Fórum Defesa Brasil

Teve sim, eu lembro muito bem disso.
Agora, não foi feito contrato não, foi, como bem disse o colega, aval de boa fé.

Não lembro, mas o JPATS não foi decidido em 1991, 92, por aí, e o SIVAM foi só lá pra 95, 96? Não lembro. O que eu lembro é a escolha do Super Tucano pelo Canada/OTAN, junto com o BAE Hawk, que acabou dando T-6 Texan II... essa deu o que falar, falaram em rivalidade Brasil-Canada por causa da Embraer e Bombardier e etc.

Só para encerrar esse assunto, como já havia dito e agora confirmado por outros colegas do fórum, o que havia de fato era um acordo político (ao menos era essa a impressão que podia-se ter a partir do que se falava sobre o assunto naquela época), ou seja tudo deixado subtendido nas entrelinhas a nível de Itamaraty e sem participação alguma do Ministério da Aeornaútica pois tratava-se de interesses em nível diplomático e comercial. Aliás teve também a história do Canadá (bem lembrado pelo Boovo) e o fato é que o governo da época no final das contas não moveu uma palha para defender os interesses da Embraer e acabou comprando o pacotão da Raytheon sem chiar (mesmo com todas as denúncias de vício no processo de seleção). Agora se a postura dos EUA mudaram aí é outra história, eu pessoalmente dúvido muito, mas juro não falar mais sobre esse assunto.

Slip Junior escreveu:

Hader escreveu:Se, e grife bem o se, o ST for escolhido pelos tios ele OBRIGATORIAMENTE será fabricado lá na Flórida. Nunca aqui.

Acho que "fabricado" está bem longe de ser o termo correto. Acho pouco próvavel que se transfira qualquer coisa realmente da "fabricação" que é feito hoje no Brasil para a unidade de lá. Entendo que a fuselagem continuaria sendo fabricada aqui e a integração de sistemas continuaria sendo realizada pelo pessoal brasileiro (talvez em parceria com algum parceiro norte-americano), enquanto os sistemas seriam fabricados pelos fornecedores definidos pelo DoD.

Abraços

Pessoas, não estava acompanhando essa discussão antes, mas eis que aqui caio de pára-quedas.

Teoria da conspiração mode on

Fiz uma visita no site da Hawker Beechcraft e achei esses pdfs:

http://www.hawkerbeechcraft.com/militar ... t_pc_9.pdf

http://www.hawkerbeechcraft.com/militar ... Update.pdf

Mês passado o Marrocos se tornou o primeiro cliente do T-6C. Como pode ser visto no segundo pdf, o T-6C ou AT-6 possuirá três MFDs, sete pontos duros para cargas externas, opção para motorização de 1.600 shp, metralhadora .50, canhão de 20mm, capacidade de carregar bombas burras e guiadas, foguetes e mísseis, uma avançada aviônica, incluindo até um MAW IR, em conjunto com contra-medidas, suite de comunicação completa, sistema de missão adaptado do A-10, etc. Enfim, esse projeto, na minha opinião, não fica devendo em nada ao Super Tucano. Ouso ir além, suas especificações "parecem" ter uma origem certa, exatamente o melhor avião da categoria no mercado, nada mais nada menos que o próprio Super Tucano. Daí aquela mardita companheira de anos que habita a região posterior da minha orelha quase leva metade dela numa bocada! Êta pulguinha safada! Me explico. Não seria toda essa campanha de testes operacionais com o Super Tucano na USN e na Mercenários SA uma forma de avaliar virtudes e soluções do melhor produto no mercado, bem como limitações observadas e com isso aplicar os conhecimentos adiquiridos no produto Madinusa da Silva? Isso minimizaria custos, riscos e prazos de desenvolvimento do produto nacional. O anjinho insiste em dizer que isso é pura paranóia, mas de forma muito mais insistente, o capetinha e sua fiel escudeira, a pulga, afirmam o contrário.

