Estratégia Nacional de Defesa

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#436 Mensagem por jauro » Ter Fev 17, 2009 12:05 pm

INDÚSTRIA EM EXPANSÃO


Coordenador do Fórum da Firjan, o empresário Carlos Erane de Aguiar foi uma das primeiras vozes públicas....., quando destacou que 11 mil empresas estão envolvidas com a Indústria de Defesa e Segurança, número que cresce a cada ano (em 2006 eram 7.741, e em 2007, 10.404).




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#437 Mensagem por jauro » Qui Fev 26, 2009 1:28 pm

Cifrões na defesa

Plano do governo para o setor eleva em 15% a participação em feira especializada no Rio

A Estratégia Nacional de Defesa, plano anunciado em dezembro pelo governo para reaparelhar as Forças Armadas, já atrai empresas em busca de negócios no país. A Laad 2009, feira bienal de defesa, marcada para abril no Rio, espera 16 mil visitantes, 15% a mais que dois anos atrás. O número de delegações participantes subirá de 43 para 50, com 230 pessoas. “Com a Estratégia, cresceu o interesse pelo Brasil, o maior mercado de defesa latino-americana”, conta Sergio Jardim, diretor da Clarion Events, que realiza a Laad. Os três grupos pré selecionados a fornecer novos aviões-caça à FAB (Boeing, Dassault e Saab), diz ele, terão simuladores de aeronaves candidatas em seus estandes: “A aquisição de 36 caças, pelo projeto FX-2 da FAB, será de US$ 2,2 bilhões.” A feira deve movimentar R$ 10 milhões só em comercialização e montagem de espaços. Embraer, Condor e Taurus estão entre as 50 empresas brasileiras entre 315 expositores.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#438 Mensagem por Marino » Sáb Fev 28, 2009 8:46 am

Tribuna da Imprensa:

COLUNA

As Forças Armadas e a Política de Defesa

Manuel Cambeses Júnior

O Brasil é um país guiado por um sentimento de paz. Não abriga nenhuma ambição territorial, não possui litígios em suas fronteiras nem, tampouco, inimigos declarados. Toda ação por ele empreendida nas esferas diplomática e militar busca, sistematicamente, a manutenção da paz. Porém, tem interesses a defender, responsabilidades a assumir e um papel a desempenhar no tocante à segurança e defesa, em níveis hemisférico e mundial, em face de sua estatura político-estratégica no concerto das nações.

O primeiro objetivo de nossa política de defesa, portanto, deve ser a de assegurar a defesa dos interesses vitais da nação contra qualquer ameaça forânea.

Não se pode precisar, a priori, a fronteira entre os interesses vitais e os interesses estratégicos. Os dois devem ser defendidos com ênfase e determinação. Essencialmente, os interesses estratégicos residem na manutenção da paz no continente sul-americano e nas regiões que o conformam e o rodeiam, bem como os espaços essenciais para a atividade econômica e para o livre comércio (Setentrião Oriental, Costão Andino, Cone Sul e Atlântico Sul).

Fora deste âmbito, o Brasil tem interesses que correspondem às responsabilidades assumidas nos Fóruns Internacionais e Organismos Multilaterais e ao seu status na ordem mundial. Este é conformado por uma combinação de fatores históricos, políticos, estratégicos, militares, econômicos, científicos, tecnológicos e culturais. Sem uma defesa adequada, a segurança nacional e a perenidade desses interesses estarão seriamente comprometidos e, conseqüentemente, não poderão ser assegurados.

Daí, ressalta-se a imperiosa necessidade de contarmos com Forças Armadas preparadas, suficientemente poderosas e aptas ao emprego imediato, capazes de desencorajar qualquer intenção de agressão militar ao país, pela capacidade de revide que representam.

