Aviação do Exército

[Viktor Reznov]

Esse aqui é o Mi-171A3, a última versão do clássico Mi-8. Tem tudo dos avanços tecnológicos do Mi-38 e outras coisas mais, inclusive que seguem as normas da FAA/EASA/ANAC para helos.
Alguém aí consegue me provar por A + B que este helo não é capaz de atender a todas as missões da Avex ou da FAB só porque ele é fabricado na Rússia?
Aliás, quantos dele compramos com o que se pretende gastar em BlackHawk de qualquer jeito, segundo o desejo velado dos comandos das ffaa's e de suas aviações de asa rotativa?

Parafuso gira ao contrário.

PS: ficou lindão esse helicóptero.

[Túlio]

Esse aqui é o Mi-171A3, a última versão do clássico Mi-8. Tem tudo dos avanços tecnológicos do Mi-38 e outras coisas mais, inclusive que seguem as normas da FAA/EASA/ANAC para helos.
Alguém aí consegue me provar por A + B que este helo não é capaz de atender a todas as missões da Avex ou da FAB só porque ele é fabricado na Rússia?
Aliás, quantos dele compramos com o que se pretende gastar em BlackHawk de qualquer jeito, segundo o desejo velado dos comandos das ffaa's e de suas aviações de asa rotativa?

Parafuso gira ao contrário.

PS: ficou lindão esse helicóptero.

PUTZ, as FFAA nem acabaram de receber direito os UH-60 e -225 e neguim já quer um terceiro tipo, com uma terceira linha logística, tá brabo o caso...

[FCarvalho]

Nas entrevistas concedidas tanto pelo General Carlos Waldyr Aguiar (Comandante antecessor da AvEx) quanto pelo atual, o General Ricardo José Nigri eles frizaram que o EB quer um helicóptero de ataque dedicado.
Aliás, naquela entrevista do mês passado com o Coronel Thiago Fatorelli cujo link eu havia colocado, ele frisou também o planejamento de aquisição de um helicóptero de ataque dedicado para a AvEx.

Sim, você está corretíssimo. É fato que a Avex quer um helo de ataque dedicado, tanto que o MI-35 sequer foi oferecido pelos russos. Eles apresentaram ao GEA o Mi-28 para avaliação.
Por outro lado, me parece um contra senso termos aqui um dos mais míticos helos de ataque de todos os tempos e o EB aparentemente sequer se interessar em conversar com a FAB para quem sabe fazer cursos para os seu pilotos com ele, aproveitando o simples fato de eles já estarem aí e sabemos operá-los em todo o seu potencial. Um prelúdio do que poderia vir a ser a operação dos futuros helos de ataque. Aliás, esta integração com os Mi-35 da FAB quiçá ajudaria mesmo a compor informações valiosas para embasar o futuro ROB sobre este tipo de helo. Afinal, uma coisa é você fazer isso baseado apenas em experiências teórico-práticas feitas em visitas agendadas e pré-programadas. Outra, é partir das próprias experiências em operar cotidianamente o seu próprio helo de ataque. Mesmo que ele não seja emprestado de outra força.

[FCarvalho]

PUTZ, as FFAA nem acabaram de receber direito os UH-60 e -225 e neguim já quer um terceiro tipo, com uma terceira linha logística, tá brabo o caso...

Não temos mais nenhum BH para receber oficialmente. Quanto aos H225M, o MD negocia com a Helibrás a troca de uma parte dos últimos a serem entregues por helos de treinamento para FAB e MB. Então, o que era para ser 50, vai acabar ficando em mais ou menos 45 unidades talvez.
Por mim, a Avex poderia ser totalmente reequipada com o Mi-17A3, que aliás, com o que gastamos nos Caracal, daria para cobrir todos os 4 Bavex e ainda sobraria para formar outros com o helo russo.
É questão de negociar. A FAB não faz questão de mais H225M, afinal o objetivo agora é comprar mais BH para o 2o/3o Gav em Campo Grande. EB idem para os 16 helos que a Avex afirma querer para substituir HM-2/3.
Quanto a MB, penso que ela ficaria bem satisfeita de posse dos 15 helos do exército se os Mi-17 fossem padronizados na Avex.
Aliás, com uma capacidade de transporte de até 37 combatentes, com 4 Mi-17 você leva uma cia inf a qualquer lugar. Com 16 você leva um batalhão inteiro. São apenas 4 Bavex. Não deve ser tão difícil assim negociar 64 unidades com os russos. Ou 108 se resolvermos dispor de 1 Bavex por comando militar de área como eu entendo ser o necessário.

