MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4291 Mensagem por Bourne » Ter Fev 25, 2014 10:09 am

Não há solução simples para acabar com preços "$urreais"
EDMAR BACHA

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercad ... quot.shtml

ESPECIAL PARA A FOLHA
Na semana passada os jornais deram destaque às longas filas que se formaram na abertura da primeira loja da Apple na América Latina, na Barra da Tijuca, no Rio.

Consta que a abertura da loja se deu com gritos dos fãs. Apenas não foi possível saber pelo noticiário se os gritos eram de entusiasmo com os produtos da loja ou de dor com os preços a que eles eram vendidos, mais de 80% acima dos preços nos EUA.

Os preços extremamente altos dos produtos fabricados no Brasil vendidos na loja da Apple são apenas a ponta do iceberg com que os brasileiros se defrontam.

De um modo geral, os preços dos produtos fabricados no país são muito mais caros do que no exterior. A tal ponto que jovens cariocas abriram uma página de denúncia bem humorada no Facebook, com o título "Rio $urreal", ilustrada com a figura de Salvador Dalí.

Não há solução simples para acabar com nossos preços surreais. Se olharmos a composição dos preços dos produtos na loja da Apple na Barra vamos constatar que boa parte da diferença é explicada pela carga de impostos, muito mais pesada no Brasil do que nos EUA.

Logo, para reduzir os preços há que se contemplar uma reforma tributária que simplifique de forma radical os impostos indiretos no Brasil. Idealmente, através da criação de um único imposto, como o IVA nacional que existe nos países europeus, que substituiria toda a parafernália de impostos indiretos (IPI, ICMS, Pis-Cofins etc.) que infernizam o cotidiano de nossos empresários.

À simplificação do regime tributário deveria aliar-se uma redução das alíquotas. Mas para isso seria preciso controlar a expansão do gasto público, com todas as difíceis reformas que esse controle requereria (regras de salário mínimo, normas de aposentadoria, regras de acesso ao SUS, gratuidade do ensino superior etc.).

Mas os impostos são somente parte do problema. Os custos de produção e as margens de lucro de nossas empresas são muito altos. Isso se deve a que a economia brasileira é muito fechada ao comércio exterior.

Como consequência desse isolamento comercial, nossas empresas utilizam insumos locais caros e obsoletos, têm escala de produção pequena por estarem limitadas ao mercado interno, inovam muito pouco por não terem incentivos para tal, são excessivamente diversificadas sem foco nas atividades em que são mais produtivas, e enfrentam muito pouca concorrência.

Tudo isso contribui para tornar os preços surreais.

São grandes os desafios para resolver esse problema. É preciso contemplar uma ampla integração da economia brasileira com o resto do mundo.

Essa integração envolveria a realização de acordos comerciais com nossos principais parceiros, para assegurar que seus mercados se abram para nossos produtos na mesma medida em que estaremos abrindo nosso mercado para seus produtos.

A integração também deveria incluir a substituição dos atuais mecanismos de proteção à produção ineficiente --tarifas às importações, regras de conteúdo nacional, preferências para compras governamentais, processos produtivos básicos, normas técnicas peculiares (tomadas de três pontos, por exemplo), burocracia portuária e alfandegária asfixiante-- por uma taxa de câmbio mais desvalorizada.

Desse modo, estaríamos assegurando uma expansão de nossas empresas mais competitivas, capazes de produzir bens e serviços de qualidade e com preços mais baixos. Os jovens cariocas poderiam então fechar seu portal porque o Brasil deixaria de ter preços surreais.

EDMAR BACHA é diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças
* a opinião exposta no texto citado não reflete a posição do autor do post. O artigo é colocado para fins de debate.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4292 Mensagem por Bourne » Ter Fev 25, 2014 10:11 am

Sterrius escreveu:nunca perdi esse costume :p. Supermercado longe d+
Caipira!!!! :twisted: :lol:

Tenho dois hipermercados do lado de casa. Compras quase diárias. De pães, leite para wheyzinho e até mantimentos que poderiam ser comprados só uma vez por mês.

