Fórum Defesa Brasil

Juliano Lisboa escreveu:

Juliano Lisboa escreveu:Amigos, pensando aqui com meus botões sobre o FX-2 e suas variantes, me veio a cabeça algumas dúvidas.

Pois bem, muito tem se falado em custos de hora de voo, o que realmente é computado no cálculo de hora de voo?

Pergunto isso porque se diz que um tem o valor de $3.000 a 4.000 /h, outro de $8.0000,00 e por fim um com $ 14.000,00.

Certo, o combustível entra nessa conta de custo de hora voada? Se sim, quanto de combustível cada um carrega internamente e quanto custa o litro ou galão de querosene de aviação?

Acho que essa conta poderia decifrar algumas mágicas por ai, ou estou enganado?

Me ajudem nessa conta,

Abraços!

Ta certo que andei sumido, sem postar muito. Mas estou sendo ignorado ou é impressão minha???

Prezado Juliano,

Combustível é um componente. Talvez nem seja o mais caro.
Na conta entra combustível, lubrificantes, fluidos, peças e componentes, mão-de-obra, serviços especializados, etc.

[]s

Sim Santiago, é que imaginei qual a autonomia de um Gripen com 2.700 litros de combustível. Pelo que pesquisei o QAV (querosene de aviação) está hoje em torno de $1 dólar o litro (informações do google).

Procurando por ai, vi que o Gripen tem a capacidade de 2 toneladas de combustível interno.
Sendo assim $2.700,00 só de querosene dão pra quanto tempo de voo?

Essa é minha questão.

Abraços

Prezados,

Pergunta de leigo:

O vídeo abaixo seria uma amostra de um tipo de treinamento que pode ser efetuado pelos Rafales no A-12?



Ou seja, ficam baseados em terra mas podem treinar no "São Paulo".

Um abraço.

Juliano Lisboa escreveu:Sim Santiago, é que imaginei qual a autonomia de um Gripen com 2.700 litros de combustível. Pelo que pesquisei o QAV (querosene de aviação) está hoje em torno de $1 dólar o litro (informações do google).

Procurando por ai, vi que o Gripen tem a capacidade de 2 toneladas de combustível interno.
Sendo assim $2.700,00 só de querosene dão pra quanto tempo de voo?

Essa é minha questão.

Abraços

Juliano, a F404, em potência militar, consome 4.040 kg/h.
Até hoje não consegui encontrar nenhuma informação sobre o consumo em regime de cruzeiro. Nem valores absolutos, nem valores relativos ao consumo militar. Se for metade do consumo militar vai uns 2.000 kg/h, mas não sei. Pra você ter uma idéia, a mesma F404 bebe em full PC 13.970 kg/h. Isso levando-se em consideração que ela é das mais econômicas de sua geração.

Paisano escreveu:Prezados,

Pergunta de leigo:

O vídeo abaixo seria uma amostra de um tipo de treinamento que pode ser efetuado pelos Rafales no A-12?



Ou seja, ficam baseados em terra mas podem treinar no "São Paulo".

Um abraço.

Creio que seria mais nesse estilo, Rafale no Foch em 1998...






Uma curiosidade: antes dos dois minutos e meio do vídeo o Rafale decola com dois Magic, quatro MICA e três reservatórios externos de 1250 litros cada. Outra: não vi em momento algum a tale de Ski Ramp...

Claro que o Rafale usado era o F1 mas será que o F3 pesa várias toneladas a mais? Afinal, são três tanques externos, devendo pesar quase uma tonelada e meia cada um...

Olha, eu acho o seguinte.
Vai-se treinando o que dá prá treinar no SP. Cheio, vazio, meia bomba...
Toque e arremetida, catapultagem vazio, só decola e pousa em algum aeroporto perto mesmo, ou encontra os KCs da FAB e segue rumo, enfim, não falta o que treinar mesmo limitado.

Eu acho que não é porque não pode operar full que não vamos poder operar de jeito nenhum.
Fora essa questão técnica, existe a questão da dissuasão, pois se tivermos uns trinta Rafa-MF-3/BR na MB, se vão ou não operar full, é problema do inimigo tentar descobrir.
O bicho tá lá, quem quiser arriscar, é por conta e risco.

Quando o A-13 estiver pronto, os aviadores navais já estarão mais do que preparados, faltará pouco para completar o treino no A-13.

Além disso, enquanto operando em terra, esses Rafale já serão vetores, somados aos da FAB.
A compra conjunta pode baratear preços e melhorar as condições de negociação, criar os laços de "amizade" com a marinha francesa, e nossos Rafales poderão ir prá França treinar full no CDG, se assim for requerido.

Poderão treinar até nos (ARGH!) PAs americanos!

Enfim, acho que se deve sim aproveitar o pacote e fechar uns 30 Rafas prá MB já ir se acostumando prá quando o A-13 estiver pronto.

E olha, essa questão de ser uma sinalização de que o A-13 virá, de que estamos falando sério e etc, eu achava que estava claro, óbvio.

Então CM, guardada as devidas proporções, essa sua observação lembra muito os A4 e o Minas Gerais.

Abraço

Ei ia falar justamente disso, tinha me esquecido(como sempre).
No Minas os A-4 nunca operaram full, nem empty, nem nada, mas treinavam operações, os tripulantes do navio se mantinham adestrados e etc.

