Sim, concordo que a dispersão é algo aceitável e até trinado na FAB, mas não é o padrão. É um recurso pontual para situações específicas, como a do exemplo acima.pmicchi escreveu:HOJE, minha única preocupação seria a Venezuela e o Maluco Maduro. Eles podem perfeitamente enviar caças em perfil de voo lo-lo e penetrar o espaço aéreo brasileiro sem ser detectados. Dispersar os nossos caças impediria que fossem atingidos em um ataque surpresa.FCarvalho escreveu: Duas perguntas:
Qual força aérea sul-americana hoje, e em um horizonte previsível de médio/longo prazo é/seria capaz de realizar um ataque ano nosso país sem que antes seus caças e/ou aviões militares fossem detectados ainda dentro de seus próprios territórios? Nós temos essa capacidade em todos os 17 mil kms de fronteira com os vizinhos e ao longo do litoral. A maioria deles não tem isso.
Isso apenas é um exemplo, o cenário geopolitico pode mudar rapidamente - e mais rapidamente do que podemos nos preparar. Portanto, a preparação deve ser feita antes
A capacidade de ataque lo-lo-lo dos caças Su-30 venezuelanos fica muito degradada neste perfil de missão, o que acontece com basicamente todos os caças. E como não temos bases aéreas tão próximas assim das fronteiras, isso limitaria muito o alcance de qualquer ataque. Restaria o Hi-Lo-Hi que melhoraria o alcance, mas o quanto isso valeria a pena expor os caças aos nossos radares, é um risco que tem de ser bem avaliado. Como hoje nossas bases aéreas não tem qualquer defesa AAe que preste, ou pior, não tem caças para defendê-las, até um revo combinado com aquele último perfil poderia nos por em dificuldades Mas isso serve, em todo caso, apenas para os vizinhos que contam com esta capacidade, ou seja, atualmente Venezuela, Colômbia, Peru e Argentina. No futuro, se eles andarem a comprar os KC-390, bem, vamos ter que pensar mais ainda no assunto.
Esse é o cenário mais interessante, pois envolve um conflito assimétrico. Vamos supor que o Maluco Trump envie uma Força Tarefa para costa do Brasil. Mesmo que os navios inimigos fossem detectados talvez não haja condições militares ou politicas para contra-atacar e a dispersão garantiria a sobrevivencia dos meios aereos contra um ataque inicial.FCarvalho escreveu:Outra questão é: no caso de um oponente mais forte, ou uma força conjunta contra nós, mesmo hoje qualquer força de ataque seria detectada ainda a centenas de kms de distância do nosso litoral. E caso o SiSFRONT, o SISCEAB e o SIGAAZ sejam integrados e operem em plena capacidade, nossa consciência situacional será elevada por todo o Atlântico Sul e mais mais alguma coisa no oceano pacífico perto da costa sul-americana. Pergunta: mesmo com toda esta consciência, sem os meios materiais necessários e suficientes para minimamente - que óbvio não é o necessário e nem o ideal - contribuir para uma verdadeira dissuasão, adianta mesmo isso de 4 mil pistas, ou pousar em rodovia? O que vamos fazer com 36 ou 108 caças se não temos sequer armamento suficiente para prover uma semana de combate?
Imagine se o Saddam Hussein tivesse isso em 1991, ao inves de depender de grandes aeroportos que foram rapidamente destruidos?
Note que eu estou apenas exercitando o conceito no limite para mostrar que não é algo inútil. Não que eu ache isso tão importante assim.
Apenas me ocorreu que o fato de tanto o Gripen como o ALX terem a capacidade de operar em pistas curtas temos sim uma capacidade interessante que a Venezuela nao tem com seus Su-27, o Chile nao tem com seus F-16, etc.
De qualquer forma, a dispersão tem que ser considerada dentro de um contexto defensivo onde a MB faria o seu papel no mar, o EB com a sua AAe e de costa (se houvesse uma

A dispersão é um último recurso. Isso acontece quando todos os outros elementos citos foram superados. O que no nosso caso obviamente não levaria sequer uma semana nas atuais e futuras condições no curto e médio prazo.
A defesa tem de ser pensada em camadas e integrada. Treinar dispersão e usar deste artifício é sempre bom para quem sabe que na hora que precisar, vai tê-la a sua disposição, já que os meios convencionais não serão nem suficientes e nem o necessário para contribuir para uma verdadeira dissuasão.
abs.