Corolário da Teoria da Conspiração:

É interessante notar também que as vendas do PC-9, ainda que na sua versão modernizada, arrefeceram. Até mesmo o "warbird" PC-21 não engrena nem com reza braba. Enquanto o pomposo Texam II tem um anúncio de venda após o outro. Não que a Pilatus não esteja satisfeita com seus royalties. Certamente isso muito lhe agrada, assim como lhe agradou a bolada do JPATS. Mas por outro lado ela pode ter decretado, em júbilo, sua morte no segmento de turboélices de treinamento avançado e ataque leve. Pelo menos é o que eu vislumbro diante do fracasso do PC-21 até o momento. Começo a achar que perder o JPATS não foi tão ruim para a Embraer. Colômbia, Chile, Indonésia, América Central SA, entre outros potenciais clintes do Super Tucano estariam provavelmente voando de Texam II, com DNA brasileiro, a versão da Embraer talvez voasse por aqui e em um outro país qualquer, sabe-se lá... Se com um PC-9 plus advanced, com todas as limitações do PC-9 frente ao Super Tucano, os caras tão vendendo mais que Itubaína no deserto, imagina se o Texam II fosse descendente do Tucanão. Seria domínio total do mercado. Eu sempre me digo e repito, relações entre nações são movidas por interesses, não há santinhos e bons samaritanos, mantras nesse sentido, mas nunca escapo do clichê do grande irmão sacana do norte, sabe cumé, gato escaldado tem medo de água fria (festival do clichê!). Os caras nos sacaneiam a muito tempo. No caso específico da aviação, desde os idos de 1900, com um par deles que lançou uma pedra que permanecia no ar um pouco mais que as outras... Eles chamam de o primeiro avião, título que, adotando-se os mesmo critérios, também merecem as dobraduras "voadoras" da minha infância, que, lançadas pela força dos meus braços, permaneciam no ar mais que as pedras, o que muito me facinava...

Teoria da conspiração mode off

Pode ser que seja excessivamente acético, mas a doçura da infância a muito me deixou...

Virei poeta!

Saudações

Só para não passar em branco.

Parlamentares dos EUA se opõem a compra de aviões da Embraer

Estadão.com.br - REUTERS

WASHINGTON - Dois parlamentares dos Estados Unidos disseram na terça-feira ter escrito para o secretário de Defesa Robert Gates pedindo que ele se oponha a qualquer negociação para que os EUA adquiram aviões de ataque leve fabricados pela Embraer.

O senador Sam Brownback e o deputado Todd Tiahrt, ambos do Kansas, pediram, em carta datada de 9 de novembro, que Gates confirme se o governo norte-americano manteve ou planeja manter qualquer discussão sobre a compra ou arrendamento de pelo menos 100 aviões Super Tucanos.

"Escrevemos para expressar nossa enfática e inequívoca objeção a qualquer acordo desse tipo", disseram os parlamentares na carta, divulgada em comunicado.

Eles disseram que um acordo do tipo prejulgaria uma análise em andamento pela Força Aérea para plataformas alternativas que possam realizar missões de ataque leve e reconhecimento armado, que pode abrir caminho para um financiamento para um programa desse tipo a partir de 2011.

Eles acrescentaram que os militares norte-americanos já investiram pesadamente no desenvolvimento do Hawker-Beechcraft AT-6B, fabricado pela empresa privada Hawker-Beechcraft, no Kansas.

Segundo os parlamentares, não permitir que a empresa dispute a concorrência provocará "objeções enfáticas do Congresso".

O Senado e a câmara dos deputados aprovaram, cada uma, projetos que pedem uma "competição total e aberta para o arrendamento ou compra de aviões de ataque leve".

"Na crise atual da aviação, seria irresponsável para o departamento tomar quaisquer medidas na direção de comprar ou arrendar um avião estrangeiro quando uma opção fabricada nos Estados Unidos está disponível para qualquer competição que possa resultar (da análise de alternativas)", disseram.

Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:Só para não passar em branco.

Parlamentares dos EUA se opõem a compra de aviões da Embraer

Estadão.com.br - REUTERS

WASHINGTON - Dois parlamentares dos Estados Unidos disseram na terça-feira ter escrito para o secretário de Defesa Robert Gates pedindo que ele se oponha a qualquer negociação para que os EUA adquiram aviões de ataque leve fabricados pela Embraer.

O senador Sam Brownback e o deputado Todd Tiahrt, ambos do Kansas, pediram, em carta datada de 9 de novembro, que Gates confirme se o governo norte-americano manteve ou planeja manter qualquer discussão sobre a compra ou arrendamento de pelo menos 100 aviões Super Tucanos.

"Escrevemos para expressar nossa enfática e inequívoca objeção a qualquer acordo desse tipo", disseram os parlamentares na carta, divulgada em comunicado.

Eles disseram que um acordo do tipo prejulgaria uma análise em andamento pela Força Aérea para plataformas alternativas que possam realizar missões de ataque leve e reconhecimento armado, que pode abrir caminho para um financiamento para um programa desse tipo a partir de 2011.