Esta estratégia é enfatizada para evitar a guerra e exige, como corolário, o fortalecimento da expressão militar do poder nacional, além de impor um excelente grau de aprestamento e prontificação das Forças Armadas, desde o tempo de paz, através da realização de treinamentos, exercícios operacionais dentro de cada força singular, não sendo excluída a necessidade de planejamento e do treinamento de operações conjuntas e combinadas no âmbito das FFAA.

O estudo da História, particularmente da História Militar de uma nação, conduz a conclusões e realça aspectos capazes de influir na expressão militar de seu poder nacional. O estudo das campanhas militares, com seus erros e acertos, o respeito às tradições, o culto aos heróis, etc, trazem reflexos à formulação da doutrina, ao moral e à estrutura militares.

As tradições históricas e militares constituem, ainda, fatores de influência sobre a expressão militar. Essas tradições, que cumpre cultuar e manter, não devem, por outro lado, apresentar obstáculos intransponíveis à evolução, ao desenvolvimento e à tecnologia militares. No equilíbrio entre essas idéias, às vezes opostas, está o acerto que revigora a expressão militar.

Assumem, também, papel de destaque, os aspectos qualitativos dos recursos humanos; o apoio em maior ou menor grau da opinião pública nacional e mesmo internacional; a coesão interna e a vontade nacional. E, nesse contexto, ressalta a fundamental importância do povo - expressão máxima das forças vivas da nação - como verdadeiro esteio das Forças Armadas, quando a elas se une, nelas se apóia e com elas se confunde.

A população traduz sua indispensável solidariedade à expressão militar, através da opinião pública, que deve constituir, sem dúvida, preocupação constante quando se pretende manter em alto nível aquela expressão do poder nacional. Nesse sentido, é imperioso o esforço para conservar integrados o homem militar e o homem civil, sem discriminações de qualquer natureza, sem privilégios, embora respeitadas suas diversas, mas naturais destinações.

O papel que caberá às Forças Armadas brasileiras, nas próximas décadas, é multifacetado e deve estar calcado em amplo debate, cujo resultado deverá ser tão satisfatório quanto maior for o desenvolvimento da sociedade. O esboço de qualquer arranjo de defesa, em um Estado democrático, para que possa contar com recursos, deve estar respaldado por uma base de legitimidade.

Entendemos que, para a consecução desses objetivos, devem ser consultadas personalidades representativas de diferentes espectros de opinião: ministros de Estado, acadêmicos, analistas políticos, economistas, diplomatas, militares, jornalistas, todos com reconhecida competência na área de defesa e alguns críticos do atual sistema de defesa nacional. Evidentemente, que não se trata de deixar em mãos destes pensadores a formulação de políticas e estratégias militares.

Trata-se, tão-somente, de ouvi-los e de reunir novos conceitos e idéias que permitam oxigenar antigos preceitos e identificar referenciais para a defesa do país, as quais estejam mais em sintonia com os desafios dos novos tempos e consentâneos com a realidade nacional.

Tais contribuições, depois de avaliadas por setores competentes do Ministério da Defesa, poderão ou não ser incorporadas no planejamento estratégico. Indubitavelmente, para a consecução dessa tarefa, mister se faz uma conjunção de esforços.

Nesse sentido, somam-se, num processo sinérgico, o imprescindível apoio do presidente da República, a compreensão do Congresso Nacional, a efetiva colaboração do Ministério da Defesa e de outras áreas do governo, a confiança e o respaldo dos comandantes de Forças e a ativa participação de todas as forças vivas da nação.

Temos plena consciência de que não se pode justificar a hipertrofia das Forças Armadas em prejuízo do processo de desenvolvimento da nação, mas não se pode admitir, por ilógico e temerário, que a expressão militar do poder nacional seja colocada em plano inferior - vivenciando um processo gradual de sucateamento e de desmantelamento, devido à crônica insuficiência de recursos financeiros - na falsa concepção de que a prioridade absoluta deve ser dada ao desenvolvimento.

