Fórum Defesa Brasil

A questão não tem nada a ver com país de primeiro segundo ou terceiro mundo.


Em primeiro lugar, devemos sempre ter muito cuidado com estas comparações que colocam gráficos vistosos mas não informam sobre a metodologia utilizada. Afinal o que é um cargo de confiança ?
Normalmente são aqueles que resultam da eleição de um novo governo, mas mesmo assim isso não é claro, já que há países onde a muitos cargos não mudam com a eleição, mas ele acabam sendo substituídos quando chegar a hora, por alguém mais favorável. O resultado é o mesmo só que não é tão óbvio.

Mas para lá disso há outros fatores.
A comparação com os Estados Unidos, por exemplo.

Os Estados Unidos são como o Brasil uma federação de estados. No entanto a comparação quase que acaba aí, porque os Estados Unidos foram criados como uma união de estados independentes entre si, enquanto que a federação brasileira, corresponde à transformação de províncias em estados federados.

E isto, é extremamente importante porque quer dizer que nos Estados Unidos os estados têm bastante mais poderes e mais capacidade de decisão. Logo, muitaq decisão que no Brasil é tomada ao nível federal, nos Estados Unidos é tomada a nível estadual.
Logo, pelo menos parte dos cargos de confiança da presidência brasileira, nos Estados Unidos são da confiança dos governadores dos estados.

Depois disto temos o problema da moral luterana/calvinista, versus moral católica e esse é um problema desde a reforma protestante. A corrupção (resultado de o pecador poder pedir perdão e pagar multa pelos pecados) prolifera, e por causa da corrupção cresce a desconfiança, aumentando por isso a necessidade de cargos de confiança.
Esse é um problema herdado de Portugal e da cultura latina, pode ser muito reduzido, mas nunca desaparecerá.

denilson escreveu:Não concordo com essa comparação, pois esses cargos de chefia, são dês de ministros ao chefe de uma divisão de algum órgão público, (concordo que temos de mais só não concordo com a comparação) o problema da comparação é que esta sendo feita com um país de "1° mundo" que não tem nem a metade dos problemas que tem o Brasil, e esses órgãos servem (ou deveriam) para resolver problemas da sociedade como acesso á terra, indígenas, miséria, moradia, trabalho entre outros, esses são problemas que os EUA "não tem". Na minha opinião o melhor comparativo deve ser de países com os mesmos problemas e não com a mesma população
Esses cargos pagam o salario (ou parte) das chefias do CNPq, INPE, Ministério da defesa etc. Na minha opinião o maior problema é o aparelhamento partidário dessas chefias, infelizmente vários desses cargos são ocupados por esses criminosos e por gente que não tem o menor conhecimento na área mas é do partido e tal... Na minha opinião o grande problema é esse.
Agora como exemplo de exagero eu sito o estado do Tocantins de até a pouco tinha mais de 26 mil cargos comissionados.

Mas da mesma forma que os EUA não tem vários problemas que nós temos, eles também os tem e nós não.

Você citou a miséria, terras indigenas, moradia, trabalho entre outros, como problemas nossos, mas será que nosso departamento de relações exteriores e defesa é ao menos 5% do que deve ser o norte americano??? Então creio que, para o mal ou para o bem, se equivalem.

Sávio Ricardo escreveu:

denilson escreveu:Não concordo com essa comparação, pois esses cargos de chefia, são dês de ministros ao chefe de uma divisão de algum órgão público, (concordo que temos de mais só não concordo com a comparação) o problema da comparação é que esta sendo feita com um país de "1° mundo" que não tem nem a metade dos problemas que tem o Brasil, e esses órgãos servem (ou deveriam) para resolver problemas da sociedade como acesso á terra, indígenas, miséria, moradia, trabalho entre outros, esses são problemas que os EUA "não tem". Na minha opinião o melhor comparativo deve ser de países com os mesmos problemas e não com a mesma população
Esses cargos pagam o salario (ou parte) das chefias do CNPq, INPE, Ministério da defesa etc. Na minha opinião o maior problema é o aparelhamento partidário dessas chefias, infelizmente vários desses cargos são ocupados por esses criminosos e por gente que não tem o menor conhecimento na área mas é do partido e tal... Na minha opinião o grande problema é esse.
Agora como exemplo de exagero eu sito o estado do Tocantins de até a pouco tinha mais de 26 mil cargos comissionados.