Entretanto, no começo de mês, em um especifico, lota fica complicado fazer as compras diárias. :roll:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4293 Mensagem por Wingate » Ter Fev 25, 2014 11:15 am

Senhores foristas,

Uma dica de investimento: fabricantes/montadoras de ônibus do tipo urbano... 8-]

Esse mercado está pegando fogo (literalmente)! :twisted:


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4294 Mensagem por LeandroGCard » Qua Fev 26, 2014 5:24 pm

Bourne escreveu:
Não há solução simples para acabar com preços "$urreais"
EDMAR BACHA

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercad ... quot.shtml
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Os preços extremamente altos dos produtos fabricados no Brasil vendidos na loja da Apple são apenas a ponta do iceberg com que os brasileiros se defrontam.

De um modo geral, os preços dos produtos fabricados no país são muito mais caros do que no exterior. A tal ponto que jovens cariocas abriram uma página de denúncia bem humorada no Facebook, com o título "Rio $urreal", ilustrada com a figura de Salvador Dalí.
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EDMAR BACHA é diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças
* a opinião exposta no texto citado não reflete a posição do autor do post. O artigo é colocado para fins de debate.
Já eu de um modo geral concordo com a posição do Bacha, embora discorde em alguns detalhes.


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4295 Mensagem por MAJOR FRAGUAS » Qui Fev 27, 2014 2:23 pm

Crescimento economico ruim de 2,3%, é o terceiro maior do mundo de 2013!!!
Até que a politica economica da Dilma não ta tão ruim assim, o mundo é que ta uma merda mesmo....rsrs.

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4296 Mensagem por GustavoB » Qui Fev 27, 2014 2:33 pm

Opa, desculpem-me os arautos do Brasil pés descalços e cueca furada...

PIB 2013
(em relação a 2012)

Imagem




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4297 Mensagem por J.Ricardo » Qui Fev 27, 2014 2:54 pm

http://arte.folha.uol.com.br/mercado/20 ... mundi_pib/

Estranha sua tabela, pois segundo consta o México cresceu 2,9% e a África do Sul 2,6%




Editado pela última vez por J.Ricardo em Qui Fev 27, 2014 2:57 pm, em um total de 1 vez.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4298 Mensagem por GustavoB » Qui Fev 27, 2014 2:57 pm

Reclama com o IBGE.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4299 Mensagem por J.Ricardo » Qui Fev 27, 2014 2:58 pm

Ai fica difícil, não vou me meter em uma briga entre FMI contra IBGE... :?




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4300 Mensagem por GustavoB » Qui Fev 27, 2014 3:12 pm

Aproveita e fala com o G1/Globo também:

Imagem




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4301 Mensagem por jumentodonordeste » Qui Fev 27, 2014 3:37 pm

J.Ricardo escreveu:http://arte.folha.uol.com.br/mercado/20 ... mundi_pib/

Estranha sua tabela, pois segundo consta o México cresceu 2,9% e a África do Sul 2,6%

México cresceu 1.1% em 2013. O que existiu no ano passado foi um barulho desgraçado no começo do ano com "El tigre azteca" e não sei mais o que, projeções de que o país iria crescer 3.3%. Isso não se realizou e o México chegou a beirar índices negativos, isso se não os alcançou, em alguns trimestres.

E a Africa do Sul ficou em 1.9%...

Fonte:

http://www.nasdaq.com/article/mexicos-2 ... 0221-00406
http://thebricspost.com/sa-gdp-growth-s ... w-FePldU8A


A arte feita pela folha é baseada na média de crescimento entre 2011 e 2013, creio que sejam números bem diferentes dos discutidos.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4302 Mensagem por Sterrius » Qui Fev 27, 2014 5:20 pm

como falam desde 2000. 2-4% de media sem parar até solucionarem os problemas de infraestrutura etc 8-]




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4303 Mensagem por Bourne » Qui Fev 27, 2014 6:45 pm

LeandroGCard escreveu:Já eu de um modo geral concordo com a posição do Bacha, embora discorde em alguns detalhes.
Leandro G. Card

O que fazer todo mundo sabe. A questão é como, especialmente em relação sobre como fazer a abertura, a definição de industria competitiva e como manter o câmbio em um patamar realista.