[Túlio]

Resumo: ACHO, ergo SEI.

Cupincha, se deixassem as aquisições de MEM na tua mão até A ÍNDIA passaria vergonha perto de nós.

[ECorreia]

Nas entrevistas concedidas tanto pelo General Carlos Waldyr Aguiar (Comandante antecessor da AvEx) quanto pelo atual, o General Ricardo José Nigri eles frizaram que o EB quer um helicóptero de ataque dedicado.
Aliás, naquela entrevista do mês passado com o Coronel Thiago Fatorelli cujo link eu havia colocado, ele frisou também o planejamento de aquisição de um helicóptero de ataque dedicado para a AvEx.

Sim, você está corretíssimo. É fato que a Avex quer um helo de ataque dedicado, tanto que o MI-35 sequer foi oferecido pelos russos. Eles apresentaram ao GEA o Mi-28 para avaliação.
Por outro lado, me parece um contra senso termos aqui um dos mais míticos helos de ataque de todos os tempos e o EB aparentemente sequer se interessar em conversar com a FAB para quem sabe fazer cursos para os seu pilotos com ele, aproveitando o simples fato de eles já estarem aí e sabemos operá-los em todo o seu potencial. Um prelúdio do que poderia vir a ser a operação dos futuros helos de ataque. Aliás, esta integração com os Mi-35 da FAB quiçá ajudaria mesmo a compor informações valiosas para embasar o futuro ROB sobre este tipo de helo. Afinal, uma coisa é você fazer isso baseado apenas em experiências teórico-práticas feitas em visitas agendadas e pré-programadas. Outra, é partir das próprias experiências em operar cotidianamente o seu próprio helo de ataque. Mesmo que ele não seja emprestado de outra força.

O Exército realiza exercícios conjuntos com a FAB. Acha que pilotos do Esquadrão Poti não interagem com os da AvEx?

[FCarvalho]

O Exército realiza exercícios conjuntos com a FAB. Acha que pilotos do Esquadrão Poti não interagem com os da AvEx?

Eu nunca soube de um piloto da Avex voando nos Mi-35 da FAB.
Operar ao lado, ou com, é uma coisa, outra é operar dentro deles.

[FCarvalho]

Resumo: ACHO, ergo SEI.

Cupincha, se deixassem as aquisições de MEM na tua mão até A ÍNDIA passaria vergonha perto de nós.

Nem tanto. Se os 2% do PIB para a Defesa chegassem nas minhas mãos, e não tivesse que gastar 80% disso com despesa de pessoal, só investimento e custeio, eu fatalmente elevaria o nível da defesa do Brasil a outro patamar, usando simplesmente os instrumentos que a PND/END e legislação complementar nos dão.
A coisa é simples. Se deixar nas mãos apenas dos militares eles vão continuar brincando de "aliado extra-OTAN" o resto da vida e vamos continuar pagando troco para arrumar porcaria nos estoques alheios ad infinitum.
Compras militares são essencialmente políticas. E se eu puder usar a Política, com P maiúsculo, para colocar a nossa Defesa onde ela merece, todos os programas e/ou projetos do MD estariam andando para frente, e não de lado. O país ganha, os militares ganham, a indústria ganha, todo mundo ganha alguma coisa no mercado de defesa. Só não vê isso quem não quer ou é cego, ou hipócrita, por causa de ideologice.
Eu leio os documentos de planejamento das ffaa's e tudo no papel é muito bom e bonito, e totalmente exequível do ponto de vista financeiro/orçamentário. Mas, como Defesa não é assunto nem para conversa de butiquim no Brasil.

[ECorreia]

O Exército realiza exercícios conjuntos com a FAB. Acha que pilotos do Esquadrão Poti não interagem com os da AvEx?