Eles acrescentaram que os militares norte-americanos já investiram pesadamente no desenvolvimento do Hawker-Beechcraft AT-6B, fabricado pela empresa privada Hawker-Beechcraft, no Kansas.

Segundo os parlamentares, não permitir que a empresa dispute a concorrência provocará "objeções enfáticas do Congresso".

O Senado e a câmara dos deputados aprovaram, cada uma, projetos que pedem uma "competição total e aberta para o arrendamento ou compra de aviões de ataque leve".

"Na crise atual da aviação, seria irresponsável para o departamento tomar quaisquer medidas na direção de comprar ou arrendar um avião estrangeiro quando uma opção fabricada nos Estados Unidos está disponível para qualquer competição que possa resultar (da análise de alternativas)", disseram.

Leandro G. Card

Esse tipo de reação dos americanos é ótimo para que os americanófilos da FAB ponham as suas barbas de molho, pois é esse o tipo de parceria estratégica que os ianques desejam ter conosco.

Concordo com você, lobo.

Os EUA permanecem centrados em seus próprios interesses, e vêem parcerias apenas como forma de conseguirem oque querem, e as descartam assim que podem. Isso é uma forma de agir no mundo capitalista, não a única(O McDonalds, por exemplo, procura ter e manter parceiros por longo tempo, ao invés de apunhala-los nas costas...), mas parece ser predominante no DoD. Se fosse minha escolha, já tinhamos jogado a proposta do F-18 no lixo, porque por melhor que seja, os americanos simplismente não são confiáveis como parceiros.
Vejam bem, eu não tenho nada contra eles fazerem uma concorrência entre o Texan e o Tucano para decidir sua compra, mas em dois exemplos recentes, empresas estrangeiras participaram de concorrências americanas, ganharam(Embraer e LM, Airbus nos dois casos de que me lembro) e não levaram. Para a defesa deles, o lobby da indústria nacional norte-americana é invencível, logo não servem como parceiros, fornecedores de tecnologia ou qualquer outra coisa. No máximo, podem oferecer produto de prateleira para uso no dia-a-dia...

Allan

Mas se o Brasil considera-se o T-6 e ele até fosse superior ao ST, o que diriam? É completamente normal...

DOIS parlamentares teriam enviado uma carta ao secretário de defesa , defendendo empregos em seus estados....Ora , Lobo-Guará , convenhamos que não é uma posição do governo norte-americano. Não vejo muitos comentários elogiosos quando as empresas americanas compram aviões da embraer , aliás são os EUA nosso maior cliente no campo aeronáutico.

LeandroGCard escreveu:Só para não passar em branco.

Parlamentares dos EUA se opõem a compra de aviões da Embraer

Estadão.com.br - REUTERS

WASHINGTON - Dois parlamentares dos Estados Unidos disseram na terça-feira ter escrito para o secretário de Defesa Robert Gates pedindo que ele se oponha a qualquer negociação para que os EUA adquiram aviões de ataque leve fabricados pela Embraer.

O senador Sam Brownback e o deputado Todd Tiahrt, ambos do Kansas, pediram, em carta datada de 9 de novembro, que Gates confirme se o governo norte-americano manteve ou planeja manter qualquer discussão sobre a compra ou arrendamento de pelo menos 100 aviões Super Tucanos.

"Escrevemos para expressar nossa enfática e inequívoca objeção a qualquer acordo desse tipo", disseram os parlamentares na carta, divulgada em comunicado.

Eles disseram que um acordo do tipo prejulgaria uma análise em andamento pela Força Aérea para plataformas alternativas que possam realizar missões de ataque leve e reconhecimento armado, que pode abrir caminho para um financiamento para um programa desse tipo a partir de 2011.

Eles acrescentaram que os militares norte-americanos já investiram pesadamente no desenvolvimento do Hawker-Beechcraft AT-6B, fabricado pela empresa privada Hawker-Beechcraft, no Kansas.

Segundo os parlamentares, não permitir que a empresa dispute a concorrência provocará "objeções enfáticas do Congresso".

O Senado e a câmara dos deputados aprovaram, cada uma, projetos que pedem uma "competição total e aberta para o arrendamento ou compra de aviões de ataque leve".

"Na crise atual da aviação, seria irresponsável para o departamento tomar quaisquer medidas na direção de comprar ou arrendar um avião estrangeiro quando uma opção fabricada nos Estados Unidos está disponível para qualquer competição que possa resultar (da análise de alternativas)", disseram.

