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Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Qui Fev 18, 2010 8:49 pm
por Carlos Lima
Wolfgang escreveu:Os Tiffies já chegaram por lá?
Sim...
Desde o fim do ano passado... rapidinho chegaram e voam quase todos os dias quando o tempo permite...
Com a plataforma chegando nesse mês agora "coincidencia" pouca é bobagem...
[]s
CB_Lima
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Qui Fev 18, 2010 9:32 pm
por Mental Ray
Já era, Argentina. Não há o que fazer. Ao Brasil cabe acelerar processos, estudar outros e, principalmente, ter a capacidade de dissuasão a que tanto falamos (palavra resgatada pelo General Heleno, a que tanto o Brasil deve).
Se ferrou, Argentina.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Qui Fev 18, 2010 9:47 pm
por lelobh
Até agora o Chaves não falou nada, quem diria.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Qui Fev 18, 2010 11:56 pm
por WalterGaudério
http://www.terragno.org.ar/vernota.php?id_nota=329
El 24 de agosto de 1984, la revista británica New Statesman aseguró que, durante la guerra de las Malvinas, Gran Bretaña despachó
un submarino Polaris al Atlántico Sur. “Enviar un submarino que dispara misiles nucleares”, subrayó la revista, “presupone la
disposición a usar esa capacidad”. La publicación creía tener pruebas de que semejante disposición existió. El submarino habría sido instruido para lanzar una “amenaza nuclear”, o realizar un “ataque nuclear de demostración” sobre “
Córdoba, en el norte de Argentina” (sic) si las fuerzas argentinas hundían alguno de los buques capitales de la flota británica: cualquiera de los dos porta-aviones o el transporte Canberra. El Polaris habría sido despachado poco después del hundimiento del Sheffield, a fin de “hacer frente a la posibilidad de que la superioridad aérea argentina y los misiles Exocet derivaran en la derrota militar de la flota británica, y la rápida extinción política del gobierno Thatcher”. Detalles sobre el despacho del Polaris constarían en una serie de telegramas secretos, “enviados a la embajada británica en Washington”.
Si los indicios precedentes recibieran confirmación, habría que concluir que el gobierno británico obró, durante la guerra de las Malvinas, con peligrosa desaprensión.
Esa posible desaprensión es, de hecho, compartida por una minoría activa en Gran Bretaña. Durante la guerra, la empresa encuestadora MORI llevó a cabo una muestra, encargada por el semanario The Economist, sobre las actitudes del público británico frente al conflicto. MORI encontró que uno de cada 20 británicos estaba de acuerdo en que Buenos Aires fuera objeto de un ataque nuclear “de ser necesario”. Esa alternativa nunca fue considerada por el gobierno británico y, como la misma encuesta lo prueba, contaría en Gran Bretaña con el repudio de una clara mayoría. The Economist se negó a publicar el hallazgo de sus encuestadores, temiendo que eso estimulara una discusión indeseable y añadiera leña al fuego de la pasión nacionalista.
De todos modos, la suma de factores es alarmante. En el Atlántico Sur no hubo una amenaza de conflagración mundial. La ocupación de las Malvinas no puso a Gran Bretaña frente a una situación límite. El país enemigo era, en términos militares, incomparablemente inferior y carecía de armas atómicas. Es ocioso decir que la seguridad de Gran Bretaña misma estaba fuera de discusión.
Si en un conflicto tan limitado, Gran Bretaña violó sus compromisos internacionales y creó un riesgo nuclear, ¿qué ocurriría en caso de una crisis más extensa, que involucrara a poderes militares con una capacidad bélica superior a la de un ejército latinoamericano? Por otro lado, ¿cuál es el valor que tienen, en la práctica, los tratados de desnuclearización? Cualesquiera sean las restricciones voluntariamente aceptadas por un poder nuclear, ¿no sugiere esta experiencia que la mera posesión de esa capacidad destructora lleva rápidamente a que sectores de las sociedades en conflicto aprueben su uso, ignorando la desproporción entre, por ejemplo, la recuperación de un archipiélago y un holocausto nuclear? Además, si el arsenal atómico es empleado, aun con intenciones meramente disuasivas, en conflictos con países que no disponen de armas de ese tipo, ¿no se los alienta de ese modo a desarrollar una capacidad que los haga menos vulnerables a la amenaza?