Não existem nações desarmadas, porque nenhuma delas seria capaz de desfazer-se de sua expressão militar para merecer, por esse ato ingênuo, o respeito e a simpatia de todos os países. Não há fórmula miraculosa capaz de manter a paz sem ameaças de conflitos internos ou de guerra entre os povos.

Torna-se imperativo e oportuno conferir mais prestígio às Forças Armadas e racionalizar, modernizar e fortalecer o aparato defensivo brasileiro. Lembremo-nos das sábias palavras do insigne Barão do Rio Branco - o Chanceler da Paz - que, de modo contumaz, enfatizava a imperiosa necessidade de possuirmos um bom sistema de armas para respaldar as nossas proposições no concerto das nações.

Manuel Cambeses Júnior é coronel-aviador; conferencista especial da Escola Superior de Guerra, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e vice-diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER)




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#439 Mensagem por jauro » Seg Mar 02, 2009 12:17 pm

O DIA
TODOS SEJAM BEM-VINDOS
Hoje é um dia importante para as unidades do Exército.

Incorporam os soldados do chamado "Grupamento A" de recrutas. Também hoje começam as atividades dos alunos dos cursos preparatórios para oficiais da reserva. É importante destacar que esses rapazes já serão treinados dentro da nova Estratégia Nacional de Defesa. Como sinal dos novos tempos, recrutas receberão RS 514,90, bem mais que os RS 465 do salário mínimo.

AGORA É PARA VALER
Passado o Carnaval, começa o calendário para saírem os documentos finais da Estratégia Nacional de Defesa.

Oito dos 19 grupos de documentos deverão ser concluídos este mês. Entre eles está a nova legislação do Sistema Nacional de Imobilização, que prepara o Pais para urna agressão estrangeira. Em conflito, o sistema canaliza recursos humanos, materiais e financeiros para a defesa.

"IMOBILIZAÇÃO E URNA", eta jornalzinho K&£Ú




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#440 Mensagem por PQD » Seg Mar 02, 2009 1:00 pm

Domingo, 1 de Março de 2009
The END: Generais escrevem dossiês para mostrar falhas e reais intenções da Estratégia Nacional de Defesa
Por Jorge Serrão

Exclusivo - Pelo menos três Generais de quatro estrelas prometem aproveitar a reunião do Alto Comando do Exército, nesta semana, em Brasília, para torpedear e denunciar, com documentos escritos e por eles assinados, o que existe por trás da Estratégia Nacional de Defesa. O Alerta Total teve acesso ao teor das “apreciações” contundentes de dois Generais formadores de opinião no Forte Apache – o quartel-general do EB. Por ironia, eles usam a sigla END (FIM, em inglês) para mostrar o real caráter do projeto.

Os Generais avaliam que a Estratégia Nacional de Defesa, assinada pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), é mais um capítulo do velho plano do Diálogo Interamericano e do Consenso de Washington para desmobilizar e desmoralizar as Forças Armadas no Brasil. Mesmo desprestigiados pelo governo, sucateados e sem verbas, Exercito, Marinha e Aeronáutica ainda ocupam o primeiro lugar no índice de confiança, medido por uma recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.

O Alerta Total preserva o nome dos Generais que tiveram a coragem e o patriotismo de emitir análises críticas por escrito. Mas divulga, na íntegra e entre aspas, o teor do que ambos tiveram a coragem de escrever aos seus oficiais subordinados, em documentos para apreciação dos 16 integrantes do Alto Comando. A revelação do documento certamente desagradará ao ministro da Defesa, que se acha um “comandante dos militares”, e ao próprio “comandante-em-chefe” Luiz Inácio Lula da Silva – que deseja tudo, menos um desgaste público e direto com a área militar.

Leia os artigos: A Desmoralização das Forças Armadas e O que move os homens?

A primeira “Apreciação”, escrita em 19 de janeiro deste ano, tem sete folhas. O General que a redigiu é contundente em sua conclusão: “A Estratégia Nacional de Defesa (END) é um documento de cunho político, sem respaldo em idéias de consenso nacional, e sem solução para o principal problema da Defesa: orçamento incompatível com as necessidades de custeio das instituições e de investimento para a modernização dos seus sistemas de armas”.