Eu nunca soube de um piloto da Avex voando nos Mi-35 da FAB.
Operar ao lado, ou com, é uma coisa, outra é operar dentro deles.

Você está me obrigando a responder o óbvio.

Jornalistas brasileiros, como o Claudio Lucchesi, já voaram no Mi-35 do Esquadrão Poti* para fazer matérias sobre eles e então um piloto da AvEx não deve ter voado?

*
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%A1udio_Lucchesi

Pelo menos dê uma olhada em revistas especializadas nacionais.

[FCarvalho]

Meu caro ECorreia, eu leio revistas especializadas desde os anos 1980 e tinha coleções completas da ASAS, Revista Força Aérea e muitas Tecnologia e Defesa e Segurança e Defesa, que acabaram por perder-se no tempo. Aliás, prefiro revistas à internet. Desde sempre. E mantenho esse costume até o dia que não existir mais papel.

Acompanho o Luchessi desde os anos 1990 e mais de perto a partir de 2001 quando do lançamento da revista dele, e já li praticamente todas as suas matérias e de outros autores sobre a Avex nos últimos 20 anos. E se me minha memória não me trai, foram poucas as matérias feitas com os Mi-35 da FAB. Mas de qualquer forma, ao menos para mim, muito melhor em conteúdo e qualidade jornalística do que se encontra por aí nas telas de computador e celulares da vida.

Quanto a pilotos da Avex voando nos Sabre, volto a afirmar que nunca vi e nem li nada sobre isso em nenhuma revista desde que estes helos chegaram ao Brasil. Mas posso estar enganado. Afinal, as forças costumeiramente não são afetas à comunicação social tão abertamente quanto se poderia esperar delas. Imagino que possa ter acontecido e não contaram a ninguém. Vai saber o porquê.

[Túlio]

Nem tanto. Se os 2% do PIB para a Defesa chegassem nas minhas mãos, e não tivesse que gastar 80% disso com despesa de pessoal, só investimento e custeio, eu fatalmente elevaria o nível da defesa do Brasil a outro patamar, usando simplesmente os instrumentos que a PND/END e legislação complementar nos dão.
A coisa é simples. Se deixar nas mãos apenas dos militares eles vão continuar brincando de "aliado extra-OTAN" o resto da vida e vamos continuar pagando troco para arrumar porcaria nos estoques alheios ad infinitum.
Compras militares são essencialmente políticas. E se eu puder usar a Política, com P maiúsculo, para colocar a nossa Defesa onde ela merece, todos os programas e/ou projetos do MD estariam andando para frente, e não de lado. O país ganha, os militares ganham, a indústria ganha, todo mundo ganha alguma coisa no mercado de defesa. Só não vê isso quem não quer ou é cego, ou hipócrita, por causa de ideologice.
Eu leio os documentos de planejamento das ffaa's e tudo no papel é muito bom e bonito, e totalmente exequível do ponto de vista financeiro/orçamentário. Mas, como Defesa não é assunto nem para conversa de butiquim no Brasil.

Muitas vezes os teus posts são difíceis pra caramba de entender, assim, me digas se entendi errado: o que destaquei me parece um exemplo eloquente do que chamo Síndrome do Policarpo Quaresma , ou seja, pegamos um problema complicado, removemos o fator complicador e a partir daí a solução é tão simples que chega a ser SIMPLÓRIA; estando destinados uns 2% do PIB (que não é o orçamento, este fica ali pela metade ou menos e é finito) para a Defesa, se removes os custos de pessoal (ativa, reserva e pensionistas) vais ficar apenas com a parte que sobrar para investimento e custeio (afinal, para onde os mandares as verbas irão junto, não se pode tirar O Algo do Nada), ou seja, vais tentar sair de "A" e vais chegar a..."A" .

Na prática a teoria é OUTRA!