En Argentina durante la guerra de Malvinas esa informaciòn se emitio por los medios como cierta yo me la creì y no le creo en la desmentida oficial Britànica porque reconocieron que trajeron armas nucleares (cargas de profundidad) a bordo de sus buques , asi que despacharan un submarino Polaris lo creo muy probable.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Qui Fev 18, 2010 11:59 pm
por WalterGaudério
Túlio escreveu:Para mim vai mesmo ficar só na charlaiada, com o quê os Argentinos atacariam agora as Malvinas/Falklands? Eles têm praticamnente o mesmo tipo de aviões, navios e armas que tinham em 82 e, note-se, em menor quantidade e manutenidas a conta-gotas. Alguém aí acha que os Kirchner & cambada vão se dar conta que, fim das contas, talvez não fosse tão inteligente assim manter as FFAA à míngua por tantos anos? Trova, é tarde demais, passou-se o momento em que se poderia fazer algo, agora os Ingleses é que sabem e podem, os Argentinos que fiquem batendo boca e brigando entre si nas
calles e cafés porque a coruja já está pelada.
Agora, o que diabos NÓS temos com isso? Se formos puxar o facão pros Ingleses acho que antes deveríamos rever cuidadosamente o caso do Pirara, este sim, problema NOSSO...
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Os argentinos tem dois submarinos com alcance suficiente para ir até a costa da Inglaterra e fazer tiro ao alvo no que restou da RN após os cortes.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 12:01 am
por alexmabastos
Túlio escreveu:Para mim vai mesmo ficar só na charlaiada, com o quê os Argentinos atacariam agora as Malvinas/Falklands? Eles têm praticamnente o mesmo tipo de aviões, navios e armas que tinham em 82 e, note-se, em menor quantidade e manutenidas a conta-gotas. Alguém aí acha que os Kirchner & cambada vão se dar conta que, fim das contas, talvez não fosse tão inteligente assim manter as FFAA à míngua por tantos anos? Trova, é tarde demais, passou-se o momento em que se poderia fazer algo, agora os Ingleses é que sabem e podem, os Argentinos que fiquem batendo boca e brigando entre si nas
calles e cafés porque a coruja já está pelada.
Agora, o que diabos NÓS temos com isso? Se formos puxar o facão pros Ingleses acho que antes deveríamos rever cuidadosamente o caso do Pirara, este sim, problema NOSSO...
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Também acho, não é problema nosso. Já temos o nosso pré sal. Cada país com seu problema e que não venham dar pitaco no que é nosso por direito. Se a Argentina está tão "necessitada" por um pré sal...a Petrobras está aí pra entrar de sócia em qualquer lugar. Se tem no nosso litoral, no dos hermanos tb deve ter..mais do que nas Malvinas. As vezes isso é bom para que eles resolvam logo a bagunça interna e se unam para um próspero desenvolvimento. Pq enquanto não o fazem, a folia passa...e se bobiar ninguém vê passar.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 12:04 am
por alexmabastos
WalterGaudério escreveu:Túlio escreveu:Para mim vai mesmo ficar só na charlaiada, com o quê os Argentinos atacariam agora as Malvinas/Falklands? Eles têm praticamnente o mesmo tipo de aviões, navios e armas que tinham em 82 e, note-se, em menor quantidade e manutenidas a conta-gotas. Alguém aí acha que os Kirchner & cambada vão se dar conta que, fim das contas, talvez não fosse tão inteligente assim manter as FFAA à míngua por tantos anos? Trova, é tarde demais, passou-se o momento em que se poderia fazer algo, agora os Ingleses é que sabem e podem, os Argentinos que fiquem batendo boca e brigando entre si nas
calles e cafés porque a coruja já está pelada.
Agora, o que diabos NÓS temos com isso? Se formos puxar o facão pros Ingleses acho que antes deveríamos rever cuidadosamente o caso do Pirara, este sim, problema NOSSO...
