MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4216 Mensagem por Bourne » Qui Jan 16, 2014 4:20 pm

Isso não importa. :twisted:

Vou resumir em um paragrafo.

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O chamado "novo desenvolvimentismo" diz que tem uma solução mágica para fazer o país crescer continuamente. A primeira é desvalorizar o câmbio para incentivar as exportações e mascarar a falta de competitividade no curto e médio prazo. Ao mesmo tempo em que aumenta o superávit do governo e poupança interna com corte de gastos. Assim criaria superávit externo, atrairia investimentos e controlaria a crise cambial que está prestes a estourar. Os investimentos em infraestrutura, reformas institucionais e estruturais são consequência, mas não fundamentais.

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Para mim é picaretagem. É a solução mágica que se buscava nos anos 1980 e não existe mágica. Era ótima como propaganda e eleger governo, mas na hora de aplicar é bem complicado sendo esquecido ou vira uma bomba.

Acima de tudo serve de propaganda e fortalece o grupo chefiado pelo Oreiro em ir para o poder com o bresser-pereira como rainha. Não enquanto o PT estiver lá por que é dominando pelo pessoal renomado da Unicamp, FGV e outros. Inclusive sendo rejeitado por várias vezes nas altas esferas de governo, convidado a se retirar da UnB e ficou louco quando foi levado a sério para chefiar o IPEA. Tanto que o Oreiro se filiou ao PPS e ataca qualquer medida do governo o tempo todo. A personalidade é belicosa e vai continuar batendo. No momento o argumento dele é que vai ter uma crise cambial. A previsão mediúnica. Por onde essa cara passa causa confusão e briga. É o tipo de gente que não se sustenta em um cargo relevante. Por exemplo, semanas atrás deu chilique quando o IPEA ou Capes negaram a verba para o "encontro da associação keynesiana".

Outra coisa é a insistência de dizer que é contra as políticas do governo, mas ser autodenominar os verdadeiros heterodoxos com soluções reais. semelhante a outro grupo se autodenomina liberal e tenta ser ortodoxo para se opor ao governo. No fim das contas os dois fazem propaganda de si mesmos. Tudo politicagem e projetos de poder. Na real quem fica nessa discussão estão longe de serem os melhores da geração que discutem ideias que pouco tem a ver com essa torcida de futebol que lê por cima identifica. Leiam a página anterior sobre os "jovens economistas brasileiro" que quase nunca aparecem na mídia, tem trabalho profundos e ignoram o fla-flu. No fim das contas eles influenciam mais as decisões reais que os mágicos da mídia.

O pessoal atual que trabalha no governo e fora que se preocupa com essa torcida de futebol e achar soluções mágicas. Vocês não sabem que são por que não aparecem na mídia, mas tem projetos e contribuições reais para várias mudanças que ocorreram nos últimos anos. Sem resolver a burocracia, entraves ao investimento público e privado, reestruturação da regulação, impostos e gastos entre outros não há solução. O câmbio nesses 2,4 atual está mais o menos no que se esperava dentro da economia brasileira, estruturar o endividamento público e filtrar a entrada de capitais estão dentro do possível.




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Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4217 Mensagem por Sterrius » Sex Jan 17, 2014 2:38 pm

http://achadoseconomicos.blogosfera.uol ... ego-maior/
IBGE muda pesquisa e apresenta taxa de desemprego maior

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou uma nova série de pesquisas sobre o mercado de trabalho, com mudanças na metodologia e abrangência maior.

Nos seus primeiros resultados, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, ou simplesmente Pnad Contínua, indicou um desemprego maior do que o registrado pela tradicional Pesquisa Mensal de Emprego (PME), cuja metodologia havia sido alterada pela última vez em 2002.

A taxa de desocupação no país foi de 7,4% no segundo trimestre do ano passado, de acordo com o dado mais recente da Pnad Contínua. Já a PME registrara 5,8% em abril e maio, e 6% em junho, o que dá uma média de 5,9%.

O gráfico abaixo mostra a diferença entre as duas pesquisas, considerando a taxa média da PME em cada trimestre.

pnad continua e pme



Novos dados

A Pnad contínua mostrou, ainda, que existiam no país 90,6 milhões de pessoas ocupadas no segundo trimestre do ano passado, 1 milhão a mais do que em igual período de 2012. A população desocupada era de 7,3 milhões de pessoas no período de abril a junho de 2013, o mesmo número registrado um ano antes.

A região com maior taxa de desemprego foi o Nordeste (10% no segundo trimestre do ano passado), seguida pelo Norte (8,3%). A desocupação ficou abaixo da média nacional no Sudeste (7,2%), no Centro-Oeste (6%) e no Sul (4,3%).

Esses números são inéditos, uma vez que a pesquisa anterior trazia registros apenas de seis regiões metropolitanas.