O Bacha faz parte da Casa da Garça supostamente liberal. Bem mais sério e realista que outros pseudo liberais como instituto mises. Em linhas gerais, defenda abertura comercial sem apoio a setores considerados estratégicos como de tecnologia e pesados. A ideia é que naturalmente os setores competitivos vão se destacar. No caso é basicamente agroindústria, commodities e serviços para mercado interno. Para eles não tem problema dito pelo alto membro denominada Mônica Dell Bone. A desvalorização cambial é garantida pelo controle fiscal com redução de gastos para manter a poupança pública alta, reduzir juros e atrair menos capital especulativo. Contemplada pela desconstrução de subsídios, políticas de suporte e financiamento por serem ruins em si.

É uma receita que não funcionou em lugar nenhum mundo por não ter suporte da realidade. Os mercados contemporâneos são demasiados imperfeitos, voláteis e trabalham com a interação entre consumidores, produtores e Estado. Válido para qualquer país do mundo com estruturas de interação extremamente complexas. A não ser que seja uma tribo de silviculturas ou viva na era feudal. O pacote de política é muito poluído com viés ideológica pela crença ou interesses pecuniários.

Exemplo
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http://www.anthempress.com/the-entrepreneurial-state

The Entrepreneurial State
Debunking Public vs. Private Sector Myths
Mariana Mazzucato

The Quest for Security: Protection Without Protectionism and the Challenge of Global Governance Hardcover
by Joseph E. Stiglitz (Editor) , Mary Kaldor (Editor)

Fonte: http://www.globalforesightbooks.org/Boo ... urity.html

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A critica do Oreiro e novos desenvolvimentistas que digo que é picaretagem. É diferente em relação a necessidade de manutenção e melhora do aparato funcional do setor industrial com a ideia de uma abertura gradual, mas enfatizando o suporte a setores estratégia que são importantes para o desenvolvimento e não são condizentes com a "vocação natural". Por que o foco é evitar a desindustrialização prematura e criar problemas de instabilidade externa devido a importação de bens industriais em momentos de crescimento, sem ter como pagar sobre eles. É uma preocupação válida e importante para países de média renda que empacaram no processo de industrialização e na armadilha da renda média.

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The Perils of Premature Deindustrialization
Dani Rodrik
Fonte: http://www.project-syndicate.org/commen ... ufacturing

Mario Cimoli & Giovanni Dosi & Richard R. Nelson & Joseph Stiglitz, 2006. "Institutions and Policies Shaping Industrial Development: An Introductory Note," LEM Papers Series 2006/02, Laboratory of Economics and Management (LEM), Sant'Anna School of Advanced Studies, Pisa, Italy.

Fonte: http://www.lem.sssup.it/WPLem/files/2006-02.pdf

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Também contempla a possibilidade de imposição de controles de capitais por prazo e natureza. Como forma de separar os capitais especulativos de investimentos produtivos, interesses de compra de títulos públicos e ações de longo prazo ou direcionar para qual setor os recursos são interessantes.

O problema é que ignora os aspectos microeconômicos e setoriais a respeito dos impactos. Joga praticamente tudo em cima da desvalorização e estabilização do câmbio. O que na verdade não chega a ser desvalorização, mas sim isolar o efeito especulativo da movimentação de capitais e a possibilidade de estrangulamento externo. Assim, levando a taxa para um patamar calculado na taxa de 3,5 reais por dólar ao longo do processo de ajuste.

Porém a crítica é colocar o mercado externo como salvador. Primeiro por minimizar os dados de que as exportações correspondem menos de 10% (ou 5%, não lembro :oops: ) do PIB e não teria condições de criar o impulso necessário a economia. O segundo que os setores mais dinâmicos são agroindústrias, commodities e industrias de setores velhos que tem um mercado de exportação determinado pelo crescimento da demanda mundial, determinado pela economia global e de países importadores. Sem margem para alargar mercado pelo câmbio favorável. O terceiro e mais importante é que a infraestrutura é deficiente daria suporte de imediato para outros tipos de industrias mais intensivas em tecnologia e valor agregado.

Em resumo, uma imitação descarada do export-led asiático, sem lembrar que a economia brasileira tem uma trajetória e estrutura bem diferente. Nos anos 1970s poderia ser válido e o país quase seguiu esse caminho pré crise da década de 1980s. Hoje é bem mais complicado. o México fez essa transição e demorou 30 anos para ter resultado. Mesmo sendo um entreposto entre Ásia e EUA-Europa. Colocando em segundo plano os aspectos microeconômicos. Para eles é tudo macro modelo dinâmico com tudo se resolvendo por decreto. As reformas institucional e mudança estrutural demoram décadas para ocorrer devido a resistências de grupos internos, burocracia, tradições entre outros.

