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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Sáb Dez 28, 2013 6:46 pm
por cassiosemasas
Como os jornalões conseguiram estragar um Natal surpreendente
Luis Nassif
Folha e Estadão esmeraram-se em tratar as vendas de Natal como um fracasso.
Manchete da Folha: “Comércio tem o pior resultado no Natal em 11 anos”.
Manchete do Estadão: “Com crédito contido e juros altos, vendas de Natal decepcionam”.
Ambos os jornais trabalham em cima de dados da Serasa Experian e da Alshop (a associação dos lojistas de shoppings).
Vamos a alguns erros de manchetes e de análises.
1. Erro de manchete: Se em 2013 vendeu-se mais do que em 2012, como considerar que foi o pior resultado em 11 anos?
2. A Serasa trabalha especificamente com pedidos de informação para crédito. Houve retração no crédito, mas a maior ferramenta de vendas têm sido o parcelamento (em até dez vezes) em cartões de crédito e de loja. Os jornalões trataram os dados da Serasa como se representassem o universo total de vendas.
3. As vendas em shoppings deixam de lado o comércio para classes C e D - justamente as que mais vêm crescendo. Mesmo assim, os jornalões trataram os dados como se representassem o todo.
4. A Alshop (associação dos lojistas) informou que as vendas cresceram 6% no Natal. O problema maior foi o aumento do número de lojas, que fez com que as lojas mais antigas permanecessem com o mesmo faturamento. Ora, o que expressa o mercado são as vendas totais. A distribuição entre lojas novas e antigas é problema setorial, que nada tem a ver com a conjuntura.
5. Os jornalões deixaram de lado o comércio eletrônico - que tem sido o principal competidor das lojas de shopping. Em 2013 os shoppings centers venderam R$ 138 bilhões, 8% a mais do que em 2012. O comércio eletrônico vendeu R$ 23 bilhões, ou 45% a mais do que em 2012. Somando a venda dos dois segmentos, saltou de R$ 151 bi em 2012 para R$ 161 bi em 2013, aumento de expressivos 12%.
6. Os jornais falam em “decepção”, porque a Alhosp esperava crescimento de 10% nas vendas de Natal e conseguiu-se “apenas" 6%. Esperar 10% de crescimento com uma economia rodando a 2% é erro clamoroso de análise. Mas, para os jornalões, o erro está na realidade, que não acompanhou os sonhos.
Se não houvesse essa politização descabida do noticiário econômico, as análises estariam em outra direção: a razão do consumo ainda não ter se acomodado mesmo com dinheiro mais caro, o crédito mais escasso, com a competição de Miami, com o PIB andando de lado etc. E suas implicações sobre as contas externas brasileiras. Estariam questionando também que raios de política monetária é esta, na qual aumenta-se a Selic para supostamente reduzir a demanda agregada, e ela continua crescendo.
http://jornalggn.com.br/noticia/como-os ... preendente
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Sáb Dez 28, 2013 9:35 pm
por irlan
Brasil será a quinta economia mundial até o ano de 2023
Projeção de consultoria britânica aponta a agricultura como alavanca do país
O Dia
Rio - O Brasil deve se tornar a quinta maior economia do mundo até 2023. Ficará atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Índia, de acordo com projeções do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês). Em dez anos, conforme estimativas da consultoria britânica, a economia brasileira vai superar as da Grã-Bretanha e da Alemanha.
A matéria é meio grande, esse é só um trecho dela, vou deixar o link com as fontes abaixo:
http://odia.ig.com.br/noticia/economia/ ... -2023.html
OBS:Quem viver, verá!
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 4:44 pm
por Stormnuken
irlan escreveu:Brasil será a quinta economia mundial até o ano de 2023
Projeção de consultoria britânica aponta a agricultura como alavanca do país
O Dia
Rio - O Brasil deve se tornar a quinta maior economia do mundo até 2023. Ficará atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Índia, de acordo com projeções do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês). Em dez anos, conforme estimativas da consultoria britânica, a economia brasileira vai superar as da Grã-Bretanha e da Alemanha.
A matéria é meio grande, esse é só um trecho dela, vou deixar o link com as fontes abaixo:
http://odia.ig.com.br/noticia/economia/ ... -2023.html
OBS:Quem viver, verá!
