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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Ter Mar 25, 2014 9:21 am
por GustavoB
Após rebaixamento, investidores internacionais fogem do país
by Professor Hariovaldo • 24 de março de 2014
SÃO PAULO – A agência de classificação de risco H&R rebaixou nesta segunda-feira, 24, o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de BBB14 para BBB13. Agora, a perspectiva da nota é a pior possível. Com o rebaixamento, os investidores internacionais fugirão do País até o fim da semana e o sistema financeiro conhecerá o caos.
Uma equipe da H&R esteve no Brasil na semana do dia 10 de março, com o objetivo passar um pente-fino nas contas públicas e conversar com agentes do mercado, investidores e a Míriam Leitão. A missão, que começou por São Paulo, passou também por Brasília e Rio de Janeiro, para conversar com um importante representante de Minas Gerais.
Na ocasião, a força-tarefa da H&R participou de encontros com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com a diretoria do Banco Central, na qual pode constatar que de economia eles não entendem nada, haja visto a piora da situação do país no cenário internacional, assim como Mantega, sem sal, já deveria ter sido demitido há tempos.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 9:40 am
por Rodrigoiano
S & P rebaixa agora, entre outros, BB e Caixa, bancos que bateram recordes de lucros recentemente. É um absurdo que essas agências vivam fora da realidade e atuando somente em prol dos interesses americanos e das potências ocidentais.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 11:08 am
por nveras
Rodrigoiano escreveu:S & P rebaixa agora, entre outros, BB e Caixa, bancos que bateram recordes de lucros recentemente. É um absurdo que essas agências vivam fora da realidade e atuando somente em prol dos interesses americanos e das potências ocidentais.
Eles tentaram dar uma chance para a América Latrina, mas ao final, cairam na real.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 11:18 am
por GustavoB
Exato, quem somos nós para buscar autonomia, caminhar com as próprias pernas, sonhar com o futuro e resguardar a própria soberania? Um dia triste.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 11:40 am
por nveras
GustavoB escreveu:Exato, quem somos nós para buscar autonomia, caminhar com as próprias pernas, sonhar com o futuro e resguardar a própria soberania? Um dia triste.
Um bando de incompetentes que não conseguem fazer uma obra sequer sem estourar o prazo e orçamento.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 11:52 am
por rodrigo
S & P rebaixa agora, entre outros, BB e Caixa, bancos que bateram recordes de lucros recentemente. É um absurdo que essas agências vivam fora da realidade e atuando somente em prol dos interesses americanos e das potências ocidentais.
As agências são deles, e para eles. Quem quiser ignora. Mas de acordo com o discurso da esquerda, o capital internacional é especulativo e danoso, estaremos melhor e mais seguros com eles longe daqui.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 11:57 am
por Rodrigoiano
Mas os últimos governos (sejam psdb ou pt) foram fomentadores de investimentos estrangeiros aqui.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 1:22 pm
por Bourne
Rodrigoiano escreveu:S & P rebaixa agora, entre outros, BB e Caixa, bancos que bateram recordes de lucros recentemente. É um absurdo que essas agências vivam fora da realidade e atuando somente em prol dos interesses americanos e das potências ocidentais.
Acredite, o rebaixamento é uma ótima noticia por que ajuda o câmbio a se manter próximo do valor que deveria ter|. O motivo é que espanta o capital especulativo e de curto prazo. Agora tem mais um motivo para não vir ao Brasil.
Enquanto investimento produtivo de fato ou que se compromete a comprar ações ou títulos da dívida pública de longo prazo não se importam tanto com as notas das agências de rating. Eles olham a trajetória de longo prazo e são bem mais amáveis e queridos dos que os especuladores.
----------------
Sobre as agências, elas são monstrinhos a muito tempo, não distinguem país ou instituição financeira, empresa ou pessoa física na hora de conceder a nota. Jpa rebaixaram França e Inglaterra, mas afirmaram que os Ninja eram gente boa e pagariam todos os empréstimos.
No sistema financeiro norte-americano as agências de avaliação de riscos avaliam os risos, atribuem notas a papéis, ações e empréstimos. Seja para empresas, pessoas físicas, instituições financeiras ou países. O problema é que elas possuem metodologias estranhas, difíceis de compreender e encontrar uma lógica. Por esse motivo tendiam a oferecer notas e encorajar operações com riscos elevados ou selecionar os possíveis beneficiários.