[FCarvalho]

Muitas vezes os teus posts são difíceis pra caramba de entender, assim, me digas se entendi errado: o que destaquei me parece um exemplo eloquente do que chamo Síndrome do Policarpo Quaresma , ou seja, pegamos um problema complicado, removemos o fator complicador e a partir daí a solução é tão simples que chega a ser SIMPLÓRIA; estando destinados uns 2% do PIB (que não é o orçamento, este fica ali pela metade ou menos e é finito) para a Defesa, se removes os custos de pessoal (ativa, reserva e pensionistas) vais ficar apenas com a parte que sobrar para investimento e custeio (afinal, para onde os mandares as verbas irão junto, não se pode tirar O Algo do Nada), ou seja, vais tentar sair de "A" e vais chegar a..."A" .
Na prática a teoria é OUTRA!

Vou tentar ser menos prolixo e complicado.
Uma das questões mais fulcrais no orçamento do MD é dar conta da separação do que é pagamento de pessoal do que é custeio e investimento. Se eu entendi corretamente a proposta do MD em relação aos 2% isto seria apenas referente a estes dois últimos itens.
Mas como bem dissestes, uma coisa puxa a outra. Existem várias propostas para esta questão dentro do ministério vindo das forças armadas e do próprio. Mas todas são de difícil implementação por oferecer soluções que não agradam a todos na íntegra.
Assim, me parece que sem resolver isto, pouco importa se são 2, 3 ou 4 por cento do PIB, vamos ficar sempre na mesma.
Não sei se há vontade política e nem dos militares em de fato dar cabo desta questão. E mesmo se o MD tem força para implantar uma solução própria.
Enfim, penso que se a proposta do MD com 2% do PIB aplicados em custeio e investimento conseguir chegar algum dia a tornar-se fato, então quem sabe teremos a chance de mudar algo concretamente na realidade da defesa deste país.
Mas isso sou eu pensando aqui com os meus botões.

[Túlio]

Não sei se há vontade política e nem dos militares em de fato dar cabo desta questão. E mesmo se o MD tem força para implantar uma solução própria.

Vontade por certo há, Força é que não, nem vai haver.

Motivo abaixo.

Enfim, penso que se a proposta do MD com 2% do PIB aplicados em custeio e investimento conseguir chegar algum dia a tornar-se fato, então quem sabe teremos a chance de mudar algo concretamente na realidade da defesa deste país.

NO BRASIL?

Falamos do mesmo País? Aquele que é habitado por um curioso tipo de Povo, majoritariamente estatista (leia-se XUXA ) até a medula mas que adora se achar conservador nos costumes e liberal na Economia? Quá!

Experimenta parar de "dar" talquinho pra cada assadura que tiverem na bunda porque queres comprar mísseis com o guito e depois me contes como foi que derrubaste o PR que te deixou agir...

[ECorreia]

Apenas de fundos públicos vinculados ao Orçamento Federal, desconsiderando os de repasses para estados e municípios, são 43.

Se somar com os dos Estados, deve ser uma quantidade enorme.

Foi por isso que foi aprovada neste ano a Emenda Constitucional 109 que proíbe a criação de novos fundos públicos que recebem repasses do Orçamento. Inclusive com o apoio dos Executivos estaduais cuja emenda é abrangente nos 3 níveis. Se aparece lá um deputado estadual propondo a criação de mais um fundo assistencial a maioria nunca vai ser contra.

Diante de tantos fundos, nunca foi criado um para as Forças Armadas porque não dá voto. Simples assim.

Não há mais possibilidade da Defesa ter um fundo para financiamento dos seus projetos*mas provavelmente ele nunca seria criado e iriam continuar sendo criados mais fundos para outros setores. Que dão voto.

*Há o fundo da Marinha Mercante que pode ajudar a MB.

[Duka]

A questão de gastos em defesa no Brasil é bem complicada no meu ver.
1 - pra fazer frente a ameaças regionais (existe de fato alguma?), o que temos dá e sobra...
2 - para fazer frente a alguma coalizão internacional, nem com 100% do PIB seria suficiente.

No fundo é por isso que temos FA ridículas. Falta de necessidade (caso 1) e desalento (caso 2).

Então nós entusiastas sempre vamos acabar frustrados mesmo. Brasil não tem condições, necessidade e vontade de ter FA potentes e deve continuar assim por algumas décadas ainda (provavelmente todos aqui do Fórum estarão mortos antes de que tenhamos poderio militar digno de nota).