Eu ficaria feliz de ver o Brasil sendo o 5º em IDH, educação ou afins... de que adianta hoje sermos a 7º ou 8º (não lembro ao certo), se estamos abaixo da 80º posição em IDH????
Esse tipo de "ranking" só serve pra mascarar os problemas reais do país. Serve só pra marketeiro de campanha.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 5:01 pm
por GustavoB
Mas iniciativas como o Pronatec, ProUni e Ciência Sem Fronteiras na educação, e o próprio Bolsa Família e investimentos em saneamento e na saúde, com relação ao IDH, mostram que o país não está parado. Concordo que a projeção apresentada é nada mais do que um número, mas sem as condições econômicas favoráveis, convenhamos, seria muito mais difícil almejar melhorias em áreas fundamentais como as sugeridas pelo colega.
Já as suposições de 'mascarar' e 'marketing de campanha', prefiro que os próprios fatos julguem. Se esses índices fossem negativos, alguém duvida que seriam motivo de repetidas e persistentes críticas da nossa proba imprensa?
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 5:39 pm
por Marechal-do-ar
GustavoB escreveu:Mas iniciativas como o Pronatec, ProUni e Ciência Sem Fronteiras na educação, e o próprio Bolsa Família e investimentos em saneamento e na saúde, com relação ao IDH, mostram que o país não está parado. Concordo que a projeção apresentada é nada mais do que um número, mas sem as condições econômicas favoráveis, convenhamos, seria muito mais difícil almejar melhorias em áreas fundamentais como as sugeridas pelo colega.
Já as suposições de 'mascarar' e 'marketing de campanha', prefiro que os próprios fatos julguem. Se esses índices fossem negativos, alguém duvida que seriam motivo de repetidas e persistentes críticas da nossa proba imprensa?
Primeiro, o Brasil já foi a quinta economia, e caiu para décimo quinto, a projeção é de voltar a ser o quinto em 2023, o que eu duvido, mas ainda assim, onde está exatamente o mérito em, depois de 40 anos, voltar a onde estava?
Segundo, desde quando crítica resolve alguma coisa por aqui? Até cansa ver as críticas em relação ao sistema de saúde, educação, segurança, etc, crítica é o que não falta, o que falta é vergonha na cara.
Terceiro e por fim, podemos fazer uma enquete com economistas e demais entendidos, mas a educação e infraestrutura que puxam o PIB, não o contrário, ter um PIB alto por preço de commodities e uma droga de educação não quer dizer que a educação vai melhorar, na verdade, isso quer dizer que o PIB vai cair (ou melhor, não acompanhar o resto do mundo que na prática é a mesma coisa mas aparece de uma forma diferente nos números) quando o preço dos commodities cair, agora uma boa educação e uma infraestrutura invejável quase sempre indicam um forte crescimento futuro, e não, não podemos dizer que o governo está preocupado com a educação ou infraestrutura, no campo da educação é valorizada a quantidade e não a qualidade, sendo que educação boa significa educação de qualidade, no campo da infraestrutura os investimentos são insuficientes (ah... se as verbas gastas com a Copa fossem normalmente gastas em infraestrutura) e, de uma forma geral, sem um bom planejamento, não é um cenário favorável para o crescimento do PIB e do IDH.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 6:08 pm
por GustavoB
Esse papo de 'volta de 360° me parece visão de retrovisor, mas de modo geral concordo com o conjunto do pressuposto. Porém, voltando ao cerne da questão, como investir em infraestrutura sem recursos? Entregando capital público à iniciativa privada? Esperando a bondade das corporações, que, por altruísmo, venham aqui investir para que nos tornemos o 'país do futuro'?
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 8:28 pm
por irlan
Essa projeção que postei acima é meio maluca, ta falando que o Reino Unido e Alemanha(que não esta mal das pernas)vão cair para dar lugar ao Brasil e India e que depois em um curto período de tempo Uk iria passar a Alemanha,não podemos esquecer da França,China e Japão.
Alguém entendeu?

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 9:24 pm
por Marechal-do-ar
GustavoB escreveu:Porém, voltando ao cerne da questão, como investir em infraestrutura sem recursos?
