Fórum Defesa Brasil

A questão Clermont é que o EB vai passar por um grande processo de reestruturação. Muita coisa vai ser alterada em um horizonte de 20 anos. E você sabe que existe apenas uma coisa mais conservadora que um banqueiro: um militar. A briga já está sendo travada e vamos aos poucos. Dentro deste horizonte de eventos a questão da arma individual do infante é coisa para o quarto final. Até lá haverá um mix dos dois, com prevalência do 7,62. Ainda não se sabe se será definitivo este mix, mas por agora será assim (próximos 10 anos pelo menos).
A transformação será primeiro doutrinária (latu sensu e depois strictu) e depois material. Não vai ser o ideal, mas para o EB será uma verdadeira revolução.

Abraços meu caro!

Eu confesso que nunca percebi muito bem essa guerra entre os dois calibres. Actualmente podemos encontrar os dois calibres senco usados nos pelotões de infantaria dos EUA, Reino Unido, Páras Portugueses, etc.

Já ouvi sargentos e oficiais a dizerem mal dessa mesma presença por causa de razões de logistica, mas isso se faz-se à anos e até agora ninguém perdeu nada com isso (muito pelo contrário).

Guerra escreveu:Eu acho dificil um cara na selva comandando um pelotão, sem apoio de fogo, onde tudo que ele tem é 7 fuzil e 2 FAP (esqueça lança rojão, lança grandas e principalmente morteiros) para arrancar o inimigo de uma posição, não escolher o 7,62.

Nesses condições daí é soda. Mas dá 7 fuzis 556 com 30 tiros cada e 2 Minimi com 200 tiros pro GC. Como fica agora? O cara saindo da FAP e indo para uma Minimi vai carregar só dez vezes mais munição. Não acho que o fuzil seja lá o grande problema do 556, mas sim a metralhadora de GC. Adotar o 556 sem uma boa metralhadora de GC eu acho complicado. Daí sim fica anêmico, faltando alguma coisa.

Homens de Pouca fé
Pois bem! Como mudar o calibre de 200 mil fuzil da noite para o dia?
Primeiro troca-se o essencial, FAR FEs Paraquedistas, etc.., cria-se doutrina e pronto, adota um novo calibre. Nesse meio tempo tem que ter um paleativo, não dá para ficar com esses FALs de 40 anos, manda para imbel para dar uma tunada nos bichos, transformando-os em Para-fal.

Se fossemos um pais sério é isso estaria acontecendo, pelo que tudo indica, mas como somos um país aspirante a sério vou ficar na torcida.

Inté.

knigh7 escreveu:
Guerra, eu entendo sua posição.
Mas como a gente vai tirar de combate um cara desses com 5,56mm?

Volume de fogos.

Ai que entra o valor do homem. Se o Gc for comandado por cara que sabe selecionar o alvo e controlar os tiros do GC, pode colocar até armadura medieval que o volume da jeito no cara.
Um GC funcionando como um sistema de armas não tem homem a pé que seja obstaculo.

ZeRo4 escreveu: É aquilo que foi dito no texto colocado por mim... focam muito no combate fuzil x fuzil... quando na realidade o que mais mata é aviação, tanques e artilharia!

Isso é verdade. Aviação, tanques e artilharia existem para permitir a aproximação do infante com fuzil.
O problema é quando o GC precisa se virar para fazer essa aproximação.

Franz Luiz escreveu:Boa noite Guerra

Mas com os lançadores de granadas do próprio fuzil, tipo M203 e AG-C já não pode-se ter um bom poder de fogo
para sustentar o 5,56 em combate?
Porquê logo o pessoal que defende 7,62 para a selva não terá mais argumentos para tal frente ás enormes
vantagens logísticas do 5,56. Eu acredito que só continuam com esta idéia por causa do armamento do GC atual.
Ainda não estão contando nesta equação com um fuzil mais capaz e com alguns elementos do GC equipados
com lança granadas na própria arma. Eu fiquei uns poucos anos na Amazônia e nós sabemos a dificuldade
de abastecer pelotões ou patrulhas isoladas, mesmo em tempo de paz. Imagine então em situação de guerra.
Nisto o 5,56 ganha de lavada. Leva-se muito mais munição por menos peso e, naquela sauna e isolados na selva,
isto vale muito.

Um abraço
Franz

Eu tenho minhas duvidas se o lança grandas agrega tanto num gc. Arma de infanatria tem que ter três caracteriticas. Letalidade, precisão e cadência. Você pode ver que não são três caracteristicas muito acentuadas no LG.

Para se ter uma idéia. Com o calibre 7,62 é necessário 440 tiros de mtr para tomar e manter uma posição. Contra 55 do fuzil.
A metralhadora dá quase a quantidade de tiro que todos os fuzil do Gc vai dar. Isso para o 7,62. Imagina com o 5,56.
Dai entra o que o Bolovo disse sobre as metralhadoras, que elas vão aumentar o volume de fogos. Sim, é verdade. Elas vão ter que aumentar. Aumentar quanto? O FAP tem que dar uma média de 180 tiros para tomar e manter uma posição. Isso vai ter que aumentar para uns duzentos e tantos tiros por metralhadora.
Então, a redução do calibre não quer dizer que vai sobrar munição. Diminui em um a aumenta em outro.

Que tal esse? Nem precisaríamos comprar magazines.

http://en.wikipedia.org/wiki/Kel-Tec_RFB

Que tal este.
Só pedir aos hermanos Peruanos.

Esse peruano é conhecido aqui no DB como "PAVOR 21"

Guerra escreveu:

knigh7 escreveu:
Guerra, eu entendo sua posição.
Mas como a gente vai tirar de combate um cara desses com 5,56mm?

Volume de fogos.

Ai que entra o valor do homem. Se o Gc for comandado por cara que sabe selecionar o alvo e controlar os tiros do GC, pode colocar até armadura medieval que o volume da jeito no cara.
Um GC funcionando como um sistema de armas não tem homem a pé que seja obstaculo.

Aproveitando então, Guerra:

Na sua opinião, como deveria ser armado um pelotão de Infantaria Aerostransportado e o Motorizado (fut. Mecanizado) do EB? (vamos tirar a Infantaria de Selva).

Bolovo escreveu:Esse peruano é conhecido aqui no DB como "PAVOR 21"

Já tinha visto carros-conceito, agora fuzil...


Abraços,

Wesley

XM8 era conceito também.

glauberprestes escreveu:XM8 era conceito também.

Bem lembrado.

Abraços,

Wesley