Carlos Mathias escreveu:Ei ia falar justamente disso, tinha me esquecido(como sempre).
No Minas os A-4 nunca operaram full, nem empty, nem nada, mas treinavam operações, os tripulantes do navio se mantinham adestrados e etc.

Sim é verdade... as operações seriam semelhantes as do Minas Gerais sem dúvida.

Adicionados os riscos e limitações impostas por uma plataforma muito mais pesada em um PA muito velho e que operou (desgastou) muitos desses componentes continuamente.

[]s
CB_Lima

Túlio escreveu:
Uma curiosidade: antes dos dois minutos e meio do vídeo o Rafale decola com dois Magic, quatro MICA e três reservatórios externos de 1250 litros cada. Outra: não vi em momento algum a tale de Ski Ramp...

Claro que o Rafale usado era o F1 mas será que o F3 pesa várias toneladas a mais? Afinal, são três tanques externos, devendo pesar quase uma tonelada e meia cada um...

Ola Túlio

O que sei é que os tanques estavam bem vazios e os mísseis eram só rounds aerodinâmicos, pois o objetivo não era "qualificar" o uso do Rafale a bordo do FOCH e quero deixar claro que esse nunca foi o objetivo. E sim testar o comportamento do Rafale Naval no meio marítimo com várias 'supostas' cargas, mas sem nenhum comprometimento com o uso operacional delas naquele momento.

É como diz o poeta, não é o "F3" ou os tanques ou os mísseis, ou o aparelho de parada do SP ou as catapultas... o problema é "o conjunto da obra"...

Mas isso sob o ponto de vista puramente "super-trunfo" e não patriótico de comprar antes e fazer o PA depois

[]s
CB_Lima

Sim é verdade... as operações seriam semelhantes as do Minas Gerais sem dúvida.

Adicionados os riscos e limitações impostas por uma plataforma muito mais pesada em um PA muito velho e que operou (desgastou) muitos desses componentes continuamente.

CB, pelo que consta, estes equipamentos do SP estão sendo revisados e colocados em condição boa/ótima.
Vetor muito mais pesado sim, mas o SP é muito maior que o MG também.

E por favor, leiam o que eu escrevi, por favoooooooooooooor!
Eu nunca disse que o Rafa seria operado plenamente, disse, isso sim, que o SP serve como meio de treinamento de várias peculiaridades das operações embarcadas, e não só do avião, mas do "conjunto PA" todo.

Uma coisa que estava pensando. O que significa comprar Rafales pra MB agora? Imagino que os da MB iriam pro fim da fila, depois dos 36 iniciais da FAB ou até depois de mais outros da FAB. Os da FAB chegariam quando? Começando em 2014? Com entregas por 3 a 5 anos ou mais se forem comprados mais que os 36? Quando chegariam os da MB? Começando em não antes de 2017/2018, talves 2020. Tem um bom prazo pra engrenar o projeto A-13 até que chegue o primeiro Rafale da MB, pode servir de indutor como foi sugerido, algo tipo: "já contratamos os aviões que vão operar nele (A-13), não há espaço para andar pra trás (isso para os nossos políticos)". Pode ser interessante esse contrato duplo FAB/MB.

Olha, a linha da Dassault pode produzir bem mais do que produz hoje.
Partes feitas aqui na EMBRAER podem agilizar o processo.
Enfim, acho que devemos aguardar prá ver como serão as coisas.

Carlos Mathias escreveu:

Sim é verdade... as operações seriam semelhantes as do Minas Gerais sem dúvida.

Adicionados os riscos e limitações impostas por uma plataforma muito mais pesada em um PA muito velho e que operou (desgastou) muitos desses componentes continuamente.

CB, pelo que consta, estes equipamentos do SP estão sendo revisados e colocados em condição boa/ótima.
Vetor muito mais pesado sim, mas o SP é muito maior que o MG também.

E por favor, leiam o que eu escrevi, por favoooooooooooooor!
Eu nunca disse que o Rafa seria operado plenamente, disse, isso sim, que o SP serve como meio de treinamento de várias peculiaridades das operações embarcadas, e não só do avião, mas do "conjunto PA" todo.

Leia o meu post seguinte com relação ao conjunto da obra amigo.

Não estou colocanda palavras na sua boa, só concordei e completei o que disse... só isso.
Olha os posts que falam que determinados equipamentos "Não" tem substituição amigo... é esse o detalhe que muita gente não se toca... nem tudo ali dá para trocar... e muito diz respeito a segurança de Op. Aéreas.

Já teve A-4!!!!!! dando trabalho para esse componentes... imagina Rafale.

Não estou dizendo que sou totalmente contra, eu só estou colocando a lista das limitações que existem e elas não são poucas... só isso.

Como você disse e eu disse anteriormente "é o conjunto".

A diferença que isso interfere para o bem ou para o mal

Mas entendo o seu ponto de vista e os "porquês"... quero deixar isso claro.

[]s
CB_Lima

O homem criou a História como uma ciência para suprir suas necessidades em compreender o presente; faz-se necessário caminhar no tempo e olhar pra trás para que se possa compreender os passos do passado. Olhar para o passado para compreender o futuro breve é inerente às limitações humanas. Percebeu-se que poucos eram visionários; exigiu-se uma métrica mais baixa que pudesse ampliar a faixa de compreensão dos comuns. Mas de forma mágica boa parte dos que possuem o poder decisório possuem a capacidade visionária, mesmo que de época em época o martírio imponha alguns momentos de baixa; limitações da própria cultura e suas inerentes bestialidades.