Por outro lado, a Pnad Contínua ainda não traz informações sobre a renda da população, como faz a PME. O IBGE planeja divulgar até o final do ano.

Substituição

A Pnad Contínua vai substituir a PME e também a Pnad, que registra anualmente dados não apenas sobre mercado de trabalho, mas inclusive a respeito de temas como educação, migração e trabalho infantil. A nova pesquisa divulgará dados sobre o mercado de trabalho a cada trimestre e sobre os demais temas uma vez por ano.

A PME continuará sendo divulgada até o final do ano. A partir de 2015, ela deixará de existir, de modo que a Pnad Contínua se tornará a responsável por registrar a taxa oficial de desemprego do país.

Por enquanto, a nova pesquisa, que será trimestral, trouxe dados somente do período de janeiro de 2012 a junho de 2013. No dia 28 de março, serão divulgados os números referentes ao segundo semestre do ano passado. Em maio, os dados corresponderão ao primeiro trimestre de 2014. Em agosto, sairão os dados sobre o segundo trimestre.

Diferenças

Uma das principais diferenças entre as três pesquisas é a amplitude. A PME entrevistava pessoas em 44 mil domicílios localizados em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). A Pnad abrangia 147 mil domicílios em 1.100 municípios . Já a Pnad Contínua tem uma amostra de 211 mil domicílios em 3.500 municípios.

A PME era mensal, enquanto a Pnad era anual. A nova pesquisa divulgará trimestralmente dados sobre o mercado de trabalho a respeito do Brasil como um todo e das grandes regiões (Norte, Nordeste etc.) e anualmente os números sobre emprego e desemprego separados por Estado, além de disponibilizar o banco de dados para que o cidadão possa fazer pesquisas mais detalhadas. Também uma vez por ano, a Pnad Contínua vai apresentar os dados referentes a outros temas, como educação, migração e trabalho infantil.

As pesquisas têm diferenças também sobre os conceitos usados. Por exemplo, a PME e a Pnad consideravam que as pessoas de dez anos ou mais estavam em idade de trabalhar. Na nova metodologia, esse limite mínimo subiu para 14 anos.

Outra diferença importante é o conceito de desocupação. Na PME, só era considerada desempregada a pessoa que, além de estar sem trabalho e disponível para entrar no mercado, havia procurado emprego nos últimos 30 dias. Já na Pnad contínua, estar sem ocupação e ao mesmo tempo disponível para um emprego é o suficiente para a pessoa ser considerada desocupada.

Esse ajuste deve pôr fim a uma das principais críticas que a PME sofria, a de chamar de “inativo'' o trabalhador que havia desistido de procurar emprego, mas continuava interessado em voltar ao mercado.

Conceitos

A Pnad Contínua também mudou alguns conceitos com o objetivo de se encaixar em um padrão definido na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

A pesquisa trocará a expressão “População Economicamente Ativa'' (PEA), que se refere à soma das pessoas ocupadas e desocupadas, por Força de Trabalho. O termo “População em Idade Ativa'' (PIA) será substituído por “População em Idade de Trabalhar''.

Vale destacar, ainda, que a Pnad Contínua introduzirá o conceito de subocupação, referente às pessoas que estão ocupadas, mas com um número de horas de trabalho insuficiente para serem consideradas ocupadas.

A taxa de desocupação ainda não foi divulgada, mas o IBGE promete lançá-la dentro da Pnad Contínua.

Imagem
Muito bom o IBGE estar aumentando a abrangência e precisão dos dados. Subiu menos que eu esperava tb, apesar que ao adicionar a subocupação deverá subir mais um pouco.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4218 Mensagem por akivrx78 » Dom Jan 19, 2014 1:57 pm

18/01/14 21:00 - Nacional
Mais de 61 milhões de brasileiros não trabalham ou procuram emprego
Segundo o IBGE, o mercado de trabalho mostra sinais de precariedade
Folhapress

Um contingente de 61,3 milhões de brasileiros de 14 anos ou mais não trabalha nem procura ocupação -e, portanto, não entra nas estatísticas do desemprego.

Trata-se de 38,5% da população considerada em idade de trabalhar pelo IBGE, ou o equivalente à soma do total de habitantes dos Estados de São Paulo e do Rio.

Nos EUA, ainda se recuperando da crise, a taxa é similar, 37,4% -as metodologias, porém, não são as mesmas.

Referente ao segundo trimestre de 2013, o dado brasileiro ajuda a ilustrar como, apesar das taxas historicamente baixas de desemprego, o mercado de trabalho mostra sinais de precariedade.

Mesmo tirando da conta os menores de 18 e os maiores de 60 anos, são 29,8 milhões de pessoas fora da força de trabalho, seja porque desistiram de procurar emprego, seja porque nem tentaram, seja porque são amparados por benefícios sociais.

