Enviado: Dom Jan 27, 2008 12:24 pm
Sei não, acho bem brabo achar alguém na rua que se diga pró-ianque, só aqui no DB mesmo, aí fora só se ouve mal dessa gente...
Túlio escreveu:Não vejo ONDE te embasas para dizer que comprar avião Russo seja declarar guerra fria aos EUA - se fosse, melhor ainda - e Francês não (notórios antiamericanos, desde os tempos de DeGaulle), embora negociem com eles sempre que convier (AWACS, por exemplo). Ainda se fosse Chinês, aí sim, daria para entender, serão os grandes rivais do futuro, na própria expectativa dos ianques...
Não adianta, se eu sou comuna e Russófilo, tu és Francófilo e FIM!!!
Ademais, melhor aprender E COMPRAR com quem está acostumado a GANHAR guerras do que a PERDER!!!
PRick escreveu:orestespf escreveu:PRick escreveu:Carlos Mathias escreveu:Prick, entenda uma coisa. Se o Brasil pautar suas compras, pagas com o nosso suado dinheiro, pelas opiniões e desejos americanos, é melhor então assumirmos uma posição napoleônica de vez. A ida à França, Rússia e mesmo aos EUA nada mais é que uma prova de que compramos de quem melhor nos prouver.
Agora vou apanhar.
Se fosse no governo anterior, pode ter certeza que já teríamos comprado 12 F-16CB50 e uns AIM-120C-5 estocados lá(mas sem HARM e sem possibilidade de vir a ter), uns M-1 de sucata, umas OHP fumaçentas e mais sapão, e todos estariam saltitando de felicidade.
Acho apenas que finalmente acertaram o rumo e agora vamos partir para atitudes de país que quer se levantar e ir prá janela do ônibus, mesmo que para isso tenha que empurrar alguém.
Cinco minutos prá começar a pancadaria.
Caro CM,
O problema, como havia colocado num post passado, não é nosso comércio exterior, ainda que, os EUA sejam o maior mercado individual, mas a pressão interna de grupos pró-EUA, como nossa querida mídia, toda a grande imprensa brasileira e a principal rede de TV são adoradores do "american way of life". Neste ponto, estamos numa situação bem diversa dos outros emergentes do BRIC. Não nos interessa uma confrontação declarada com o Ocidente, mesmo porque somos o único emergente do quarteto com cultura ocidental. Assim, temos que chutar o traseiro dos EUA com carinho. E com estrelas borbulhantes e French Fries é mais fácil do que com Vodka e Strogonoff.
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Este argumento de que os EUA ficariam incomodados com compras russas não me parece consistente, PRick. Desta forma você está assumindo publicamente (em sua opinião, claro) que o Brasil deve alguma satisfação aos EUA, ou seja, que somos fracos.
E onde fica o papo do mundo globalizado proposto pelos ingleses e americanos? Não assumir isso é voltar ao comércio polarizado. Não existe nenhum problema do Brasil comprar equipamentos militares e armamentos russos no que tange a opinião dos americanos. O máximo que pode preocupá-los é o fornecimento de tecnologias ao Brasil. E isto se aplica a todo e qualquer país do mundo.
Os americanos sabem muito bem do que somos capazes de fazer quando possuímos domínio tecnológico. E não se trata de questões militares e atritos futuros com eles, pois ganhariam uma guerra de qualquer forma. Trata-se de tornarmos um grande competidor no mercado mundial e já demos provas disso no passado recente.
Nos anos 70 e 80 os americanos viam com grande preocupação o avanço brasileiro no domínio de armamentos e equipamentos militares, hoje em dia a questão é comercial, ainda mais agora que nossa economia tomou rumo e o Brasil se mostra cada vez mais estável neste setor, precisando a cada dia conquistar mais espaços comerciais (e não recuperar, como a Argentina, por exemplo).
Falando muito sério, o seu argumento é muito ruim, mas o vejo apenas como uma torcida pessoal pelos franceses, nada mais do que isso, afinal de contas, o que tem escrito recentemente sobre a possibilidade do Brasil só comprar equipamentos franceses não se sustenta.
Sds,
Orestes
Você ignorou o principal, os grupos internos pró-EUA, a pressão dos EUA visão estes grupos, e eles são poderosos, ignorar tal fato, é ser um político ruim, afinal, nossos políticos são eleitos e existe uma tal opinião pública e os EUA podem, sim, endurecer o jogo, como falei antes, é tudo questão de saber se temos mais a ganhar ou a perder. Por hora minha análise é que temos mais a perder, particularmente, o Governo.
