rodman escreveu:Brasil prepara Plano Latino-Americano de Defesa RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que ele e os comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha
vão propor aos países vizinhos um Plano Latino-Americano de Defesa. A partir de fevereiro, Jobim e os militares viajarão por todos os países da América Latina. A idéia é manter contatos com todos os órgãos de seguranças dos vizinhos para definir o plano.
Jobim disse que a viagem ainda está sendo organizada, mas uma das propostas é realizá-la em blocos: visitar de quatro em quatro países. Ele não quis adiantar quais serão os primeiros países a serem visitados pelas autoridades brasileiras.
"Aí vamos estabelecer algo que possa definir um Plano Latino-Americano de Defesa", afirmou Jobim, informando que as viagens podem começar tanto pela América do Sul como Central.
O ministro negou que os planos de segurança definidos pelo governo do presidente da Venezuela,
Hugo Chávez --que comprou novos equipamentos e aumentou sua frota--
causam preocupações ao Brasil.
"
Isso não preocupa, não. Tanto é se fosse preocupar, eles [os venezuelanos] estariam preocupados conosco, pois
também estamos comprando [equipamentos]", disse
Jobim, após cerimônia em homenagem ao Dia do Aviador, realizada na Base Militar de Brasília.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 9051.shtml
Taí mais um recado, mas os céticos insistem em não ver a coisa. rsrs
Não existe este papo de Plano Latino-Americano de Defesa, isto é um factóide intencionalmente criado para colocar na prática algo mais sutil, porém maior: viabilizar condições para a sustentabilidade da indústria bélica brasileira que se pretende instaurar por estas bandas.
Eu já falei, mas conselho de pai, mãe e professor ninguém da bola. rsrs A base do Plano Estratégico Nacional de Defesa é a consolidação da indústria bélica brasileira. Mas para isso é necessário criar condições, ou seja, importar tecnologias não dominadas, desenvolver outro tanto, criar condições para que novas empresas deste setor sejam criadas, aumentar a participação das que existem, criar linhas de crédito e condições propícias para a que a iniciativa privada entre de cabeça no projeto.
O governo está fazendo a parte dele, não será fácil, mas está fazendo. Este papo de plano latino-americano de defesa é para vender, mas o governo brasileiro precisa ir além, isto é, precisa criar condições de financiamento dos equipamentos que precisa vender. Lucra-se vendendo, lucra-se financiando.
Quais os país da AL têm condições reais de participar efetivamente com equipamentos e produtos? Praticamente nenhum! Por exemplo, como "seduzir" a Argentina? Para vender é preciso comprar. Não seria uma sacada comprar jato argentino para nosso treinamento? Se for para vender mais do que comprar, por que não?
Venezuela? Tá fora, restrições americanas (rsrs). Chile? Pode ser... O 390 pode interessá-los. E o restante? De acordo com a necessidade de cada um. Por exemplo, a Bolívia pode ficar com nossos T-25.
Este Plano Estratégico Nacional de Defesa tem duração de um ano. Muito pouco por sinal, mas tempo suficiente para implementar tudo isso. O resto já está pronto, ou seja, o que se pretende comprar de fato. Porém é necessário ainda definir o que será produzido e de que forma.
As condições o governo está criando, as negociações estão sendo feitas, falta os compradores (externos) se empolgarem, falta também a participação da iniciativa privada. Mas esta só entra na coisa depois que tiver certeza que deu certo, ou seja, só lá na frente.
Desculpe-me os céticos, a coisa foi cuidadosamente planejada, vai acontecer. Para desespero da oposição, o governo vai acertar em mais uma coisa. rsrsrs
Vai ter gente engolindo a seco seu ceticismo. Claro que pode ser o Orestes que vai engolir a seco seu otimismo, mas nunca fui otimista, no máximo realista. Nunca comunguei do pessimismo, isto é coisa de derrotados e esta palavra não faz parte da minha vida, luto o tempo todo contra ela. rsrs
A coisa só está no início e o desenrolar se mostra a cada dia. Lá para março/abril do próximo ano a coisa vai pegar fogo. Aguardemos.
Vou provocar: que país que fabrica equipamentos militares permitiria isso? Aceitaria ver suas tecnologias absorvidas pelo Brasil e este as usando para vender equipamentos em seus redutos? Poucos ou "quase" nenhum aceitaria isso...
Sds,
Orestes