Esse número supera o quádruplo dos 7,3 milhões de brasileiros oficialmente tidos como desempregados nas tabelas do IBGE -o que dá uma ideia de quanto o desemprego poderia crescer se mais pessoas decidissem ingressar no mercado e disputar vagas.

Os dados sugerem que grande parte dos que estão fora da força de trabalho é dona de casa: 40,9 milhões são mulheres. Entre os desempregados, a proporção de mulheres é bem menor, de pouco mais da metade.

O grau de instrução da maioria dos que não trabalham nem procuram emprego, previsivelmente, é baixo: 55,4% não chegaram a concluir o ensino fundamental.

Mas uma parcela considerável, de quase um quarto do total, inclui os que contam com ensino médio completo ou mais escolaridade.

Considerando toda a população em idade de trabalhar, de 159,1 milhões, as proporções dos grupos menos e mais escolarizados são semelhantes, na casa dos 40%.

Melhora

A nova pesquisa ainda não permite análise da evolução dos dados nos últimos anos, mas outros trabalhos apontam melhoras na participação feminina e na escolaridade do mercado de trabalho.

Estudo de 2012 do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou que mais da metade das mulheres participa atualmente da força de trabalho, ante menos de um terço no início da década de 1980.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que a pasta ainda está avaliando os resultados da nova pesquisa. Ele ressaltou que não é possível dizer que houve alta do desemprego, já que se trata de nova metodologia.

http://www.jcnet.com.br/Nacional/2014/0 ... prego.html




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4219 Mensagem por irlan » Dom Jan 19, 2014 8:26 pm

A classe média não passa férias fora do país...sempre quando da eu compro alguma coisa com valor agregado,isso com sacrificio, não compro as coisas apenas "por trocar', uso até não dar mais(foi assim com o meu ultimo PC e esta sendo com a minha tv e som),não estou muito inspirado para escrever, cada um com seu cada um...


OBS:Estou desempregado desde janeiro de 2013.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4220 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jan 20, 2014 11:25 am

irlan escreveu:A classe média não passa férias fora do país...
Passa sim, desde que seja definida da forma correta, uma classe média compatível com a de todo o restante do mundo e não a nossa que recebe dois salários mínimos... :roll: .

Embora em termos puramente estatísticos possa parecer fazer sentido, existem problemas sérios em se definir a "classe média" realmente pela média dos rendimentos da população e não por um patamar de renda compatível com um determinado nível de consumo usando como base de comparação algum padrão internacional. Isso dá margem a coisas absurdas, como comcluir que eliminação pura e simples da população de renda mais alta (e não precisa pensar em comunistas praticando expropriação e/ou genocídio, pode ser por exemplo por emigração para fora do país) já seria o suficiente para elevar a maior parte do restante da população ao nível de classe média, simplesmente porque a média dos rendimentos cairia fortemente (uma jogada aparentemente amada de paixão pelos regimes messiânicos comuns na AL). Também se permitiria confundir as demandas das classes mais baixas com as da "verdadeira classe média" distorcendo a visão que se teria da sociedade, com impacto nas posições políticas e nas opções econômicas (por exemplo colocando-se a prioridade no assistencialismo ao invés de nos investimentos). E no final ainda se acabaria por achar que um país como o Brasil estaria no mesmo nível social de outros como a Alemanha ou a Coréia do Sul, apenas porque a mesma porcentagem da população estaria na "classe média", mesmo sendo os rendimentos e o nível de consumo desta classe lá muito superior aos daqui.

Por isso eu evito utilizar o conceito de classe média puramente estatístico como o nosso governo adora fazer. Dá para ver que isso pode gerar diversas distorções que atrapalham a avaliação do desempenho da economia e das políticas de governo, levando a erros de análise.


sempre quando da eu compro alguma coisa com valor agregado,isso com sacrificio, não compro as coisas apenas "por trocar', uso até não dar mais(foi assim com o meu ultimo PC e esta sendo com a minha tv e som),não estou muito inspirado para escrever, cada um com seu cada um...


OBS:Estou desempregado desde janeiro de 2013.
Então pelo menos por hora você não está na classe média (como deveria ser definida), por mais que isso possa doer no ego. E assim, não está entre os que se "desesperariam" por um aumento substancial do dólar porque seria muito pouco afetado diretamente por ele (e conheço gente que ficaria realmente desesperada por ter que adiar indefinidamente uma viagem que já está programando para Cancúm ou para Lisboa). Você perceberia este aumento de forma indireta, via um eventual aumento de inflação, que apesar do discursos dos catastrofistas de plantão não segue linearmente a variação do dólar porque depende de muitos outros fatores, e não necessariamente explodiria com um aumento substancial do dólar, como não ocorreu em vários momentos anteriores quando isso já aconteceu.