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orestespf escreveu:amx2000 escreveu:Mestre Orestes, nao sei porque, mas quando ouvi que o caca ja estava escolhiddo, so faltava o anuncio, veio a imagem do Gripen na minha cabeca.
Abracos
O que o levou a concluir isso, amigo AMX2000? O Jobim vai à França e Rússia agora e depois aos EUA (para se "desculpar". rsrs). Não existe previsão (ainda?) do mesmo viajar à Suécia.
O papo do Gripen ter sido escolhido no passado não é da forma que se apresenta aqui no DB. Existe muita paixão e poucas informações reais sendo constantemente divulgadas aqui.
O FX-1 foi criado pensando-se especificamente no Gripen, e isto está relacionado a dobradinha do mesmo com o radar Erieye. Tanto que os suécos fizeram um acordo com a Embraer, onde a mesma teria vários benefícios tecnológicos. Mas da noite pro dia o sr. Maurício Botelho "traiu" (que fique claro, entre-aspas!) os suécos, se aliando com os franceses em uma proposta muito inferior a acertada com os suécos.
Os suécos ficaram "desamparados", não podendo mais cumprir o que a FAB desejava (não pelo vetor em si). Foi necessário rever todos os conceitos, procedimentos, etc.
Neste ponto a FAB/Governo (ainda o FHC) passaram exigir cada vez mais o offset, com uma intenção clara de ajudar os suécos e enfraquecer a proposta dos franceses (leia-se Embraer), e principalmente para forçar a Embraer a ceder (em relação aos franceses) e retornarem ao acordo com os suécos.
Observe que não estamos falando apenas em transferência de tecnologia, mas principalmente de "balança comercial". Isto porque os "espaços com os franceses" já estavam no limite (na época) e haviam muitos espaços para serem preenchidos com os suécos.
Mas foi aí que os fabianos e governistas se surpreenderam, os russos entraram de sola no processo. Ofereceram um avião muito maior, bi-motor, mais capaz, muito mais barato, com muito mais transferência de tecnologia e com grandes possibilidades comerciais, o maior espaço a ser conquistado dentre todos os países participantes na época.
Não teve escolha, deu SU-35 na cabeça e isso ainda na gestão do FHC. E sabendo disso, sabendo que a Embraer não ganharia, que pegaria muito mal para qualquer político dizer isso para a população, chegou ao Lula e disse abertamente o que poderia acontecer. Disse que havia duas opções: deixar para o Lula (pró-Embraer na ocasião, basta lembrar da sua campanha eleitoral) a decisão (com a negativa óbvia) ou ele (FHC) fazer a compra, mas se queimando e dando espaço político para o novo governo bater até dizer chega.
Naquela época a transição de governos foi muito boa, e os dois chegaram a um bom termo (opinião deles). Para-se tudo e cria-se uma comissão não-militar para analisar as propostas. No final, o relatório desta comissão "independente" sugeriu ao governo Lula que não haviam dúvidas, que a melhor escolha entre todas as propostas (e disparada) era a proposta dos russos com o SU-35.
Mas o governo precisava mostrar credibilidade, arrumar a casa, ajustar a economia, provar que não daria calotes, etc. Não era mesmo um momento político adequado para comprar caças e muito menos sem envolver a Embraer no processo. Seria uma bomba na cabeça do novo governo. Deu no que deu, cancelamento do FX-1.
Acredite quem quiser, mas o roteiro dos acontecimentos foi realmente este, porém sem detalhar (não posso ainda) as nuances dos bastidores.
Abração,
Orestes
Túlio escreveu:Sei não, acho bem brabo achar alguém na rua que se diga pró-ianque, só aqui no DB mesmo, aí fora só se ouve mal dessa gente...
Finalmente, e depois de muitas hesitações e de algumas decisões dilatórias - como a compra de F-5 usados à Arábia Saudita e de Mirage 2000C à França - o governo brasileiro decidiu recolocar em andamento o Projecto de reequimento da FAB e Lula autorizou a aquisição de 36 caças, num investimento total que não deverá exceder os 2,2 biliões de dólares.