Em parte, a estrutura de empréstimos e modelos de securitização pré-crise 2007-08 foram avalizadas pelas agencias de avaliação de risco. A nebulosidade das operações levou a serem investigas e encontrarem indícios de recebimento de comissões para minimizar a avaliação de risco, permitindo que as operações tivessem sido construídas. Posteriormente, foram agraciados com maior controle, oriunda da Lei Dodd-Frank de 2010, ainda não efetivada por depender de leis complementares.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 1:36 pm
por GustavoB
nveras escreveu:GustavoB escreveu:Exato, quem somos nós para buscar autonomia, caminhar com as próprias pernas, sonhar com o futuro e resguardar a própria soberania? Um dia triste.
Um bando de incompetentes que não conseguem fazer uma obra sequer sem estourar o prazo e orçamento.
Ué, achei que estava falando sobre a chance que bwana bondosa e desapegadamente nos deu, mas vamos lá. As obras do Prosub, por exemplo, não se enquadram muito na sua afirmação, não?
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 1:43 pm
por nveras
GustavoB escreveu:nveras escreveu:
Um bando de incompetentes que não conseguem fazer uma obra sequer sem estourar o prazo e orçamento.
Ué, achei que estava falando sobre a chance que bwana bondosa e desapegadamente nos deu, mas vamos lá. As obras do Prosub, por exemplo, não se enquadram muito na sua afirmação, não?
Esqueci de citar a exceção. FFAA a parte. Visto as obras do EB em Guarulhos. Antes do prazo e mais barato. Fora isto, só incompetência e roubo.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 2:04 pm
por rodrigo
Rodrigoiano escreveu:Mas os últimos governos (sejam psdb ou pt) foram fomentadores de investimentos estrangeiros aqui.
Pois é, vai entender. Talvez seja o terrível momento onde a realidade massacra a ideologia.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Mar 26, 2014 3:26 pm
por GustavoB
nveras escreveu:GustavoB escreveu:
Ué, achei que estava falando sobre a chance que bwana bondosa e desapegadamente nos deu, mas vamos lá. As obras do Prosub, por exemplo, não se enquadram muito na sua afirmação, não?
Esqueci de citar a exceção. FFAA a parte. Visto as obras do EB em Guarulhos. Antes do prazo e mais barato. Fora isto, só incompetência e roubo.
A questão da preferência pelo pires na mão deixamos assim então?
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qui Mar 27, 2014 7:10 am
por Bourne
Pasmem queridos amigos bípedes,
Ontem bebi até fechar o bar com o provável novo ministro da fazenda a partir de 2015. Não estou de brincadeira. O senhor Otaviano Canuto não só é muito cotado para substituir o desgastado Guido Mantega, como foi professor e um importante assessor da Dilma nos tempos de Ministra.
Os principais pontos são:
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Integração comercial como fundamental para aumento da renda, crescimento e bem estar
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Necessária a revisão da política do BNDES a respeito de empréstimos e incentivos, consistindo em introduzir cláusulas que incentivem o desempenho no mercado externo, maior valor agregado e eficiência. Não apenas exigir que X% seja investido em P&D sem cobrar resultados ou proporcionar ganhos que compensem o investimento.
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A liberdade para as empresas desenvolverem e construírem produtos com tecnologia e valor agregado nacional. Enquanto impor que multinacionais coloquem as plantas produtivas no país não adianta nada, pois se aproveitam do mercado fechado e elevam os preços para compensar o investimento e risco.
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Educação é uma condição necessária, mas não suficiente para o crescimento de longo prazo. Deveriam se investir mais em engenheiro e técnicos do que em burocratas privados ou públicos. O motivo é evitar que a maior parte da população se dedique a atividades que não agregam valor e crescimento. Ao mesmo tempo em que os técnicos são importantes parar suportar a políticas industrial das empresas.
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A infraestrutura básica é essencial. Porém não vai ser totalmente pública ou privada, nenhum dos modelos extremos funcionou. O caminho será do meio como já vem ocorrente.
Depois de algumas cervejas foram reveladas as estórias da decepção dos economistas da Unicamp com a equipe econômica montada para o primeiro mantado de Lula em 2003, como Lula conversou e convenceu os banqueiros de lhe apoiarem, a cantada do príncipe saudita sobre Dona Dilma, as festas e fraquezas de Paloci, o desgaste de importantes membros do governo como Luciano Coutinho, a obsessão do José Luiz Oreiro em ir para o governo, seja qual for. Além de outras tretas que não vem ao caso agora.
Agora sou fontado.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qui Mar 27, 2014 7:15 am
por Sterrius
Excelentes infos bourne, com certeza bem interessante saber essas ideias gerais e ao meu ver são bem centradas.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qui Mar 27, 2014 8:52 am
por LeandroGCard
Bourne escreveu:
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Integração comercial como fundamental para aumento da renda, crescimento e bem estar
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Necessária a revisão da política do BNDES a respeito de empréstimos e incentivos, consistindo em introduzir cláusulas que incentivem o desempenho no mercado externo, maior valor agregado e eficiência. Não apenas exigir que X% seja investido em P&D sem cobrar resultados ou proporcionar ganhos que compensem o investimento.