A valorização da moeda precisa grosso-modo seguir uma trajetória paralela à do aumento de produtividade geral da economia, e não deve ser usada como âncora cambial para combater a inflação fora eventos excepcionais, e ainda assim apenas por curtos períodos de tempo. A manutenção artificial de (ou no nosso caso a leniência com) uma moeda sobrevalorizada por longos períodos, como aconteceu e ainda acontece no país, cria sérias distorções que depois tem um custo elevadíssimo em termos de capacidade de desenvolvimento econômico. Esta é uma das coisas (mas infelizmente nem de longe a única) que precisará ser corrigida se quisermos voltar a uma trajetória de crescimento econômico sustentável em patamares maiores que 2% por períodos mais significativos. Doa a quem doer.


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4221 Mensagem por irlan » Seg Jan 20, 2014 6:29 pm

Não entendo essa valorização andei conversando com um colega Europeu e ele me disse que um Dacia Duster no pais dele esta saindo por algo em torno de 10.000 euros, enquanto aqui no Brasil um novinho não sai por menos de 50.000.


OBS:Quem se lembra daquela matéria do ano passado de um jornal americano falando dos preços de nossos automóveis?




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4222 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jan 20, 2014 6:54 pm

irlan escreveu:Não entendo essa valorização andei conversando com um colega Europeu e ele me disse que um Dacia Duster no pais dele esta saindo por algo em torno de 10.000 euros, enquanto aqui no Brasil um novinho não sai por menos de 50.000.

OBS:Quem se lembra daquela matéria do ano passado de um jornal americano falando dos preços de nossos automóveis?
O preço no Brasil é à partir de aprox. 52 mil, o equivalente a cerca de 16 mil euros. A diferença de 60% no valor é devido aos impostos e demais custos elevados (famoso Custo Brasil), e ao mercado fechado, que permite que as empresas aumentem em muito sua margem de lucro. E isso vale para todos os produtos produzidos no país.

Isso já foi bastante discutido por aqui.


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4223 Mensagem por Bravo » Ter Jan 21, 2014 12:05 am

Esse Rodrigo Constantino é uma piada...





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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4224 Mensagem por Bourne » Ter Jan 21, 2014 8:34 am

Nada. Constantino é genial. Conseguiu ser colunistas de meios midiáticos de impacto sem saber nada de nada.

Inclusive a interpretação dele do liberalismo é uma aberração. Simplesmente não sabe os fundamentos e o que fala. Confunde e distorce conceitos básicos e implicações.

No vídeo acima, o caro Constantino se limita a criar um misto entre teoria do mainstream com conceitos austríacos. O problema é que aversão básica das teorias de abertura financeira e crise são bem sintéticas, as extensões que são realmente usadas levam a conclusões bem diferentes. Frequentemente estão em conflito a chamados liberais.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4225 Mensagem por Boss » Ter Jan 21, 2014 10:14 pm

Ciro deu uma surra. :lol:

Constantino e seus fãs são sacos vazios.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4226 Mensagem por prp » Ter Jan 21, 2014 10:57 pm

Senti até pena do coxinha. [003] [003] [003] [003]




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4227 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 23, 2014 9:14 am

Vejam a situação da indústria no estado mais industrializado do país. E isso em época de virtual pleno emprego e com a economia crescendo, pouco, mas crescendo. Alguém duvida de que muita coisa tem que estar errada para que se chegue a este resultado? Ou de que o crescimento poderia ser muito maior e mais sustentável se isso não estivesse acontecendo?
Indústria paulista demite 36,5 mil funcionários em 2013

As demissões, contudo, ficaram abaixo dos cortes em 2012 (-54,6 mil vagas); Fiesp diz que o empresariado se frustrou com a economia


Carla Araújo e Beatriz Bulla, da Agência Estado - 22 de janeiro de 2014


SÃO PAULO - O nível de emprego da indústria paulista caiu 1,4% em 2013, segundo informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No ano passado, a indústria paulista demitiu 36,5 mil funcionários. Dos 22 setores avaliados, 12 demitiram, 9 contrataram e um ficou estável.
Notícias Relacionadas

O gerente de Economia da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Guilherme Moreira, afirmou que o desempenho da indústria no ano passado está diretamente relacionado à frustração da expectativa do empresariado com as condições econômicas no ano passado. Apesar de negativo, o resultado de 2013 é melhor que a perda apurada no ano anterior, quando foram fechadas 54,6 mil vagas.

De acordo com Moreira, o resultado do fechamento de 2013 frustrou a expectativa que a Fiesp tinha de ter pelo menos um saldo positivo no final do ano. Ele lembra que as expectativas da entidade chegou a ser até de um saldo positivo de 30 mil empregos. "A projeção foi revista para baixo ao longo do ano para 20 mil vagas criadas e depois admitimos que seria negativo", explica.