Conheço uma monte de descrentes que não condiam nesse grupo. Devido a várias falhas na argumentação. Não questionam que o câmbio está descolado do que deveria ser, mas ficam bem ressabiados a respeito da aplicação e resultados da receita.

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The Rise and Fall of Export-led Growth
Thomas I. Palley
Fonte; http://www.levyinstitute.org/pubs/wp_675.pdf


Industrial Policy: A Missing Link in Mexico's Quest for Export-led Growth
Juan Carlos Moreno-Brid
Fonte: http://www.networkideas.org/featart/nov ... Policy.pdf

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O terceiro e parte do governo é enfase em reforma microeconômica, fortalecimento do mercado interno, distribuição de renda, bem-estar e compromisso com a baixa inflação. A parte de licitações e concessões de infraestrutura faz parte do pacote, conjuntamente com política industrial e programas de suporte. O crescimento da produtividade e exportações de maior valor agregado seria consequência. Melhor ler quem ajudou a criar quem comanda a equipe econômica.


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Política Social-desenvolvimentista: Menor Leque Salarial e/ou Melhor Distribuição de Renda do Trabalho
Fernando Nogueira
http://fernandonogueiracosta.wordpress. ... -trabalho/

Fernando Nogueira
Baixo Crescimento da Produção + Baixo Desemprego = Produtividade Baixa
http://fernandonogueiracosta.wordpress. ... ade-baixa/

-------------

A evidencia da descrença que só desvalorização cambial é suficiente está exposta na entrevista abaixo.
Balanço Comercial da Indústria de Tranformação
Posted on 18/02/2014 by Fernando Nogueira da Costa

http://fernandonogueiracosta.wordpress. ... more-30931

Déficit comercial da Indústria de Transformação

Imagem

O balanço comercial da indústria de transformação se deteriorou ainda mais no ano passado. O déficit do setor atingiu US$ 54,3 bilhões, com elevação de 22,5% em relação ao saldo negativo de US$ 44,3 bilhões em 2012. A exportação da indústria de transformação chegou a crescer 0,6% em 2013 contra o ano anterior, mas as importações subiram mais, com alta de 5,6%. Os cálculos foram feitos com base nos dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

Dos 22 setores da indústria de transformação que a Funcex acompanha, em 15 houve piora de saldo comercial em relação a 2012, ou porque o déficit se aprofundou ou porque o superávit diminuiu. Nos sete segmentos em que houve melhora, o ganho (redução de déficit ou crescimento de superávit) foi superior a US$ 500 milhões em apenas dois: celulose, com crescimento de U$ 605 milhões no superávit, e outros equipamentos de transporte (onde estão as plataformas de petróleo), com elevação de US$ 6,23 bilhões.

Os segmentos que tiveram saldo positivo de balanço foram apenas oito em 22 setores, destaca. Nesse grupo, a maior parte dos setores que conseguiu superávit é de indústrias ligadas diretamente à utilização de recursos naturais, com menor valor agregado, por exemplo, os segmentos de alimentos, fumo, produtos de madeira e celulose. São apenas dois setores que tiveram superávit e não estão tão diretamente vinculados ao uso de recursos naturais: o de metalurgia e o de outros equipamentos de transporte.

O quadro revela menor competitividade do Brasil nos segmentos em que há maior necessidade de agregação de valor, em que o uso do recurso natural está mais diluído. Para este ano, as perspectivas de mudança não são muitas. Há uma expectativa de recuperação da economia americana, mas existe uma incerteza do quanto a exportação brasileira pode se aproveitar disso, já que há ainda dificuldades de competitividade que ainda não foram superadas. A maior desvalorização do real frente ao dólar poderia ser favorável ao Brasil no cenário da exportação, mas isso pode ter efeitos restritos.

A desvalorização cambial não será capaz de reverter o quadro deficitário do balanço comercial da indústria, mas poderá ao menos desacelerar o ritmo de deterioração. Apesar de contribuir para um melhor desempenho das exportações, diz ele, a indústria de transformação deve continuar mantendo a importação de bens que não podem ser substituídos pelo produto nacional no curto prazo.