Baseando-se em extratos do documento divulgado publicamente pelo Ministério da Defesa, o militar faz uma crítica objetiva à Estratégia Nacional de Defesa: “A nova END aprofunda o contexto de restrições à autonomia militar e preconiza medidas que, se adotadas, podem ressuscitar antigos costumes de ingerência política nos negócios internos das Forças Armadas, formalmente abolidos pela primeira República, no governo do Marechal Deodoro da Fonseca”.

O General de Exército critica que os Oficiais foram praticamente alijados da elaboração da END: “Considerando que as versões submetidas previamente à análise do Comando do Exército omitiram os preceitos politicamente mais sensíveis, fica subentendida a intenção de evitar a influência da Força na sua formulação. Contudo, para produza efeitos e modifique o status existente, há necessidade de que seja convertida em legislação. Esta nova etapa merece especial atenção, por encerrar oportunidades de contraposição do legítimo interesse institucional, evitando prejuízos para o futuro”.

O General defende que é necessária a adoção de uma estratégia que ajude a recuperar o acesso ao centro decisório nacional. “Entendo que é chegada a oportunidade de se realizarem estudos da conveniência de submeter a nomeação do Comandante à homologação do Senado, como ocorre com os ministros das cortes superiores e embaixadores. A extensão da mesma lei ás Forças Armadas, por iniciativa parlamentar, faria o cargo de Comandante transcender a esfera do Executivo, proporcionando-lhe maior estabilidade. Esta medida já faz parte dos costumes dos Estados Unidos e de outros países da Europa Ocidental”.

O General é claro na defesa da autonomia constitucional das Forças Armadas: “É preciso, também, acompanhar cuidadosamente a conjuntura política, a fim de prevenir futuras medidas restritivas da autonomia institucional e de evitar a hipertrofia do Ministério da Defesa e sua tendência à intrusão nos assuntos internos da Força. Cabe considerar com a devida atenção o exemplo das polícias militares, onde a ingerência política tem sido uma das principais causas da ineficiência, na maioria dos Estados da Federação”.

Influência ideológica

Em seus comentários aos extratos do texto da END, o General de Exército faz algumas sérias advertências:

“A nova atribuição do ministro (da Defesa), de escolher livremente os secretários do MD, quebra o consenso inicial que estabeleceu a isonomia de representação de cada força na Administração Central e abre a possibilidade de influência ideológica e/ou político-partidária nos cargos do 2º escalão do ministério”.

“A criação do quadro de executivos civis especialistas em assuntos de Defesa concretiza a intenção de limitar o efetivo de pessoal militar na Administração Central do MD, substituindo-os por civis, fato que reduzirá ainda mais o protagonismo militar”.

Ingerência nas Forças

O General de Exército condena, em sua apreciação, a ingerência do Ministério da Defesa nos assuntos internos das três Forças:

“A indicação dos comandantes pelo Ministério da Defesa pode politizar o processo de escolha, gerando instabilidade interna e afetando a credibilidade institucional”.

“A nomeação do chefe do Estado Maior Conjunto pelo Presidente fortalece o cargo em relação aos comandos das Forças Armadas e sinaliza a intenção de preparar o seu enquadramento futuro, recalcando-os em mais um escalão”.

“A inclusão dos Chefes de Estado Maior das Forças Singulares no EM Conjunto enseja a possibilidade de influência direta do MD nos seus assuntos internos e afeta a liberdade de ação dos respectivos Comandantes, que passam a depender da lealdade deles”.

“A nomeação pelo Presidente da República sinaliza, também, para a possível intenção de extinguir o cargo de Comandante da Força, com a adoção do modelo do US Army (o Exército dos Estados Unidos da América)”.