A Fiesp, no entanto, estimava algo próximo a 15 mil demissões na indústria. "Fechou mais negativo que isso, mas ainda é um resultado melhor que 2012", reforçou.

Para este ano, Moreira acredita em um crescimento na produção industrial, mas pondera que o mercado de trabalho do setor deve permanecer estável. "A gente aposta no crescimento porque a indústria deve ser beneficiada pelo câmbio e pelo aumento da demanda externa", disse. Ele pondera, no entanto, que a trajetória de alta da taxa básica de juros, Selic, já está "refreando o consumo".

A Fiesp revisou para baixo a estimativa para a Produção Física do Brasil (PIM), medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que deve apresentar ganhos de 1,5% em 2013 e de 2% em 2014. "Havia expectativas de crescimento mais forte da produção para 2013. Conforme foi chegando o segundo semestre, essa expectativa foi se frustrando", explicou.

Segundo Moreira, o empresário ainda estava retendo mão de obra com a expectativa de que a produção cresceria. "Um crescimento de 2% em cima de um ano em que ela indústria cresceu 1,5%, e do ano anterior em que ela perdeu mais de 2%, não é suficiente para a expansão do emprego", afirmou. Em 2012, a PIM-Brasil caiu 2,6%.

Dezembro. Somente no último mês do ano passado, a indústria paulista demitiu 60,5 mil funcionários. De acordo com o economista, o resultado só não foi pior porque algumas usinas de açúcar e álcool estão mantendo trabalhadores nos campos por conta da colheita prolongada.

De acordo com o balanço da Fiesp, o setor açúcar e álcool foi responsável por 22.289 demissões do total registrado no mês passado. A indústria de transformação demitiu outros 38.211. No acumulado do ano, a indústria sucroalcooleira fechou 584 postos de trabalho, enquanto o setor manufatureiro encerrou 35.916 vagas.
Mas o governo não vai mexer em nada por medo de fazer marola antes das eleições. Afinal, o voto de um lixeiro ou de um porteiro tem o mesmo valor que o de um engenheiro ou projetista, mesmo que os últimos contribuam muito mais para o crescimento econômico geral.


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4228 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 23, 2014 9:23 am

Um dos problemas (infelizmente só UM deles :cry: ):
Derrama 2.0

Iuri Dantas - Estadão- 22 de janeiro de 2014

O leão caminha satisfeito nas linhas de Niemeyer. A Receita Federal esfrega as mãos e refaz as contas, sorriso no rosto. Quem apostou que chegaria a hora de pagar menos imposto, pode continuar esperando.

A presidente Dilma Rousseff autorizou investidas recentes sobre o bolso do contribuinte. Uma delas vem de sua posse no comando da economia nacional, nos idos de 2011. A conta sobrou até mesmo para quem pensa em vender produto Made In Brazil no mercado global, competindo em pé de desigualdade.

As maldades saíram do armário ainda em 2013. Dias antes dos fogos em Copacabana, o Ministério da Fazenda aumentou imposto sobre saques em moeda estrangeira no exterior, cheques de viagem, cartões pré-pago e cartões de débito. Presente de grego para o turista. Incentivo para o brasileiro gastar menos lá fora e mais aqui dentro? Faltou avisar que já se gasta muito mais em terra brasilis para comprar qualquer coisa.

Antes de reclamar que o governo não respeita o Réveillon do pessoal, vão lembrar que no Natal embutiram uma tunga no Diário Oficial. Decidiram em Brasília que o Imposto de Renda em 2014 abocanharia um naco maior dos salários. Simples assim. Problema antigo, desde 1996, quando evitava o imposto quem ganhava até seis salários mínimos e meio. No ano da Copa no Brasil, quem recebe mais de dois salários mínimos e meio contribuirá com uma grana para o genovês Guido Mantega fazer das suas. Vai que precisa de uma nova estatal para fazer o Brasil crescer e gerar empregos.

Ainda quando acreditava que lugar de ministro suspeito era fora de seu governo, a comandante-em-chefe da economia nacional baixou um programa de devolução de imposto para os exportadores. Partia do princípio que ao vender para fora o empresário contrata mais gente, traz dólares e ainda investe por aqui. Além de já ter pago o imposto na fabricação de seu produto. Batizada de Reintegra, a iniciativa retornava 3% do valor dos produtos para o empresário e logo caiu em desgraça nos corredores do Fisco. Terminou em 31 de dezembro.

