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Primeiro-ministro Francês visita as instalações do PROSUB
Miércoles 21 de Diciembre de 2011 06:28 Noticias
No passado dia 17 de Dezembro, o Primeiro-ministro Francês François Fillon visitou os locais onde até 2015, o Consórcio Baía de Sepetiba (CBS) constrói uma base naval e os estaleiros que servirão para construir os 5 submarinos adquiridos pela Marinha do Brasil (MB). Nesse dia inserido na viagem oficial à República Federativa do Brasil de uma comitiva de ministros do Governo Francês encabeçada pelo Primeiro-ministro que decorreu entre os dias 15 e 17 de Dezembro, a autoridade visitou também as instalações da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), este que produzirá aço para a construção dos submarinos. O CBS compreende as empresas DCNS e Construtora Norberto Odebrecht (CNO).
A Itaguaí Construções Navais SA (ICN), uma empresa detida pela DCNS, Odebrecht Defesa & Tecnologia e MB, construirá nas novas instalações fabris quatro submarinos S-BR de propulsão diesel-eléctrica e uma unidade SN-BR de propulsão nuclear. O desenvolvimento dos navios foi feito segundo os requisitos específicos da MB.
Apesar de ainda não ter sido anunciado qualquer contrato de aquisição de mísseis anti-navio, existem fortes probabilidades que os submarinos sejam armados com mísseis MBDA Exocet SM39 Block 2 Mod 2. A FDS sabe que a empresa apresentou essa versão do Exocet à MB.
Ao abrigo do programa PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), este que ronda os 6.7 Milhões de Euros, a MB adquiriu para além dos submarinos, uma base naval, um estaleiro e sua manutenção, transferência de tecnologia, estabelecimento de contrapartidas para além do fornecimento de torpedos e sistemas de despiste de torpedos.
O primeiro dos quatro submarinos do tipo Scorpène cuja construção foi iniciada em 27 de Maio de 2010 nos estaleiros que a DCNS possui em Cherbourg será, entregue à MB em 2017 e o último em 2021. O submarino de propulsão nuclear deverá ser entregue em 2024/25. No âmbito do apoio à administração, planeamento e coordenação do projecto de desenvolvimento do casco da unidade de propulsão nuclear, foi criada nas instalações da DCNS em Lorient o "Centro de Projetos de Submarinos do Brasil" (CPSB). Neste centro, a DCNS forma pessoal da Marinha do Brasil em diversas áreas que não envolvem a propulsão nuclear do submarino.
Diversas empresas Brasileiras beneficiarão da transferência de tecnologia, incluindo a Atech que será responsável por introduzir futuros melhoramentos no sistema de combate dos submarinos, o SUBTICS (SUBmarine Tactical Integrated Combat System) da DCNS.
A presença no Brasil de empresa de defesa Francesas passa por diversos projectos, uns já concluídos e outros em curso. A MBDA moderniza mísseis anti-navio, são fabricados sob-licença da Constructions Mécaniques de Normandie (CMN) navios patrulha Vigilante 400 CL54, foram entregues aeronaves de combate Mirage 2000 e armamento ar-ar associado, mísseis Exocet MM 40, Aspide, Eryx e Mistral, helicópteros Super Puma e Cougar, um navio porta-aeronaves e diversos sub-sistemas para aeronaves de asa fixa e helicópteros. Prossegue a entrega de 50 helicópteros EC 725 e são actualmente modernização helicópteros Esquilo, Fennec e Pantera. A França aposta ainda na aeronave de combate Rafale da Dassault Aviation e dos seus parceiros Safran e Thales para vencer o programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB).
As empresas estão também atentas a diversos programas em curso nomeadamente ao programa de aquisição de navios de superfície PROSUPER, a futura compra de navios de projecção e comando e porta-aeronaves, a aquisição de uma rede integrada de defesa anti-aérea (SIAAEB), a compra de radares de vigilância aérea de longo alcance, sistemas de artilharia de campanha, de elementos para o programa de modernização de soldados COBRA, veículos tácticos pesados. O programa de vigilância das fronteiras SISFRON e SisGAAz, este último que tem como objectivo ampliar a capacidade em monitorizar as águas jurisdicionais Brasileiras, são outros dos projectos aos quais a França está atenta.
Segundo o Ministério Francês das Relações Exteriores, a França ocupa a quinta posição entre os maiores investidores no Brasil em 2011. (Victor M.S. Barreira)
Fotografia: Já em 2017, a Marinha do Brasil tomará posse do primeiro submarino diesel-eléctrico (DCNS).
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