Da mesma forma que todos os países ricos hoje fizeram, trabalhando.
No caso do planejamento ruim para melhorar nem sequer é preciso suar.
GustavoB escreveu:Entregando capital público à iniciativa privada? Esperando a bondade das corporações, que, por altruísmo, venham aqui investir para que nos tornemos o 'país do futuro'?
Isso é a babaquice que o Collor e FHC falavam e eu os criticava por isso e era criticado por criticar.
Não é como se o Brasil fosse o primeiro país a ter que investir em infraestrutura, há muitos casos de sucesso no mundo.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 9:40 pm
por Bourne
Se o governo Dilma fosse tão ideologizado quando os eleitores mais passionais tentam vender ou que a oposição sonha, o país estava pior que a Venezuela.
Não tem recursos para infraestrutura, o que se faz? fez acordos com a iniciativa privada como feito nas estradas, muito bem feito tanto que as obras previstas e volar pago é muito menor do que os congeneres de São Paulo e Paraná. Outros ramos como portos, aeroportos, ferrovias, eletricidade vão pelo mesmo caminho. Nada além do que se faz há décadas em qualquer país desenvolvido. São planos que veem desde o primeiro governo Lula e só avançaram no fim do segundo mandato.
O plano ou diretrizes básicas estão a baixo. São mais de 200 páginas para se divertirem publicado em 2009, condensando trabalhos técnicos. As reformas legais, programas de concessões e apoio estão fundamentas no documento.
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/expor ... vfinal.pdf
Fonte:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/expor ... vfinal.pdf
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 9:49 pm
por Marechal-do-ar
Bourne escreveu:Não tem recursos para infraestrutura, o que se faz? fez acordos com a iniciativa privada como feito nas estradas, muito bem feito tanto que as obras previstas e volar pago é muito menor do que os congeneres de São Paulo e Paraná.
E quando a iniciativa privada da o cano o que faz? Chama o exército que vai fazer a obra ainda mais barata que com os acordos com a iniciativa privada faria que por sua vez é mais barata que os congêneres de São Paulo e Paraná.
Mesmo o final do segundo mandato do Lula e o mandato da Dilma ainda não são o que o país realmente precisa, e, se essas obras forem apenas por causa da Copa (o que descobriremos em 2015) ai estamos f******.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 9:57 pm
por Bourne
Você não entendeu nada do posta acima.
Estou falando de concessão a iniciativa privada com base em uma relação contratual e obrigações de investimento dada uma tarifa. Licitação para obras públicas é outra coisa, bem problemática a ser evitada por que burocracia e sistema forçam os custos para cima. Sendo necessários reformulações profundas em como o governo contrata serviços em todas as esferas. O resultado está no custo das obras da copa.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 10:34 pm
por Marechal-do-ar
As concessões não são muito diferentes, problemas com concessões não faltam e, como se não bastasse, tem problemas que aparecem anos mais tarde por causa de alguma clausula do contrato que prejudica a união/população.
A propósito, em relação as obrigações contratuais, o que deveria acontecer quando não são cumpridas? O que realmente acontece?
De qualquer modo já desvirtuou muito do ponto, de que os investimentos em infraestrutura ainda estão longe do ideal.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Jan 01, 2014 11:46 pm
por prp
A Lei 8.666 é uma piada de mau gosto, só beneficia os grandes ou os picaretas, mais os picaretas.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qui Jan 02, 2014 4:36 pm
por zela
Saldo entre importação e exportação cai 87% em 2013 e é o pior em 13 anos
Do UOL, em São Paulo 02/01/201415h22
A balança comercial brasileira (diferença entre importações e exportações) teve resultado positivo de US$ 2,561 bilhões em 2013, informou nesta quinta-feira (2) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Trata-se do pior resultado desde o ano 2000, quando a balança comercial fechou o ano negativa em US$ 731 milhões.
O resultado anual ficou bem abaixo do ano anterior, quando tinha somado US$ 19,396 bilhões. O saldo de 2013 é 87% menor que o de 2012.
As exportações brasileiras totalizaram US$ 242,178 bilhões em 2013, queda de 1% ante 2012, enquanto as importações subiram 6,5%, para US$ 239,617 bilhões, pela média por dia útil, de acordo com dados do Ministério.