Tem mais maldade. O governo escolheu a dedo alguns setores da economia para dar desconto de IPI. Fabricantes de carro, geladeiras, fogões e lavadoras de roupa são os mais conhecidos e donos de generosas fatias de desconto. Possível, mas não provável, que alguém no governo realmente tenha acreditado que produtos brasileiros mais baratos ganham prateleiras lá fora. Se pensou, não convenceu os colegas. Em vez de ampliar o benefício ou mesmo eliminar um imposto sobre produtos de alto valor agregado, o ministro da Fazenda achou por bem retomar as alíquotas antigas neste ano. O ingênuo que apostou que imposto antigo não volta da tumba se decepcionou. Quando menos se espera, a taxa morde a canela de novo.

O outro lado da moeda: mesmo com os cortes de impostos, anos depois do fim da CPMF, os cofres do governo nunca encheram tanto num ano: R$ 1,14 trilhão do nosso bolso para o Tesouro Nacional. Há quem ainda pergunte para onde vai o dinheiro. Assunto espinhoso, mas sempre sobra tempo para pensar nisso na fila do hospital público, ao ler sobre os avanços tímidos da educação, no intervalo do noticiário policial ou mesmo entalado no ônibus durante o engarrafamento nosso de todo dia. Se for enquanto espera decisão judicial, a reflexão promete ser longa.

A carga de impostos, que não parou de subir mesmo com as benesses localizadas dos últimos anos, ocupa o primeiro lugar em toda e qualquer lista de problemas econômicos do País. Algum chato por aí vai lembrar dos discursos de Dilma e Mantega celebrando as desonerações cirúrgicas e pontuais como alavancas das competitividade do País. A ressaca chegou.

Sob ataque psicológico do mercado financeiro, que banca a festa em Brasília ao comprar os títulos do governo, Dilma e sua equipe se viram forçados a cumprir os compromissos que eles mesmos assumiram e economizar mais para pagar os juros da dívida. Como a vida anda difícil e apertar o cinto não combina com campanha à reeleição, a solução foi ordenar a Derrama 2.0.

O governo apostou todas as fichas em manter um pouquinho mais de inflação desde a chegada ao Palácio do Planalto da primeira economista eleita pelo brasileiro. O liberal Milton Friedman, de quem Dilma e seu governo querem distância, dizia que inflação é a única forma de taxação sem legislação. A frase rima com IPCA acima da meta, por decisão do Banco Central. Outra ideia liberal ousada: tornar o País mais rico não deveria significar mais dinheiro para o governo e menos grana para quem carrega o piano o ano inteiro.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4229 Mensagem por Sterrius » Sex Jan 24, 2014 4:02 pm

Produção industrial tem queda histórica em dezembro, diz CNI67
Valor24/01/201412h26

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O índice de produção industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu a 40,2 pontos em dezembro, diante dos 48,4 pontos de novembro, de acordo com a pesquisa mensal "Sondagem Industrial" divulgada nesta sexta-feira. É a maior queda mensal desde o início da série história da pesquisa, em janeiro de 2010.

O indicador varia de zero a 100 pontos, sendo que valores abaixo de 50 representam queda na produção em relação ao mês anterior. Em dezembro do ano passado, esse índice ficou em 41,2 pontos.
A queda, explicou em nota a CNI, se deve "ao fraco desempenho das grandes empresas". "O cenário causa preocupação, pois as grandes empresas são as forças motrizes das cadeias produtivas. Suas dificuldades podem vir a inibir a atividade de empresas de pequeno e médio porte nos próximos meses", disse a entidade patronal em nota.

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Conheça uma fábrica de cerveja20 fotos 1 / 20
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A pesquisa da CNI foi feita com 1,853 mil empresas de todo o país entre os dias 6 e 16 de janeiro.

O indicador de nível de emprego na indústria também caiu, mas em menor proporção: foi de 46,4 pontos em dezembro, perante 48,4 pontos em novembro e 47,4 pontos em dezembro de 2012.

O percentual médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu para 70% no mês passado, frente a 74% em novembro. Já em relação a dezembro de 2012, a UCI ficou estável.

O indicador relativo à utilização de capacidade efetiva-usual, que considera o UCI comum para o mês, fechou dezembro em 41,7 pontos, diante dos 45,4 pontos de novembro. Ou seja, a diferença entre a utilização da UCI em relação ao usual foi maior em dezembro do que em novembro.

Os estoques, por sua vez, diminuíram em dezembro. O índice de evolução de mercadorias estocadas ficou em 48,2 pontos em dezembro, o que representou uma baixa, já que o indicador está abaixo de 50 pontos. Em novembro, o indicador foi de 50,4 pontos.

