EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4456 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jul 19, 2015 3:11 pm

Túlio escreveu:Como assim "fechado"? Se os carros se comunicam entre si e com um Comando, dados entram e saem. Daí pode entrar (e sair) o que não deve... :wink: 8-]
Não necessariamente.

Os sistemas de bordo em geral e o de comunicação não precisam ser interligados. Não sei como fizeram, mas eu pessoalmente os projetaria para serem independentes, até para evitar que um único problema desabilitasse todos os recursos do veículo ao mesmo tempo.


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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4457 Mensagem por Túlio » Dom Jul 19, 2015 3:17 pm

LeandroGCard escreveu:
Túlio escreveu:Como assim "fechado"? Se os carros se comunicam entre si e com um Comando, dados entram e saem. Daí pode entrar (e sair) o que não deve... :wink: 8-]
Não necessariamente.

Os sistemas de bordo em geral e o de comunicação não precisam ser interligados. Não sei como fizeram, mas eu pessoalmente os projetaria para serem independentes, até para evitar que um único problema desabilitasse todos os recursos do veículo ao mesmo tempo.


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Leandro véio, parto do que me foi dito e demonstrado: o que um Guarani "sabe", todos "sabem", ou seja, NCW!

Claro, sempre posso ter entendido BEM errado e não prestado atenção (ou perguntado) a esta ou aquela salvaguarda. Apenas critiquei a escolha por Windows que, a rigor, sequer sei se foi mantida...




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4458 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jul 19, 2015 3:54 pm

Túlio escreveu:Leandro véio, parto do que me foi dito e demonstrado: o que um Guarani "sabe", todos "sabem", ou seja, NCW!

Claro, sempre posso ter entendido BEM errado e não prestado atenção (ou perguntado) a esta ou aquela salvaguarda. Apenas critiquei a escolha por Windows que, a rigor, sequer sei se foi mantida...
Informação comunizada sim, faz parte de qualquer sistema de comunicação moderno.

Mas isso não significa que o controle das armas, da propulsão e etc... tenha que estar integrado também. Pelo menos enquanto eles não forem disparar mísseis BVR com link de dados para correções de curso intermediárias :wink: .


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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4459 Mensagem por Clermont » Dom Jul 19, 2015 4:04 pm

Túlio escreveu:Mais ou menos, Mestre:

1) O assento "extra" é o do Atdr da Platt, em caso de deslocamentos mais longos (dificilmente ele vai querer ficar em pé, com o traseiro no "balanço" que tem ali). Conforme o ferido, não vai dar...
Epa, agora vc me confundiu.

É um assento só para ser compartilhado por duas buzanfas?

Ou seja, se a buzanfa do sujeito que atira com a .50 Browing estiver ocupando o assento, então, o "convidado extra" (além dos nove fuzileiros) terá de ficar de pé? E vice-versa?

Se for isso mesmo então não se pode dizer que a viatura tem espaço para dez homens. Partindo do pressuposto que, obrigatoriamente, o lugar do atirador teria de estar SEMPRE ocupado para eventualidades de surpresa.

Afinal de contas, veja-se os relatos de combates americanos em Fallujah à bordo de "Bradley". Essa viatura foi projetada para transportar 3 tripulantes e 6 soldados, sentados o tempo todo. Depois foi remodelada para comportar um sétimo soldado de desembarque. Num total de DEZ homens, com assentos para cada um deles. Só que no combate real, alguns "Bradley" foram para a Batalha de Fallujah, em novembro de 2004, carregando OITO soldados, além dos três tripulantes. E as narrativas mostram que era um caos lá dentro, com a viatura sacudindo com os ataques de RPG, explosões de IEDs. E os soldados dentro batendo com o capacete no queixo um do outro, com as fitas de munição de metralhadora 7,62 voando pelo interior e chicoteando os soldados.
O que me deixa encafifado é outra coisa: e o Cmt do Pel Fuz Mec (Ten)? Coordena tudo de dentro da VTR ou desembarca também?
Tem um texto que eu postei sobre experiências dos canadenses no Afeganistão onde parece que há situações onde espera-se que um comandante de pelotão fique embarcado, por exemplo, coordenando o pedido de fogo da artilharia ou de aeronaves, contando com os meios de radiocomunicação da viatura. Mas, de modo geral, espera-se que o comandante lidere seu pelotão no chão. Tanto para os canadenses quanto para os americanos.