Dado a verdadeira “corrida armamentista” que decorre na América do Sul, com um programa ambicioso de modernização em curso na Venezuela (Sukhoi Su-30MKV ) e no Chile (F-16 Block 50), a força aérea brasileira, utilizando agora os Mirage 2000 usados como ponta-de-lança, arriscava-se a ser relegada para a terceira posição como maior força aérea do subcontinente, o que seria manifestamente incompatível com o estatuto económico, demográfico e territorial do país-irmão…
O projecto inicial, designado à época de FX-1, arrancara em Julho de 2000, sob iniciativa do então presidente Fernando Henrique Cardoso e pretendia cumprir um investimento de apenas 700 milhões de dólares, o que bastaria para adquirir entre 12 a 24 novos aparelhos para substituir os idosos Mirage IIIBR, entretando abatidos ao inventário e substituídos por 12 Mirage 2000C (ver AQUI). Este projecto FX-1 seria congelado no primeiro governo Lula, para ser novamente reaberto, e actualizado para FX-2 apenas agora, mas para o valor substancialmente mais alto e apenas possível perante a escala da modernização em curso na Venezuela de 2,2 biliões de dólares…
(Video da cerimónio de “despedida” aos Mirage IIIBR na FAB)
Ao FX-2, apresentam-se agora o Rafale C (no FX-1 surgia uma variante do Mirage 2000, o Mirage 2000BR), o franco-alemão Eurofighter Typhoon, o Saab Gripen N, o Sukhoi Su-35, e ainda os F-16C Block 60, o F-18E/F e até o… F-35 Lightning II! Entre estes, os favoritos parecem ser o Rafale francês (a nossa escolha pessoal) e o Sukhoi-35… A favor do primeiro joga o seu preço, características e o facto de haver muita pressão do governo francês para realizar a primeira exportação do aparelho, assim como a tradição de uso de caças franceses no Brasil (Mirage IIIBR e 2000) e até o facto do Mirage 2000BR ter sido praticamente declarado o vencedor do FX-1… A favor do aparelho russo estão as suas espantosas características, o raio de alcance mas… contra estão os clássicos problemas de peças e manutenção dos aparelhos russos… E as pressões americanas… Aqui, no FX-2, assim como no que concerne ao concurso dos helicópteros, o vencedor deverá oferecer uma acentuada componente industrial local e de transferência de tecnologia… O que torna a dar vantagem ao Rafale, com a sua ligação à Embraer…
A primeira tranche deverá incluir a entrega de entre 24 a 36 aparelhos, mas a escala total do programa poderá chegar à centena de aparelhos, naquilo que seria o projecto de modernização mais amplo e ambicioso de toda a América a sul dos EUA…
midnight escreveu:Nunca vi tanta baboseira num único texto.Finalmente, e depois de muitas hesitações e de algumas decisões dilatórias - como a compra de F-5 usados à Arábia Saudita e de Mirage 2000C à França - o governo brasileiro decidiu recolocar em andamento o Projecto de reequimento da FAB e Lula autorizou a aquisição de 36 caças, num investimento total que não deverá exceder os 2,2 biliões de dólares.
Dado a verdadeira “corrida armamentista” que decorre na América do Sul, com um programa ambicioso de modernização em curso na Venezuela (Sukhoi Su-30MKV ) e no Chile (F-16 Block 50), a força aérea brasileira, utilizando agora os Mirage 2000 usados como ponta-de-lança, arriscava-se a ser relegada para a terceira posição como maior força aérea do subcontinente, o que seria manifestamente incompatível com o estatuto económico, demográfico e territorial do país-irmão…
O projecto inicial, designado à época de FX-1, arrancara em Julho de 2000, sob iniciativa do então presidente Fernando Henrique Cardoso e pretendia cumprir um investimento de apenas 700 milhões de dólares, o que bastaria para adquirir entre 12 a 24 novos aparelhos para substituir os idosos Mirage IIIBR, entretando abatidos ao inventário e substituídos por 12 Mirage 2000C (ver AQUI). Este projecto FX-1 seria congelado no primeiro governo Lula, para ser novamente reaberto, e actualizado para FX-2 apenas agora, mas para o valor substancialmente mais alto e apenas possível perante a escala da modernização em curso na Venezuela de 2,2 biliões de dólares…
(Video da cerimónio de “despedida” aos Mirage IIIBR na FAB)
Ao FX-2, apresentam-se agora o Rafale C (no FX-1 surgia uma variante do Mirage 2000, o Mirage 2000BR), o franco-alemão Eurofighter Typhoon, o Saab Gripen N, o Sukhoi Su-35, e ainda os F-16C Block 60, o F-18E/F e até o… F-35 Lightning II! Entre estes, os favoritos parecem ser o Rafale francês (a nossa escolha pessoal) e o Sukhoi-35… A favor do primeiro joga o seu preço, características e o facto de haver muita pressão do governo francês para realizar a primeira exportação do aparelho, assim como a tradição de uso de caças franceses no Brasil (Mirage IIIBR e 2000) e até o facto do Mirage 2000BR ter sido praticamente declarado o vencedor do FX-1… A favor do aparelho russo estão as suas espantosas características, o raio de alcance mas… contra estão os clássicos problemas de peças e manutenção dos aparelhos russos… E as pressões americanas… Aqui, no FX-2, assim como no que concerne ao concurso dos helicópteros, o vencedor deverá oferecer uma acentuada componente industrial local e de transferência de tecnologia… O que torna a dar vantagem ao Rafale, com a sua ligação à Embraer…
A primeira tranche deverá incluir a entrega de entre 24 a 36 aparelhos, mas a escala total do programa poderá chegar à centena de aparelhos, naquilo que seria o projecto de modernização mais amplo e ambicioso de toda a América a sul dos EUA…
Fonte:
http://movv.org/2007/11/06/o-brasil-reactiva-o-programa-fx-2-rafale-c-typhoon-gripen-n-sukhoi-su-35-f-16c-block-60-f-18ef-ou-f-35-lightning-ii/
Propaganda francesa na cara dura, Rafale preço mais baixo
Mirage-2000BR vencedor do F-X1 Não teria sido o Gripen
PRick escreveu:midnight escreveu:Nunca vi tanta baboseira num único texto.Finalmente, e depois de muitas hesitações e de algumas decisões dilatórias - como a compra de F-5 usados à Arábia Saudita e de Mirage 2000C à França - o governo brasileiro decidiu recolocar em andamento o Projecto de reequimento da FAB e Lula autorizou a aquisição de 36 caças, num investimento total que não deverá exceder os 2,2 biliões de dólares.