Mas da mesma forma que os EUA não tem vários problemas que nós temos, eles também os tem e nós não.

Você citou a miséria, terras indigenas, moradia, trabalho entre outros, como problemas nossos, mas será que nosso departamento de relações exteriores e defesa é ao menos 5% do que deve ser o norte americano??? Então creio que, para o mal ou para o bem, se equivalem.

Tem números para comparar ou é só conjectura? Mas como sitei antes, os EUA não tem os mesmos problemas que os nossos então não da para comparar. Esse exemplo que tu sitou é mais uma prova disso. Alem de que a comparação deve ser feita do total e não de uma secessão que é a relação exterior e defesa do pais mais imperialista do mundo.

denilson escreveu:Tem números para comparar ou é só conjectura? Mas como sitei antes, os EUA não tem os mesmos problemas que os nossos então não da para comparar. Esse exemplo que tu sitou é mais uma prova disso. Alem de que a comparação deve ser feita do total e não de uma secessão que é a relação exterior e defesa do pais mais imperialista do mundo.

Não entendi. Você pergunta se tenho numeros para justificar meu posicionamento, mas não os deu para o seu. Ambos não citamos quantidades porque não sabemos, a questão aqui é apenas o que um acha ou não.

Mas enfim, a explicação do Boune e do pt já me mostra o quão equivocado fui em minha comparação (cargos comissionados EUA x BR). . E agradeço aos dois por me ensinarem mais algumas coisas ...



Abs

Eduardo Campos diz que falta 'rumo estratégico' ao governo de Dilma

Apontado como presidenciável, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) fez duras críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff (PT). Em palestra a empresários, disse ontem que falta "rumo estratégico" às medidas do governo para combater a crise financeira internacional e levar o país a uma agenda de crescimento.

Campos falou em evento promovido pelo jornal "Valor Econômico". O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) também participaram do seminário "Novos ventos da política brasileira".

"O fato é que nós estamos no século 21 com uma pauta do século 20, metidos numa grande crise tentando sair", afirmou. "Sabemos do esforço que a presidente Dilma tem feito de tomar decisões sobre assuntos os mais variados. (...) Mas o fato é que vamos terminar o segundo ano com um crescimento muito aquém do que desejávamos", disse Campos.

Ele afirmou que o estímulo do consumo, "por si só", "não é suficiente" para alavancar o crescimento e defendeu a descentralização de recursos da União.

"Temos que ganhar esse momento na perspectiva do rumo estratégico. E esse estratégico, às vezes, parece ao país que ele está faltando."

Campos é presidente de sua sigla, o PSB. Internamente, sua candidatura à Presidência em 2014 é tratada como certeza. Ele, no entanto, disse ontem que não é tempo de "eleitoralizar" o debate. Hoje, é base do governo.

Durante o evento, o governador disse que em "ciclos" anteriores "lideranças" políticas foram decisivas para inserir o país em agendas estratégicas, e fez referência aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quando o Brasil decidiu por fim ao ciclo inflacionário (...) houve lideranças que souberam expressar esse entendimento. (...) Na hora em que o Brasil viu que com 50 milhões de pessoas na miséria não ia a canto nenhum e que isso era não só política social, mas sobretudo uma política econômica, tivemos esse consenso construído."

Para ele, o momento atual se assemelha a esses anteriores. "Tem que ter estratégia na condução dessa travessia. Se errarmos, vamos ter um ano de 2013 que não será à altura que o Brasil espera."