No Iraque, um comandante de companhia de infantaria blindada ("Bradley") não desembarcou no primeiro combate, e por causa disso, ficou malvisto por alguns dos seus subordinados. Na batalha seguinte, em Fallujah, ele liderou a companhia do chão. E ele era um capitão! Nos pelotões americanos com viaturas "Stryker" ou "Bradley" quando o comandante desembarca, cabe ao sargento-adjunto permanecer montado e controlar as viaturas vazias, fornecendo apoio de fogo e cuidando de outras questões como ressuprimento, cuidados com os feridos etc.




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4460 Mensagem por Túlio » Dom Jul 19, 2015 4:13 pm

Clermont escreveu:
Túlio escreveu:Mais ou menos, Mestre:

1) O assento "extra" é o do Atdr da Platt, em caso de deslocamentos mais longos (dificilmente ele vai querer ficar em pé, com o traseiro no "balanço" que tem ali). Conforme o ferido, não vai dar...
Epa, agora vc me confundiu.

É um assento só para ser compartilhado por duas buzanfas?

Ou seja, se a buzanfa do sujeito que atira com a .50 Browing estiver ocupando o assento, então, o "convidado extra" (além dos nove fuzileiros) terá de ficar de pé? E vice-versa?

Se for isso mesmo então não se pode dizer que a viatura tem espaço para dez homens. Partindo do pressuposto que, obrigatoriamente, o lugar do atirador teria de estar SEMPRE ocupado para eventualidades de surpresa.

Afinal de contas, veja-se os relatos de combates americanos em Fallujah à bordo de "Bradley". Essa viatura foi projetada para transportar 3 tripulantes e 6 soldados, sentados o tempo todo. Depois foi remodelada para comportar um sétimo soldado de desembarque. Num total de DEZ homens, com assentos para cada um deles. Só que no combate real, alguns "Bradley" foram para a Batalha de Fallujah, em novembro de 2004, carregando OITO soldados, além dos três tripulantes. E as narrativas mostram que era um caos lá dentro, com a viatura sacudindo com os ataques de RPG, explosões de IEDs. E os soldados dentro batendo com o capacete no queixo um do outro, com as fitas de munição de metralhadora 7,62 voando pelo interior e chicoteando os soldados.
O que me deixa encafifado é outra coisa: e o Cmt do Pel Fuz Mec (Ten)? Coordena tudo de dentro da VTR ou desembarca também?
Tem um texto que eu postei sobre experiências dos canadenses no Afeganistão onde parece que há situações onde espera-se que um comandante de pelotão fique embarcado, por exemplo, coordenando o pedido de fogo da artilharia ou de aeronaves, contando com os meios de radiocomunicação da viatura. Mas, de modo geral, espera-se que o comandante lidere seu pelotão no chão. Tanto para os canadenses quanto para os americanos.

No Iraque, um comandante de companhia de infantaria blindada ("Bradley") não desembarcou no primeiro combate, e por causa disso, ficou malvisto por alguns dos seus subordinados. Na batalha seguinte, em Fallujah, ele liderou a companhia do chão. E ele era um capitão! Nos pelotões americanos com viaturas "Stryker" ou "Bradley" quando o comandante desembarca, cabe ao sargento-adjunto permanecer montado e controlar as viaturas vazias, fornecendo apoio de fogo e cuidando de outras questões como ressuprimento, cuidados com os feridos etc.
O assento "extra" na versão com Platt é do Atdr, para o caso de longos deslocamentos em áreas sem risco. Por exemplo, em tempos de paz. Em tese são 12 assentos (incluindo o "balanço") mas em termos Doutrinários são 11 (o "balanço" não é considerado assento e sim descanso).

Notar ainda que o EB é um Exército "de tempos de paz". Lembrar daquele primoroso texto que nos brindaste, Exército da FEB x Exército "de Caxias", até hoje sempre o levo em conta quando penso o EB...