Flávia Lima (Valor, 27/01/14) entrevistou David Kupfer a respeito.

A indústria brasileira não se tornou uma simples importadora de bens finais, como pensam alguns, mas perdeu densidade. É o que diz David Kupfer, professor licenciado e membro do Grupo de Indústria e Competitividade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e assessor da presidência do BNDES. Para ele, a chamada “desindustrialização” é um fenômeno perceptível, mas muito concentrado no “miolo” da indústria – os setores que envolvem mais emprego e estão em diversas regiões, como o têxtil, de vestuário e moveleiro.

Para Kupfer, a infraestrutura é um entrave mais relevante ao desenvolvimento industrial hoje do que era há 20 anos, ao lado dos custos industriais e de trabalho mais caros, do imbróglio tributário e do processo de apreciação do real, variáveis que afetaram margens, capacidade de investimento e de modernização da indústria. Segundo ele, os empresários estão corretos quando dizem que, da porta da fábrica para dentro, a produtividade é semelhante com o que é visto lá fora. O problema é que a indústria está fora do “jogo da inovação” e muito dependente da difusão internacional de tecnologias.

A saída, avalia Kupfer, não é trivial. “Não é uma reunião de diretoria que decide gastar um percentual a mais da receita em inovação que vai resolver. É um processo cumulativo”. Para ele, o “passivo tecnológico” impede que a indústria tenha acesso às cadeias globais de valor mais focadas em eletroeletrônicos. Diferentemente de outros analistas, avalia que a inserção deveria ocorrer por meio do “miolo” da indústria, ainda que isso signifique penetração ainda maior de importados. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Valor: O governo fez as desonerações pedidas, o real se depreciou e não vemos uma reação mais consistente da indústria. Por quê?

David Kupfer: Algumas questões relevantes para indústria já existiam na década de 90 e permanecem atuais, porque não foram adequadamente resolvidas. E há outras que não só já existiam e não foram resolvidas, como se agravaram. Entre elas, está a questão da infraestrutura. Embora o esforço de construção de infraestrutura tenha aumentado com relação ao passado – na década de 90 isso era praticamente inexistente -, a necessidade da economia brasileira avançou mais rápido do que a capacidade de construir a oferta. É um entrave mais relevante hoje do que era há 20 anos. Já entre os problemas que de algum modo já existiam e permanecem como entrave está a questão tributária, já de cabelo branco no Brasil.

Valor: Essa reforma tributária deveria começar por onde?

Kupfer :Teria que levar em consideração a impossibilidade de redução da carga tributária, que é certo que não pode crescer, mas também não pode encolher em função da forma como está estruturado o papel do Estado na economia brasileira. Particularmente os tributos sobre o valor adicionado deveriam incidir apenas sobre a parcela nova de valor criado na atividade. Mas, às vezes, as empresas não recebem de volta parcelas dos impostos que foram recolhidos a título de matérias-primas, porque as cadeias de débito e crédito não funcionam adequadamente. Nosso sistema tributário é ruim, muito baseado em impostos sobre produtos, muito regressivo e com pouca participação do imposto de renda. E as empresas reclamam, com razão, que ainda existem os custos com gestão tributária para dar conta dessa selva de regulamentações. Há também custos industriais importantes que em 20 anos se tornaram mais negativos, como os custos de energia.

Valor: Isso apesar da tentativa recente de reduzir esse custo?

Kupfer : Mesmo que se tivesse conseguido o corte esperado de 18%, ainda assim os custos com a energia seriam altos em termos internacionais. Além de energia, as matérias-primas, principalmente commodities que produzimos, são caras atualmente. O minério de ferro, por exemplo, é significativamente mais caro hoje e com isso a produção siderúrgica perdeu um vetor de competitividade importante. Então, temos energia cara, matéria-prima cara e custo de trabalho caro.

Valor: Há um processo de desindustrialização, como muito se fala?

