologia do Spectra e do RBE2 ou que a Snecma transfira a tecnologia da M88...vão transferir é uma



[]s

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É bem por aí mesmo.
Ninguem...sejam franceses, americanos, suécos, russos, etc... propiciará ToT irrestrita de toda a aeronave.
Será algo bem pontual e já previsto em contrato.
O GF pode até tentar algo mais amplo, mas se depender disso para finalizar o F-X2, isso só vai sair em 2050.

Abs

Zavva escreveu:Segundo se comenta, Israel teve que testar a bomba atomica no oceano indico com a ajuda da Africa do Sul.
Se foram necessários fazer testes arriscados que acabaram revelando a ocorrencia da explosão, é sinal de que a tecnologia teve que ser desenvolvida, portanto não foi fabricada com base em um projeto já testado.
Alem disso, a bomba atomica não tem valor comercial, pois não é comercializada (pelo menos teoricamente), por tanto não serve como exemplo.

Abs

Israel testou suas ogivas em sítios subterrâneos americanos.
Sei disso, por ter visto um vídeo postado no fórum, que mostrava em uma linha de tempo, os testes nucleares realizados pelas nações dotadas de ogivas nucleares. Infelizmente, não lembro o tópico em que este filme foi postado. Lamento.

cb_lima escreveu:Bombas nucleares de Israel.

Acho que isso já é o suficiente...

[]s
CB_Lima

Por interesse estratégico dos EUA...que fique claro...

cb_lima escreveu:

Penguin escreveu:

Não menosprezaria os esforços dos próprios israelenses. Capital humano nunca faltou (e nem recursos $$).

Vou repetir a pergunta de novo:
Vc poderia citar algum exemplo de transferência (venda) de tecnologia "irrestrita" ocorrida na indústria militar?

O debate atual gira em torno da crença em ToT irrestrita.

[]s

OBS.: ToT existe. Irrestrita acredita quem quiser.

Tudo uma questão de semantica meu amigo.

Se você recebeu o que quiz... é irrestrito.

Se a Embraer aprendeu a fazer pressurização com a compra do F-5 e é isso que queríamos... então é irrestrita...

Se a MB vai aprender a fazer casco de Sub Nucleares com os franceses porque é isso que quis... também é irrestrito...

Ou seja, no fim das contas a restrição está associada a se o que queremos não receberemos...

[]s
CB_Lima

Então CB ai entra os termos adotados no FX "Irrestrita".. podemos supor toda a tecnologia envolvida no hardware

independente de não estar no RFP, "necessárias" tecnologias que a FAB pediu porém não contemplam toda a tecnologia do

hardware pois a FAB não especificou no RFP então serão apenas o que está no RFP, desde o início eu entendi assim e é isso

que se debate nenhuma empresa vai fornecer TODAS as tecnologias empregadas no Hardware..e quando falo todas pode se

entender como irrestrita...

Pelo meu ponto de vista é mais ou menos essa a diferença entre Irrestrita e Necessária.

GDA, tenho outra visão no tocante a irrestrita e necessária, e ela comunga com o pensamento do CB. Se recebi tudo o que pedi, é irrestrita, se recebi tuda a tecnologia existente, é total, e se recebi aquilo que o detentor da tecnologia quis mandar, não necessariamente atendendo tudo o que pedi, e pagando 5% de multa, é necessária.

‘Silent Hornet’ na Aero India 2011



http://www.aereo.jor.br/2011/02/10/vide ... nt-hornet/

Nesta página tem um vídeo feito durante o Aero India 2011.