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4461 Mensagem por prp » Dom Jul 19, 2015 5:18 pm

LeandroGCard escreveu:
Túlio escreveu:Leandro véio, parto do que me foi dito e demonstrado: o que um Guarani "sabe", todos "sabem", ou seja, NCW!

Claro, sempre posso ter entendido BEM errado e não prestado atenção (ou perguntado) a esta ou aquela salvaguarda. Apenas critiquei a escolha por Windows que, a rigor, sequer sei se foi mantida...
Informação comunizada sim, faz parte de qualquer sistema de comunicação moderno.

Mas isso não significa que o controle das armas, da propulsão e etc... tenha que estar integrado também. Pelo menos enquanto eles não forem disparar mísseis BVR com link de dados para correções de curso intermediárias :wink: .


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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4462 Mensagem por Túlio » Dom Jul 19, 2015 5:20 pm

Eu idem, por isso pergunto...




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4463 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Jul 19, 2015 5:32 pm

Túlio escreveu:Mas aí é que está, cupincha véio: que eu saiba há um esforço institucional do GF para usar software livre, por que isso não se aplica às FFAA (se é que não, não vou discorrer sobre o que não sei, apenas vi aquela vez)?
De fato, o Lula assinou um papel, dai a virar realidade são outros quinhentos e mais bilhões de investimento.

Existem muitos equipamentos que, internamente, rodam o Windows, são chamados de "black box" onde não interessa o que tem dentro, ele é um produto fechado, faz o que se propõe a fazer e pronto, as vezes o cliente até sabe o que tem dentro, ai vira "White box", mas não se mexe dentro da caixa, muitas controladoras de storage usam Windows, como seria uma concorrência em que o uso de software livre fosse obrigatório? As vezes nem existe opção...

A menos que o governo desembolsasse para desenvolver as alternativas abertas... E ai vem o segundo problema, nessa onda de software livre todos os software governamentais e sites de órgãos teriam que atender a nova ordem, criaram o Serpro para atender a demanda, fizeram, e alguns tiveram que voltar atrás, o Serpro não deu conta ou não prestou um serviço satisfatório.

Enfim, faltou investimento para a iniciativa funcionar, faltou... Alguns bilhões de reais e muita paciência.

Então, voltando ao Guarani, por que tem Windows nele e por que tantas "caixas" tem Windows? E a resposta é simples, porque já existe praticamente tudo para Windows, muitas vezes usar algum outro sistema significa ter que desenvolver algum pedacinho que já tem pronto para Windows, esse desenvolvimento chega fácil na casa dos milhões, para 2000 unidades? Mais fácil, barato e rápido gastar alguns poucos mil reais em licenças do Windows.
Túlio escreveu:PUTZ Windows é ímã de malware
O Windows usado nesses casos tem o mínimo possível, apenas os componentes necessários para o sistema funcionar, nada de outlook, internet explorer e o usuário (peça fundamental para que 99% desses malware funcionem) tem acesso muito restrito as configurações do sistema.

E claro, eles não estão ligados na internet (quer dizer, alguns modens que vem com o Windows estão, mas não é o caso do Guarani).
Túlio escreveu:milhões de pessoas passam um tempão tentando hackear.
O que é uma vantagem, é o sistema mais testado da história, dizer que o Linux é melhor porque tem menos malware é o mesmo que dizer que o Tamoyo III é melhor que o M1 Abrams porque o primeiro nunca foi destruído em combate.

O Windows já teve muitas falhas, e que foram corrigidas, de tempos em tempos hackers descobrem falhas novas (e há empresas empenhadas nessa tarefa, a MS paga por cada falha descoberta), o esforço na descoberta de novas falhas supera o esforço nos testes de muitos sistemas militares.
Túlio escreveu:Já o Linux - que, ao contrário do Windows, tem código aberto, podendo ser customizado em níveis que creio impossíveis nos OSs proprietários - por exemplo, é de graça e, até onde eu saiba, há muito menos malware apontado para ele.
Há se fosse fácil assim de customizar o código do Linux... Um sistema operacional é algo bem complexo, supera em muito o código no F-35 e olha o que a Lockheed está sofrendo para programar aquele aviãozinho... Customizar um SO para 2000 unidades de um blindado é algo fora de cogitação, SE o governo tivesse um programa SÉRIO de gerenciamento de propriedade intelectual ai TALVEZ desse para usar um SO específico de propriedade do governo, mas estamos muito longe disso.
Túlio escreveu:Conectando isso com o FATO de que o Guarani foi projetado para operar em ambiente NCW, me parece haver muito mais espaço para "bugar" esquadrões inteiros com Windows do que com Linux (apenas um exemplo).
A superfície de ataque do sistema é bem reduzida, ele não está conectado na internet e nem no Wifi, a rede NCW que ele se conecta é proprietária (propriedade da Iveco ou do EB, não da MS), assim, o código que opera ela não tem nada a ver com o sistema operacional e é esse código que teria que ser atacado para alguém "hackear" o Guarani.