Kupfer : A indústria ficou espremida entre custos crescentes em reais e mais ainda em moeda estrangeira em função do processo de apreciação do real, que resultou em receitas decrescentes em dólar. Isso apertou muito as margens, a capacidade de investimento e, em alguma medida, a capacidade de modernização da indústria. E por isso ela teve dificuldade de se expandir no período. Mas o debate da desindustrialização é extremamente complexo. O mais importante é ter claro que ao mesmo tempo em que a indústria sofreu um revés muito grande do lado dos preços, ela se beneficiou de uma ampliação importante de mercado, tanto do ponto de vista do consumo per capita quanto de uma maior diversificação da pauta de produtos consumidos no Brasil em razão do desenvolvimento inclusivo. O que aconteceu é que uma parte importante desse consumo acabou vazando para o exterior e uma boa parte dessa demanda acabou suprida por importações concentradas em insumos e bens de capital. Mas o Brasil não se tornou ainda e nem acho que vá se tornar um importador de bens finais. Nós ainda temos uma indústria com bastante capacidade de montagem de bens finais. Mas importamos muitos insumos, partes, peças e equipamentos.

Valor: Então seria exagerado falar em desindustrialização?

Kupfer : Acho que uma visão um pouco mais abrangente seria uma melhor descrição da realidade ocorrida. Na verdade, a indústria manteve um tamanho bastante grande no Brasil, mas perdeu densidade.

Valor: O que isso significa?

Kupfer : A indústria brasileira perdeu peso com relação a ela mesma, mas continua grande. Na década de 90, a desindustrialização estava muito ligada ao topo da indústria, cujos setores estavam desaparecendo. No momento atual, a desindustrialização que se enxerga está muito ligada ao miolo. Também pelo fato de que aí a China e sua rede de produção integrada são imbatíveis. E o miolo, que inclui os setores têxtil, de vestuário, móvel, de produtos plásticos e de metal, tem muito emprego envolvido e está em diversas regiões. É diferente da base da indústria, que é produtora de commodities e insumos em grande escala e vai bem, porque o Brasil é exportador, tem excelentes recursos naturais, boa capacidade industrial e domínios das tecnologias de processo. Na verdade, o Brasil tem uma indústria muito grande e diversificada e um animal desse tamanho não pode ser descrito por trajetórias muito monocórdias.

Valor: Qual a importância da produtividade na indústria?

Kupfer : Os empresários das empresas de maior porte falam com muita convicção de uma noção que é essencialmente correta: da porta da fábrica para dentro a produtividade de engenharia, que é quanto tempo leva para fazer o produto, é muito parecida com as produtividades internacionais. A principal evidência é certa facilidade com que filiais de estrangeiras se instalam no Brasil e em pouco tempo estão produzindo em níveis semelhantes de produtividade e eficiência de outras filiais. As empresas incorporaram as tecnologias industriais básicas e conseguiram saltos importantes de produtividade. Algumas saíram pelo mundo, líderes do processo, como a WEG, a Marcopolo, a Gerdau. Mas o mundo não para e a inovação tecnológica vem em ondas, não é um processo contínuo. E a indústria local tem capacidade de se manter emparelhada, mas se atrasa quando vem uma onda de inovação. Por quê? Porque nós não estamos no jogo da inovação.

Valor: Por que a despeito do apoio público, as dificuldades de inovar ainda são tão grandes?

Kupfer : A ênfase na inovação é relativamente recente. Não havia nenhum ativismo com relação à inovação no momento da constituição dessa indústria, na década de 70. Isso era feito por absorção de tecnologias existentes, na base do ‘learning by doing’ [aprendizado pela prática]. Vem a crise dos 80, a abertura dos 90, e esse sistema empresarial brasileiro tinha capacitação tecnológica muito baixa. E não havia como imaginar que as empresas responderiam à abertura aprofundando essa dimensão tecnológica, porque o retorno é demorado. As empresas não podiam investir em tecnologia e esperar os resultados por 10 ou 12 anos, porque não sobreviveriam ao processo. Então, fizeram o caminho contrário. Para sobreviver, abriram mão do pouco de esforço tecnológico que faziam para reduzir custos em meio à hiperinflação e desorganização macroeconômica. Em geral, se substituía trabalho por máquinas, simplificando produtos e terceirizando – o chamado ‘downsizing’ [achatamento]) -, com o objetivo de reduzir custo e elevar produtividade com baixo investimento. Uma reestruturação antitecnológica.