Preceitos perigosos

Analisando os novos preceitos de ensino e pesquisa, o General de Exército chama atenção para a página 85, item 6 da END, onde fica definido que as instituições de ensino das três Forças terá de incluir em seus currículos as disciplinas de Direito Constitucional e de Direitos Humanos:

“A ênfase atribuída às disciplinas de Direito Constitucional e Direitos Humanos indica pensamento preconcebido ou desconhecimento do processo de formação dos quadros”.

O General também aponta a intenção oculta pelo item 1, na página 82 da END, que fala que “o recrutamento dos quadros profissionais das Forças Armadas deverá ser representativo de todas as classes sociais”:

“O preceito de representação de classe social no recrutamento de oficiais pode caracterizar a intenção de estratificar o acesso às Academias, com a introdução do mecanismo de cotas (sociais, raciais, etc)”.

Nova armação ideológica

O General também faz severas críticas ao item 8, na página 51 da END.

A proposta atribui à Secretaria responsável pela área de Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa a função de coordenar a pesquisa avançada em tecnologias de defesa que se realize nos institutos de pesquisa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como de outras organizações subordinadas às Forças Armadas:

“Considerando a notória qualidade do ensino militar, não se justifica a centralização da política de ensino das Forças Armadas pelo MD, salvo por uma intenção ideológica”.

Novas Imposições

O General de Exército reclama de imposições estratégico-operacionais às três Forças.

Condena, principalmente, o que foi escrito na página 31 da END sobre a transformação de todo o Exército em vanguarda, com base no módulo brigada, tendo prioridade sobre a estratégia de presença:

“Não ficaram suficientemente claras as vantagens da adoção do conceito de Exército de Vanguarda que justifiquem a sua prevalência sobre a Estratégia de Presença, isto é, não parecem subsistir como argumento para a redução da presença nacional do Exército”.

Atenção turma do Brasil Acima de Tudo...

O General também interpreta o que ficou escrito na página 32 da END, definindo que as reservas estratégicas, incluindo pára-quedistas, e contingentes de operações especiais, serão estacionadas no centro do País:

“Ficou explícita, como diretriz estratégica, a transferência da Brigada de Infantaria Pára-quedista para a área do CMP (Comando Militar do Planalto)”.

Se o General estiver correto em sua interpretação, será mais um esvaziamento da Vila Militar no Rio de Janeiro.




Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#441 Mensagem por ciclope » Ter Mar 03, 2009 2:21 am

Respeito muito a opinião dos generais e também discordo de vários pontos do END, más me parece que essas afirmações são de velhos generais que não gostam de mudanças. Bem ao estilo, em time que esta ganhando não se meche.
Porem esse time não ganha mais do jeito que esta. A nossa doutrina de emprego é antiquada.
Sem falar que tem muitos generais que ate hoje não se conformam de perder o estatos de ministro bem como a recente noticia da desativação dos comandos na esplanada dos ministérios.
Esqueceram que já não existe ministro militar em nenhum país do mundo. O afastamento dos militares da vida política tem razão de ser, pois evita o desgaste das forças junto da opinião pública.
Infelizmente a política é suja por natureza.
Devemos afastar a forças da vida política más não da vida pública.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#442 Mensagem por usskelvin » Ter Mar 03, 2009 7:51 am

Concordo em partes com os generais.




Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#443 Mensagem por jauro » Ter Mar 03, 2009 12:16 pm

ESTRATÉGIA 2

FORÇA PARA INDÚSTRIA

Este mês será marcado também pela apresentação da proposta de mudança na Lei nº 8.666, que regulamenta os processos de licitação de compra de material no setor público. Conforme a coluna revelou em setembro de 2007, a alteração na lei vai favorecer a indústria bélica nacional, dando a ela primazia nas compras dos quartéis.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#444 Mensagem por jauro » Ter Mar 03, 2009 12:20 pm

59º BIMTz será transformado em batalhão de infantaria leve

As mudanças devem ser concluídas entre os anos de 2013 e 2014

MAURÍCIO GONÇALVES - Repórter



O 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz) está com os dias contados e será transformado num batalhão de infantaria leve. O projeto aprovado pelo Ministério da Defesa começou a ser desenvolvido há cerca de um mês pelo Exército e inclui a criação de mais uma companhia, a realização de obras no quartel e o aumento do atual efetivo de oitocentos militares para mil homens em Alagoas.

