Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Qui Dez 20, 2012 8:40 pm
Provável prisão de deputados amanhã. Impossível não temer pela HECATOMBE (marco) Maia.
http://www.exercito.gov.br/web/imprensa ... .mode=view
2013, O ANO QUE JÁ TERMINOU
Coluna
Guilherme Fiuza
O ano de 2012 se encerrou de forma absolutamente normal no Congresso Nacional. Em sua última sessão, o Senado aprovou um trem da alegria para os Três Poderes, com a criação de milhares de cargos numa só canetada. É normal porque a caneta era de José Sarney, companheiro de Dilma Rousseff, uma aliança que, todos sabem, serve ao Brasil de todos - todos os que fizeram as amizades certas. Se você está fora dessa, terá de cumprir em 2013 o destino trágico dos reles mortais, esses infelizes que não têm uma Rosemary para chamar de sua - e que ainda fazem uma coisa primária que os companheiros revolucionários não precisam mais fazer: trabalhar.
Mas não se desespere. A vida dos excluídos (do banquete petista) tem lá suas compensações. É bem verdade que você nunca verá um filho seu ficar famoso da noite para o dia por ter arranjado uma boquinha na Anac ou no Senado. Nunca o convidarão, também, para uma reunião com José Dirceu para "reforçar o Marco Maia".
Enfim, você não tem a menor importância na República do Oprimido, mas nem tudo são espinhos. Ninguém lhe pedirá para cantar "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula" em desagravo ao filho do Brasil - o que já é um vidão.
Para consolar os excluídos, os que vivem miseravelmente sem acesso a uma única teta do Estado brasileiro, uma ponderação: o Brasil se tornou um país previsível, de rumo firme. Isso torna possível antecipar o que acontecerá em 2013. Isso jamais seria possível antes do Descobrimento (em 2003) - portanto, não reclame de barriga cheia.
Em março, Dilma Rousseff convocará a primeira cadeia nacional de rádio e TV da série 2013. Fará um pronunciamento à nação pelo Dia Internacional da Mulher. Falará com a voz embargada, sobre um fundo de violinos, e, se a iluminação do estúdio estiver correta, parecerá ter os olhos molhados. Encherá os brasileiros de orgulho por ser governados por uma "presidenta" - palavra que seus assessores saberão encaixar no discurso - e anunciará algum programa social novo, tipo Brasil Caridoso, Brasil Sem Tristeza ou Brasil Fofo. Apresentará uma estatística impressionante, encomendada ao Ipea e à FGV, mostrando que nos anos Fernando Henrique lugar de mulher era na cozinha.
Em 2013, o Brasil sofrerá novos apagões, provocados por raios neoliberais e elitistas. A tarifa populista de energia será implantada, ajudando a sucatear as empresas do setor, que por isso investirão menos ainda em manutenção - mas os blecautes não terão nada a ver com isso. O ministro Edison Lobão explicará que nosso sistema é um dos melhores do mundo e que essa mania de ter luz o tempo todo é coisa de burguesia consumista. Sarney ficará orgulhoso de seu afilhado - e pedirá a Roseana, com jeito, que deixe Lobão governar um pouquinho o Maranhão ("Filha, agora descansa e deixa seu colega brincar também.").
A inflação em 2013 continuará subindo, e a aprovação a Dilma também. Explica-se o paradoxo: a principal causa da subida dos preços será um novo aumento explosivo dos gastos públicos, incluindo a distribuição de mais dinheiro de graça para a população - através dos programas carinhosos, o Bolsa Tudo. É a "destruição invisível" da economia nacional, que em 2013 será caprichada, porque em 2014 tem eleição. Os simpatizantes do governo popular ficarão felizes com a farta distribuição de bolsas, cargos, convênios a granel para os ministérios parasitários, e Dilma marchará tranquila para a reeleição. Aécio Neves assistirá a tudo escondido nas Alterosas e rezando para que Eduardo Campos o ultrapasse na corrida para não chegar.
Joaquim Barbosa, o redentor, fará muitos comícios sociais na presidência do Supremo, deixando pela primeira vez os brasileiros na dúvida: talvez exista outro ser tão bonzinho quanto Lula da Silva. Barbosa evidentemente será mordido pela mosca azul, mas o eleitor acabará ficando mesmo com o pacote Lula/Dilma, para não arriscar a mesada (o mensalão popular).
Rosemary não entregará seu chefe. Terá um ano sofrido, sem passaporte diplomático, mas ficará firme. Afinal, Lula não sabia (dona Marisa muito menos), e o amor sempre vence.
Como se vê, 2013 já foi. Se quiser uma passagem direta para 2014, passe no caixa da revolução, que o pessoal da Rose na Anac arranja para você
Eu tenho sinceras dúvidas se um texto, com esse teor, é adequado para ser veiculado por um órgão oficial do Exército brasileiro, com esse teor de deboche pela comandante suprema das Forças Armadas. O Guilherme Fiúza tem o direito democrático de debochar da presidente, já o Centro de Comunicação Social do Exército não deveria ter o direito de publicar o deboche.knigh7 escreveu:Revista Épocahttp://www.exercito.gov.br/web/imprensa ... .mode=view
2013, O ANO QUE JÁ TERMINOU
Coluna
Guilherme Fiuza
(...) Em março, Dilma Rousseff convocará a primeira cadeia nacional de rádio e TV da série 2013. Fará um pronunciamento à nação pelo Dia Internacional da Mulher. Falará com a voz embargada, sobre um fundo de violinos, e, se a iluminação do estúdio estiver correta, parecerá ter os olhos molhados. Encherá os brasileiros de orgulho por ser governados por uma "presidenta" - palavra que seus assessores saberão encaixar no discurso - e anunciará algum programa social novo, tipo Brasil Caridoso, Brasil Sem Tristeza ou Brasil Fofo. Apresentará uma estatística impressionante, encomendada ao Ipea e à FGV, mostrando que nos anos Fernando Henrique lugar de mulher era na cozinha. (...)