Valor: Mas o sr. citou empresas, como a Marcopolo, a WEG…

Kupfer : Não eram empresas inovadoras propriamente ditas na década de 90. Algumas delas até se tornaram em um período mais recente. Naquela época, elas foram boas em aumentar a capacidade produtiva, muitas vezes em detrimento da capacitação tecnológica. Muitas vezes se anda mais rápido absorvendo tecnologia de terceiros do que desenvolvendo tecnologia própria. Mas, quando se chega próximo da fronteira tecnológica, para. Enquanto quem aprende a desenvolver tecnologia dá o seu próprio salto tecnológico. A estratégia de sobrevivência dessas empresas foi bem-sucedida, mas não gerou capacitação tecnológica mais consistente que permitisse, nos anos 2000, em uma situação mais favorável, dar o salto. Como houve uma onda importante de inovações ligada à tecnologia de informação, o sistema industrial brasileiro se defasou. Então, além das pressões de custo e de problemas sistêmicos, temos problema de produtividade em consequência do aumento do hiato tecnológico com relação à fronteira.

Valor: E isso sem exceções?

Kupfer : É uma visão do agregado, ela é cheia de exceções. Na automação bancária, por exemplo, já tivemos em uma posição maior no passado. Uma leitura geral indicaria que há um problema de produtividade também ligado à dimensão tecnológica. A tecnologia vem realmente quando se faz um negócio novo, e não pelos incrementos e melhorias que se introduz em um negócio existente. Então, quando a taxa de investimento dá uma parada, como deu desde 2008, esse menor investimento vai aumentando a defasagem. Em algum ponto para frente vamos ter um período de recuperação desse atraso, com uma onda de modernização e incorporação de nova geração de tecnologia, porque ela já estará mais disponível para absorção internacional. Muitos países não têm esse movimento pendular, porque vão se defasando e a indústria desaparece. Nós temos uma indústria grande e diversificada que tem essa capacidade produtiva de sobreviver e enfrentar desafios. O que ela não consegue de fato é se tornar uma indústria inovadora, que não depende da difusão internacional de tecnologias para se nutrir de inovação.

Valor: E essa incapacidade de inovar deve se manter?

Kupfer : Há a inovação propriamente dita e a ideia de inovação para a empresa, mas que não é nova para o mercado, que poderia ser traduzida por imitação. A imitação não é problema. Precisamos de um sistema industrial com grande capacidade de imitação, mas que inove também. O problema da imitação é que depois que eu imitei, fico parado, esperando que o líder faça a inovação para que eu o imite novamente. O que chama a atenção no caso brasileiro é que o país chegou a uma situação paradoxal: o nível de gasto com inovação é baixo se comparado aos líderes, mas relativamente alto quando comparado com países similares. Não dá para comparar com a Coreia, que investe mais de 3% em inovação, enquanto nós gastamos pouco mais de 1%. E grande parte do gasto vem de recursos públicos. Em alguns países, a proporção é 80% privado e 20% público. Aqui no Brasil é o contrário, o que não é ruim.

Valor: Por que o gasto privado é tão baixo?

Kupfer : Não é uma questão de decisão. Não é uma reunião de diretoria da empresa que decide gastar um percentual a mais da receita em inovação que vai resolver. Não vai conseguir, já cansei de ver essa situação. É um processo cumulativo. E de decidir quais são as linhas de desenvolvimento que têm potencial e mereçam receber a concentração de esforços empresariais e públicos. E isso estamos fazendo há pouco tempo. O complexo industrial da saúde é a melhor evidência de sucesso de articulação de estratégia empresarial e política pública. No caso da saúde, boa parte da despesa para aquisição de medicamentos e equipamentos é originada de financiamento público, do SUS por exemplo. A criação do genérico foi um passo importante na construção desse modelo de articulação entre público e privado. Ele permitiu o surgimento de laboratórios com capacidade produtiva e que agora estão tendo alguma capacidade de pesquisa e inovação. É um caso interessante, que mostra como o processo é demorado.

Valor: E como fica a inserção da indústria nas chamadas cadeias globais de valor?

Kupfer : Nesse processo, a atividade produtiva está dividida em um número grande de subatividades, feitas em regiões geográficas diferentes. Isso gera uma corrente de comércio internacional enorme. Mas se o país tem muitas barreiras tarifárias e não tarifárias, impõe muitas dificuldades ao comércio, a empresa que organiza a cadeia não vai produzir naquele país. Alguns acreditam que as regulações da política comercial brasileira dificultam a inserção do Brasil nessas cadeias internacionais de valor.