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Os argentinos tem dois submarinos com alcance suficiente para ir até a costa da Inglaterra e fazer tiro ao alvo no que restou da RN após os cortes.
Sei.
Dessa vez eles acertariam o lado certo do plug dos torpedos, né?
Tá. Tem meia dúzia de typhoons nas Falklands que levam "qualquer coisa" lá pra cima da Casa rosada. Sem nem mesmo ser incomodados.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 12:09 am
por FOXTROT
A Argentina com pouca coisa poderá dar muito mais trabalho, basta adquirir uns 30 caças e um sistema antiaéreo tipo Tor ou Buck.
A Inglaterra não tem mais Victor, Vulcan, valiant? E o diabo a quatro, se houver vontade política, a Argentina poderá em dois três anos ter uma capacidade melhor que a de 1982, e em 82 a diferença não foi assim tão grande.
Super Entender há o dobro e Excocet deve haver uns 20/25?, bombas inteligentes não são mais um sonho, até o Brasil já faz kits, a frota estará em perigo com essas armas.
Sem contar que não mais tensão com o Chile e, aos aliados como o Peru, pode acrescentar a Venezuela e porque não o Brasil (podemos fornecer alguma coisa discretamente).
Falei um monte de bobagem
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 12:15 am
por alexmabastos
FOXTROT escreveu:A Argentina com pouca coisa poderá dar muito mais trabalho, basta adquirir uns 30 caças e um sistema antiaéreo tipo Tor ou Buck.
A Inglaterra não tem mais Victor, Vulcan, valiant? E o diabo a quatro, se houver vontade política, a Argentina poderá em dois três anos ter uma capacidade melhor que a de 1982, e em 82 a diferença não foi assim tão grande.
Super Entender há o dobro e Excocet deve haver uns 20/25?, bombas inteligentes não são mais um sonho, até o Brasil já faz kits, a frota estará em perigo com essas armas.
Sem contar que não mais tensão com o Chile e, aos aliados como o Peru, pode acrescentar a Venezuela e porque não o Brasil (podemos fornecer alguma coisa discretamente).
Falei um monte de bobagem
Acho que sim.
Mas tá valendo..
Na verdade, ao meu ver, não existe possibilidade entre um país que não possue armamento nuclear entrar em guerra com um país que tenha tal capacidade. Não há.
Vejam uma coisa engraçada. Sem ter nenhuma capacidade expressiva militar, a Argentina sequer consegue levar os ingleses à mesa de negociações sobre as Malvinas. Muito engraçado...e para se pensar bastante. Os ingleses sequer levam os argies a sério.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 12:18 am
por Bentomaia
As Malvinas não é só problema da Argentina, Malvinas é também pre-sal que ao que tudo indica vem desde lá passando por tupi e indo até a Venezuela, é portanto interesse da UNASUL pois é melhor lidarmos com os nossos vizinhos argentinos no trato do pre-sal do que com os Ingleses, estes se começarem a encontrar petroleo nas Falkalands (território ingês?), depois vão dizer que a plantaforma marítima daquela ilha se estende até o nosso pre-sal. Logo no meu entender é ora da UNASUL se armar pois os ingleses virão com armas atômica como já o fizeram antes. Isto nos leva a pensar... e o rafale francês poderá ser usado contra um membro da OTAN? Não seria melhor o PAR-FA?
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 2:37 am
por Sterrius
Segundo os ingleses do MP.net os typhoon nas malvinas nao tem armas anti-navios. Parece que os typhoon ingleses ainda nao podem atirar armas anti-navios.
Tão la so pra ar-ar mesmo.
depois vão dizer que a plantaforma marítima daquela ilha se estende até o nosso pre-sal
Desde quando as malvinas andaram do sul da argentina pro sul do brasil?