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A liberdade para as empresas desenvolverem e construírem produtos com tecnologia e valor agregado nacional. Enquanto impor que multinacionais coloquem as plantas produtivas no país não adianta nada, pois se aproveitam do mercado fechado e elevam os preços para compensar o investimento e risco.
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Educação é uma condição necessária, mas não suficiente para o crescimento de longo prazo. Deveriam se investir mais em engenheiro e técnicos do que em burocratas privados ou públicos. O motivo é evitar que a maior parte da população se dedique a atividades que não agregam valor e crescimento. Ao mesmo tempo em que os técnicos são importantes parar suportar a políticas industrial das empresas.
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A infraestrutura básica é essencial. Porém não vai ser totalmente pública ou privada, nenhum dos modelos extremos funcionou. O caminho será do meio como já vem ocorrente.
Muito interessante.
Os pontos citados tem muito a ver com o que eu tenho sempre dito. Mas temo que só isso também não vá ser suficiente, sem que as condições do país permitam alcançar níveis de competitividade coerentes com os do restante do planeta e se não houver garantias de continuidade o mais importante, os investimentos em inovação, não vão sair das gavetas. E para chegar lá tem muito mais coisas a resolver. Senão vamos continuar com situações como a do artigo abaixo:
Dificuldade de caixa da Petrobrás inibe tecnologia nacional no pré-sal
Fornecedores ‘recusam’ financiamento de R$ 2,5 bilhões, a juros subsidiados, para inovar na produção de petróleo
João Villaverde, de O Estado de S. Paulo - 26 de março de 2014
BRASÍLIA - O governo está com enormes dificuldades para emprestar R$ 3 bilhões, com juros subsidiados, para empresas nacionais desenvolverem máquinas, equipamentos e soluções técnicas para o setor de petróleo e gás. Não porque as empresas não tenham condições, mas porque as próprias companhias, todas fornecedoras da Petrobrás, têm engavetado projetos de inovação diante do quadro de dificuldades de caixa da estatal. Desse bolo financeiro, o governo hoje vislumbra desembolsar apenas cerca de R$ 500 milhões, ou 16% do total.
Segundo apurou o Estado, a Petrobrás tem acenado a seus fornecedores uma disposição menor de adquirir as inovações que serão geradas a partir dos projetos financiados pelo programa Inova Petro 2, lançado em janeiro pelo governo. Em fase de recebimento das cartas de manifestação de interesse, o Inova Petro 2 foi alvo de interesse de uma carteira de quase R$ 14 bilhões em projetos das empresas, que, no entanto, estão reticentes em tomar o dinheiro, ainda que a custo subsidiado.
Gerido pelo BNDES, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Petrobrás, o Inova Petro 2 conta com R$ 3 bilhões para serem emprestados, a juros abaixo do praticado no mercado, para o desenvolvimento de instalações submarinas, processamento de superfície, reservatórios e poços. O governo quer analisar as propostas e liberar o recurso em 2015, de forma a gerar resultado sobre a cadeia produtiva quando a exploração do pré-sal estará a todo vapor no País.
Na gaveta. Sob a condição de anonimato, representantes de duas fornecedoras da Petrobrás afirmaram que têm projetos prontos, mas que, no momento, eles ficarão guardados. "O quadro do setor não é de estagnação, mas também não há aquele crescimento vistoso que prevíamos para este início de ano. Vamos esperar para ver", afirmou um empresário.
Em nota, a Petrobrás informou que apoia o Inova Petro 2, mas que a decisão de participar "compete exclusivamente às empresas". Segundo a estatal, interessados têm até 24 de abril para aderir.
A primeira fase do programa Inova Petro, lançada em agosto de 2012, também não atingiu as expectativas do governo, embora o resultado final tenha sido melhor. BNDES e Finep ofereceram R$ 3 bilhões em crédito subsidiado naquela oportunidade. O valor contratado foi inferior ao total, ainda que tenha ficado próximo do teto - foram R$ 2,75 bilhões distribuídos entre 38 empresas e 15 Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs).
Entre as vitoriosas na chamada pública estavam grandes empresas como Evonik, Mectron (do grupo Odebrecht), Radix Engenharia, TMSA e Imep, entre outras.
Os governos brasileiros, desde FHC, parecem não perceber que governar um país é muito mais do que a simples administração financeira da economia. Só liberar mais e mais dinheiro e criar mais e mais regras burocráticas não vai resolver nada.
Leandro G. Card