Valor: O sr. acredita nisso?

Kupfer : Entendo que nosso problema é um pouquinho diferente. Cometeríamos um erro de política se ajustássemos todas as nossas regulações para favorecer a inserção nessas cadeias de valor, pois teríamos benefício pequeno e custo alto para a atividade industrial. Essas cadeias normalmente se organizam em torno de produtos com características de montagem de partes e peças muito focados em indústrias eletroeletrônicas. Pelo passivo tecnológico que acumulamos em nosso processo de desenvolvimento industrial, não conseguimos entrar nesses setores. Então, precisamos pensar em cadeias de valor no que diz respeito ao miolo da indústria, que não está cabendo dentro do Brasil. Para isso não podemos reagir negativamente à maior penetração de importados na indústria tradicional. Vamos ter que conviver com a presença mais extensa de produtos têxteis, de vestuário, calçados, móveis, produzidos internacionalmente. No fundo, a gente vai trocar o esforço de manter um mercado de tamanho 100, que é o mercado brasileiro, por um mercado mundial de tamanho 200, dos quais a gente mantém 50%. Os mesmos 100, mas em um formato diferente. Teremos um bônus da integração produtiva que vai pagar o preço, porque nós estaremos abrindo linha de expansão para o setor mais frágil da indústria, no lugar de abrir uma linha de expansão para um setor hoje ausente. Não vamos construir uma indústria eletroeletrônica pela via da integração internacional.

Valor: Como reinscrever o miolo da indústria nas cadeias globais?

Kupfer : É preciso definir parceiros com os quais o Brasil possa manter relações de integração produtiva capazes de gerar ganhos e benefícios importantes. Acho que esses parceiros são nossos vizinhos sul-americanos e eventualmente outros países da Europa. Dificilmente estarão na Ásia, pela distância e pela própria competitividade do sistema asiático nesses setores. E os serviços prestados à indústria precisam de avanço importante em qualidade e em produtividade para que as empresas brasileiras possam construir cadeias de valor mais longas. Se eu fizer um sapato simples, vou pegar o couro, dobrar, costurar e vender. Minha cadeia vai ser muito curta, não terei espaço para colocar muita gente, nem muita renda para distribuir. O importante é esticar essa cadeia. Como a Embraer, pioneira que conseguiu se concentrar em atividades mais nobres, pesadamente apoiada por políticas públicas. Ou como a Apple no setor eletroeletrônico, que fica com a maior parte do valor, mas não produz nada, apenas ideias, concepções, desenhos, marcas. Tudo é produzido na China, mas do iPad de US$ 300, US$ 120 ficam com a Apple. Temos que induzir tecnologia no topo da indústria para que ele possa fornecer tecnologia embutida para o restante da indústria. No meu modo de ver, essa é a questão fundamental.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4304 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Fev 27, 2014 7:12 pm

MAJOR FRAGUAS escreveu:Crescimento economico ruim de 2,3%, é o terceiro maior do mundo de 2013!!!
Até que a politica economica da Dilma não ta tão ruim assim, o mundo é que ta uma merda mesmo....rsrs.

Major Fraguas!
De acordo com o gráfico postado pelo GustavoB que a fonte é o IBGE, foi abaixo da média mundial, quer dizer, se o mundo tá uma merda, o Brasil tá pior?

Também acho estranho ficar abaixo da média mundial e ter o terceiro maior crescimento, a China sozinha tá carregando o mundo nas costas?

Por fim, o mundo realmente tá uma merda, a crise na Europa afeta o mundo inteiro, ainda assim o crescimento do Brasil é baixo, "crescimento baixo" não é algo que a Dilma deveria se orgulhar de por no currículo.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4305 Mensagem por irlan » Qui Fev 27, 2014 8:05 pm

A Crise crédito-imobiliária acabou?, essa é uma nova?, foi mal galera, estava embaixo de uma pedra desde 2006... :P

Esse crescimento de 2,3% é um alívio se não até um pouco eleitoeiro sendo este melhor crescimento do governo Dilma.Agora estou pensando aqui, como o Lula conseguiu aqueles 10% no final do mandato?




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