Leandro G. Card

Parlamentares do Brasil se opõem a compra de aviões da Boeing

Estadão.com.br - REUTERS

Brasilia - Dois parlamentares do Brasil disseram na terça-feira ter escrito para o Ministro de Defesa Nelson Jobim pedindo que ele se oponha a qualquer negociação para que o Brasil adquira aviões de caça fabricados pela Boeing.

O senador ZBRUUU dos Santos e o deputado Mateus São José, ambos de Manaus, pediram, em carta datada de 9 de novembro, que Jobim confirme se o governo Brasileiro manteve ou planeja manter qualquer discussão sobre a compra ou arrendamento de pelo menos 36 aviões Super Hornet.

"Escrevemos para expressar nossa enfática e inequívoca objeção a qualquer acordo desse tipo", disseram os parlamentares na carta, divulgada em comunicado.

Isto era o que devia ter saido nos Jornais Brasileiros logo no dia a seguir...

Dieneces escreveu:DOIS parlamentares teriam enviado uma carta ao secretário de defesa , defendendo empregos em seus estados....Ora , Lobo-Guará , convenhamos que não é uma posição do governo norte-americano. Não vejo muitos comentários elogiosos quando as empresas americanas compram aviões da embraer , aliás são os EUA nosso maior cliente no campo aeronáutico.

Quando é que o Pentágono comprou aviões da Embraer?

Sim... a despeito das qualidades do equipamento (não estou dizendo nem que presta nem que não presta), isto demonstra realmente a "parceria" que os americanos querem conosco. Alguém pode dizer que são os nobre deputados defendendo os empregos em seu estado. Mas alguém realmente acredita que os "financiamentos de campanha" deste mesmo estado não vão pesar na hora de escolher o avião? Se for pra concorrência aberta, a Embraer não vai levar por não "estar amadurecida, não demonstrar capacidade de dar suporte a operação do avião, não ter histórico no fornecimento de aeronaves de alta complexidade... bla bla bla."

Sintra escreveu:

Dieneces escreveu:DOIS parlamentares teriam enviado uma carta ao secretário de defesa , defendendo empregos em seus estados....Ora , Lobo-Guará , convenhamos que não é uma posição do governo norte-americano. Não vejo muitos comentários elogiosos quando as empresas americanas compram aviões da embraer , aliás são os EUA nosso maior cliente no campo aeronáutico.

Quando é que o Pentágono comprou aviões da Embraer?

Falei empresas e não pentágono e nem hexágono , amigo Sintra . É que aqui a coisa toda é contra os norte-americanos e os americanófilos , então temos que ampliar o debate e desmistificar preconceitos e idiossincrasias

É um comportamento esperado, os deputados são eleitos em voto distrital e defendem seus eleitores e quem os financia.

A "parceria" que os americanos querem conosco é dentro de um projeto de nação que eles têm a supremacia sobre o mundo, e nós como aliados temos algumas arestas quanto a isso, temos problemas comerciais por causa disso, a Embraer ou supertucano é um dos exemplos, mas podem procurar que teremos outros.

Os brasileiros têm que jogar dentro espaço para não termos um antagonismo, nem levarmos a tomar medidas nacionalistas que nos atrapalhem...acredito que como no caso boliviano, venezuelano, argentino é saber apreender com as tensões para fortalecer nossos laços, mesmo sabendo que mais para frente outros problemas virão.

Enquanto isso no campo interno não tem muita saída, a história latino-americana demonstra que quanto mais existe inclusão social, maiores são conflitos na sociedade, mais demagogia e besteira nos discursos...ainda mais um país sem um projeto de nação como o nosso (aff), é de se esperar bobagens como a de hoje...como da Lucia Hipólito que disse que a queda de ontem foi responsabilidade da isenção de impostos da linha branca compradas , Alexandre Garcia culpou o MST ou esperar que o outro quando sair o relatório de problemas na linha da CESP e a falta de investimento culpar as privatizações ...ou seja, Brasil precisa menos de ideologia e mais calma, soluções trazem novos problemas, aumento de comércio, barreiras em parceiras menos competitivos (quem diria que um dia seria EUA ). A única evolução foi que não li nada culpando os cubanos, russsos ou americanos.

Já era de se esperar essa atitude dos políticos americanos:

Lá (EUA) como cá (Brasil) bons (ou maus) lobbies há.

Roberto