E talvez, o fato dessa rede ser proprietária seja o maior problema, a falha que permitiu os Iranianos capturarem um drone americano não teve nada a ver com o Windows ou Linux...




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4464 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Jul 19, 2015 5:33 pm

prp escreveu:Pois é. Eu acho treta deixar o sistema de armas ligados na rede e passível de jameamento, inclusive usando um sistema extremamente falho como o windows cheio de backdorr.
Jameamento não tem nada a ver com Windows e backdoor...




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4465 Mensagem por Túlio » Dom Jul 19, 2015 5:36 pm

Muito obrigado MESMO, Marechal véio! Vou repensar...




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4466 Mensagem por prp » Dom Jul 19, 2015 6:03 pm

Marechal-do-ar escreveu:
prp escreveu:Pois é. Eu acho treta deixar o sistema de armas ligados na rede e passível de jameamento, inclusive usando um sistema extremamente falho como o windows cheio de backdorr.
Jameamento não tem nada a ver com Windows e backdoor...
Editado.

Li sua resposta ao Túlio




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4467 Mensagem por juarez castro » Dom Jul 19, 2015 10:35 pm

Bourne escreveu:Isso é básico em qualquer veículo pesado atual: motor eletrônico; câmbio automático; freio a disco; diesel s10; arla 32; e monte de eletrônica.

Sim, é básico só estão cheios e cheios de problemas, eu sou operador do sistema, conheço e falo cadeira, Porque:

Porque não temos três coisas importantes para isto rodar bem:
1. Fiscalização e controle efetivo da qualidade do combustível, pois o S 10 que até a pouco estava sendo importado e com bom nível de qualidade, chega ao Brasil e ganha a adição de 5% de bio diesel e aí começam os problemas, pois dada a má armazenagem do produto que tem vida útil muito mais curta que o S 500, com a adição do bio diesel ganha matéria vivia e ao contato coma agua proveniente de liquefeção do oxigênio nos tanques cria uma bactéria que se prolifera e forma uma borra de cor roxa que ao conta com a flauta Cammon rail ou ainda com a bomba de pressurização do sistema unidade injetora independente danifica qualquer um destes sistemas, e isto está sendo mais comum do que parece por aí, pergunte a qualquer frotista.
2 Mão de obra com pouca qualificação e mal remunerada, vale para o EB também.
3. Falta de mão de obra qualificada para manutenir estes sistemas corretamente.

Não tem nada de coisa de outro mundo e que o mercado civil conhece mais de uma década. Não quer dizer que essas especificações sejam mais caras de manter em termos gerais e frente aos ganhos de eficiência e resistência. Por exemplo, transportadora prefere câmbio automático para proteger o equipamento do motorista ignorante. A alternativa é esquecer tudo e voltar para os urutus com motorzão OM 366 LA, algo que nem se cogita nas montadores e nos clientes do mercado civil.
São mais caras de manter, vou te exemplificar:

Uma flauta common rail como a do motor Iveco seis cilindros do Guarani não custa menos de R$ 18.000,00, um bobma injeto em linha é totalmente reparada com R$ 4.000,00.
Um câmbio normal mecânico vocâ repara com algo em torno , dependendo do câmbio R$ 20.000,00, um automático custa três vezes isto.
Eu sou favorável ao uso do câmbio automático, desde que as concessionárias tenham suporte técnico necessário, coisa que nem de perto está acontecendo, experimente ter um problema em um câmbio automático de qualquer caminhão do mercado e ficarás 40 dias parada aguardando uma solução, esta é a realida do Brasil
Bourne, não estou apregoando aqui que temos que voltar a caixa Eaton mecância e motor 366 com bomba, apenas manifestei minha preocupação com o depois.