Ele concluiu dizendo que o país escolheu "ousar" nas eleições municipais e que cabe aos "novos ventos" "cuidar da nova pauta do Brasil".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1195 ... ilma.shtml

Estão tentando inflar o ego do Eduardo Campos, para que este rompa com o governo Dilma e se lance candidato a PR em 2014.

Aliás, a nota abaixo deixa bem claro essa "tática":

POLÍTICA

O projeto dos tucanos, por Ilimar Franco

Ilimar Franco, O Globo

A definição pela cúpula do PSDB de que seu candidato ao Planalto em 2014 é o senador Aécio Neves está muito longe do cenário ideal traçado pelos tucanos. Os estrategistas do partido avaliam que só terão alguma chance num “quadro multipolar”. Por isso, seus dirigentes vão atuar para fomentar as candidaturas de Eduardo Campos (PSB), de Marina Silva e de um político do PSOL.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/pos ... 477565.asp

Paisano escreveu:Estão tentando inflar o ego do Eduardo Campos, para que este rompa com o governo Dilma e se lance candidato a PR em 2014.
Aliás, a nota abaixo deixa bem claro essa "tática":

POLÍTICA
O projeto dos tucanos, por Ilimar Franco
Ilimar Franco, O Globo
A definição pela cúpula do PSDB de que seu candidato ao Planalto em 2014 é o senador Aécio Neves está muito longe do cenário ideal traçado pelos tucanos. Os estrategistas do partido avaliam que só terão alguma chance num “quadro multipolar”. Por isso, seus dirigentes vão atuar para fomentar as candidaturas de Eduardo Campos (PSB), de Marina Silva e de um político do PSOL.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/pos ... 477565.asp

Pelo que tenho acompanhado não será preciso nenhum esforço para inflar o ego do Eduardo Campos e do PSB. Já estão suficientemente inflados por conta própria. Acho que vão dar com os burros n'água, ou no brejo.

Por mim falta PRIVATIZAR a PETROBRÁS, por algumas centenas de bilhões. Acaba (mais) um cabide e chove imposto (vide Vale)...

Quantos mais candidatos qualificados tivermos, melhor para o Brasil!

Túlio escreveu:Por mim falta PRIVATIZAR a PETROBRÁS, por algumas centenas de bilhões. Acaba (mais) um cabide e chove imposto (vide Vale)...

Privatiza a Petrobras, a Eletrobras, e mantém uma golden share para manter certos interesses nacionais, como ocorre com a Vale e a Embraer. E através dessa golden share, pode até colocar no estatuto que o capital majoritário sempre deve ser nacional.

Com todos esses mecanismos, não tem sentido o GF controlar as duas.

GOLDEN SHARE: disse tudo agora!

A Petrobras e Eletrobras são estruturas da governança energética do país. São a garantia de que algo será feito e a proporcionam a pressão para as empresas privadas não se meterem a beste. Não é apenas vetar as ações da companhia, se faz necessários direcioná-las. Na maioria das vezes para ações que a iniciativa privada não faria devido ao risco ou falta de retorno.

As duas possuem investidores privados que não estão tristes com o desempenho de ambas. Apesar da choradeira. São empresas de capital misto que equilibram interesses públicos e privados. Para a importância das empresas é uma estratégia interessante. Não são seduzidos pelos extremos.

O capital nacional não é bonzinho. Na verdade pode ser muito mais sanguinário do que as empresas estrangeiras.

Tá, BOURNE, mas tá errado privatizar com Golden Share? Why?

Golden Share proíbe ações, não incetiva a empresa a ir onde seria desejável para a coletividade. Dependendo da área pode ser, mas não energia e petróleo. A estrutura regulatória precisa ser mais ampla e elencar objetivos diversos. As discussões sobre energia e petróleo vão longe. Mexem com muito interesses privados e públicos.

Em suma, Golden Share TRAVA; mas e os ESTÍMULOS? Afinal, investidor quer ver a grana aumentar, não? Creio que foi assim com a Vale...