Esse resultado se refletiu no indicador que mede os estoques efetivos em relação aos planejados pelos industriais. O indicador de estoques efetivos/usuais foi de 50,6 pontos no último mês, ante 50,7 pontos em novembro.
Rombo nas contas externas atinge US$ 81,374 bi e bate recorde em 2013145
Do UOL, em São Paulo 24/01/201410h55 > Atualizada 24/01/201415h01

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O Brasil registrou um saldo negativo de US$ 81,374 bilhões em 2013 em suas transações com o exterior, que incluem a compra e venda de bens e produtos e a prestação de serviços. Só em dezembro, a conta ficou negativa em US$ 8,678 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Banco Central (BC).

O resultado negativo no ano passado foi pior do que o estimado pelo BC (-US$ 79 bilhões) e é o maior deficit da série histórica, iniciada em 1947. Em 2012, o rombo tinha somado R$ 54,23 bilhões, ou 2,41% do PIB.

Em proporção do Produto Interno Bruto (PIB), esse resultado negativo representa 3,66%, o maior desde os 4,19% registrados em 2001. O BC projetava 3,57% do PIB.

Só em dezembro, segundo o BC, o país registrou saldo negativo de US$ 8,678 bilhões na conta corrente.

Previsão é de rombo de US$ 78 bi em 2014
Em dezembro passado, o BC apresentou sua primeira estimativa para as transações correntes em 2014.

O prognóstico é de novo saldo negativo, na casa dos US$ 78 bilhões, ou 3,53% do PIB.

A última vez em que o país registrou resultado positiva em transações correntes foi em 2007, de US$ 1,55 bilhão.

Investimento estrangeiro direto não foi suficiente
O forte saldo negativo da conta corrente do país não foi financiado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) pela primeira vez em 12 anos.

Os investimentos produtivos vindos de fora ficaram em US$ 6,490 bilhões no mês passado, somando em 2013 US$ 64,045 bilhões.


Balança comercial
Em 2013, o saldo entre importação e exportação (a chamada balança comercial) registrou resultado positivo de US$ 2,558 bilhões –abaixo dos US$ 19 bilhões vistos em 2012.

"O crescimento (do deficit em transações correntes) em comparação a 2012 se deve à redução do superavit comercial", afirmou o chefe-adjunto do departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, que espera recuperação para 2014 por conta melhor expectativa de crescimento mundial.



Também pesaram as remessas de lucros e dividendos, que somaram US$ 4,829 bilhões em dezembro, fechando o ano passado em US$ 26,045 bilhões. A cifra é quase 10% maior do que a vista em 2012.

(Com Reuters e Valor)

A ultima noticia fez as reservas brasileiras cairem pela primeira vez desde 2000.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4230 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Jan 25, 2014 8:37 pm


Em 2013, reservas internacionais têm a primeira queda em 13 anos
03/01/2014 17h20 - Atualizado em 03/01/2014 18h05

Recuo no ano passado, porém, foi pequeno, de 0,74%, ou US$ 2,81 bilhões.
País teve saída de recursos em 2013 e, com isso, BC não comprou dólares.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

As reservas internacionais brasileiras registraram, no ano passado, o primeiro recuo em 13 anos, segundo informações divulgadas pelo Banco Central. No fim de 2013, as reservas, pelo conceito de liquidez internacional - que excluem as vendas de dólares para o mercado financeiro com compromisso de recompra - somaram US$ 375,79 bilhões, contra US$ 378,61 bilhões no fechamento de 2012.

A queda das reservas internacionais registrada no ano passado, entretanto, foi pequena se comparada com o patamar das reservas. As reservas recuaram 0,74% em 2013, ou US$ 2,81 bilhões. Mesmo assim, foi o primeiro recuo desde o ano 2000 - quando as reservas caíram US$ 3,3 bilhões, para US$ 33 bilhões. No fechamento do ano anterior (1999), elas estavam em US$ 36,34 bilhões.

Como acumular reservas?
O governo acumula a moeda norte-americana comprando dólares no mercado à vista (via Banco Central) ou fazendo emissões de títulos da dívida externa - que são comprados pelos investidores internacionais e cujo pagamento é depositado nas reservas cambiais. As reservas também variam por conta da remuneração das aplicações que são feitas com estes recursos - a maior parte (mais de 70%) em títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Saída de dólares do Brasil em 2013
De acordo com dados da autoridade monetária, a queda das reservas internacionais, em 2013, aconteceu em um ano marcado por menos recursos disponíveis na economia brasileira. Números oficiais mostram que houve mais saída do que entrada de dólares na economia brasileira na parcial de janeiro de 2013 até 27 de dezembro do ano passado.

Neste período, as saídas de recursos superaram o ingresso de divisas no Brasil em US$ 10,5 bilhões. Se confirmado para todo ano passado (falta apenas um dia útil para fechar o ano - 30 de dezembro), será a primeira retirada de recursos da economia brasileira desde 2008.

No mesmo período de 2012, US$ 16,75 bilhões haviam entrado no país. Com isso, houve a reversão de US$ 27,3 bilhões no fluxo de dólares no acumulado do ano passado - até 27 de dezembro.