Dado a verdadeira “corrida armamentista” que decorre na América do Sul, com um programa ambicioso de modernização em curso na Venezuela (Sukhoi Su-30MKV ) e no Chile (F-16 Block 50), a força aérea brasileira, utilizando agora os Mirage 2000 usados como ponta-de-lança, arriscava-se a ser relegada para a terceira posição como maior força aérea do subcontinente, o que seria manifestamente incompatível com o estatuto económico, demográfico e territorial do país-irmão…
O projecto inicial, designado à época de FX-1, arrancara em Julho de 2000, sob iniciativa do então presidente Fernando Henrique Cardoso e pretendia cumprir um investimento de apenas 700 milhões de dólares, o que bastaria para adquirir entre 12 a 24 novos aparelhos para substituir os idosos Mirage IIIBR, entretando abatidos ao inventário e substituídos por 12 Mirage 2000C (ver AQUI). Este projecto FX-1 seria congelado no primeiro governo Lula, para ser novamente reaberto, e actualizado para FX-2 apenas agora, mas para o valor substancialmente mais alto e apenas possível perante a escala da modernização em curso na Venezuela de 2,2 biliões de dólares…
(Video da cerimónio de “despedida” aos Mirage IIIBR na FAB)
Ao FX-2, apresentam-se agora o Rafale C (no FX-1 surgia uma variante do Mirage 2000, o Mirage 2000BR), o franco-alemão Eurofighter Typhoon, o Saab Gripen N, o Sukhoi Su-35, e ainda os F-16C Block 60, o F-18E/F e até o… F-35 Lightning II! Entre estes, os favoritos parecem ser o Rafale francês (a nossa escolha pessoal) e o Sukhoi-35… A favor do primeiro joga o seu preço, características e o facto de haver muita pressão do governo francês para realizar a primeira exportação do aparelho, assim como a tradição de uso de caças franceses no Brasil (Mirage IIIBR e 2000) e até o facto do Mirage 2000BR ter sido praticamente declarado o vencedor do FX-1… A favor do aparelho russo estão as suas espantosas características, o raio de alcance mas… contra estão os clássicos problemas de peças e manutenção dos aparelhos russos… E as pressões americanas… Aqui, no FX-2, assim como no que concerne ao concurso dos helicópteros, o vencedor deverá oferecer uma acentuada componente industrial local e de transferência de tecnologia… O que torna a dar vantagem ao Rafale, com a sua ligação à Embraer…
A primeira tranche deverá incluir a entrega de entre 24 a 36 aparelhos, mas a escala total do programa poderá chegar à centena de aparelhos, naquilo que seria o projecto de modernização mais amplo e ambicioso de toda a América a sul dos EUA…
Fonte:
http://movv.org/2007/11/06/o-brasil-reactiva-o-programa-fx-2-rafale-c-typhoon-gripen-n-sukhoi-su-35-f-16c-block-60-f-18ef-ou-f-35-lightning-ii/
Propaganda francesa na cara dura, Rafale preço mais baixo
Mirage-2000BR vencedor do F-X1 Não teria sido o Gripen
Quem venceu o FX-1 foi o M-2000C não é mesmo, porque afinal foi ele que foi comprado e está sendo usado até a chegado do FX-2.
[ ]´s
Carlos Mathias escreveu:[063]