De acordo com o novo comandante do 59º BIMtz, tenente-coronel Pinto Sampaio, a mudança seguirá algumas etapas e deve ser concluída entre os anos de 2013 e 2014. “O projeto aprovado pelo Ministério da Defesa faz parte da nova estratégia nacional de defesa da nação e está em fase de planejamento, com estudos preliminares, verificação de estrutura física e mecanismos de viabilização”, revela.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#445 Mensagem por irlan » Ter Mar 03, 2009 12:33 pm

acho que a partir de agora poderemos chamar o sgt guerra de nostradamus...




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#446 Mensagem por jauro » Ter Mar 03, 2009 12:43 pm

Generais criticam ''politização'' no setor

Três deles assinam textos contra projeto de Jobim e Mangabeira

Tânia Monteiro



O Exército "escalou" três generais às vésperas da aposentadoria para atacar e mostrar a insatisfação da Força com a Estratégia Nacional de Defesa. Na reunião do alto comando, hoje, eles apresentarão três documentos com críticas ao plano elaborado pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.

Nos textos, obtidos pelo Estado, os militares se queixam da "politização" em curso na pasta e alertam contra o projeto de centralização de compras de armamentos, mais permeável, segundo avaliam, a casos de corrupção. Os documentos foram elaborados pelos generais Luiz Cesário da Silveira Filho, ex-comandante Militar do Leste, Paulo César de Castro, chefe do Departamento de Ensino e Cultura do Exército, e Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento Geral de Pessoal.

Segundo os generais, as Forças Armadas não foram ouvidas na elaboração do plano. Um dos documentos diz que a implementação do projeto "ocasionará danos de difícil reparação, os quais poderão redundar em significativo comprometimento do sistema de defesa nacional".

Outro trecho classifica o plano de defesa como "documento de cunho político, sem respaldo em ideias de consenso nacional e sem uma solução para o principal problema da Defesa: orçamento incompatível com as necessidades de custeio das instituições e de investimento para a modernização dos seus sistemas de armas".

Ainda segundo esses três documentos, algumas medidas são "utópicas" e outras, "inexequíveis", já que "poderão trazer consequências negativas para o futuro das instituições militares".

Os autores avisam não ter a intenção de promover uma rebelião, cooptando os demais integrantes do Alto Comando do Exército contra o ministro da Defesa. Silveira Filho e Castro vão para a reserva no final do mês.
Estão deixando a caravana para se juntar aos que ladram, e isso dói, mas nada como o tempo e um bom pijaminha para acalmar os ânimos.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#447 Mensagem por jauro » Ter Mar 03, 2009 12:50 pm

Se o EB fosse contra a END não estaria criando isso:

http://www.exercito.gov.br/05notic/pain ... r/eme.html

Porisso sempre digo: "É a cantiga das CASSANDRAS"




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#448 Mensagem por jauro » Ter Mar 03, 2009 4:48 pm

Este é o farol, o resto é "mágoa de boiadeiro".

http://defesabrasil.com/site/index.php/ ... racao.html

Admin Edit: Link corigido.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#449 Mensagem por RenaN » Ter Mar 03, 2009 5:57 pm

EUA classificam como "vital" cooperação militar com Brasil
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da Efe, em Washington

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o almirante Michael Mullen, afirmou que a cooperação militar com o Brasil é "vital" como parte das relações bilaterais, informou nesta terça-feira o Pentágono.

Mullen se reuniu na segunda-feira com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dirigentes das Forças Armadas do Brasil no Comando Militar da Amazônia, em Manaus.