Logo até os mercedão/VW-MAN lonado mais básicos vão ter todos os componentes citados acima. Acredito que os 6X6 adquiridos da MAN-VW já devem ter todos esses componentes.
O segundo já é visita constante nas concessionárias por tudo isto que expliquei anteriormente e pelas gambiarras que a MAN fez tentando transformar o Bob Esponja em um caminhão militar.

Grande abraço




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4468 Mensagem por juarez castro » Dom Jul 19, 2015 10:56 pm

Marechal-do-ar escreveu:
juarez castro escreveu:Não estou aqui apregoando que é melhor voltar para o pé no barro e Mercedão com lona, apenas alertando para isto, pois estes veículos requerem uma manutenção mais pontual, especializada e sem possibilidades de gambiarras a lá EB.
Cito aqui alguns pontos que me preocupam:

Motor eletrônico Cammon rail que seguramente exige um combustível de excelente qualidade e um controle muito grande com drenagens de tanque, de filtros Racor, e principalmente uso de diesel S 10.

Transmissão automática power shift que requer principalmente treinamento adequado do motorista da viatura e um cuidado muito grande com a qualidade do lubrificante que não poderá ser o Lei 8883,ou seja "o menor preço"...

Eixos complexos, com sistemas de freio em banho múltiplos discos(não sei se ficam na saída do diferencial ou nas extremidades junto com as reduções planetárias.

Sistemas elétricos e eletrônicos que requerem uma manutenção apurada, extremamente especializada e cara.
Eu achando que você estava falando do consumo (quero dizer, custos, mas consumo é o principal custo) maior de viaturas blindadas e você vem com essas firulas...

[destacar]Bom, já vi que tu ten uma dificuldade muito grande entender ,mas eu tentar te explicar pode ser que tu aprenda:[/destacar]

[destacar][Destacar]Combustível é custo de operação, e me referia a custos de manutenção, são coisas distintas, se tu não souber o que é lê novamente o meu post que tu vais entender.[/destacar][/Destacar]

A razão para o cambio automático, motor com eletrônica e demais frescuras é porque elas reduzem custo, não estamos falando de carro de madame, estamos falando de motores, onde, o que vale, é produzir mais com menos, a manutenção desses Guaranis deve ser mais barata que a dos Urutus, claro, requer o devido treinamento, o que não deve ser problema já que mão de obra é a única coisa em excesso no EB.
[destacar]Vamos desfazer os mantras criados novamente:

Nenhum destes itens reduz custos operacionais, isto história da caroxinha, nenhum veículo diesel equipado com motor eletrônico gasta menos diesel substancialmente do que um equipado com bomba injetora, principalmente se for uma bomba rotativa. vou te dar um exemplo:
A diferença de consumo entre VW 24.250 Worker mecânico com um 24250 Bob eletrônico é de 0,15 por quilômetro, diferença é que quando a injeção der pau não te saída, ajoelha, reza e paga R$ 20.000,00, a bomba do Worker eu faço com R$ 4.000,00.[/destacar]

[destacar]A manutenção com um todo no Guarani será muito maior do que qualquer Urutu em razão das questões que eu já expliquei e não será diferente em nenhum outro veículo equivalente, o que questiono é se o EB terá condições financeiras e gente qualificada para efetuar estas manutenções.

[Destacar]Quanto ao combustível ser o maior centro de custo não é uma verdade absoluta, ele o é no inicio da operação a medida que a célula envelhece o custo e manutenção encosta nele e não raras vezes o supera.[/destacar]

De resto o Bourne já respondeu, mas vou te fazer uma pergunta, os carros de luxo tiveram problemas devido a manutenção mais complicada?
[/Destacar]

[destacar]Sim e continuam tendo, apesar de que veículos pesados a diesel tem manutenção bem mais cara que a maioria dos "de luxo" por aí.[/destacar]

Grande abraço



.