Com a maior escassez de recursos no país em 2013, o Banco Central também não efetuou compras de dólares no mercado à vista (a principal forma de aumentar as reservas nos anos anteriores). Em 2012, a autoridade monetária comprou US$ 11,15 bilhões no mercado à vista.

No ano anterior, em 2011, quando as reservas internacionais subiram US$ 63,4 bilhões, as compras do BC somaram US$ 47,9 bilhões. Em 2011, houve ingresso de dólares no país - no valor de US$ 65 bilhões.

Sétimas maiores reservas do mundo em 2012
Na comparação com outros países, o Brasil ocupava, no fim de 2012 (o relatório de 2013 ainda não foi divulgado), a sétima posição no ranking de maiores reservas internacionais do mundo, segundo documento divulgado recentemente pelo Banco Central. Isso representa uma posição a menos do que em 2011 - quando as reservas brasileiras estavam na sexta posição no ranking mundial. De acordo com a autoridade monetária, porém, o Brasil apresentava, no fechamento de 2012, a segunda menor proporção de reservas em relação ao PIB entre os países dessa mesma lista, com valor aproximadamente três vezes menor que a média.

Seguro contra crise
A vantagem de ter dólares em caixa é que isso dá garantias contra eventuais crises no mercado externo, como a da Rússia, em 1998, que acabou atingindo o Brasil, e as turbulências que atingiram a economia internacional em 2008 e, novamente, nos últimos anos (embora com menos intensidade).

Em 2008, na primeira fase da crise financeira, quando as linhas de crédito externas escassearam, o BC vendeu dólares das reservas para empresas brasileiras. No fim de 2010, o Banco Central chegou a ofertar dólares ao mercado financeiro, com compromisso posterior de recompra, mas não aceitou as propostas do mercado financeiro na ocasião.

Em 2013, vendeu contratos de "swap cambial" (venda de dólares no mercado futuro) e linha com compromisso de recompra - mas não efetuou venda direta no mercado à vista (spot) sem compromisso de recompra. Com isso, não abriu mão de dólares das reservas intenacionais

http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... &width=800

Dívida externa tem pequeno recuo em 2013, diz Banco Central
24/01/2014 12h24 - Atualizado em 24/01/2014 12h56

No fechamento do ano passado, dívida somou US$ 312 bilhões.
No fim de 2012, montante estava em US$ 312,8 bilhões.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

A dívida externa bruta brasileira registrou pequena queda de 0,3% em 2013, para US$ 312,02 bilhões, informou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira (24). No fechamento de 2012, a dívida externa brasileira estava em US$ 312,89 bilhões.

Do total da dívida externa brasileira no fim de 2013, US$ 66,3 bilhões eram do governo, US$ 4,44 bilhões do BC, US$ 130 bilhões dos bancos e US$ 110 bilhões de outros atores do setor privado.

Credor líquido
Ao mesmo tempo, o Banco Central lembra que as reservas internacionais brasileiras somaram US$ 375,79 bilhões no fechamento de 2013. Mesmo com queda no ano passado, a primeira em 13 anos, as reservas continuam, deste modo, acima do patamar da dívida externa do país.

Segundo os números do BC, o Brasil continua sendo, assim, credor líquido, por ter mais ativos (reservas internacionais) do que passivos (dívida externa). No fim do ano passado, o país era credor líquido em US$ 86,3 bilhões - de acordo com números oficiais.

Dívida externa de curto prazo pequena
Os dados da autoridade monetária mostram que, no fim de 2013, a dívida externa de curto prazo (com vencimento previsto em até um ano) estava em US$ 32,85 bilhões, pouco mais de 10% do patamar total (US$ 312 bilhões).

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, argumentou que esse cenário propicia tranquilidade para as contas externas brasileiras. A declaração foi feita apesar de o déficit em transações correntes (balança comercial, serviços e rendas) ter batido recorde histórico no ano passado, e de os investimentos estrangeiros não terem financiado o rombo externo pela primeira vez desde 2001.

"As reservas em US$ 375 bilhoes permitem ao Brasil ter uma posição de credor líquido. As reservas são maiores do que a dívida externa. Muito além do suficiente para pagar o serviço da dívida externa de curto prazo. Por outro lado, quando olhamos o passivo externo da economia brasileira, cerca de 70% é composto por investimentos", avaliou Fernando Rocha, do BC.

Passivo externo representa todo o dinheiro que o Brasil (público ou privado) levou para outros países. Segundo o Banco Central, 70% desse valor foi aplicado em investimentos, o que, espera-se, uma hora volta como lucro, ao contrário de dívidas simples de contas a pagar, que só representam perda de valores.

http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... ntral.html
[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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