São mais de 1000km de distancia. Muito além da convenção de 200milhas assinada e ratificada pela inglaterra.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 8:09 am
por kurgan
Londres advierte que defenderá las Malvinas de cualquier agresión
El primer ministro británico, Gordon Brown, apuesta por la diplomacia para resolver las diferencias con Argentina
WALTER OPPENHEIMER - Londres - 18/02/2010
El primer ministro británico, Gordon Brown, ha apostado por la vía diplomática para resolver el contencioso que enfrenta a Reino Unido y Argentina por las exploraciones petrolíferas británicas en las islas Malvinas. Pero ha advertido de que Reino Unido está preparado para defender las islas. La presidenta argentina, Cristina Fernández de Kirchner, firmó un decreto para restringir el paso de barcos entre las Malvinas y el continente para dificultar las exploraciones petrolíferas que en los próximos días empezarán compañías británicas en la zona.
El primer ministro no ha querido comentar comentar las informaciones del diario The Sun de que Londres ha aumentado su presencia militar en el archipiélago. "No voy a hacer declaraciones sobre lo que puede o no puede ocurrir", ha respondido en una entrevista radiofónica, pero ha añadido: "Creo que se darán cuenta ustedes de que se han hecho todas las preparaciones necesarias para asegurarnos de que las islas Malvinas están protegidas adecuadamente". Según The Sun, Reino Unido ha enviado el destructor HSM York, que está ya en la capital de las islas, Puerto Stanley, y están en camino el buque de vigilancia HSM Scott y el buque cisterna RFA Wave Ruler.
El Ministerio de Defensa británico ha asegurado que no se ha incrementado la presencia "disuasoria" del Ejército en aguas o tierra del archipiélago, ocupado desde 1833 por los británicos y cuya soberanía reclama Argentina. "El Gobierno está totalmente comprometido con los Territorios de Ultramar del Atlántico Sur, que incluyen las islas Malvinas", dha declarado un portavoz de la Defensa británica. "Tenemos una presencia permanente en el Atlántico Sur, incluyendo una fragata / destructor, un buque patrulla, un barco de vigilancia y un buque cisterna. Tenemos también en tierra 1.076 personas de servicio", ha agregado.
http://www.elpais.com/articulo/internac ... int_14/Tes
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 10:31 am
por Marino
Disputa é útil para Cristina Kirchner
Simon Tisdall, The Guardian
Foi Karl Marx quem disse que "a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa" -
e no caso dessa disputa que irrompeu abruptamente envolvendo as Ilhas Malvinas, há razões para achar
que ele estava certo. Os recentes protestos da Argentina, desencadeados pela perspectiva de petróleo
em abundância em torno da ilha, podem facilmente ser descartados como bravatas. Mas esse foi o erro
cometido pela Grã-Bretanha em 1982 e quase mil pessoas morreram por isso.
Os paralelos com os fatos que antecederam a guerra de 1982 são surpreendentes, mas
suscetíveis de exagero. A Dama de Ferro desta suposta continuação da batalha não é a britânica
Margaret Thatcher, mas Cristina Fernández de Kirchner, presidente da Argentina e sucessora do marido,
Néstor Kirchner. Ela já mostrou que não teme uma luta.
Como Thatcher, Cristina passou grande parte do seu tempo no cargo batalhando com os
sindicatos e tentando ressuscitar uma economia endividada. Segundo analistas, o governo argentino
está tomando cuidado para não provocar um furor patriótico. Mas no próximo ano, serão realizadas
eleições para a presidência do país.
Se Cristina e seu marido conseguirem descartar as acusações de corrupção, um dos dois poderá
tentar um segundo mandato. E o que seria melhor para conseguir votos dos eleitores do que uma briga
apaixonada com a frígida e distante Grã-Bretanha? Cristina disse publicamente que o direito da
Argentina à soberania sobre as Malvinas é "inalienável".
As medidas adotadas pela Argentina esta semana, exigindo que os navios obtenham vistos para
viajar ou atravessar essas águas contestadas, em torno do arquipélago, foi caracterizada imediatamente
como "bloqueio" - um outro eco de 1982. Mas os habitantes das ilhas dizem que não existe necessidade,
desta vez, de se criar uma zona de exclusão similar à estabelecida pela Grã-Bretanha após a invasão.
Uma zona econômica soberana de 800 quilômetros quadrados circunda hoje as Ilhas Malvinas,
protegidas por um destroier da Marinha inglesa, caças Typhoon e cerca de 1.300 soldados.