Em dezembro apenas, o saldo ficou positivo em US$ 2,654 bilhões. Pesquisa da agência de notícias Reuters apontava expectativa de um superavit de US$ 1,35 bilhão em dezembro, segundo a mediana de seis projeções.
http://economia.uol.com.br/noticias/red ... ercial.htm
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Ter Jan 07, 2014 10:52 am
por LeandroGCard
Este tipo de coisa é que inviabiliza o crescimento sustentado do país, pois simplesmente não há recursos para os investimentos necessários em infra-estrutura. A própria estrutura administrativa do país precisaria ser repensada, começando com a fusão de municípios que não conseguem bancar sozinhos nem mesmo os seus gastos com pessoal administrativo (prefeito e vereadores)

:
Só 8% dos municípios brasileiros arrecadam mais do que gastam
Cidades das regiões mais pobres do País costumam ser deficitárias, mas o mesmo ocorre com Brasília, que concentra um grande número de funcionários públicos e gasta R$ 59 bilhões a mais por ano do que sua economia consegue arrecadar
Rodrigo Burgarelli, de O Estado de S.Paulo - 04 de janeiro de 2014
SÃO PAULO - A grande maioria dos municípios brasileiros tem gastos públicos maiores do que o que sua economia gera de imposto sobre a produção, somando as arrecadações municipais, estaduais e federais. No total, apenas 417 cidades brasileiras geram mais dinheiro público do que gastos. Elas são as responsáveis pelo superávit usado nos outros 4.875 municípios que apresentam gastos maiores que o arrecadado em impostos.
Os números foram calculados pelo Estadão Dados com base na pesquisa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios de 2011, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de dezembro. Eles mostram um retrato revelador de como a produção e geração de riqueza é extremamente concentrada no Brasil: a arrecadação total de impostos sobre a produção é de R$ 612 bilhões por ano, enquanto os gastos calculados pelo IBGE chegam a R$ 576 bilhões. No entanto, apenas 7,8% das 5.292 cidades que constam no levantamento geram mais impostos desse tipo do que gastam. Todo o resto do Brasil é deficitário.
Nessa conta, de acordo com a metodologia do órgão, não entram apenas os gastos públicos das prefeituras, mas todos os gastos das três esferas do Executivo. Além disso, investimentos não contam como gasto público - são levados em consideração apenas as despesas de custeio, ou seja, pagamento de aposentados, transferências de renda, salário de servidores, gastos de manutenção de órgãos públicos, entre outros. Já os impostos são aqueles que incidem sobre a produção, como IPI e ISS, já que o levantamento foi feito com base na lógica da oferta.
A concentração é impressionante: apenas a cidade de São Paulo gerou R$ 62 bilhões a mais do que gastou naquele ano - quase um décimo de toda a arrecadação com impostos sobre a produção em 2011. Esse impacto é quase compensado pelo gasto com a máquina pública em Brasília. Como a capital federal concentra boa parte do funcionalismo federal, os gastos da administração pública lá superam a arrecadação com impostos em R$ 59 bilhões.
Superávit. Além de São Paulo e capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre, os municípios que mais concentram atividades geradoras de receita são cidades portuárias como Santos (SP), Itajaí (SC) e Paranaguá (PR); polos industriais como São José dos Campos (SP), Betim (MG) e Camaçari (BA); e locais com forte economia agrícola, como Uberlândia (MG) e Luís Eduardo Magalhães (BA). Além disso, há cidades de menor porte onde estão localizados grandes fontes de recolhimento de impostos, como Confins (MG), sede do aeroporto que serve a capital daquele Estado.
É possível entender o perfil dos municípios deficitários quando se analisa os dados por unidade da federação. Com exceção do Distrito Federal, oito Estados nordestinos estão entre os dez com maior defasagem entre arrecadação e gastos públicos. Os outros dois são Pará e Rondônia. "A estrutura econômica de municípios mais pobres do Norte e do Nordeste é muito dependente de gastos públicos. Por isso, na nossa metodologia, resolvemos separar essa variável, que na verdade compõe o PIB dos serviços", explicou a responsável pela pesquisa do IBGE, Sheila Zani.
Leandro G. Card