O almirante, que como chefe do Estado-Maior é o principal assessor em matéria militar do presidente americano, Barack Obama, disse que o Brasil é um país "vital" não só para a América do Sul, mas para os Estados Unidos e o resto do mundo.

Ele ressaltou a importância destes contatos para o conjunto da conjuntura bilateral, e assegurou que do ponto de vista militar "esta relação é absolutamente vital".

Jobim e Mullen visitaram o 8º Batalhão de Infantaria de Selva, em Tabatinga, município que faz divisa com Colômbia e Peru, e o posto especial de fronteira na cidade de Ipiranga.

Cooperação

O Brasil estabeleceu um posto avançado nessa região fronteiriça em 1980 para lutar contra o contrabando e o narcotráfico.

Mullen afirmou que "se aprende muito mais no terreno que na capital", e ressaltou a disciplina e profissionalismo dos militares brasileiros, informou o Pentágono em comunicado.

Jobim enfatizou que a confiança é algo essencial na relação bilateral, e disse confiar no almirante Mullen.

O Exército brasileiro e o americano trabalharam conjuntamente nas operações de manutenção de paz das Nações Unidas no Haiti e em outros lugares.

Além disso, realizaram manobras conjuntas e sua cooperação inclui um amplo programa de troca no qual suboficiais americanos frequentam a Escola do Amazonas e os cadetes brasileiros vão à Academia Militar de West Point, no Estado de Nova York.

A visita ao Brasil faz parte de uma viagem que Mullen começou pela América Latina e que o levará ainda a Chile, Peru, Colômbia e México.

A próxima escala de seu giro pela América Latina é o Chile, onde deve se reunir com o ministro da Defesa, José Goñi, e com o chefe do Estado-Maior da Defesa Nacional, o general Alfredo Ewing.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 8679.shtml




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#450 Mensagem por jauro » Qua Mar 04, 2009 11:31 am

Jobim ouve chefe do Exército sobre crítica
Ataques a plano para setor são pontuais, garante general Enzo

Tânia Monteiro, BRASÍLIA

Informado de resistências à Estratégia Nacional de Defesa na alta cúpula do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, telefonou ontem ao comandante da Força, general Enzo Martins Peri, que participava da reunião com generais, para saber da extensão das críticas e de seu alcance na caserna. Na conversa, Enzo tranquilizou Jobim e disse que os documentos com críticas apresentados por três generais de Exército, como revelou o Estado, são pessoais.

Segundo ele, as críticas são pontuais e foram apresentadas aos demais generais com objetivo de deixar registrados seus pontos de vista. Dois dos três generais que se manifestaram ontem sobre a Estratégia de Defesa, formulada pelo próprio Jobim, estão deixando o serviço ativo no dia 31.

Algumas das críticas passam pelo que chamam de temor de politização das Forças Armadas. Eles protestam contra o fato de que os militares poderão ser ainda "mais afastados dos círculos decisórios".

Nos documentos, deixam clara ainda a insatisfação com a parte que coube ao Exército no plano de Defesa, que "evidencia uma desproporção no que tange aos objetivos das Forças Armadas". Para os generais, não está previsto para o Exército "nenhum projeto de modernidade, ao contrário do que ocorre em relação à Marinha e à Força Aérea".

Os militares condenam ainda o artigo do plano de Defesa que unifica as compras do ministério. Um dos documentos cita que essa centralização permite "a introdução de idiossincrasias típicas da administração civil, como a corrupção e o tráfico de influência".

Os autores dos três documentos apresentados ontem são os Generais-de-Exército Luiz Cesário da Silveira Filho, que deixou o comando Militar do Leste; Paulo César de Castro, que também está indo para a reserva e deixa o Departamento de Ensino e Cultura do Exército, no fim do mês; e Maynard Marques de Santa Rosa, que fica até 2010 na chefia do Departamento Geral de Pessoal. Procurado ontem pelo Estado, o ministro da Defesa não se pronunciou.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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