A Grã-Bretanha concorda que a Argentina tem o direito de impor regras para os navios que usam
os seus portos. Mas especialistas do setor petrolífero dizem que, se essas novas normas forem
aplicadas, isso vai encarecer inevitavelmente os trabalhos de exploração de petróleo.
A primeira torre petrolífera chega à ilha esta semana, com os trabalhos de perfuração previstos
devendo começar no próximo ano. A Grã-Bretanha diz que essa é uma atividade perfeitamente legal.
Mas não dá para saber claramente o que o chanceler argentino Jorge Taiana quis dizer ao
advertir que a Argentina poderá impedir os homens envolvidos no trabalho, alegando "violação de
soberania".
Por outro lado, ao contrário dos dias sombrios do falecido general Leopoldo Galtieri, ninguém
está falando seriamente em recorrer à força militar. Um possível caminho para Buenos Aires é levar suas
queixas às Nações Unidas. Ou então esperar uma ocasião mais propícia, enquanto as empresas e
capital britânico executam o trabalho mais difícil.
De acordo com algumas estimativas, 60 bilhões de barris de petróleo podem se encontrar no
fundo do mar em torno das Malvinas. Mas os trabalhos de exploração preliminares até agora foram
decepcionantes. E além das tensões políticas está o estresse físico de trabalhar numa região onde o mar
em algumas áreas chega a uma profundidade de três mil metros, as chuvas são constantes e as
temperaturas no inverno, de congelar. O custo de operar uma plataforma num ambiente como esse pode
chegar a US$ 1 milhão por dia.
Esses são desafios enormes que podem provar ser insuperáveis. Do mesmo modo que uma
tragédia histórica se torna uma farsa, o ouro negro muitas vezes se transforma no ouro dos tolos. Antes
de fazer alguma coisa estúpida, a Argentina de Cristina Kirchner deve ser mais prudente, esperar e ver
se existe alguma coisa pela qual vale a pena lutar.
TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
Simon Tisdall é colunista
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 10:35 am
por Marino
Argentina busca apoio internacional por Malvinas
Governo de Cristina quer ajuda da ONU e do Grupo do Rio para impedir prospecções petrolíferas
que Grã-Bretanha pretende fazer no arquipélago
Ariel Palacios
A presidente Cristina Kirchner lançará na próxima semana uma ampla ofensiva para obter apoio
de outros países na disputa que mantém com a Grã-Bretanha pela posse das Ilhas Malvinas. O conflito
foi intensificado nos últimos dias pelo iminente início de exploração de petróleo no arquipélago - em
posse dos britânicos desde 1833 - que a Argentina reivindica como parte de seu território. Em uma última
tentativa de impedir as perfurações, Cristina pedirá respaldo para pressionar a Grã-Bretanha aos
presidentes dos países do Grupo do Rio - entre eles o Brasil - que na segunda e terça-feira participarão
de uma reunião no México.
Além do Grupo do Rio, o chanceler argentino, Jorge Taiana, se reunirá com o secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon, a quem pedirá que a organização internacional interceda na crise diplomática.
No fim de semana chegará às Malvinas a plataforma da empresa petrolífera Desire Petroleum
para iniciar a perfuração a 160 quilômetros ao norte do arquipélago. Se a operação for bem-sucedida,
será a primeira vez que petróleo jorrará nas ilhas, fato que, segundo analistas em Londres e Buenos
Aires, entusiasmaria os moradores a buscar autonomia. Essa possibilidade, afirmam, poderia colocar a
pique a reivindicação argentina sobre as Malvinas.
EXTRAÇÃO
Na semana passada, Cristina decretou que todos os navios que partam rumo às Malvinas terão
de contar com autorização da Argentina. O motivo é impedir que insumos para a extração petrolífera
cheguem às ilhas, elevando o custo da atividade. Mas especialistas afirmam que, apesar disso, a
extração nas ilhas será lucrativa sempre que o preço do barril do petróleo seja superior a US$ 25
(atualmente está em US$ 77).