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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4469 Mensagem por juarez castro » Dom Jul 19, 2015 11:11 pm

Bourne escreveu:Outro exemplo.

Esses dias estava foleando uma revista de transporte e apareceu uma matéria sobre o crescimento do uso de freio à disco em caminhões e semi-reboques. A justificativa era que apesar de mais caro, a vantagem era durar uns 200 mil km e a manutenção ser feita em uma tarde. Além de melhorar a capacidade de frenagem e segurança. No fim das contas tinha vantagens para operadora.

[destacar]Acontece que os tais 200.000 Km é só cabeça do cara que escreveu isto aí, pois a realide é outra totalmente diferente:

Baixa durabilidade, trinca constante de de discos em função do aquecimento, e nos cavalos mecânicos é pior ainda e preços de reparação impagáveis. Eu, não compra caminhão com freio a disco nem que me dê de graça.[/destacar]

A parte da opção pela transmissão automática segue a mesma lógica. O equipe protege o equipamento e reduz a necessidade de atenção do motorista mal treinado. Ou seja, fica mais difícil fazer barbeiragem e dar um enorme prejuízo em tempo e dinheiro para o dono.

Eu concordo, o problema aqui é que são todas eletrônicamente monitoradas e num solavanco de estrada aquee entra proteção, corta potência, trava marcha, trava caixa alta/baixa, tudo bem, aí vai para a concessionária e se não tiver um cidadão safo lá, tu estarás plenamente fudid....

No caso de carros de combate é de menos. O câmbio automático e as outras firulas se pressupõe que o operador vai ter todo o treinamento para operar adequadamente. Provavelmente, bem mais que um operador de equipamento no mercado civil. Depois com a firulagem eletrônica põe no scanner e verifica tudo. Um equipamento que qualquer oficina de fundo de quintal tem.
[destacar]Quem bom que fosse assim, mas a realidade não é. Exemplifico:

Tive um problema eletrônico de perda de potência com um caminha de uma marca bem conhecida e antiga no Brasil, um caminhão 2013, portanto eletrônico.

Começaram com scanner, trocaram sensor de temperatura, trocaram bomba de pressurização, trocaram válvula de vácuo, trocaram o cabeçote, depois de 23 loooooongos dias descobriram um fio do chicote quebrado.

Bourne, uma oficina diesel que se preze para manutenir parcialmente motores eletrônicos precisaria investir hoje 1 milhão de reais em bancadas de teste, caixas automáticas eletrônicas nem vou falar, porque nem as concessionárias tem bancadas adequadas pois o são na sua maioria importada a peso de ouro.
Bourne isto aqui não é limpeza e calibração de bico injetor de Gol, outra história.[/destacar]

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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

#4470 Mensagem por prp » Seg Jul 20, 2015 12:04 am

Começaram com scanner, trocaram sensor de temperatura, trocaram bomba de pressurização, trocaram válvula de vácuo, trocaram o cabeçote, depois de 23 loooooongos dias descobriram um fio do chicote quebrado.
Isso é coisa de mecânico porco e oficina picareta.

Já aconteceu duas vezes comigo.
Meu fordKA 1998 motor endurae estava morrendo quando pisava no freio, fui na primeira oficina o cara passou o scaner e deu problema na marcha lenta,
Ele falou que tinha que trocar a borboleta com a lenta (esqueci o nome do sensor)
Eu tirei a borboleta, o sensor da lenta(válvula) e limpei tudinho. Coloquei no lugar e o troço continuou a falhar.
Fui em outra oficina que passou o scaner e, novamente, condenou a peça.
Eu já tinha desencanado e estava procurndo uma usada para comprar.
Um dia eu mexendo na embreagem, tentando regular um pouco, vi um fio solto lá.
Liguei o fio em um sensor que ia na embreagem e voialá, nunca mais o carro morreu.

A segunda vez foi meu primo que comprou um carro e estava acendendo a luzinha do ABS :lol: , ele foi na oficina e o cara orçou em dois mil reais :shock: Levou o carro pro meu irmão(que trabalhava com caminhões) e ele só olhou, deitou debaixo do carro, ligou um fio solto, e tudo voltou ao normal :lol:




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