O analista de geopolítica Claudio Fantini, , autor do livro Os Deuses da Guerra, afirmou ao
Estado que, com a medida, a presidente busca complicar a exploração que a Grã-Bretanha pretende
fazer. Fantini ressalta que a medida produziria maior efeito se ela fosse acompanhada por decisões
similares por parte do Uruguai e o Chile: "Se esses dois países também não cedessem seus portos,
complicaria as coisas para a Grã-Bretanha."
O analista não acredita que a eventual descoberta de petróleo levaria os kelpers a aspirar a
independência da Grã-Bretanha. "Mas, se isso acontecesse, complicaria tudo para a Argentina", afirma
Fantini.
No entanto, o sociólogo Vicente Palermo, autor de Sal nas Feridas, sobre a Guerra das Malvinas,
declarou ao Estado que "a política teimosa do governo e a cega obsessão de recuperar as ilhas acaba
reforçando a desconfiança dos moradores das ilhas (denominados de kelpers) com a Argentina e
complicam a reaproximação com as ilhas".
Ontem, o vice-chanceler argentino Victorio Taccetti afirmou que seu governo está tomando
"medidas" para a defesa da soberania. Durante reunião no Parlamento Taccetti afirmou que a exploração
de petróleo constitui um "ato unilateral de agressão" por parte da Grã-Bretanha.
Re: Guerra das Malvinas
Enviado: Sex Fev 19, 2010 10:53 am
por Anton
Governo Brasileiro Interferiu no Rearmamento das Falklands/Malvinas pelo Governo Inglês
http://www.defesanet.com.br/10_02/100219_malvinas1.htm
Quando do processo da substituição dos caças Tornado F3 pelos Typhoon ocorrida entre Setembro e Outubro de 2009, o governo brasileiro negou autorizações de sobrevôo para os aviões que levariam para as Falklands/Malvinas peças e membros das equipes de apoio para os novos aviões.
Empregando a rota lhas de Ascenção e com pousos no Rio de Janeiro ou Porto Alegre e depois um longo vôo até a Base de Mount Pleasant, nas ilhas Falklands , os vôos de apoio eram por muitos anos o único meio para receber correio e suprimentos geral..
Mesmo após o início de vôos diretos Argentina- Falklands, os sobrevôos sobre o Brasil permaneceram.
Porém, as autoridades de Brasília (diplomáticas e militares), consideraram “excessivo” o número de requisições feitas pelos britânicos em apoio à operação de troca dos caças e negaram os sobrevôos solicitados pelos ingleses.
O Ministério de Defesa inglês publicou em 15 de outubro uma nota informando que os primeiros dois Typhoon tinham pousado na Base Aérea de Mount Pleasant nas Ilhas Falkland/Malvinas (Nota – os ingleses usam o termo Mount Pleasant Complex para não citar o termo Base Aérea). A travessia do Oceano Atlântico levou 18 horas de vôo, com uma parada nas Ilhas Ascenção. Durante a travessia os dois Typhoon foram acompanhados por aviões de reabastecimento (modelos VC10 e TriStar).
A função dos caças nas ilhas Falklands/Malvinas é de garantir a missão Quick Reaction Alert (QRA) . Os quatro Tornado F3 deveriam retornar à Inglaterra até o fim de 2009, o que não está confirmado. Os militares britânicos são agora cautelosos para não anunciar prematuramente decisões que podem servir para coes do governo argentino.
A negativa diplomática aos sobrevôos ingleses levou a um estremecimento nas relações Brasil-Reino Unido no segundo semestre de 2009. As autoridades inglesas inclusive não aceitaram a argumentação brasileira de que os pedidos eram excessivos do ponto de vista de Brasília.
A tensão pode ser medida quando o Ministro da Defesa Nelson Jobim em apresentação na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, no dia 09 de Dezembro, ao mostrar o cenário estratégico do Atlântico Sul detalha a presença Britânica na região. A figura dá a indicação de um cerco ao Brasil por parte de forças inglesas.. A mensagem foi recebida e entendida por Londres .
Tanto entendida que dentro dos estudos para o seu novo Plano Estratégico, os ingleses pela primeira vez, estarão realizando uma conferência entre os Estado-Maiores dos Exércitos dos dois países ainda no primeiro semestre de 2010.